– Como assim? – perguntou Luna.

– Luna... por Merlin, como estou nervoso.

Luna riu e deslizou a mão pelo rosto dele.

– Relaxe – disse Luna.

– Certo. Luna, quer casar comigo?

– Como assim casar? – perguntou ela.

– Assim: Eu coloco uma aliança na sua mão e você na minha, depois dançamos, depois vem a festa, o banquete e as bebedeiras, depois vem a lua de mel e por fim iremos morar na mesma casa. Acho que casamento é isso.

Luna soltou uma gargalhada.

– O que foi? – indagou Ron.

– Eu sei o que é casamento Ron.

– Então...

– Eu aceito.

Ron arregalou os olhos e lhe deu um abraço.

Harry e Hermione estavam em uma cabine, o expresso Hogwarts sairia em poucos minutos.

– Você está bem? – perguntou Harry.

– Sim, acho que sim.

– Vai ficar tudo bem, certo? Você vai se acostumando aos poucos. Como todo mundo, quer dizer, não. Por que nem todos gostam de estudar o tanto que você não é. Mas vai se sair bem.

Hermione deu um tapinha no ombro de Harry.

– Você está viciada em fazer isso.

– Eu gosto.

– Aé? – perguntou Harry derrubando Hermione e dando um beijão nela.

– Opa, calma ai que eu cheguei – disse Ron, entrando e atrapalhando os dois.

Mione se ajeitou no assento, desconfortável e com vergonha.

Quando chegaram à casa dos Weasley, Harry e Hermione ainda não tinham entrado, estavam do lado de fora, e Harry aproveitou para lhe perguntar uma coisa.

– O que aconteceu? Não falou nada desde a hora que Ron entrou na cabine.

– Eu estou com vergonha.

– Mione, deixe de besteira. Ronald Weasley não liga para isso.

– Mas eu sim Harry, ai que vergonha.

– Calma.

Então finalmente os dois entraram na casa.

Todos se abraçaram e todos estavam animados e felizes. Exceto Jorge, que estava em seu quarto, como sempre.

Harry ia subir para o quarto, mas Ron pediu que ele ficasse, pois queria conversar já que não estavam todos dormindo.

– Harry, eu vou casar – disse Ron.

Harry teve um ataque de risos e depois o olhou seriamente e assentiu.

– O que foi? – perguntou Ron.

– Eu acho que não estou acreditando muito nisso.

– Ah, claro, você não pode acreditar nisso por quê?

– Você Ronald Weasley, casando? Quer dizer, com essa idade? Não posso acreditar nisso.

– HAHAHAHA! Vai rindo Potter.

– Ah eu vou mesmo, e mais ainda quando você contar a sua família.

– Você vai ver como estou falando a verdade.

– Tudo bem então.

– Você está é morrendo de inveja isso sim – brincou Ron.

– Claro que estou – disse Harry empurrando Ron.

Harry e Ron chegaram ao quarto empurrando um ao outro rindo, Jorge os observava e baixou os olhos.

– Não precisa ser desse jeito Jorge – disse Harry.

– Você não sabe o que eu... – Jorge tentou falar.

– Sim eu sei, eu nunca nem conheci meus pais e sofro pela morte deles imagina se eu os conhecesse, imagina se eu fosse ligado a eles como você era ao Fred. Mas, mesmo com o sofrimento a vida segue Jorge, a vida está passando lá fora, pra melhor dizer ela está correndo e quem está perdendo é você, está perdendo a chance de conhecer novas pessoas, de viver novas coisas, já está na hora de você se libertar dessa perda Jorge. – disse Harry.

– É Jorge, você tem que conhecer meninas novas Jorge, tem que se apaixonar, você precisa se apaixonar – disse Ron, todo sonhador.

– Harry, o que foi que aconteceu com o meu irmão? – perguntou Jorge.

– Uma palavra: Luna.

No dia seguinte Harry fora bem cedo ao quarto de Hermione, ela ainda estava dormindo, ele deu um beijo em sua testa e saiu. Mais tarde, Hermione se deu conta de que Harry não estava em casa.

– Você viu o Harry? – perguntou Hermione a Jorge.

– Não, na verdade quando eu acordei ele já não estava mais no quarto e olha que eu acordei cedo – respondeu o garoto.

