Passou o fim de semana e só restava aquela semana para a as férias de julho e a festa julina que por sinal ia ser muito boa, já que a escola havia decidido que naquele ano os alunos iriam escolher o tema da festa julina que acabou sendo a fantasia. De certo modo, isso vai ser estranho, mas será uma nova festa julina, nada com coisas tradicionais. Para Susan ia ser difícil identificar Sebastian, já que não sabe qual será a sua fantasia.

Lá estava ela sentada na graminha observando todos entrarem na escola e pensando, o que iria fazer quando vir Sebastian.

Susan olha para o lado e vê Logan se aproximar e se sentar ao seu lado. Ele da um sorriso e alguns minutos se passam quando ele quebra o silêncio e diz:

–---Susan... Quer ir comigo na festa julina? --- fala como se fosse à coisa mais normal do mundo, isso deixou Susan um pouco constrangida pelo o que senti, mas não demonstrou.

...

Fico calada, pois para mim isso era um pouco inesperado vindo da parte dele. A pessoa a quem tenho uma paixonite, que provavelmente não vai durar, já que com isso nunca me dou bem. Surgi um convite justo dele e totalmente inesperado e pelo que eu conheço dele, não é uma pessoa influenciável, então, nenhum de nossos amigos o obrigou ou algo do tipo a fazer esse convite.

“Além do mais, pra que ele necessita de um convite pra irmos juntos à festa julina”?

–---Ah! Claro, claro que sim. ----Começo a ficar nervosa. Na mesma hora, vejo Sebastian chegar com Luisa e sigo-os com o olhar fuzilando ele até que entraram na escola, sem perceber que Logan havia notado o meu olhar.

–---O que foi que está acontecendo? ---- digamos que ele também me conhece bem.

–---Ah, sim. Eu não entendo como o Carlos ficou com alguém que, nem ao menos gostava dele.

–---Ele tava cego.

“Nesse caso é ela quem está pelo menos isso... Ate que é bom, assim ela vai sentir o que Carlos sentiu, mas... Mesmo assim ela estar hipnotizada torna as coisas muito mais injustas.”

–---Agora ela se atirou pelo o lado do Sebastian. Tomara que eles não dêem certo. ----Ouvi mais um silêncio momentâneo, o que me incomodou. Será que foi pela minha suposta praga?! Logan interfere no silencio.

–---Vamos para sala?

–---Vamos.

Não sei ao certo se ele achou estranho eu ter falado isso ou malvado de mais, mas de uma coisa é certa, vou fazer de tudo para que Luisa saia de perto de Sebastian, para sempre.

“Que coisa, eu detesto a Luisa e agora tenho que protegê-la.”

...

Logo após termos entrado para a sala, o sinal toca e Dianna já junta nossas carteiras, como quase sempre, dependendo do professor.

–---Sabia que o mais novo solteirão da escola vai sozinho para a festa julina? --- cochicha do meu lado.

–---Quem o Carlos? Ta interessada é?

–---Quem eu?! Não, não. Eu ainda gosto do Sebastian.

–---Se eu fosse você não contaria com isso o Sebastian, já deve ter chamado a Luisa. ----digo virando os olhos.

–---É eu sei. ----diz desanimada. ----Mais e o Logan ele te chamou?

–---Chamou. Como sabia?

–---Ele me contou, boba.

Sorrimos uma para a outra e começamos a copiar o que estava anotado no quadro.

–---O Diego me chamou. ----diz Dianna.

–---Aceitou? ----digo sorrindo.

–---Sim, depois dele tanto insistir.

Diego era alto, cabelos pretos e olhos azuis, era o tipo de garoto que qualquer garota se derrete, mas Dianna não é fácil não. E, aliás, era da nossa turma. Dianna abriu a boca para falar, mas foi interrompida por Pedro, nosso professor de historia alto, moreno e sorrisos lindos.

–---Bom galera, semana que vem já são as férias de julho e já que vocês vão formar esse ano, a escola vai levar vocês para um sitio. As outras turmas também irão.

–---E quem não quiser ir?----perguntou Diego.

–---Vai quem quer, mas esse é um ótimo lugar para iniciar as férias e serão só quarto dias. Partiremos na segunda de manhã e é de graça. Tragam assinado esse papel com a assinatura dos pais autorizando amanha. ---- passou os papeis para um aluno entregar, de repente o professor começou a piscar e a balançar a cabeça, como se estivesse confuso ou algo assim. A essa altura ninguém prestava atenção nele e ficaram falando da viagem. Pelo o que pareceu ele voltou ao normal, mas ficou confuso olhando para os lados e volta a falar. ---- Pessoal silêncio! Vamos começar com a aula pegando o livro pra correção dos exercícios.

“Estranho, a escola nunca deu viagem de graça para formandos.”

Olho pra Dianna com cara de que não-estou-entendendo-nada e ela da de ombros. Meus olhos acabam se desviando e reparo no sorriso que Sebastian esta mostrando com cara de que está gostando muito.

“O que será que você está aprontando, en?”

No dia seguinte, o almoço havia decorrido normalmente. Depois Susan, Soraia, Caren e Eduardo, foram para a sala ver televisão. Susan havia se sentado ao lado do telefone e viu que estava com uma luz piscando.

–---Tem uma mensagem.

–---Ligue a secretária. ----diz Caren.

Susan ligou a secretária e a voz que se ouviu a seguir era familiar, de seu tio Vinicius.

–---Oi Caren!----diz Vinicius---- Que pena você não estar em casa no momento, mas sem problemas. Vou para ai neste fim de semana, eu e minha esposa, vamos almoçar ai, lembra do combinado?---- falou com ênfase. ---- Vamos chegar... ---Ouviu-se um barulho do outro lado da linha, então ele fala rapidamente e sussurrando. ---- Olha tenho que desligar... ----E então, ficou mudo e todos da sala ficaram calados com a mensagem e só se ouvia o barulho de chiado do telefone. Então Caren fala.

–---Só pode ser mais uma brincadeira do meu irmão.

–---Eu não sei é muito estranho. ----diz Soraia.

–---Vamos, temos que ir, o trânsito é uma loucura há essa hora. ----diz meu pai, Eduardo, já saindo e logo em seguida Caren.

Quando saíram Susan e Soraia continuaram na sala.

–---Papai vai tentar fazer alguma coisa. ----disse Soraia.

–---O que você acha que aconteceu?----diz Susan.

–---Eu não sei, mas temos que descobrir, porque se for algo de ruim mãe e pai não vão nos contar ainda mais você por ser a mais nova.

Aquela duvida ficou por ali muito tempo, mas não se ouviu falar sobre esse assunto mais. Quando chegou a noite Eduardo e Caren disseram que iriam à casa de Vinicius para ver se ele estava bem, disseram que não sabiam quando voltariam, porque ele morava em outra cidade e iriam de carro. Então foram embora, e as duas ficaram ali sozinhas.