Ébano escrita por Ferana


Capítulo 8
Imprevistos


Notas iniciais do capítulo

Ok, antes de tudo, MIL DESCULPAS pela demora extrema, ainda mais depois de ter prometido que faria o outro capítulo rápido x.x
Sabem como é, final de semestre + exame de faixa de Kung Fu = Tempo 0 D:

Enfim, vou tentar ser menos lerda pra escrever nessas férias, mas não vou prometer prazos por conta do que aconteceu dessa vez, me desculpem mesmo :(

Enfim, chega de blá blá lá e vamos à história! ^^

Boa Leitura!



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A oficina de Norte estava a todo vapor, o natal se aproximava e seus duendes e yetis corriam de um lado para o outro, aprontando presentes, fazendo embalagens e estocando brinquedos. Norte estava tão imerso em seus afazeres que praticamente esqueceu de Hinkypunk e todo o caos que ele estava causando em pequenas vilas. Estava sentado em sua grande sala, desenvolvendo novos brinquedos especialmente para aquele inverno, quando de repente ouviu um baque atrás de si, era o Coelhão.

– Norte, temos que nos apressar! – Disse, quase preparado para fazer outro buraco. – Não dá tempo de arrumar seu trenó, vamos pelos meus túneis! Fada e Sandy já estão à caminho!

– Ei, ei, ei! Por que toda a pressa, Coelho? – Disse o russo, com cara de desentendido.

– Royena! Tem alguma coisa muito grave acontecendo com ela, olhe.

Coelhão apontou para a estatueta de areia que Royena havia entregue à cada um dos guardiões. O objeto tremia compulsivamente, se desfazendo em areia numa velocidade alarmante.

– Pelas barbas de mil yetis! – Norte deu um salto, chutando a mesa e quase derrubando todas as suas ferramentas. – Vamos logo, não temos tempo à perder!

Coelhão rapidamente fez um grande túnel no chão da sala e os dois pularam por ele – a emergência era tanta que mesmo Norte não se importou de viajar daquela forma que lhe era particularmente nauseante. Após algumas voltas e curvas fechadas, eles foram cuspidos pelo túnel na floresta de Royena e... Nada. Estavam cercados por silêncio e escuridão, nem sinal de perigo ao redor.

– Oras... – Resmungou Norte. – Será que a estátua estava... Com defeito?

– Não, é muito cedo para cantar vitória... – Coelhão estava em posição de ataque, armado de seu bumerangue.

Os dois avançavam lentamente em direção à orla da floresta à frente deles, quando ouvem algo caindo logo atrás. Ao se virarem, na adrenalina, vêem Royena desmaiada e correm por impulso em sua direção. Grande erro. A garota se levanta repentinamente, inflamada e os cerca num círculo de labaredas altas, envolvendo e jogando-os contra o tronco de uma árvore gigantesca. A visão calma ao redor deles começa a se dissolver no ar como tinta, revelando que eles na verdade estavam presos em uma jaula de fogo, junto com Fada e Sandy.

– Mas o que diabos é isso? – Exclamou Coelho, pondo-se de pé rapidamente, mesmo estando queimado.

– Lucien fez uma emboscada! Ele está extremamente forte a ponto de nos envolver em suas ilusões, foi assim que ele nos prendeu aqui também. – Disse Fada, flutuando dificultosamente ao lado de Sandy. – E não apenas nós...

Ela apontou para outra jaula de labaredas, onde Breu estava, em posição de ataque igual aos guardiões, com seus olhos ardendo de fúria. Porém, as observações momentâneas foram cortadas por um riso agudo e confiante.

– Ora, ora, ora! O que temos aqui? – Lucien surgiu de um pilar de chamas. – Quatro presas que caíram nas minhas ratoeiras? Pelo visto, acho que alguém está ficando mais forte.

– Pare de contar vantagem, bicho feio! – Gritou Coelhão. – Até parece que é alguma vitória nos prender com esses seus truques imundos, seu verme!

– Oh, truques imundos, isso me ofende... Talvez eu precise descontar minhas mágoas em alguma coisa.

Lucien tirou a mão que estava atrás das costas e revelou o corpo de Royena, semiconsciente, segurando-a pela cabeça. A garota estava completamente suja de terra e ensanguentada. O sobressalto foi geral – menos por Breu, que apenas cerrou ainda mais os dentes, possuído por puro ódio. Royena tentou agarrar a mão de Lucien, mas estava esgotada a ponto de fazer mais força para levantar o braço do que para ataca-lo propriamente.

