Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 4
Amizade


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito por não postar, pois achei que ela não estava tendo o resultado esperado, e a ideia para continuar escrever parecia que tinha se esgotado. Mas aqui estou eu, agora tendo mais tempo para continuar esta fic, já que a outra que escrevo em outro site está no fim.
Espero que aproveitem!



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Os dois entraram na casa, encontrando com algumas crianças reunidas entre si. Todas elas olhavam para o casal que acabara de chegar dando curtas e tímidas risadas, principalmente as garotas. Quando Maria se preparava para falar com eles, todos começaram a correr deixando-a assustada.

– Crianças, não corram! – disse a jovem babá. Christopher caiu na gargalhada com a atitude dela.

– Ei! o que foi?! – ela olhou para ele fazendo uma careta.

– Nada! Apenas estou observando como os pequenos te amam.

Maria olhou novamente para as crianças que já estavam longe e entrando em uma sala. Ela deu um suspiro de satisfação e um largo sorriso.

– Eu também os amo de coração. Pra mim eles são como meus próprios filhos... – a jovem não falou mais nada, apenas voltou seu rosto para ele e se pronunciou:

– Vamos andando, precisamos entregar esta cesta à Irmã.

– Me desculpe milady, mas acho que precisarei me ausentar.

– Tão cedo? – o Lorde notou uma leve expressão de decepção no rosto e na voz da jovem.

– Eu sinto muito Maria, mas eu realmente preciso ir. Infelizmente.

– Entendo...

Christopher aproximou-se de Maria e lhe deu um forte abraço. Ela não esperava por isso, ficando corada quase que imediatamente.

– Senti muito sua falta, Maria. Eu fico tão feliz que estou vendo você novamente... – ele disse ao pé de seu ouvido. – não vejo a hora de comemorarmos o seu grande dia.

Christopher soltou-se de Maria tão natural quanto antes. A mesma, porém, estava mais atônita que anteriormente. Ela praticamente congelou por falta de reação, sentindo seu coração ainda acelerado pela emoção. Maria também pensou nas últimas palavras dele: Ele sabia de seu aniversário, além disso, revelara que possivelmente poderia estar na festa, e os únicos responsáveis por isso eram Richter e Annette.

– Maria? Está tudo bem com você? – o Lorde preocupado, rapidamente tocou no antebraço da jovem.

– S-sim! – disse a jovem um pouco desconsertada.

– Bom. Achei que você estava passando mal.

– N-não, está tudo bem, não se preocupe...

–Pois bem. Por enquanto me retiro, mas em breve estarei de volta para conversarmos mais.

Christopher aproximou-se mais uma vez de Maria e lhe deu um beijo em sua mão direita. Sem dizer mais nada, foi embora.
A jovem, sem perder tempo seguiu rapidamente para a cozinha, onde se encontrava a Irmã Clarice. Ela entrou na cozinha e deixou a cesta em cima da mesa.

– Maria! O que houve?! – a Irmã que estava sentada descascando batatas, levantou da cadeira levando consigo uma expressão preocupada em seu rosto. Ela correu para Maria e segurou suas duas mãos.

– Irmã, está tudo bem comigo. Mas por que está me olhando desse jeito? – A jovem respondeu.

– Você demorou bastante! Achei que algo de ruim tivesse acontecido. Fiquei aqui rezando por você!

Foi então que Maria lembrou que havia esquecido da noção do próprio tempo enquanto estava com Lorde Galvan. Foram tantos anos longe, que resolveram descontar tudo aquilo em longas conversas enquanto caminhavam na feira. Para ela, pareciam breves minutos, mas mal notou que duas horas haviam se passado.

– Sinto muito, Irmã...! – a jovem disse tristonha. Ela olhou para o chão envergonhada do tempo que havia levado.

– Não, está tudo bem minha filha. Eu sei, você é jovem, deve mesmo aproveitar o tempo passando com seu amigo. O melhor é que você está bem.

Ao contrário das outras irmãs, Clarisse era um pouco menos radical. Ela era a que mais entendia Maria e seus sentimentos, tanto quanto Annette entendia. Além de ser a mais jovem das irmãs, tendo seus 45 anos completados, ela era a mais calma das freiras daquele orfanato, conquistando a simpatia de todos.

– Obrigada, Irmã, e sinto muito! – Maria fez um gesto agradecendo a compaixão da Irmã, e lhe deu um beijo em suas duas mãos.

Maria passou o resto de seu tempo ao lado das crianças. Ela brincou com eles, contou histórias e tratou de levar cada um para suas camas, após o jantar. Já era noite, umas oito horas, como dizia no relógio do vilarejo. A caçadora então despediu-se de todas as irmãs, e então foi embora, de volta para sua casa.

Seus pensamentos sobre sua vida pessoal retornaram. Enquanto estava no orfanato, ela esquecia-se de quase tudo, até mesmo Alucard, pois estava preocupada demais com as crianças órfãs. Com a chegada de seu velho amigo, os pensamentos dela tornaram-se ainda mais distantes em relação ao meio-vampiro. Agora que estava de volta, tudo aquilo retornou. Seu relacionamento com ele era forte, mas também era delicado; tal qual poderia quebrar-se a qualquer erro de ambas as partes.

A caçadora queria dedicar todo seu tempo para ela, e possivelmente à ele, além de perguntá-lo do porquê dele estar presente na feira. Fora a primeira vez que ela o viu naquele lugar, algo estranho, repentino. E assim que chegasse, seria o momento de conversar com ele, esclarecendo suas dúvidas.


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