Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 3
Visita Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, primeiramente venho pedir desculpas por ter tomado chá de sumiço, pois ultimamente fiquei bastante sobrecarregada.
Você leitor, que está lendo essa mensagem, e que esperou até aqui com desejo (ou não) de me matar, eu agradeço sua paciência :3
Atenção: Frases em negrito são parte dos flashbacks.
Aproveitem!



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– Christopher Tillahunt Alfoster, barão de Galvan ou simplesmente Lorde Galvan, como preferir.

– Não acredito, Chris é você? – ela franziu sua testa já reconhecendo a ilustre figura.

– Há quanto tempo não o vejo... Eu sabia que você havia se tornado Lorde, mas nunca soube que você mudou completamente! Estou encantada.

O homem sorriu para ela, levantou-se e beijou sua mão direita.

– Você continua sendo a mais bela e a mais digna de todas as mulheres. – disse ele, sorrindo para ela.

– Pare com isso... – Maria corou, e cobriu seu rosto. Mais uma vez ela observou bem aquele homem. Não era de se esperar uma pessoa jovem como Christopher, que praticamente havia crescido junto com ela ter um título de nobreza.

– Apenas digo a verdade. – ele piscou seu olho direito.

– Err... – Irmã Clarice tossiu para disfarçar – nunca pensei que voltaria tão brevemente. Vi que o Lorde Galvan havia chegado e pedi para que ficasse um pouco mais para poder vê-la.

– Obrigada irmã, mas ainda não comprei alguma coisa sequer. Eu percebi que a carruagem dele estava por perto, então achei melhor vir aqui para esclarecer minhas dúvidas. Perdão. – a jovem olhou decepcionada para a irmã. Maria usou seu instinto, deixando seus afazeres para primeiramente verificar a segurança dos outros no orfanato.

– Já sei como resolver esse detalhe. Por que não fazemos compras juntos e você me conta como tem vivido esses últimos anos? – Lorde Galvan tomou um último gole de sua xícara e estendeu para a irmã. – é claro, se vossa senhoria não se importar.

– Não faça cerimônias. Maria, deixo o Lorde Galvan em suas hábeis mãos. – a irmã respondeu com um amável sorriso para os dois jovens. Maria corou um pouco ouvindo tais palavras, e até sorriu para disfarçar.

– Está bem... Assim eu compro tudo o que for necessário, mas deixarei tudo na conta de nosso Lorde. Mas é claro, se ele não se importar. – a jovem ironizou.

– Por você eu lhe daria todo o vilarejo. – Lorde Galvan conseguiu tirar o sorriso de Maria, abrindo mais ainda o seu. A jovem ficou calada, sem ter o que dizer ou fazer.

Não era mistério que Lorde Galvan, ou Christopher, tinha uma grande paixão por Maria. Desde pequeno ele sempre demonstrava um sentimento profundo por ela, mesmo sendo criança.

– Meus agradecimentos pelo chá, estava esplêndido – disse Lorde Galvan logo após beijar a mão de Irmã Clarice.

– Oh senhor Lorde, está me deixando envergonhada! – a irmã de cabelos grisalhos começou a rir.

– Bem, melhor irmos logo. – Maria pegou sua cesta já se dirigindo para a porta.

– Com sua licença. – Christopher se curvou para a irmã, que fez o mesmo. Logo depois ele saiu junto de da jovem.

– Então, senhorita Renard. Que tal irmos em minha carruagem, será melhor para a senhorita não se cansar. – o Lorde estendeu suas mãos para sua carruagem parada perto do orfanato, e que foi o motivo de sua preocupação no início.

– Em primeiro lugar me chame apenas de Maria, Chris. E em segundo, eu prefiro caminhar pela multidão. Eu gosto de conversar com as pessoas.

– Mas...

Maria notou a cara de descontentamento que Christopher fez. Logo sentiu-se mal por ter dito aquelas palavras daquela forma. Ela queria dar um jeito de reverter a situação, ou pelo menos melhorar sua conduta. Aquilo já era de sua natureza. Ela odiava discutir com alguém, ela sempre arranjava uma forma de se redimir e deixar o orgulho de lado.

– Talvez se nós formos caminhando, eu poderei mostrá-lo todo o vilarejo. Eu tenho certeza de que eles vão gostar de você. – a jovem sorriu calorosamente deu o seu braço direito para que ele a acompanhasse. O Lorde apenas sorriu assentindo e aceitou a oferta de Maria, envolvendo seu braço ao dela. Então os dois saíram caminhando juntos, direto para o mercado.

Os dois caminhavam observando atentamente às diversas barracas dos feirantes. Cada barraca tinha sua particularidade, sua cor, seu jeito único de se mostrar para os que passavam ali.

– Então, Lorde Galvan, ou Christopher... Como posso lhe chamar?

– Me chame como desejar.

– Está bem, Christopher. Qual o motivo de sua partida, que nunca mais teve retorno? – Maria rapidamente olhou para o rosto dele e desviou seu olhar.

– Maria... Você sabe... Nossa família, precisou partir. – Christopher respondeu quase forçadamente. Ele estava visivelmente constrangido em ter que respondê-la o motivo de seu 'desaparecimento' de tantos anos.

A última vez que se viram foi há 10 anos atrás, quando se despediram um do outro. Christopher e sua família já partiam em sua carruagem para fora da vila. O jovem menino sentia uma grande tristeza dentro de si, sabendo que teria que deixar sua grande amiga para trás. Ele olhava para trás, pela janela traseira da carruagem, e lá ele notou a menina correndo desesperada para vê-lo.

