Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 34
Capítulo 34




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– Onde está a Hermione? – Minerva perguntou, esticando o pescoço e tentando encontrar a amiga na sala de Poções – Ela não apareceu durante toda as aulas hoje!

– Fique calma, Minerva – Charlus falou, ajudando-a a cortar alguns cogumelos para a poção que eles estavam preparando – Ela deve ter se sentido mal e decidiu não vir...

– O problema é que... – Ron interrompeu a conversa, enquanto andava até o seu caldeirão com alguns ingredientes – A Hermione nunca falta aula. Nunca!

McGonagall fez uma careta, mas continuou a misturar o líquido em seu caldeirão, tentando pensar em outra coisa. O ruivo voltou a seguir até a sua mesa, onde estava de dupla com Harry... O sumiço de Hermione o havia preocupado e ele sabia que, mesmo fingindo não prestar atenção, Harry também estava curioso sobre o motivo da amiga não ter aparecido nas aulas o dia inteiro.

– Ninguém sabe onde ela está.

– Hm... – o moreno resmungou, quase mutilando o seu cogumelo – Riddle deve saber... Por que não pergunta a ele?

Riddle realmente sabia o motivo da grifinória não ter saído do dormitório. Hermione se recusara a sair, com medo do que Avery e Lestrange falariam quando a vissem... Com vergonha. Tom não conseguira arrancar nada da namorada, apenas lágrimas, por isso ele decidira deixá-la em paz... Pelo menos por enquanto.

– Tom, meu rapaz, você virá hoje para um chá?

– Claro, prof.Slughorn – o rapaz sorriu para o bruxo.

– Você sabe se a Srta.Granger virá?

– Creio que não, senhor – Riddle olhou de esguelha para os amigos da garota – Ela não está se sentindo muito bem hoje.

– Ah, pobre garota... Ela já foi à Ala Hospitalar? Madame Heilen pode dar um jeito em qualquer mal estar... – Slughorn deu um risinho – Mas eu espero você hoje, Sr.Riddle.

Um pequeno sorriso malicioso apareceu nos lábios do Sonserino... Ele não iria perder aquela reunião em hipótese alguma.

***

A sala do Mestre das Poções estava novamente cheia de garotos que, sentados a mesa, conversavam e tomavam chá com o professor. Podia-se ver que nenhum deles estava muito interessado na conversa sobre a guerra dos trouxas que Horace estava levando... Na verdade, nenhum daqueles garotos sabia direito o que estava acontecendo na guerra trouxa.

– Eles estão perdendo o poder, os alemães – Slughorn falou, bebendo um gole de seu chá - Em Junho do ano passado, o nosso lado conseguiu invadir a... Como é o nome mesmo?

– Normandia, professor.

– Isso mesmo, Tom! Mas então, conseguiram invadir a Normandia... Surpreenderam os alemães! – o bruxo deu uma risada alta – Engraçado, não? Os trouxas estão em guerra com a Alemanha e nós, bruxos, estamos em guerra com outro louco daqueles lados...

– Professor? – Cygnus Black, um rapaz pequeno de cabelos escuros e olhos cinzentos, chamou, fingindo interesse na conversa – A guerra deles não é tão ruim quanto a nossa, não é? Quero dizer, nós temos um bruxo que pode matar alguém em menos de dez segundos...

–Você mora em Londres, não é? – a voz de Tom ecoou no meio dos rapazes.

– Sim, por quê?

– Então... Já deve ter presenciado um bombardeio, não é mesmo, Black?

Todos os sonserinos tinham os olhos presos em Tom, que encarava o jovem Cygnus com raiva.

– Na verdade, não... Nossa casa tem feitiços protetores.

– O impacto de uma bomba pode ser comparado a um Bombarda – Riddle explicou – Não, comparado à um Bombarda Maxima... Mas um Bombarda Maxima umas, não sei, dez vezes mais forte... Talvez mais – agora a voz do rapaz não estava mais tão calma – Agora imagine a sua casa sendo atingida por uma explosão de tal intensidade.

O rosto do menino Black estava pálido enquanto ele encarava o outro sonserino com os olhos arregalados.

