Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 21
Expecto Patronum




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        Já haviam se passado alguns dias desde que Hermione ouvira a conversa de Tom com a Dama Cinzenta na biblioteca. A garota já havia contado para Harry e Ron sobre o diadema e agora eles estavam tentando se aproximar da fantasma da Corvinal, mas mulher parecia ignorá-los o tempo todo, e tal fato fazia com que os dois rapazes ficassem com um humor terrível.


                Outra coisa que fez os dois grifinórios ficarem quase insuportáveis foi a derrota da Grifinória no Quadribol depois de um jogo contra a Lufa-Lufa. Hermione estava se contendo para não mandá-los calar a boca... Já havia muita coisa se passando na cabeça dela.


                - Vocês dois querem parar!?


                - O que foi!? Não estamos fazendo nada!


                - Não estão fazendo nada? Ron, desde o fim de semana vocês não param de xingar Deus e o mundo por causa da derrota! Deixa os lufos serem felizes com uma vitória! – a menina bufou, atraindo a atenção de alguns primeiranistas que estavam sentados ao lado deles – Temos coisas mais importantes para pensar...


                - É, Hermione, vamos pensar sobre como nós vamos para a Albânia e procurar um diadema perdido! – Harry sussurrou ironicamente – Acho que você poderia pedir ajuda para o seu colega, o Sr.Riddle, ele talvez saiba como nós podemos...!


                - Harry! – a bruxa exclamou, indignada com a ousadia do amigo.


                - Bom dia – os dois se viraram para ver Charlus e Dorea de braços dados e sorrindo sem graça para eles – O que está acontecendo?


                - Nada, Charlus – Hermione mentiu, não querendo aborrecer o casal que parecia estar tão feliz – Oi, Dorea.


                A sonserina deu um sorrisinho e sussurrou alguma coisa que fez o namorado rir. Os futuros Sr. e Sra.Potter haviam começado a namorar na semana anterior e, desde então, quase não se separavam.


                - Harry, se você está assim por causa do Quadribol... Não fique! Foi só um jogo! – o rapaz falou, dando um tapinha nos ombros do futuro neto – Tenho que ir... Até a aula de Defesas.


                - Viu? Até o Charlus não está tão irritado com a vitória da Lufa-Lufa – Hermione resmungou.


                - Isso não é desculpa, Mione – o ruivo retrucou – O cara só ‘ta pensando na namorada!


                - Certo, desisto de tentar melhorar o humor de vocês - a bruxa suspirou, levantando-se da mesa e pegando sua bolsa – Vamos indo para Defesas? A aula começa daqui a pouco.


                Os três seguiram para a sala de aula, sem trocar nenhuma palavra.  Chegando na sala, viram que as carteiras haviam sumido e Merrythought estava parada na frente da turma sorridente.


                - Bom dia – a mulher falou – Podem deixar as bolsas e livros de lado, peguem apenas as varinhas! Hoje iremos ver o feitiço do Patrono, alguém pode me explicar o que é o feitiço do Patrono? Sr.Riddle?


                - É um feitiço usado para afastar dementadores, como um guardião. A forma de cada patrono depende da personalidade do bruxo.


                - Muito bom, e o que é preciso para conjurar um?


                - É preciso mentalizar uma memória feliz enquanto se pronuncia a fórmula do feitiço – Hermione respondeu rapidamente, não deixando  o Monitor sonserino falar – Expecto Patronum.


                - Ótimo. É isso que iremos treinar hoje - disse a professora, sorrindo alegremente – Lembrem-se que esse é um feitiço avançado, por isso não fiquem desesperados se não conseguirem produzi-lo com perfeição... Vocês tem a aula inteira para praticarem.


                Os alunos se espalharam pela sala e começaram a praticar. Logo o ambiente estava cheio de murmúrios e pequenos feixes prateados que os estudantes conseguiam produzir. Harry, Ron e Hermione ficaram se enrolando, hesitando em mostrar para o resto da sala como eles conseguiam produzir um patrono sem muita dificuldade.


