Presente escrita por Dama das Estrelas
Notas iniciais do capítulo
Pessoal, eu to seguindo o embalo e postando os capítulos mais rápido em vez de esperar dar um tempo de pausa. Depois de tanto tempo, se fosse eu a leitora dessa fic ia ficar bolada com tanta demora ahuahauhauhau, por isso assim que o capítulo fica pronto estou lançando em um intervalo de tempo menor do que esperar alguns dias a mais.
Aproveitem, e obrigada por acompanharem a fic! ♥
A mente do lorde estava em conflito. Ele visou a mão ainda presente no corpo da mulher. Sua sobrancelha estava arregalada, e mesmo com aquela aparência, mostrava estar aflito, desesperado. Tentou sussurrar seu nome, mas ficou em silêncio. Arrancou o membro dela com um rápido movimento e depois se afastou aos poucos, balançando a cabeça negativamente.
Assim que a mão saiu de seu estômago, o corpo de Maria caiu para trás. Seu amado estava lá para pegá-la antes que tocasse o chão; ele a agarrou com seus braços e a fez repousar em seu colo enquanto apoiava-se na terra.
– Maria... – o meio-vampiro deslizou a mão sobre os cabelos dela, retirando-os de seu rosto – aguente firme... aguente... – ele repetia as palavras quase desesperadamente, seus olhos enchiam-se de lágrimas. Seus braços a envolviam fortemente, de um jeito como se estivesse protegendo-a.
– O que... – a voz normal de Christopher surgiu, ele ainda olhava para a mão ensanguentada – o que eu fiz...?
A caçadora lutava para abrir sua boca e dizer algo; sua mão tocou o ferimento e ela gemeu de dor.
– A-a-adrian... A caçadora tentou elevar sua mão para alcançar o rosto dele, mas falhou.
– Não... meu amor, não se esforce... apenas... aguente firme... – Alucard dizia baixo para ela, quase desabando.
O tempo dela neste mundo estava acabando.
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De um lugar que não era um plano feito para humanos as Quatro Criaturas Celestiais assistiam à guardiã morrer aos poucos.
– Então, é isso? – Suzaku falou – ela preferiu por a vida do amado em primeiro lugar e dar a própria para salvá-lo?
– Humanos são indecifráveis. – Seiryuu disse lamentando.
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Alucard estava angustiado. Ele não seria capaz de aguentar outra perda de alguém importante em sua vida. Primeiro sua mãe, depois Lyudmil, e agora Maria? Seria verdadeira a maldição de seu sangue que condenava qualquer um que ele queria se aproximar? O meio-vampiro não suportaria a dor da perda, então tentou lutar contra a morte dela.
– Mestre Alucard! O que de-
– Fada! – o meio-vampiro disse agitado – Fada, você precisa curar o ferimento de Maria.
– Oh, não... Maria... – a familiar levou a mão à boca – o que... houve com ela?
– Ela está morrendo, Fada! – Alucard respondeu ainda alterado – Há alguma forma de salvá-la?
Rapidamente ela voou até o ferimento de sua barriga. O ataque perfurou uma grande parte de seu corpo e a Fada fechou seus olhos lamentando, pois sabia que seus poderes não seriam suficientes de curá-la. Mesmo assim tentou, usando toda a sua força.
– M-mestre. – ela falou quase chorando, depois de se afastar da caçadora – Mestre... eu não... consigo. Não há como...
– Não, não! – o meio-vampiro exclamou, envolvendo a mulher ainda mais em seus braços.
– O que eu fiz... o que eu... fiz. – Longe deles, Christopher, lutando contra Therian em sua mente, caiu ajoelhado no chão. Ele pôs a mão em sua cabeça e o tempo todo repetia as mesmas palavras, e gritava por causa da luta.
– Eu... te... – a mulher fez um grande esforço em continuar a falar, seus olhos já estavam vazios – eu te amo... Adrian. – depois lançou um sorriso, lágrimas escorriam pelo rosto.
– Você não pode me deixar, Maria! – ele aumentou sua voz – Eu... eu te amo! Eu te amo tanto! Por favor... não me deixe.
– Esses sentimentos humanos os fazem cometer atos como esse. – Genbu continuou – Mas são pouquíssimos os que são capazes de dar a vida por amor, como a jovem guardiã fez.
Ainda sorrindo tentou falar mais:
– Sinto... muito... – ela sussurrou.
