Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 19
O Confronto - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

E aíííí meus amigos! Tudo bem? Quero agradecer a todos vocês que estão lendo e acompanhando essa fanfic, muito obrigada! Aproveitem o embalo para seguir junto com esse capítulo pra pegar fogo ashuashuashuashua XD

Obs: não sei vocês, mas sempre imaginei essa fic nas vozes japonesas dos personagens, principalmente nas falas da Maria. Já notaram como tem diferença do estilo de voz dela na dublagem japonesa e da americana? Então fiz assim justamente para combinar com o Radio Drama. Que coisa, não? :P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/426948/chapter/19

O dragão desapareceu. Sobraram apenas os três.

Alucard estava chocado. Maria surgiu interrompendo o que seria a morte de Christopher e a destruição do demônio Therian, ficando no meio dos oponentes. Ela havia dito a ele que não viria, mas o meio-vampiro disse que faria de tudo para não matar o humano.

– M-maria? – Alucard disse atônito. – O que está fazendo aqui?

A caçadora voltou-se a ele, retirando o capuz do rosto.

– Vim para salvar a vida de vocês dois.

Os olhos dos dois encontraram-se. Era como se estivessem se comunicando silenciosamente e a conversa cão estava boa.

– Bem... – Therian expressou-se – penso eu, meu caro Alucard, que ela não veio por você. Essa mulher está aqui somente pelo homem a qual tenho controle.

Silêncio.

– Ela só se importa com este homem, Alucard. Como disse antes, se fosse você que estivesse nessa situação, Maria não iria hesitar em acabar com sua vida.

– Isso não é verdade! – a mulher virou seu corpo para o inimigo,

– Pare de disfarçar, Maria. Aposto que você queria se casar com ele e viver uma vida normal em vez de ficar com esse vampiro e correr o risco de morrer em suas mãos.

Calada, ela deu alguns curtos passos, continuou: – Eu sei que você pode me ouvir, Christopher. Consegue lutar contra isso?

– Ei! Estou falando com você, sua vadia! – Therian franziu a sobrancelha irritado.

– Christopher, meu amigo, ouça minha voz. Concentre-se.

– Maria, o que está fazendo? – Alucard falou baixo, preocupado com ela estava fazendo.

– Cale a boca! – o demônio gritou mais nervoso.

– Não! Não vou me calar até que Christopher se liberte!

– A-a-argh! – Therian gritou, pondo as duas mãos na cabeça; era como se estivesse havendo uma luta interna – M-maria! Maria! – uma voz desesperada gritou – Argh!

– Isso, Chris, reaja!

Ele levantou a cabeça, seus olhos brilhavam um vermelho sangue, estava prestes a lançar um ataque.

– Ah! Morra!

– Não! – o meio-vampiro gritou.

Uma rajada foi em direção à caçadora. Alucard tentou alcançá-la, mas não teria tempo de protegê-la.

– Maria! – o meio-vampiro gritou correndo até ela.

Antes que fosse atingida, a mulher revidou o ataque, lançando um raio horizontal branco. Milésimos de segundos foi o tempo que separou a vida e a morte da caçadora.

– Maria. – a voz de Byakko surgiu em sua mente – não vamos conseguir purificar o corpo dele assim. O estado em que ele se encontra foi além de nossas expectativas.

– O que isso quer dizer? Não há como salvá-lo?

– Ele irá tentar resistir ao máximo ao nosso poder de purificação. – Genbu continuou – Seu amigo tentou reagir, mas não tem força suficiente para lutar contra esse parasita. Será necessário cansá-lo um pouco, para podermos agir em seguida.

– Entendido.

– Maria! – o meio-vampiro correu em sua direção, preocupado com ela. – Você está bem?

– Adrian. Eu... sinto muito. Não podia ficar parada sabendo que vocês estariam aqui, lutando até a morte!

– Mas... – Alucard tentou argumentar, mas estava sem palavras.

– Nunca baixem a guarda! – O oponente, que assistia à conversa, não deixou de aproveitar o momento de atacar. Therian lançou outra rajada para cima dos dois. Se não fosse pelo escudo de Alucard a qual ele invocou na hora, teriam sido atingidos em cheio.

– Vá! – Maria estendeu o braço, e apontando o dedo a Therian, sua coruja que estava escondida entre as árvores apareceu de repente, e voou a toda velocidade, pegando-o de surpresa e derrubando-o.

– Sei de um jeito de conseguirmos acabar com isso – ela disse baixo para o companheiro, aproveitando o tempo de distração – Vamos apenas cansá-lo, para que meus amigos possam fazer o resto. Preciso muito que confie em mim, Adrian.

Da outra vez, ele havia posto sua confiança nela e as coisas terminaram bem para o Belmont. Mas ele temia o que poderia acontecer adiante, já que Christopher era o melhor amigo dela e Maria se sentiria mal se ele morresse. Talvez ela estivesse sendo movida pelos seus sentimentos, o que era ruim para a situação.

Mas a caçadora olhou para ele de um jeito tão profundo, que seria difícil não ter fé em sua palavra.

Alucard assentiu.

Maria fez o mesmo a ele, correndo para longe.

– Venha, minha amiga!

A coruja que o distraía voltou rapidamente para o ombro da mestra.

Mesmo em posição de ataque, Maria ainda hesitava em atacar. A visão que tinha de Christopher era quase como um bloqueio para a caçadora. Mesmo tentando não demonstrar, no fundo ainda tinha medo de feri-lo.