– Uma bomba dessas, Black, pode matar várias pessoas em menos de dez segundos – o garoto falou – A guerra dos troxas está no mesmo nível de atrocidade que a nossa guerra.

Slughorn, que havia ficado calado até agora, pigarreou, tentando chamar a atenção dos alunos, antes de olhar para o relógio de bolso.

– Garotos, por hoje é só... Vamos saindo, amanhã vocês tem aula!

Os meninos não objetaram, levantaram-se e saíram da sala, despedindo-se do professor rapidamente. Tom deixou o professor falando sozinho ao sair quase correndo atrás de Avery, Lestrange e Malfoy.

Os três estavam fugindo dele, era óbvio. Estavam conversando e andando apressadamente, achando que não estavam sendo seguidos... Até passarem na frente de uma sala de aula vazia, em um corredor um tanto isolado.

– Avery, Lestrange... Entrem.

Os rapazes ficaram petrificados no lugar. Malfoy fora o único que teve coragem de se virar e encarar Tom... É claro, ele não havia feito nada de errado, não tinha o que temer.

– Será que tenho que repetir? Entrem!

– Olha aqui, Riddle...! – Alphard começou, mas calou-se ao ver a varinha do outro apontada diretamente para o seu rosto.

Entre, Avery.

Sem outra palavra, os dois garotos entraram na sala. Tom estendeu a mão para o loiro que, entendendo o gesto, entregou-lhe a sua varinha e deu-lhe as costas, afastando-se do lugar. O Herdeiro de Slytherin entrou e fechou a porta atrás de si, murmurando alguns feitiços que impediriam que alguém os ouvisse.

– Onde estão os seus modos? – o rapaz perguntou para os dois e deu uma risadinha – Não falaram comigo o dia inteiro... Nem um “Bom dia” ou “Boa noite”.

– Não tínhamos muito o que falar.

– Será mesmo, Lestrange? – o garoto guardou a sua varinha dentro de suas vestes e segurou a de Malfoy com firmeza entre os dedos – Ou será que estavam com medo de falar comigo?

– Medo? – Avery riu nervoso – Por que estaríamos com medo?

– Você, meu amigo, não sabe mentir – Tom sorriu – Você começa a ficar nervoso... Começa a rir, mexer as mãos – ele apontou para as mãos do rapaz, que estavam ocupadas, apertando o tecido de seu suéter – Olhar para os lados... É impossível não perceber que você está mentindo.

– Não sei do que você está falando, Riddle.

– Tem certeza que não sabe? – o sonserino se aproximou, apontando a varinha para ele desafiadoramente.

– Ah, cale a boca e...!

PETRIFICUS TOTALLUS! Você que tem que calar a boca, Canopus.

Lestrange caiu duro no chão. Alphard olhou para o amigo e para Tom, o rosto estava distorcido de medo...

– De quem foi a idéia de atacar a Granger?

– Atacar a...? O que foi que ela falou para você!? Nós não a atacamos! – Avery quase gritou – Ela veio para cima de nós... Se oferecendo! Eu e Canopus apenas...

– CALE A BOCA, AVERY! Legilimens!

As imagens da mente do sonserino passaram correndo na frente dos olhos do outro...

Lestrange acertando o rosto de Hermione com o punho. Avery apontando a varinha para a garota.

Imperio... Venha aqui”

A garota andando até ele, os olhos vazios, como se não houvesse alma dentro dela.

“Me beije”

Os lábios da menina encontraram os do sonserino, sem nenhum sentimento.

“Isso... Muito bem, sangue-ruim. Agora, meu amigo ali quer um beijinho também”

Dessa vez foi Lestrange que a beijou, enlaçando a cintura dela e puxando-a para mais perto. Tom sentiu-se enjoado ao ver como uma mão do rapaz se enroscava nos cabelos da menina e a outra se esgueirava para dentro da camisa dela, levantando o tecido devagar.

“Você fez isso com o Riddle, não? Mestiço safado, sempre com aquele jeito quieto dele...”, Lestrange murmurou, deixando de beijar a menina por alguns segundos, “Abra a minha camisa”

Ela fez como fora ordenada. Primeiro, tiroua gravata, o paletó e o suéter do rapaz, para depois começar a trabalhar nos botões da camisa branca... O sorriso maldoso nunca desaparecia dos lábios dos sonserinos.

