Forever Young escrita por Dafne Federico
Notas iniciais do capítulo
Olá Muchachos!
Aproveitem a breve aparição de Apolo:
Deus Das Tatuagens Ilegais!
Boa Leitura! ;)
Fiquei aliviada por Nico Di Ângelo não estar com a Harley.
O Angry Birds vermelho carregava a chave de um Aston Martin DB7 1999 preto, onde eu estava sentada no banco do passageiro desconfortável por uns muitos motivos. Um deles era o fato de Di Ângelo estar dividindo a atenção entre dirigir e olhar descaradamente para minhas pernas e outro o de estarmos indo para algum tatuador açougueiro conhecido dele.
Citei o fato dele ficar me comendo com os olhos? Ele estava fazendo isso quando percebeu meu olhar ameaçador e voltou a prestar atenção na estrada.
- Gênio, como você planeja conseguir que eu faça uma tatuagem? - perguntei enquanto entravamos em ruas de uma área nada nobre de Nashville - Quer dizer, não tenho mais de dezoito e nem autorização.
- Quanta ingenuidade da sua parte, Grace. Você acha que alguém vai perguntar a sua idade contanto que esteja pagando? - quem tinha inventado essa aposta ridícula tinha sido ele, então eu não colocaria um real do meu dinheiro, mas suspeitava que ele já sabia disso - Relaxa, conheço um cara.
Não fiquei nada relaxada.
Se o cara era conhecido de Nico, ele só podia ser um desses tatuadores gordos que trabalham em matadouros. E eu não pretendia contrair uma doença sexualmente transmissível pela burrice de usar uma agulha não higienizada.
- De onde você conhecesse esse cara? - indaguei. - Não me diga que você tem alguma tatuagem.
Ele me olhou como se eu estivesse maluca.
- Não! Tenho pavor de agulhas.
O encarei cética.
Não acreditava que ele estava praticamente me obrigando a fazer isso, sendo que o próprio não tinha coragem. Caso eu não fosse uma pessoa de palavra e estivesse um pouco mais sóbria, não teria aceitado aquilo.
O Aston Martin entrou em uma travessa típica de filmes de gangues. Onde o asfalto era de paralelepípedos, todos os postes de luz estavam queimados e tinha uma lixeira aberta na calçada. Ele estacionou.
Saímos do carro.
Di Ângelo tocou a campainha.
- É aqui? - apontei para a porta de alumínio - Você está tirando com a minha cara?
Estávamos parados na frente de uma porta de alumínio com grafites fluorescentes e psicodélicos, flores havaianas e sóis indianos eram a temática principal. Não tinha nenhuma placa, apenas a porta comum ao lado com uma pintura preta e branca formando o nome Apolo.
Nico sorriu.
Ele estava se apoiando na parede com apenas um dos pés e tirava o cabelo molhado do rosto de um jeito descolado.
Maldita garoa.
- Não confia em mim? - perguntou.
- Não.
Ele estava prestes a dizer alguma coisa quando a porta lateral com a palavra Apolo foi aberta.
Fiquei pasma.
O cara que abriu a porta era irremediavelmente bonito. Ele estava usando uma camisa cinza com as magas cortadas, mostrando os músculos bronzeados, uma calça jeans preta com correntes nas laterais e botas por cima da calça. O cabelo loiro estava bagunçado de um jeito qualquer, como se tentasse não ficar perfeito, o que era impossível. Tinha olhos azuis marcantes e um rosto anguloso.
Talvez essa história de tatuagem não fosse tão ruim.
Teria ficado babando no cara se Nico não houvesse revirado os olhos e começado um dialogo.
- Apolo. - eles trocaram um aperto de mão.
- Nico. Não me diga que mudou de ideia sobre tatuagens?
Ele balançou negativamente a cabeça.
- Não. - respondeu com firmeza. - Essa é Thalia, ela é quem precisa de uma tatuagem.
O loiro virou-se para mim e sorriu. Notei que nem uma celebridade de comercial de pasta de dente teria uma carda dentária tão branca e alinhada quanto a dele.
- Estão chapados? - Apolo perguntou rindo.
- Não. - respondi.
Ele sorriu ainda mais.
- Que pena. Porque eu sim. - disse abrindo a porta de alumínio.
