Riddles Riddles escrita por themuggleriddle
Naquela manhã, ao ver Hermione conversando com Minerva na aula de Feitiços, Ron ficou mais tranqüilo. O rapaz havia ficado preocupado desde que a amiga desaparecera das aulas fazia dois dias... Hermione Granger nunca faltava aula, a não ser que alguma coisa estivesse muito errada.
Riddle havia dito que a garota estava passando mal, talvez fosse verdade, pois o ruivo percebera que a grifinória tinha um ar meio abatido.
“E por que ela não foi á Ala Hospitalar?”
Quando ele fizera essa pergunta à Harry, o garoto de cabelos escuros apenas deu de ombros. O amigo ainda estava irritado com o fato de que Hermione estava namorando o futuro Lord das Trevas... Certo, era óbvio que ele estaria irritado! Mas aquela atitude infantil do rapaz em relação a tudo o que estava acontecendo estava começando a irritar Ron.
– O que ela quer?
– Hein?
– Ela – Harry apontou para Hermione, que se aproximava deles com cautela – O que ela quer?
– Deve estar querendo conversar – o Weasley falou, observando a amiga.
– Harry, Ron – a menina sussurrou, olhando em volta – Posso falar com vocês... Em um lugar mais reservado?
O ruivo concordou e teve que praticamente puxar Harry para um canto mais isolado do corredor. A garota parecia estar com vergonha de falar com os dois.
– Preciso falar uma coisa que talvez seja importante... – ela murmurou, olhando para os dois e ficando vermelha – É sobre o Vold... Sobre o Tom.
– Hermione – Harry soltou um muxoxo – Não precisamos ouvir mais sobre como ele ainda não é Voldemort...!
– Eu não vim falar sobre isso! – a bruxa o interrompeu, sentindo os olhos se encherem de lágrimas – Eu quero te ajudar, Harry! Se você não quer me ouvir, então...
– Mione, tudo bem – Ron interveio na conversa, com medo do que o amigo pudesse falar para a menina – Diga o que você quer nos dizer.
– Ron, você conhece o Conto dos Três Irmãos, certo?
– Sim.
– Conto dos Três Irmãos? – Harry perguntou.
– É um conto de fadas, Harry – o rapaz de olhos azuis explicou – É a história de três irmãos que ganham presentes da morte... A pedra da imortalidade, a capa da invisibilidade e a varinha invencível. Mas, Mione, o que isso tem em relação ao Riddle?
– Tom descobriu que a Varinha das Varinhas provavelmente existe – a grifinória começou – Ele me disse que... Que iria tentar achá-la, tentar se tornar o mestre dela... Você sabe o que isso significa?
– Que Voldemort iria ter uma varinha invencível – dessa vez foi Harry quem falou – Mas a varinha dele não é tão poderosa no futuro...
– Porque ele não conseguiu encontrar a varinha – Hermione explicou – Ou melhor, não conseguiu se tornar o mestre dela... Ainda.
Os dois rapazes a encararam por um tempo.
– Como assim, Mione?
– Tom sabe aonde está a varinha, Ron... Grindelwald é o mestre dela no momento – a garota falou – Me diga, como uma varinha passa para outro mestre?
– Derrota. O bruxo tem que ser derrotado, assim a sua varinha passa para quem o derrotou – o ruivo respondeu.
– Quem derrota Grindelwald?
– Dumbledore – Harry respondeu de imediato, lembrando-se das inúmeras figurinhas de Sapos de Chocolate que ele tinha com a informação de que o futuro diretor de Hogwarts derrotara o tão temido bruxo das trevas.
– Quem será o mestre da varinha?
– Dumbledore! – os dois responderam juntos.
– Como Voldemort conseguiria pôr as mãos na varinha?
– Derrotando Dumbledore – disse o garoto de olhos verdes – Mas Dumbledore é muito mais poderoso que Voldemort, então...
– Ele mandou outra pessoa o matar! Mandou Malfoy! – o ruivo completou.
– Porque era muito mais fácil matar o Malfoy do que matar o Dumbledore – Hermione murmurou.
– Mas Snape o matou, não Malfoy.
– De qualquer jeito, Harry, é bem mais fácil matar Snape do que Albus Dumbledore - a menina explicou.
– Voldemort vai ter a posse da Varinha das Varinhas... Isso significa que vai ser impossível derrotá-lo, Hermione! – Ron exclamou.
– Não impossível – a garota respondeu, fazendo uma careta – Mas muito mais difícil...
– Toda essa história é muito interessante – o moreno resmungou – Mas no que isso nos ajuda?
– Não ajuda muito, mas é bom para você se preparar para o que virá, Harry.
Os três ficaram se encarando por um tempo. Hermione se perguntava se os amigos iriam falar alguma coisa sobre ela e Tom, mas parecia que ambos não queriam tocar no assunto... Mas ela precisava falar.
– Me desculpem.
– O que? – Ron perguntou, olhando a amiga, que tinha os olhos cheios de lágrimas agora.
– Eu desapontei vocês... Muito – a garota olhou para os lados, vendo se não havia ninguém por perto, e passou a mão nos olhos, tentando secar as lágrimas – Mas... Eu não sei por que, mas não consigo ficar longe dele.
– O que ele fez com você, Mione? – a voz de Ron soou preocupada.
– Nada! Essa é a pior parte... Ele não fez nada – ela riu tristemente – Na verdade, ele fazia questão de mostrar como me odiava, e eu fazia a mesma coisa... Acho que nós acabamos fazendo alguma coisa errada naquele jogo de ódio.
Ela pôde ouvir a risada dos dois amigos.
– Desde quando vocês estão juntos? – Harry perguntou e, pela primeira vez em dias, Hermione podia ver o antigo Harry Potter falando com ela.
– Na festa de Ano Novo, depois que vocês saíram, ele me convidou para dançar – ela pôde ver Ron contendo uma risada – Ele me beijou, mas depois disso nós não nos falamos por um bom tempo... Algumas coisas aconteceram e... Ele decidiu me pedir em namoro.
– Vocês se beijaram uma vez e ele já te pediu em namoro!?
– Claro que não, Ron! – a garota riu – Nós tivemos alguns momentos... Romanticos.
– Voldemort e romance são duas coisas que me parecem impossíveis de serem associadas – Harry murmurou – Me desculpe, Mione, mas... É difícil para mim não pensar nele como Lord Voldemort.
– Eu sei – a menina sorriu – Eu não acreditava nisso também, mas, sei lá, acho que eu consegui ver Tom Riddle no lugar de Voldemort...
– Mione – o rapaz de óculos riu, passando um braço pelos ombros da amiga – Você merece um prêmio por isso.
– É... Só você mesmo para aceitar sair com aquele nojento do Riddle – Ron riu.
Hermione sorriu e se jogou para cima dos amigos, abraçando-os com força.
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