Pov Bill

Segui com Mathew pela floresta. Ouvi os caçadores e Rachel conversando. Fiquei curioso.

–Daria tudo para poder saber sobre o que eles estão conversando.

Mathew me olhou com um sorriso alegre. Eu sabia o que significava.

–Não cara! Não vou espiar!

– Vamos lá! É só a Rachel e um bando de garotos com jaquetas maneiras, e arcos nas costas. Nada de mais.

“Claro nada de mais, para alguém que quando morre, é transformado em uma planta ou ser-vivo.” Pensei.

O sátiro me puxou e seguimos em direção aos visitantes.

–Ai viu!- deu-me um cutucão- perdemo-los de vista!-

Ouvimos passos agitados, os caçadores retornavam correndo em direção aos chalés. Carregavam algo entre eles. Algo não! Alguém! Eles carregavam Rachel Dare!

–Ah,deuses! Rachel desmaiou! Math,devemos ir até..

Alguém me agarrou por trás. Primeiro pensamento foi que Mathew estava a brincar comigo. O segundo foi “Monstros, socorro! “. Mas vi que meu companheiro espião havia sido agarrado também.

Ótimo. São monstros.

– Será que vocês mocinhas do Acampamento tem de nos espiar?

Foi a voz de uma garota que perguntou. Ela me jogou no chão, e eu a vi.

Uma garota um pouco menor que eu. Cabelos curtos. E olhar assustador me encarava. Era a garota sorridente que viera com os caçadores. O sorriso dela havia sido substituído por um olhar de desaprovação.

–é! E ainda traz um bode? Bem corajoso. O que é? Ele pode disparar lasers pelos olhos?-debochou a minha raptora – o que fazer com vocês?

–O Lago – disse a raptora de Mathew

Elas começaram a nos arrastar em direção ao Lago Zéfiro.

“Ótimo, banhos no lago. Domínio de Poseidon. Um bom local para um filho patético de Zeus”

A garota maior pegou Math pela camisa e fez menção de jogá-lo ao lago.

–Eu prometo! Nunca mais espiono vocês! Prometo! Eu... Eu dou uma flauta para cada uma...

–Hey! Meninas estão nos convocando... Mas que Hades é isso?!-

A voz era de um garoto, que corria em nossa direção. Usava roupas largas e uma alija pendia em seu ombro esquerdo.

–Bea! Helena! Larguem eles!

As garotas nos soltaram no chão como se fossemos sacos de batatas.

–Lucian... er. Desculpe-nos, espionando... Já estamos indo. – A garota alta que supus ser Bea, puxou Helena a menor pelo braço, e a arrastou até os chalés. As duas riam.

Lucian nos olhou rasteiro. Ofereceu-me a mão direita. Segurei-a e num puxão ele me pós de pé.

–Vocês são veteranos aqui suponho-disse tirando os olhos de meu colar de contas, na qual havia três contas pendendo- me ajudem a procurar um filho de Zeus.

–De Zeus?! Não precisa mais procurar, o que o senhor procura esta na sua frente- anunciou Math- meus serviços estão concluídos.

–Ahn... Você?-ele segurou um riso- Certo. Venha comigo.

“A qual é! Ele estava querendo rir! Sei que não sou um filho talentoso de Zeus, mas espera aí. Tenho lá minhas qualidades... eu... vôo... e a quem quero enganar. Sou um fracasso”

Ele nos levou para a Enfermaria. O local estava ocupado de campistas. Alguns envoltos por bandagens.

– Tenente! Aqui está o filho dos céus. A missão está indo em um rumo... Interessante.

O tenente me olhou. Os olhos verdes encontraram os meus azuis. Um leve choque de rivais. Gotas de suor escorreram de minha testa.

“Ou ele será meu amigo. Ou inimigo.”

–Opa, missão? Eu não aceitei nada!- despejei em cima deles

Os caçadores se entreolharam.

– Este é seu destino jovem.

Disse uma voz as minhas costas. Era Quíron.

– Sinto que não pode recusar um convite dos deuses.