– Papai, mamãe, por favor, parem a carruagem! o menino falou desesperado para seus pais.

Christopher! Infelizmente não podemos fazer isso. Nós vamos nos atrasar para o nosso destino! – seu pai lhe disse.

– Por favor papai! Mamãe! Deixem-me falar com ela uma última vez! Eu vos imploro!

A jovem Maria ainda continuava a correr, na esperança de que por algum milagre a carruagem parasse para que ela pudesse alcançá-lo.

"Eu não vou desistir!" pensava Maria.

De repente, a carruagem se viu parando aos poucos, e nessa hora Maria acreditou mais ainda que milagres aconteciam. Ela aproximo-se mais ainda, e notou o jovem descendo.

– Chris! – Maria correu ao seu encontro e lhe deu um forte abraço.

– Maria...!

– Você promete que volta pra mim? – a jovem Maria soluçou, com suas primeiras lágrimas descendo de seu rosto.

– Sim Maria, eu prometo.

– Promete por tudo que é mais sagrado?

Christopher hesitou por um momento, e logo em seguida respondeu.

– Por tudo que é mais sagrado! Sim eu prometo! – disse ele, determinado, apertou ainda mais seu abraço.

As duas crianças se olharam pela última vez, e então, ouviu-se a voz de sua mãe gritando.

– Vamos Christopher! Está na hora de partir!

– Me desculpe Maria, preciso ir.

E então, Christopher deixou sua jovem amiga. Os anos se passaram, e ele estava de volta. Totalmente diferente aos olhos de Maria. De alguma forma, ele havia mudado. Não na aparência, o que não havia mudado muito, mas era algo profundo.

De volta ao tempo presente, o Lorde olhou para ela, mal direcionando seus olhos aos dela, ele disse:

– Se pudesse, é claro que eu ficaria aqui, você sabe.

– Eu sei Chris, eu sei que você não partiria. Mas você não respondeu minha pergunta.

Christopher abriu sua boca para falar, mas foi interrompido por ela.

– Oh, chegamos!

Os dois chegaram à uma pequena barraca de verduras e legumes. O dono era um senhor de cabelos grisalhos vestindo roupas simples de um camponês. Ele era um velho conhecido de Maria.

– Senhorita Renard! Quão maravilhosa é a sua presença! E vejo que está bem acompanhada! – o senhor riu olhando para o homem.

– Senhor Corald! – Maria respondeu contente. – o Lorde Galvan está sendo meu acompanhante por hoje.

– Senhor Corald, não acredito que não me reconheces. – Christopher estendeu sua mão para cumprimentá-lo.

– Não pode ser! Pequeno Christopher! Há quanto tempo! Pensei até que havia morrido! – O senhor de idade apertou a mão do homem com suas duas mãos. Ele ficou espantado por tanto tempo que não via-o. O velho Corald conhecia as duas figuras há muitos anos. Os dois sempre passavam em sua barraca, seja para conversar, ou comprar alguma coisa.

– Não vai se livrar de mim tão facilmente, senhor Corald!

O senhor de idade ria cada vez mais, tendo à sua frente dois jovens que marcaram sua vida.

– Fico muito feliz em ver os dois aqui novamente, juntos! Por isso, lhe darei desconto em tudo que comprar aqui.

– Sério mesmo?! – Maria logo abriu um grande sorriso, pois ela nunca recebeu desconto em suas compras com ele.

– Não, era apenas uma brincadeira!

– Eu sempre acredito... – disse Maria, olhando para baixo decepcionada.

– Mas então, vamos aos negócios!

– Sim, eu quero comprar algumas coisas, para os meninos do orfanato.

– Oh! Os anjinhos do orfanato. Como eles estão?

– Eles estão bem, senhor Corald. Obrigada por perguntar.

Maria então comprou algumas verduras e alguns legumes na barraca do senhor Corald. Logo depois, os dois foram para outras barracas comprar frutas e alguns grãos. Em toda sua viagem, Christopher carregou a cesta de Maria, pois se ofereceu para ajudá-la.

Dentro de algumas horas depois, Maria e Christopher já estavam na porta do orfanato.

– As pessoas aqui ficaram felizes em ver você novamente. – disse Maria sorrindo para ele.

Christopher retornou o sorriso, e os dois se esqueceram do tempo, ficando parados ali por poucos segundos olhando um para o outro. Quando deu por si, Christopher retomou seu passo até a porta do Orfanato.

– Quero lhe fazer uma pergunta. – Maria segurou levemente o braço dele, evitando que caminhasse.

– Prossiga.

– Você vai partir novamente, não vai? – a jovem lhe perguntou olhando intensamente para seu rosto.

– Eu mal chego aqui e você já me pergunta o momento de minha partida?

– Não é isso seu bobo! É que... – Maria hesitou, soltando seu braço. – meu aniversário está chegando e...

– Como eu poderia esquecer de uma data tão importante como esta?!

– Então você vai ficar?

– Mas é claro Maria!

Os dois sorriram e não disseram mais nada, até entrar no orfanato. Alucard, que observava atentamente o movimento dos dois jovens ao longe, de repente, desapareceu entre a névoa.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, espero que tenham gostado. Espero poder atualizar a fic em breve, espero, porque estou sem o Microsoft Word e estou tendo que me virar usando o WordPad (;_;) Então se houver erros, por favor, peço que digam nos comentários.
Obrigada por ler!