– Ah, minha cadelinha ainda está viva. Uma pena que ela esteja tão fraquinha, tão sem poderes e... Desacreditada. – Lucien olhava os guardiões com uma malícia sem fim, ergueu a garota até a altura do rosto e lambeu rispidamente o sangue que escorria do queixo até a têmpora dela.

– Reaja, sua idiota! – Foi a vez de Breu falar, na verdade explodir, em direção à Royena.- Pare com essa frescura estúpida e use seus poderes reais!

– Poderes reais?! – Gritou Norte. – Está louco, quer que ela se torne um Hinkypunk também?!

– Se ela não fizer isso agora, vai morrer! Todos vamos morrer! – Breu rosnava na direção de Norte, expondo seus dentes afiados, inconformado.

– Não, deve haver outra solução! – Fada flutuava freneticamente, tensa, tentando não acertar as colunas de chamas com suas asas. – Tem de haver!

– NÃO HÁ! – Breu estava quase se atirando contra as barras de sua jaula. Ele se voltou para Royena novamente. – Pare de ficar prendendo seu verdadeiro poder por uma porcaria de promessa estúpida e sem sentido!

– Promessa estúpida e sem sentido? Ora, seu desgraçado, pare de tentar corromper quem ainda tem honra aqui! – Gritou Coelhão. – Engula isso e cale a boca!

Coelhão se preparou para atirar o bumerangue na direção de Breu, mas foi parado bruscamente pro Sandy, que apenas fez um sinal de ‘não’ com o indicador. Sobre sua cabeça, surgiram 6 cruzes que foram engolidas por fogo.

– Infelizmente um de vocês ainda tem sanidade. – O sorriso sumiu do rosto de Lucien. – Se não vão se autodestruir como tenho tentando fazer que aconteça há semana... Royena e eu vamos dançar!

Dito isso, Lucien a agarrou pelo rosto e afundou a cabeça da mesma com toda a força contra a terra. Ela tentou fazer com que a terra prendesse a mão de Hinkypunk, mas ele apenas riu e destruiu a fina camada de terra que havia sobre sua mão fechando o punho fortemente.

– Sua cadela desgraçada, sujou minha roupa com a sua imundice! Alguém vais e arrepender! – disse ele, limpando a terra da manga de sua camisa.

Uma sequência de espancamento começou logo diante dos guardiões, que gritavam em desespero e fúria, chamando Lucien de covarde, sujo e outras palavras que criança alguma imaginaria saindo da boca dos mesmos. Breu apenas observava, com o olhar sem vida, a garota ser espancada, até que Lucien a chutou com tanta força que ela foi parar ao lado da jaula de Breu, com sangue vertendo da boca. Ela, com suas últimas forças, apenas ergueu os olhos e o encarou.

– Vamos morrer. E a culpa é toda sua. – Foram as palavras finais do Rei dos Pesadelos à garota.

Antes que ela pudesse responder algo, o pé de Lucien pousou violentamente contra a têmpora que estava virada para cima, afundando significativamente a cabeça de Royena na terra. Ele ria enquanto remexia o pé sobre a cabeça dela, como se esmagasse um inseto.

– E então Breu, o que está sentindo agora? – Ele riu, maligno, olhando o concorrente de sustos. – Está sentindo Med-

Sua voz parou abrupta e ele arregalou os olhos. Olhou para baixo e viu a mão de Royena em torno de seu tornozelo, apertando-o a ponto de quase quebrar seus ossos. Ele rapidamente usou a bengala no pulso da garota, fazendo-a soltá-lo, e saltou para longe.

– Mas que merda foi essa?! – Ele a olhava, surpreso e irritado.

Royena levantou cambaleando, apoiando-se primeiro no solo, depois nos joelhos, até ficar totalmente ereta. Ela olhou diretamente nos olhos de Lucien, que ficou com a expressão mergulhada em surpresa de repente. Os olhos dela brilhavam, vermelhos, e ela tinha o sorriso mais maligno que já exibira em vida nos lábios. Ela levantou a mão e chamou-o, provocativamente, com o indicador.

– Vamos lá, Lucien, não queria dançar?


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Notas finais do capítulo

Espero que pelo menos esse capítulo tenha valido a espera ^^'

Mais tensão, sangue e surpresas vem por aí, aguardem, mwahahaha >:3
Até o próximo capítulo!