“Diga-me, sangue-ruim”, Canopus tirou a gravata dela, “O que o seu amado Tom irá pensar... Quando descobrir que você se ofereceu desse jeito para nós? Aposto que ele não ficara nada feliz.”

Nesse momento, Tom pôde ver como os olhos de Hermione pareceram ganhar mais vida e como seus movimentos começaram a ficar mais lentos, como se ela estivesse tentando se conter.

“Agora... Abra a sua camisa, querida”

As mãos da garota voaram para o colarinho de seu suéter, mas antes que ela pudesse tirá-lo, começou a tremer e seu rosto saiu daquela máscara de tranqüilidade que estava antes.

“N-Não...”

“O que? Faça como eu mandei, sangue-ruim!”

“Não!”, a voz dela estava firme agora, a maldição Imperius havia sido combatida completamente, “Fique longe de mim!”

Hermione deu um tapa no rosto do rapaz e o fez cambalear para trás. Tom sabia como a menina conseguia bater forte e, como Lestrange havia sido pego de surpresa, não se espantou ao ver o outro sonserino tropeçar com o tapa.

Avery parecia ter finalmente percebido o que estava acontecendo. Ele agora estava com a varinha apontada para ela, mas a menina fora mais rápida... Havia, de alguma maneira, conseguido a sua varinha de volta, e já havia mandado algumas azarações na direção dele.

A cena se dissolveu na frente de Riddle, deixando que ele visse Avery o encarando com os olhos cheios de medo e Lestrange caído no chão. Um movimento de varinha e o rapaz petrificado pôde se mexer de novo.

– Vocês realmente acharam que sairiam impunes? – a voz do garoto estava baixa e controlada.

– Meu mestre...

– Ontem eu era o “mestiço safado” e hoje eu sou o seu mestre? – o rosto de Tom ficara sério – Eu não tolero desrespeito, Lestrange.

– Por favor, meu mestre, nós não queríamos...

– Suffoco!

Lestrange caiu no chão com uma mão agarrada à própria garganta, como se estivesse querendo se livrar de alguma coisa que o sufocava. Avery ficou apenas observando o amigo se debater.

– Ele está ficando sem ar! Riddle, você vai matá-lo!

– Ele agüenta um pouco mais... Ah, agora que eu vi que Madame Heilen conseguiu concertar o braço de Lestrange – o rapaz sorriu – O que será que ela irá pensar quando você, Avery, aparecer com alguma coisa quebrada lá?

– O que?

Effrego – com um estalo agonizante, Alphard caiu, agarrado à sua própria perna.

Tom se virou para olhar o outro rapaz, que ainda se debatia no chão, seu rosto já estava ficando de uma cor esquisita à medida que o seu tempo sem ar aumentava.

Anapneo – o garoto murmurou e o outro respirou fundo e ruidosamente – Agora... Seria interessante vocês verem para que a Maldição Imperius pode servir...

– M-Mestre... – Avery soluçou.

Imperio... Fique em pé.

O sonserino empurrou o corpo para poder ficar em pé, mesmo com a perna quebrada. O grito que saiu da boca de Alphard quando ele apoiou a perna machucada no chão fora terrivelmente agonizante.

– Fique aí – virou-se para Lestrange – Gostou desse feitiço que eu lancei em você agora a pouco? É bom para fazer as pessoas calarem a boca... Deve ser horrível ter alguma coisa trancando a sua respiração, não? Imperio. Estrangule-se.

As mãos do rapaz foram direto para a sua garganta, apertando-a com força.

– Deve ser ainda pior ter você mesmo se estrangulando...

Tom sentou-se no parapeito de uma janela e observou os dois. Avery estava chorando descontroladamente enquanto apoiava o peso de seu corpo sobre a perna quebrada, já Lestrange estava com os olhos arregalados e a boca aberta em busca de ar. Suas mãos apertavam firmemente o seu pescoço.

– Podem ficar aí o tempo que quiserem – Riddle deu um sorrisinho, descansando a cabeça na parede – Eu não tenho pressa.


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