– Você não tem que pedir desculpas!
Lentamente seus olhos começaram a se fechar.
– Maria? Maria! – o meio-vampiro sacudiu de leve, esperando uma reação.
A caçadora deu seu último suspiro.
– Não... – ele a levou para seu peito, não conseguia mais ouvir seu coração bater – Não, Maria... – então recostou sua cabeça na dela por alguns segundos, até que sua cabeça para o céu e gritou prolongadamente – Não!
Vários trovões foram ouvidos intensamente e somado aos relâmpagos, estes cortaram os céus. Nunca se viu tanta escuridão nas nuvens como se estava. Era como se o próprio dia se recusasse a nascer, de luto pela perda. Os pássaros presentes chiavam em lamento. A coruja, companheira da caçadora não saía do lado dela; ficou em silêncio, como forma de tristeza. Nem a chuva dava as caras.
As aves ao redor voaram para o alto fazendo um alto som parecendo um choro de crianças.
– Acabou? – Byakko disse para os três – Sua vida termina por aqui?
Os olhos de Alucard se fecharam. Ele acabara de perder a única pessoa que amava; a única pessoa que morrera salvando sua vida; a pessoa que, além de sua mãe, o compreendia e o aceitava do jeito que era. A única em que ele confiava e que tinha fé em sua humanidade. Maria estava morta, e ele não pode salvá-la; assim como sua mãe, assim como Lyudmil.
Seus olhos, de repente, se abriram. Não carregavam lágrimas ou qualquer sentimento depressivo. Estavam vermelhos, literalmente; neles estavam contidos ódio, raiva, cólera. E seu olhar foi lançado diretamente à figura que se levantava do chão a alguns metros de distância. Therian havia retornado ao controle de Christopher; os olhos escureceram novamente, os mesmos que finalmente puderam ver as figuras longe dele.
– Você... – Alucard disse com uma voz alterada e rouca, quase rangendo os dentes – foi você... – novamente ele soltou um grito, mas dessa vez não foi de tristeza. Um forte som de trovão surgiu após o grito do meio-vampiro, que foi ouvido a quilômetros de distância.
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– O que foi isso? – longe do local do ocorrido, Richter levantou da cama assustado.
– Meu amor, está tudo bem? – sua esposa Annette, que estava ao lado perguntou sonolenta.
– Não, acho que não. Tem alguma coisa errada, Annette. Não sei ao certo que é...
– Deve ser impressão sua.
– Por que sinto que isso pode ter a ver com aqueles dois...
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Alucard ainda segurando o corpo de Maria, soltou um último grito, mas dessa vez foi diferente. Duas grandes asas que tinham quase o comprimento dele surgiram de repente em suas costas. Ondas de eletricidade começaram a percorrer seu ser assim que deixou o corpo da caçadora repousar no chão. Suas mãos mudaram de forma ficando maiores e com garras e metade de seu rosto transformou-se: seu lado esquerdo ficou com a pele cinca e escamosa, além disso, apenas um grande chifre curvado para trás cresceu, no mesmo lado em que seu rosto mudou. E assim como Therian, seus caninos esticaram, ficando ainda maiores que os do inimigo. Uma cauda surgiu e seu corpo aumentou de tamanho.
– M-mestre... não... – a Fada, que estava perto de Maria, disse preocupada.
A última coisa que Alucard faria era transformar-se naquilo. Nem na luta contra seu pai ele havia usado aquela forma. Essa era uma parte obscura dele que nunca gostaria de usar, mas o que sentia no momento acabou transformando metade de si algo que seria uma gárgula.
– Mestre, por favor, não faça isso! – a Fada tentou chamar por Alucard, mas ele não deu ouvidos.
– Dar a vida por um imortal, patético. Só podia ser uma- – antes que Therian pudesse terminar, como um raio, Alucard voou para cima dele, pegando-o pelo pescoço e o lançando longe.
– Você... você matou Maria... e agora... eu vou te matar!
Todas as aves que a caçadora treinava e que estavam presentes voaram até ela. Elas pousaram e ficaram caladas. A coruja aproximou-se do rosto da mestra e ficou por ali.
E a chuva recusava-se a cair.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Deixa eu contar um segredo: o próximo capítulo já está pronto, eu até postaria ele nesse mesmo cap, mas achei que a leitura ficaria longa demais. Mas não se preocupem que em pouco tempo ele será postado!
Obrigada por ler!