Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 20
The Grey Lady




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             O feriado das festas havia acabado, os alunos estavam de volta ao castelo e as aulas haviam começado novamente. Harry e Ron voltaram a reclamar de todas as aulas e Hermione continuou agüentando as reclamações dos dois, que voltaram a passar mais tempo com o time de Quadribol do que com ela.


                A garota voltou a passar o seu tempo livre na biblioteca, pesquisando sobre Rowena Ravenclaw e o suposto objeto importante dela, mas até agora não havia descoberto nada.


                - Oi, Mione! – a bruxa ergueu os olhos para ver Minerva se aproximando – O que está procurando?


                - Uma coisinha que me chamou a atenção... Eu ouvi dizer que todos os fundadores de Hogwarts tinham um objeto importante – Hermione sorriu sem graça.


                - Sim, Gryffindor tinha a espada, Hufflepuff uma taça, Slytherin um medalhão e Ravenclaw um diadema – a outra aluna falou o último item com um tom de admiração – Se você me perguntasse qual dos quatro eu gostaria de ter... Ficaria com o diadema!


                A outra garota encheu-se de alegria. Era isso mesmo o que ela precisava! O tal do diadema era o objeto mágico de Ravenclaw que Voldemort usara para fazer a horcrux!


                - P-Por que?


                - Dizem que quem usa o diadema fica mais inteligente, como Rowena Ravenclaw – McGonnagal falou – Não seria um sonho?


                -Sim, seria um sonho... Mas, Minerva, aonde está esse diadema agora?


                A artilheira olhou-a como se ela fosse doida antes de responder.


                - Mione... O diadema é chamado de“O diadema perdido de Ravenclaw”, ninguém nunca soube onde ele está escondido – a grifinória soltou um suspiro pesado – Eu bem que gostaria de saber...


                Toda a alegria de Hermione pareceu ir por água abaixo. Como é que Voldemort fez uma horcrux com um objeto considerado perdido?!


                - Hermione, eu vou indo – Minerva deu um aceno rápido para a outra – Tem treino de Quadribol.


                A bruxa viu a amiga se afastar e decidiu sair da biblioteca também, depois de perceber que não tinha mais o que pesquisar. Ela só queria ir para o dormitório, deixar sua bolsa pesada lá e ir jantar...


                - Bom dia, Sr.Riddle – Hermione ouviu uma voz feminina falando por detrás de uma das prateleiras e não se conteve em ir ver quem era.


                Ela viu Tom parado entre as prateleiras olhando para uma mulher... Na verdade, para o fantasma de uma mulher. Hermione a reconheceu como sendo a Dama Cinzenta, o fantasma da Corvinal. A Dama podia ser considerada bonita, com os seus longos cabelos cinzentos descendo até o quadril e seu belo vestido sempre esvoaçando, se não fosse a expressão de tristeza que sempre fazia parte de seu rosto.


                - Olá, Srta.Ravenclaw, como vai o seu dia?


                - Ótimo, querido... – foi a primeira vez que a grifinória a vira sorrir – Quer ajuda em alguma coisa?


                - Na verdade, Srta... Eu só queria ouvir o resto da sua história, que você começou a me contar outro dia.


                - Ah, aquela história – ela parecia desapontada, mas mesmo assim continuou – Onde foi que eu parei mesmo?


                - Você fugiu, levou o diadema junto...


                O diadema! Por mais que Hermione estivesse com medo de ficar ali, ouvindo a conversa por detrás dos livros, ela se obrigou a ficar estática.


                - Sim, eu fugi e levei o diadema de minha mãe. Quando cheguei ao meu destino, uma floresta na Albânia, escondi-o em uma árvore – a mulher explicou – Não demorou muito para que minha mãe mandasse alguém para me procurar... Ela mandou um homem que um dia me amara muito, mas ele tinha um temperamento difícil, e, quando se irritou com a minha teimosia, acabou me matando... E se matou depois.


                A bruxa que estava escondida sentiu um desconforto, tentando entender como um homem poderia matar a mulher amada.


                - E você voltou para Hogwarts.