– Que estranho.

– Relaxa, jaja ele está de volta.

– Certo.

– Hermione, desculpa te deixar sozinha, é que eu tenho que ir agora.

– Aonde você vai? – perguntou Hermione.

– Dar uma volta.

– Que bom, finalmente. Bom dia Jorge.

– Obrigado, bom dia também irritante sabe-tudo.

Os dois riram e Jorge saiu.

Jorge foi a Hogsmeade, ele iria lembrar-se muito de Fred, mas ele precisava sair um pouco de casa. Então resolveu entrar na dedosdemel já que ele amava doces.

Ele estava colocando várias caixinhas de doces de todo o jeito em uma cestinha quando uma menina cai sobre ele fazendo seus doces caírem no chão.

– Me desculpe, sério, eu sou uma desastrada. – disse a menina ajudando Jorge a levantar.

– Não, tudo bem, sem problemas. – disse ele finalmente olhando para ela. – Hã... eu... eu sou Jorge Weasley, prazer. – gaguejou apertando a mão dela.

A garota sorriu.

– Sou Angelina Johnson, o prazer é todo meu.

Jorge sorriu.

Já estava escurecendo quando Harry finalmente chegou.

– Harry James Potter, onde você estava? – berrou Hermione.

– Acho que o seu tom de voz saiu um pouco sério demais – disse Harry.

– Certo – disse Hermione saindo de perto dele.

– Espera Mione. Eu estava dando uma volta, só isso.

– Tudo bem então.

Hermione sentou no sofá e Harry sentou ao lado dela.

– Você fica linda com essa expressão ai de emburrada.

– Para, você não vai me convencer.

– E eu não estou tentando, só falando a verdade.

– O jantar está pronto – avisou Molly.

Quando todos estavam sentados prontos para jantar Ron fala.

– Bom, eu tenho que comunicar uma coisa – disse Ron.

Harry começou rir e os outros não entenderam.

– Cala a boca Harry – gritou Ron.

– Estou calado – respondeu Harry.

– Sem risadinhas.

Harry acenou, tentando abafar o riso.

– Eu vou me casar. – disse Ron, por fim.

Todos começaram a rir, exclusivamente Jorge, ele não ria daquele jeito havia muito tempo.

– Você sabia? – perguntou Hermione para Harry.

– Mione, sou o melhor amigo dele.

– Às vezes eu me esqueço disso.

– É eu sei.

– Com quem vai se casar filho? – perguntou Arthur – Quero pelo menos conhecer a moça, antes de se casarem.

– Luna Lovegood, pai.

– Ah, já conheço. Ela é uma bela garota Ron. Mas você está preparado? – perguntou o pai, novamente.

– É filho, acho que ainda é cedo demais para um casamento. – murmurou Molly.

– Gente, eu quero casar com a Luna, pode ser?

– Claro Ron, contanto que você esteja feliz. Nós estamos também.

– Eu também tenho que comunicar uma coisa – disse Gina um pouco desajeitada na cadeira.

– Vai se casar também? – perguntou Jorge.

– Bom, ainda não. Estou namorando Draco... Malfoy.

– VOCÊ ESTÁ NAMORANDO UM MALFOY? – gritou Jorge.

– Fale mais baixo Jorge, deixe sua irmã dizer o que ela tem para dizer. – sibilou Arthur.

– Sim, estou. Pai, ele mudou ele está melhor, ele é do...

– Calma Gina – disse Molly, interrompendo a garota – Entendemos. Ele realmente mudou?

– Sim mãe.

– Então... eu quero conhece-lo melhor. Acho que o problema todo nessa história não somos nós Gina e sim a parte da família dele.

Gina sabia que era verdade então não falou nada. Arthur e Molly se entreolharam confusos.

Algumas horas se passaram, Harry e Hermione estavam sozinhos na sala.

– Quanta confusão, não é? Para um dia só. – começou Hermione.

– Eu disse que ainda ia rolar muita água.

– É, disse.

– Vem cá – disse Harry puxando Hermione para mais perto. Ela deu um sorriso cansado.

Harry deu um beijo nela e beijou sua testa.

– Eu amo você – disse ele, a olhando nos olhos.