Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 35
Capítulo 35




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Alguns monitores se gabavam do fato de terem só para eles um banheiro grande e bonito, no qual eles podiam passar horas desfrutando das inúmeras opções de espumas que lhes eram oferecidas, mas Tom Riddle era diferente. Talvez fosse pelo fato de que ele já tivesse o seu próprio quarto, onde não precisava dividir o banheiro com ninguém... Ou talvez fosse porque o rapaz tinha medo de que alguém entrasse no banheiro quando ele estivesse lá. De qualquer maneira, o jovem sonserino usufruía pouco do banheiro dos monitores, indo lá apenas quando achava necessário... E naquela noite Tom julgava necessário uma visita ao local.

Depois de ensinar uma lição à Avery e Lestrange, o garoto fora para o banheiro dos monitores, visando esquecer um pouco tudo o que se passava pela sua cabeça. Antes de se sentir totalmente à vontade no lugar, Riddle lançou o máximo de feitiços possíveis para impedir a entrada de qualquer pessoa no local.

Ligou as torneiras e ficou observando a banheira (que mais parecia uma piscina) se encher de água quente e espuma. Ele só havia usado aquele lugar uma ou duas vezes antes... Uma vez para se acalmar para as provas dos N.O.Ms, e outra para pensar sobre um assunto um tanto particular.

Quando a banheira ficou totalmente cheia, o rapaz retirou as roupas e jogou-as em um canto próximo à água. Ao entrar, Tom sentiu a incomoda sensação da água quente queimando-lhe a pele, que estava fria graças ao vento gelado que entrava no banheiro, mas logo se acostumou com a temperatura.

O rapaz tocou o fundo da banheira com os pés, vendo como a água batia em seu queixo... Ele odiava não ser um pouco mais alto. Seu pai era alto, por que ele também não podia ter um pouquinho mais de altura? Talvez tivesse herdado a baixa estatura de sua mãe.

Depois de olhar em volta mais uma vez, Riddle se abaixou até estar totalmente submerso na água quente. Sentiu os olhos queimarem um pouco ao abri-los para poder enxergar o fundo da banheira...

O garoto adorava aquela sensação de paz que ele sentia ao olhar para as paredes de azulejo distorcidas pela água, e ao ouvir o silêncio que havia naquele mundinho submerso... Aquilo tudo o ajudava a pensar.

Ele tinha tanto o que fazer... Tanta coisa para pensar... Hermione, horcruxes, N.I.E.Ms, tarefas, Avery, Lestrange, Varinha do Destino...

Varinha do Destino. A suposta varinha dada para um dos irmãos do conto de Beedle... Coincidentemente, o prof.Binns tocara no assunto da tal varinha durante a aula de História da Magia daquela tarde. De acordo com o velho professor, haviam vários registros de bruxos que, em posse de uma certa varinha, tinham poderes quase ilimitados... Uma prova de que a Varinha das Varinhas realmente existia.

E Tom Riddle estava interessado nela.

“Imagine o que eu poderia fazer com uma arma dessas...”

Um pequeno sorriso malicioso apareceu nos lábios esbranquiçados do garoto. Sentindo a falta de ar finalmente o incomodando, Riddle deu um impulso para cima e tirou a cabeça da água, respirando fundo e enxugando os olhos.

Olhou para as próprias mãos, vendo como as pontas de seus dedos começavam a enrugar com a umidade... Sorriu novamente, imaginando a Varinha das Varinhas em sua mão.

Ele já tinha imortalidade e poder, mas um pouco mais de poder em suas mãos não iriam lhe fazer mal, não é mesmo?

****

O jovem sonserino suspirou pesadamente enquanto virava a página do livro empoieirado da biblioteca, pensando em tudo o que ele precisava fazer. Avery e Lestrange não eram mais problemas, Hermione havia se acalmado (mas mesmo assim, havia faltado mais um dia de aula), ele já havia dado comida à Nagini... Só faltava terminar aquele trabalho de História da Magia.

– Posso saber o que você tanto lê aí?

O rapaz ergueu os olhos para ver a namorada sentada ao seu lado no sofá. A garota ainda estava com uma expressão cansada no rosto, mas já havia parado de chorar o tempo todo.

– Trabalho de História da Magia – ele explicou, vendo ela olhar para o livro, interessada.

– A Varinha das Varinhas? – a grifinória perguntou, olhando para o garoto com uma sobrancelha arqueada – Isso não é parte de um dos contos de Beedle?

– Sim, e também faz parte da história, Hermione.

– Não creio que você acredita nessa história – ela revirou os olhos – É só um conto para fazer jovens bruxos e bruxas dormirem... Não uma história de verdade.

– É a relíquia com mais probabilidade de existir – disse Tom, pegando um pergaminho e mostrando para ela – Veja, a varinha deixa um “rastro de sangue”, sabe? Um bruxo poderoso é morto, roubam a sua varinha, o ladrão fica poderoso... Até outra pessoa matá-lo e tomar posse da varinha.

– Acho que isso é só uma desculpa para acreditarem...

– Você precisa abrir mais essa sua cabeça, Hermione – o rapaz riu – Veja, supostamente, Antíoco Peverell conseguiu a varinha primeiro... Depois, foi morto por Emerico, o Mal, que foi morto por Egbeto, o Erégio... E por aí vai. Um rastro de sangue.

– Certo, Tom, agora me diga... Se é tão fácil rastrear a varinha, com quem ela está agora?

Um sorriso malicioso apareceu nos lábios do rapaz.

– Vamos, Hermione, você é a bruxa mais inteligente da nossa série – ao ouvir isso, a menina sentiu o rosto corar – Quem é o bruxo mais poderoso no momento?

