Lembre: Nada É Verdade. escrita por Yagah
Notas iniciais do capítulo
Ficou chato :s Foi mal, não estava com muita cabeça pra escrever. Mas está aí, deem sugestões pra continuar :33
Bjs e obrigada ;*
Annie não perde tempo, assim que chega à sede fala com Bee, que, para o espanto dos garotos deixa que a menina vá fazer a ‘visitinha’ ao prefeito e ainda incentiva. Ela pega um atalho pelos telhados até a famosa casa do homem.
Entrar no condomínio era problema, mas uma vez lá dentro seria fácil invadir a casa que ela precisava. Os seguranças particulares não eram melhores que os públicos, ambos ficavam parados a maior parte do tempo, a diferença é que os policiais ficam de pé e os seguranças particulares sentados em uma cabine lendo jornal.
A Assassina consegue entrar e neutraliza o guarda, depois ela procura a casa e, como diziam os boatos, era uma mansão completamente desproporcional ao salário de um prefeito. E ver a magnitude da casa com certeza ajudou Annie a ficar com mais raiva do homem.
Os minutos seguintes foram complicados, o condomínio era muito aberto e não tinha como se esconder, eram pelo menos trinta metros abertos até um arbusto pequeno, depois havia um bambuzal e a partir daí não teriam mais problemas.
“Que sufoco.”, pensou Annie depois de conseguir fazer o percurso sem ser vista. A casa era estilo colonial, com diversos adornos nas paredes (o que facilitaria muito a escalada) e uma sacada. “Isso foi construído para escalar.”, Annie riu consigo ao ver que não seria esforço nenhum chegar à sacada.
A Assassina corre e escala a parede com uma habilidade impressionante até mesmo para os Assassinos, como Bee comentara com os garotos era difícil vencê-la na velocidade e agilidade. Um arame fino guardado no bolso canguru da roupa resolveu o problema da janela trancada.
O prefeito estava lendo jornal em frente à lareira com o ar condicionado ligado no máximo, pois estava um frio inumano dentro da casa.
— Nice place. — Annie fala fazendo o homem cair da cadeira. Ele olha a garota como se estivesse vendo um fantasma e tenta desesperadamente levantar, mas o medo é tanto que as pernas não obedecem. — Calma prefeito, eu só quero conversar.
— P-por favor! Não me mate. E-eu tenho dinheiro, posso te dar quanto você quiser!
— Não, obrigado pela oferta, você é um homem muito caridoso. — Ironiza a Assassina enquanto mexe na rica decoração do quarto, até achar o que procurava: uma cruz Templária.
— O que você quer? Peça qualquer coisa, mas não me mate!
— Tudo bem. Vou pedir para que Vossa Senhoria arrume estas escolas, — Annie entrega uma lista amassada para o homem. — dê um jeito no transporte público, faça uma campanha contra o homossexualismo e... Bem acho que por hora é o bastante. O que me diz?
— Não é tão simples, garota.
— Querido, eu não quero saber da complexidade, até porque os esquemas de corrupção que vocês armam são bastante complexos, então faça o que eu estou lhe pedindo. E não vai adiantar se esconder, reforçar a segurança e coisas do gênero, ok? Eu vou entrar de qualquer jeito, e se houver outra visita pode ter certeza que você não vai sair vivo dela. Tchau.
A Assassina salta da sacada acenando para o prefeito ainda degustando o modo como o rosto dele ficara pálido. Ela não se cuida tanto ao sair, apenas cruza o mesmo caminho correndo, sem se importar em ser vista.
— Bee. — Connor entra cabisbaixo no escritório seguido por Ezio do mesmo jeito, como crianças que quebraram um vidro jogando bola.
— Sim? — Bee não tira os olhos do computador, apesar de estranhar o tom de voz de Connor.
— Precisamos conversar contigo. — Desta vez Bee é obrigado a olhá-los, aquele não era o estado normal do mohawk.
— O que foi? — Ele pergunta preocupado indicando as cadeiras.
— Eu recebi uma ligação hoje, do nosso amigo Abbas. Ele foi enviado para o Brasil, deve chegar em três ou dois dias.
— Por que ele está vindo?
— Ele disse que o objeto que os Templários procuram não pode cair na mão deles nem dos mercenários.
— Mas vocês nunca me falaram desse Abbas. Eu lembro que Ezio falou do... do...
— Altaïr. — Fala o italiano desanimado.
— Esse mesmo. Por que não o enviam?
— Ele e nosso outro amigo, Malik, estão se recuperando de uma missão, parece que se machucaram feio, e foi Altaïr que botou tudo a perder. Então enviaram Abbas, que era o único disponível. Nós nunca fomos melhores amigos, mas ele é um bom Assassino. — Connor não consegue esconder a tristeza quando fala em Altaïr e Malik.
— E aconteceu mais alguma coisa nessa missão que os garotos se machucaram?
— Kadar... irmão mais novo de Malik, Assassino em treinamento, não teve experiência suficiente para lidar com tantos inimigos e...