                - Pense em alguma coisa boa, Tom – os três ouviram Merrytought falar em um canto da sala – É só isso que falta...


                - Como é que ele vai conseguir pensar em alguma coisa boa se só o que ele faz é ruim...? – Ron sussurrou.


                - E vocês? Deixem-me ver como vocês estão se saindo! – a professora se aproximou deles, apontando para  a menina – Você primeiro, querida.


                Hermione suspirou, nervosa, antes de empunhar a varinha e proferir a fórmula do feitiço com segurança. Instantaneamente, uma lontra prateada irrompeu de sua varinha e ficou flutuando ao seu redor, como se quisesse brincar com ela. Merrythought só faltou dar pulinhos de alegria quando viu o patrono.       


                - Muito bem! Olhem aqui, um patrono perfeito! – a bruxa chamou o resto dos estudantes – Dez pontos para a Grifinória! E vocês dois...?


                Harry e Ron também conseguiram produzir o feitiço com excelência. O elegante cervo prateado de Harry ficou andando pela sala por um tempo antes de desaparecer no ar, seguido pelo cachorro brincalhão de Ron.


                - Mais vinte pontos para a Grifinória... Andem, queridos, quero ver o resto de vocês produzindo patronos perfeitos como estes!



                ******



                Pensar em alguma coisa boa, era isso o que ele precisava fazer... Mas nenhuma coisa boa lhe vinha à cabeça!  Tom pensou em quando ele descobriu que era um bruxo, aquilo o havia deixado feliz.


                - Expecto patronum! – o rapaz murmurou, vendo um fiapo de fumaça prateada sair da ponta de sua varinha, muita pouca coisa.


                Se aquela memória não servia, então talvez a primeira noite dele em Hogwarts servisse! Tentou de novo, mas dessa vez nada aconteceu. A primeira vitória da Sonserina na Copa das Casas... nada. O primeiro Natal no castelo... Mais frustração.


                O sonserino bufou, irritado consigo mesmo. Lembrou-se então da imagem do próprio pai, amedrontado diante dele, temendo a morte... Aquilo o fazia sentir-se bem. Ele murmurou o feitiço e, novamente, viu apenas um fiozinho prateado deixar a varinha.


                - Pense em alguma coisa boa, Tom – Riddle virou-se para encarar a professora – É só isso que falta...


                “É isso que eu estou tentando fazer!”


                O sonserino respirou fundo e olhou para onde Merrythought havia ido, perto da Granger e os amiguinhos dela. Para a surpresa dele, Hermione havia conjurado um patrono em forma de lontra perfeitamente... O animal agora brincava em volta dela e de vez em quando passava em volta da professora e dos amigos da garota.


                Ao ver a grifinória rindo o rapaz viu as lembranças da festa de ano novo voltarem à sua mente. Os lábios da garota sob os seus, as mãos dela em volta de si, a gostosa sensação de paz que ele havia sentido enquanto a beijava...


               “Feliz Ano Novo...”

                - Expecto patronum!


                Para a sua própria surpresa, uma cobra prateada surgiu de sua varinha e pairou no ar até ir descansar em seus ombros, do mesmo jeito que Nagini fazia. Os outros alunos também haviam percebido que ele conseguira produzir o patrono e foram ver de perto o feitiço, seguidor por Merrythought.


                - Ótimo, Tom! – a professora comentou – Dez pontos para a Sonserina.


                O rapaz sorriu, satisfeito consigo mesmo, mas ainda confuso com a tal lembrança que o havia feito conseguir produzir o feitiço. Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, Tom foi surpreendido pela lontra brilhante de Hermione, que havia se afastado dela e ido até ele...


 O animalzinho estava entretido na cobra-patrono que se enrolava em seus ombros da mesma maneira que a bruxa estava entretida nele.



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