– Ahm... Dumbledore? – ela sabia que sua resposta estava errada quando viu a expressão de frustração que apareceu no rosto do garoto.

– Eu sei que vocês, grifinórios, idolatram o prof.Dumbledore, mas temos que concordar que Grindelwald é mais poderoso que o nosso professor de Transfiguração.

"Grindelwald, é óbvio...”

– Mesmo que eu não seja simpatizante daquele homem – Riddle falou, fazendo uma careta – Tenho que admitir que ele é poderoso.

– Sim, mas... A Varinha das Varinhas?

– Sim, a Varinha das Varinhas... Ou você pode chamá-la de A Varinha da Morte, A Varinha Anciã, A Varinha do Destino...

Hermione riu. Ela percebera que, quando Tom se empolgava com alguma coisa, ele ficava sempre de bom humor, parecendo uma criança excitada com um novo brinquedo.

– Deve ser ótimo ter uma varinha dessas – os olhos de Tom brilharam enquanto ele falava – Vencer todos os duelos, ser o bruxo mais poderoso...

“Você vai ser, Tom, infelizmente, vai ser”

– Você não precisa de uma varinha especial para ser poderoso, Tom.

– Não, mas com uma eu poderia ser ainda mais poderoso – o rapaz sorriu – Não haveria um bruxo sequer que poderia me derrotar...

– Então... Se fosse possível, você iria atrás da tal varinha invencível? – a grifinória perguntou, temendo a resposta.

– É claro, Hermione – o sonserino exclamou, olhando-a como se ela fosse louca – E não é“se fosse possível”... Eu vou atrás da Varinha das Varinhas e a terei, acredite em mim.

“Ah, não...”

Tom Riddle tinha uma obsessão por poder. A Varinha das Varinhas lhe daria esse poder... O rapaz queria a varinha, Voldemort queria a varinha.

“Voldemort com a varinha ficaria ainda mais poderoso”, ela olhou para o garoto, “Harry não teria chance contra ele”

– Hermione ?

– Ah, me desculpe, Tom, não estava prestando atenção...

O monitor voltou a olhar para o pergaminho no qual estava escrevendo a sua pesquisa. Hermione ficou apenas o observando, não acreditando que aquele rapaz tão inteligente como Tom pudesse virar o monstro que Voldemort era... Como aquilo poderia ter acontecido?

– Seus amigos estavam preocupados ontem– Riddle comentou - McGonagall e Purkiss estavam querendo saber onde você estava.

– O que você disse?

– Que você não estava se sentindo bem – o garoto explicou – Não perguntaram nada hoje. Vai aparecer na aula amanhã, certo?

– Sim – ela sorriu.

– Que bom, porque você não precisa se preocupar com mais nada... Ninguém vai machucá-la.

Observando-o, Hermione percebeu que havia alguma coisa errada. O sorrisinho malicioso nos lábios do sonserino e o brilho em seus olhos deixavam claro que alguma coisa havia acontecido...

– Tom? Você fez alguma coisa com Avery e Lestrange?

Riddle a encarou, antes de dar um sorrisinho simpático, passar o braço em volta dela e puxá-la para mais perto.

– Não, é claro que não.

*****

A Ala Hospitalar estava quieta, apenas alguns alunos estavam no aposento. Uma menina corvinal estava se acalmando graças a uma poção, depois de ter tido um ataque de nervosismo enquanto estudava para os N.O.Ms e, perto dela, dois sonserinos estavam parados ao lado de uma cama com outro rapaz.

– Parece que o orgulho grifinório da garota não foi o suficiente para impedir que ela contasse para o namorado o que aconteceu.

– Cale a boca, Malfoy! – Avery, que estava deitado na cama, resmungou – O que eu menos preciso agora é ter você dando sermão.

– Tudo bem... – o loiro deu de ombros – Mas então, o que mais ele fez com vocês?

– O que mais ele fez? – Lestrange sussurrou – Será que tentar me sufocar e quebrar a perna de Avery já não é o suficiente!?

– Sim, mas eu achei que talvez ele tivesse feito mais alguma coisa... Quero dizer, ele é Tom Riddle – Abraxas comentou – Ele gosta de fazer os outros sofrerem.

– E ele teve sucesso em nos fazer sofrer, infelizmente – Alphard falou, fechando os punhos com força – Mas aguardem, quando eu puser as minhas mãos naquele mestiço...!

O rapaz se calou ao ver a enfermeira se aproximar com a poção que ele deveria tomar para não ter dor. Do mesmo jeito que o braço de Lestrange, a perna do sonserino não fora consertada com rapidez... Parecia que os ossos relutavam em se encaixarem novamente.

– Tome, Sr.Avery – a bruxa empurrou para ele a poção – E não faça careta! Se quiser essa perna curada é bom você tomar tudo o que eu lhe der...

Madame Heilen lançou um olhar desconfiado para Abraxas, que havia sido acusado de quebrar o braço de Lestrange da última vez. Malfoy não perdera tempo quando vira Alphard com a perna machucada, dera logo um jeito de conseguir apagar o feitiço da memória da varinha, para que a curandeira não o acusasse novamente.

– Você tem sorte de não ter sido acusado dessa vez – Avery falou, vendo a mulher se afastar – Teria pego ainda mais detenções...

– Sim, mas eu fiquei pensando... Por que Riddle não usa a varinha dele? Se é possível apagar o feitiço.

– Ele não quer arriscar, Abraxas – Lestrange explicou – Riddle é o a precaução em pessoa... Se alguém o pega fazendo coisas “proibidas”, toda a reputação dele está acabada. É melhor ser precavido.


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