— Já entendi. Lamento a perda. — Bee suspira e esfrega os olhos. — Bem, acho que ainda temos um colchão por aí, se ele quiser ficar aqui.
— Obrigado, mas acho que seria melhor nós arranjarmos um apartamento ou uma casa.
— Não. Vão ficar aqui, ainda não confio cem por cento em vocês. Não sei se não vão armar para mim ao sair daqui.
— Entendo. — Connor fala antes que Ezio abrisse a boca, pois o italiano ficara um pouco irritado com comentário. — Obrigado por nos deixar ficar aqui. E, Bee, não gostaríamos que Annie soubesse da morte deste nosso amigo.
— Tudo bem. Vocês falam pra ela sobre esse tal Abbas.
Quando os garotos saem da sala quase esbarram em Annie, que acabara de chegar e estava indo falar com Bee.
— Conversou com o prefeito? — Pergunta ele.
— Claro. É inacreditável como esses caras estão dispostos a arriscar tudo pra continuar naquela vidinha fútil e sem graça. Hoje quando ele deu um depoimento da janela da prefeitura estava confiante e se achando superior, mas quando eu entrei no quarto, quase teve um colapso nervoso.
— Eu imagino. — Bee dá um sorriso forçado, ele estava realmente cansado, há alguns dias sem dormir.
— E Paola? Ela não devia estar te ajudando?
— Ela está viajado com o nosso próximo alvo e disse que faz questão de eliminá-lo. Eu deixei, se eu a conheço deve estar comendo caviar e bebendo champanhe em alguma ilha do pacífico agora.
— É... Paola sendo Paola. Vou dormir, tenho aula amanhã. — Annie dá um beijo na testa de Bee e vai para o quarto.
Connor e Ezio estavam sentados em suas camas conversando seriamente, para Annie era normal ver o mohawk sério, mas Ezio era algo totalmente inusitado. Ela só escutou a última frase antes de eles pararem de falar subitamente: “Foi enviado pra cá”.
— Quem?
— O que? — Ezio olha para trás para encarar a garota.
— Quem foi enviado pra cá?
— Aaaan... Bem é... — Ezio começa a gaguejar.
— Um amigo nosso. Pra reforçar o grupo. — Connor interrompe.
— Mesmo? Não esperava por essa. Mas porque agora? — Annie pergunta procurando um pijama no guarda-roupas.
— Não sabemos, ele ligou e disse que Al Mualim o enviou.
— E por que esse Al Mualim não falou diretamente com vocês? — A garota não consegue esconder que está desconfiada.
— Ele é um homem atarefado.
— Duvido que não tivesse cinco minutos pra informar isso à vocês, e mesmo assim tem outros responsáveis lá, não tem?
— Tem, é que...
— Tinha algo a mais para falar? — Os garotos a olham com um misto de surpresa e confusão, o que ajuda Annie a confirmar que realmente havia mais coisas. — Bom, vou tomar meu banho.
Os dois ficam sem reação, de queixo caído, completamente bestificados do modo como a garota conseguira fazê-los cair em seu jogo.
— V-você viu isso? — Ezio aponta para a porta. — Você viu como essas mulheres são ardilosas? Como a gente caiu nessa? Ela vai fazer 15 anos e conseguiu passar a perna em dois marmanjos.
— Ela não é ardilosa. Nós que fomos burros. — Connor dá um meio riso tentando acreditar que Annie conseguiu fazê-los falar tanto.
Depois de um longo banho Annie volta para o quarto, encontrando os garotos com a mesma expressão incrédula que os havia deixado. O celular de Connor que está em cima da cama começa a vibrar, ele praticamente se atira em cima do objeto.
— Quem é? — Pergunta Ezio curioso.
— Mensagem de Abbas: “vou desembarcar no aeroporto às 9h, depois de amanhã, espero que tenha alguém para me buscar.”. — Connor lê a mensagem em voz alta.
— Pergunta se ele não quer uma limusine também. — Ezio fala revirando os olhos ao lembrar dos treinos com Abbas, o garoto era arrogante e sempre falava como se soubesse de tudo.
— Então vocês nem gostam desse Abbas? — Annie pergunta se atirando de bruços na cama.
— Não somos melhores amigos... Mas ele é nosso ‘irmão’, isso que importa.
— Acho que... — Annie é interrompida pelo bip do seu celular. Momentos atrás ela achara Connor meio louco por ter se atirado em cima do celular para ver a mensagem, mas ela agiu da mesma forma.
— Acha que?
— Espera. — Annie começa a escrever algo com um sorriso completamente bobo.
Connor e Ezio ficam observando a garota digitar, às vezes morde o lábio inferior sorrindo e parece articular palavras enquanto escreve. Ela acaba não terminando de falar, fica trocando mensagens no celular até passar das 2h, que é quando ela finalmente pega no sono.
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Eu sei que ficou chato, mas prometo que no próximo vai melhorar. E digam o que estão achando :3
(desculpem qualquer erro)