Troquei um olhar nervoso com Nico, porém ele deu de ombros e entrou despreocupado.
Ótimo. Serei tatuada por um cara gato e chapado!
.
.
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Olhando de dentro nem parecia a mesma loja.
Eram dois andares de loja. As paredes tinham vinis e grafites, que a essa altura eu achava que era o tal do Apolo mesmo quem os fazia, também haviam portfólios, desenhos e fotos de tatuagens espalhadas por todos os lados. Amontoados de Piercings e alargadores em vitrines.
A maca para tatuagem ficava no centro, ao lado de holofote de luz, uma mesinha prateada e dois sofás cinzas.
Apolo deu um gole numa garrafa de Jack Daniel's e começou a organizar as coisas necessárias.
- Dá para não fumar aqui? - perguntou para Nico que já tinha pego o isqueiro Zippo e acendido um cigarro.
- Dá. - apesar da resposta ele continuou tragando.
- Então, você vai apagar essa droga ou não?
- Não.
Apolo murmurou alguma coisa sobre ter se esquecido do quão ele era irritante e entrou em uma salinha paralela.
Fui atingida por uma azia repentina. Não tinha me dando conta de que teria que fazer uma tatuagem até aquele momento. E não tinha a mínima ideia do que iria fazer ou como iria esconder isso do meu pai.
Observei as fotografias de tatuagens.
- Já decidiu o que vai fazer? - Di Ângelo perguntou.
Eu queria tatuar idiota no rosto dele.
- Tatuagens intimas são minha especialidade! - Apolo gritou voltando para a loja com luvas brancas.
Tatuagens intimas? Graças aos céus Nico não tinha especificado onde eu faria a droga da tatuagem.
Sentei na maca.
- Entre a cintura e a virilha ficaria sexy. - comentou Nico.
Revirei os olhos. Sério que ele estava falando isso?
- Você acha que tudo o que eu falo tem uma conotação sexual, Grace? - ele perguntou ignorado o fato de que dele me tinha feito ficar alisando o abdômen dele, ficar seminua na frente dele e agora ter dito que tatuagem na virilha ficaria sexy - Só estou dizendo que ficaria bom e não é um lugar muito aparente.
Realmente eu não poderia fazer nada muito aparente.
Me decidi.
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Passavam das três da manhã quando finalmente saímos da Apolo. Apesar dele ser absolutamente musculoso e bonito, era extremamente convencido ao ponto de dar o próprio nome para a loja e de me passar o telefone dele com a frase: Quando cansar do joguinho de badboy arrogante do Di Ângelo, me liga.
Caminhei na direção do Aston Martim tentando fugir da garoa quando Nico me alcançou, me deixando entre ele e o capô de Mercedes. Sim, ele não dava nome apenas para motos.
- Posso? - ele apontou para barra da minha camisa.
Dei de ombros.
Tentei não demonstrar que ele me deixava perturbada quando puxou a barra da minha camisa olhando a tatuagem. Ao redor da frase Forever Young e dos pássaros a minha pele estrava um pouco vermelha.
Ele continuou o caminho além da tatuagem por dentro da minha camisa.
Droga.
O cabelo dele estava completamente molhado agora.
Dividi os olhares entre ele e a mão dele esperando que ele se tocasse, porém ele sorriu ainda mais torto e sensual do que o habitual e a sua outra mão passava entre a pele da minha coxa e a minha cintura sem nenhum constrangimento.
Nossos corpos estavam completamente colados. E, como dizia Annabeth a respeito de Percy, eu era humana. O que Nico tinha de irritante ele tinha de sensual. Passei a mão na nuca nele bagunçando o seu cabelo molhado.
Tive que me segurar para não suspirar quando ele começou a beijar o meu pescoço.
- Você ainda me deve um encontro. - disse mordendo o meu lábio.
- Nem me lembre.
Ele se afastou do nada e apertou o botão do controle do Aston Martim destravando as portas.
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Seria divertido ela ter que tatuar alguma coisa bizarra como as iniciais N.A - Nico Di Ângelo - nas nádegas, mas eu já tinha bolado isso ... Uma tatuagem fofinha ;)
Estou pirando com os comentários de vocês!
E aí o que estão achando?