                - Ele também... Você o conhece, querido Tom – a Dama Cinzenta se aproximou do rapaz, esticando o braço e atravessando o ombro dele com a mão fantasmagórica – Ele assombra as masmorras da Sonserina até hoje... Manchado com o próprio sangue e com o meu também.


                - O Barão Sangrento! – Riddle exclamou – E o diadema? O que aconteceu com ele, Dama?


                - Ora... Continua lá, na floresta da Albânia onde eu o escondi – o fantasma sorriu tristemente e desviou os olhos do garoto, olhando diretamente para onde Hermione estava – Sr.Riddle, eu vou indo. Parece que há alguém querendo falar com você.


                Ela apontou para a garota, que ficara estática ao ver Tom olhando para ela, e atravessou uma prateleira flutuando suavemente. O rapaz olhou para a grifinória com uma certa irritação, mas não falou nada, apenas saiu andando, sem nem ao menos olhá-la direito.

                A menina suspirou, tentando entender o que aquilo queria dizer... Será que Riddle estava se contendo para não atacá-la? Ou será que estava com medo de falar com ela? Será que ele estava com nojo dela? Com nojo de tê-la beijado?


                Tal pensamento a perturbou. Hermione não queria admitir para si mesma, mas ela queria a aprovação de Tom... Queria que ele a beijasse novamente... Que ele a aceitasse.


                - Hermione, você está sendo idiota – ela sussurrou para si mesma – O que aconteceu... Não foi nada!


                - O que foi que aconteceu? – a garota deu um pulo e viu, parada ao seu lado, Eileen Prince – Desculpe! Não  pude deixar de ouvir você falando...


                - T-Tudo bem, Eileen.


                - Você estava falando sobre... você e o Riddle na festa de Ano Novo? – a sonserina murmurou a última parte – Eu vi vocês, mas não se preocupe! Não falei nada para ninguém.


                A grifinória sentiu um arrepio ao ouvir isso. Até agora, ela não tinha pensado muito no fato de que alguém pudesse ter visto ela e Tom se beijarem na véspera do Ano Novo, mas, agora que a futura mãe de Snape tocara no assunto, a preocupação finalmente a havia atingido.


                - V-Você viu?


                - Sim, mas não fique preocupada! Por favor, acredite em mim... Eu não contei para ninguém!


                - Eileen, me diga que ninguém mais viu aquilo!


                - N-Não, não  que eu saiba – a outra menina falou, parecendo confusa – Estavam todos muito ocupados comemorando a virada do ano, mas eu pensei que você fosse querer que todos vissem como você beijou Tom Riddle...


                - Por que eu iria querer que todos vissem?


                - Bom... Riddle é o rapaz mais bonito de Hogwarts, também é o mais inteligente – Prince falou, corando levemente – Muitas meninas gostariam de beijá-lo uma vez na vida.


                - Eu... Nunca tinha percebido isso.


                - Você não gostava do Tom até pouco tampo atrás, por isso nunca percebeu como os outros gostam dele – a sonserina explicou – Está certo que isso não se aplica muito aos grifinórios, mas o resto dos alunos normalmente gosta dele... Mesmo que ele seja meio reservado.


                Hermione sentiu uma coisa estranha na boca do estômago, como se a nova informação sobre as admiradoras de Tom Riddle tivessem feito-a se sentir mal. Ignorando esse estranho sentimento, a garota recomeçou a conversa.


                - Ele nunca namorou ninguém?


                - Já saiu com algumas garotas, mas nunca namorou ninguém - disse a menina – E sempre que saía, fazia questão de ficar sempre onde tivesse gente por perto... Para que a garota que estivesse com ele não começasse a inventar histórias. Então, pelo que eu saiba, Tom Riddle nunca namorou ninguém... Sempre se preocupou mais com outras coisas.


                Aquilo foi uma surpresa... Tom Riddle nunca havia namorado ninguém? Ela teve que se conter para não sair correndo e contar para Harry e Ron, pois era óbvio que os dois adorariam saber de alguma coisa que envergonhasse o Monitor sonserino.


                - Ahm, eu tenho que ir, Eileen – a menina acenou para a outra- Até a próxima!




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