– Maria, não se iluda com a aparência daquele homem. – Seiryuu apareceu em sua mente – Ele ainda é controlado pelo demônio e pode facilmente ferir você caso continue a hesitar.

– Eu... sei. – ela respondeu baixo – Estou tentando me concentrar!

– Droga. – o meio-vampiro observou o modo em que Maria se encontrava. Ele percebeu a falta de atitude dela em prosseguir com o plano. – Maria, o que está acontecendo?! – ele perguntou preocupado.

– Nada. Eu estou bem, vamos terminar com isso logo. – sem ao menos olhar para ele, Maria correu para atacar Therian.

– Ah, finalmente resolveu atacar! – o demônio disse vendo-a correndo em sua direção.

Maria não planejava acertar diretamente um golpe forte, queria apenas deixá-lo fraco e cansado para que pudesse usar a habilidade de purificação somada ao poder das Quatro Criaturas Celestiais. Então entrou em uma disputa corporal com ele.

“Ei, Mari!”

– Não, não, não.

Outras vozes surgiram na mente da caçadora, mas dessa vez era de uma criança. Um curto flashback de uma conversa entre os dois ocorrida há muito tempo.

“Mari, quando eu crescer serei muito rico!”

“Pra quê?”

“Para ajudar as pessoas pobres e...”

“E...?”

“Pra me casar com você!”

– Chris...!

Maria parou de atacar por um segundo, que foi o momento onde Therian pode acertar um soco em seu rosto, jogando-a para longe. Seu corpo arrastado na terra devido à força contida no soco, e a moça gemeu de dor quando parou.

– Maria! – gritou o meio-vampiro, indo atrás dela, apoiando seu corpo em seus braços – Você não está em condições de lutar, precisa ir embora!

– Não! – ela gritou nervosa – não posso deixar que ele... – terminou dizendo a última palavra em sussurros – morra.

Alucard tentou disfarçar o ciúme que sentiu ao ouvi-la dizer aquilo. O sentimento humano que invadia seu coração bateu fortemente; ele odiou o jeito com que ela havia dito, até porque Maria e Christopher se conheciam há muitos anos. Mas a situação não era apropriada para tal coisa.

– Então se concentre! Se quiser salvar a vida dele, tente não por a sua em risco!

As palavras dele foram cortantes quanto um golpe de espada. Maria, sem querer, havia ficado num estado emocional abalado, o que a fez desconcentrar-se na batalha.

Ela enxugou o sangue que saia de sua boca, olhando fixamente para o nada. Depois viu o amante, que não tirava a preocupação de sua face, e que ainda a segurava firmemente em seus braços.

– Eu... sinto muito.... – ela dirigiu sua atenção a Therian. Ela franziu a sobrancelha com raiva e levantou sem precisar da ajuda do meio-vampiro – Não irei deixar que minha mente pregue peças em mim.

De repente, Therian, que assistia à cena sorrindo, ergueu seus braços. Em poucos segundos ganhou grande musculatura no corpo, inclusive nos braços, que criaram garras; a chama que queimava anteriormente suas mãos ficou mais forte ainda, adquirindo uma cor mais intensa. Parte de sua estatura também mudou, ficando maior, tanto que alguns locais de suas roupas foram rasgando, como as mangas e bordas da calça. Seus olhos ficaram totalmente pretos, presas grandes apareceram em sua boca e dois chifres grandes começaram a surgir. Até seus pés foram afetados: as botas foram destruídas com a nova forma e patas de enormes com garras cresceram. Mas em seu rosto ainda se notava a aparência de Christopher; claramente isso foi planejado por Therian.

– Ah! Já que será uma luta de dois contra um, achei necessário me apresentar para esta ocasião!

Os dois ficaram em silêncio.

– Vamos começar? Pra valer? – Therian disse, soltando uma larga risada depois.

– Não ataque de perto, Maria. – Alucard disse, levantando a amada – Fique o mais longe possível dele, para a sua segurança. – ele finalizou alertando-a.

– Mas eu sei me...

Os olhos dele atingiram os dela, novamente comunicando em silêncio. Não era apenas um aviso de alguém que se importava com ela. Alucard sabia da força que Therian guardava e precisava, de alguma forma, manter Maria numa zona “segura”.

– Tenha cuidado. – ela respondeu.

O demônio estava animado para usar sua força. Sem esperar, ele deu um grande salto em direção aos dois. Rapidamente eles pularam para caminhos separados para desviar do punho que acertou o chão com tanta força que fez uma cratera no chão. Pareciam estar dispostos a enfrentá-lo sem medo, principalmente Maria, que mostrou outro semblante.

Ela deu um forte assovio, que causou o surgimento de dezenas de pequenas aves brancas. E após apontar seu dedo em direção a Therian, imediatamente as aves voaram massivamente para atacá-lo, inclusive sua coruja.

O oponente, observando o movimento da caçadora rapidamente usou seus braços para defender-se das aves com facilidade. Ficando parado, o ataque de Maria conseguiu fazer alguns arranhões e arrastá-lo para trás.

Therian sorria ao ver o pouco impacto que aquilo lhe causava. Com tom de zombaria ele disse alto:

– É só isso que consegue faz- – ele não conseguiu terminar de falar, pois foi atingido no rosto com um soco de Alucard que apareceu de repente, levando-o para vários metros de distância.

– A-adrian? – Maria perguntou preocupada com a força do golpe.

– Não se preocupe. Tenho certeza que ele não vai morrer.

– Ah... malditos! – o inimigo gritou tocando em seu queixo dolorido e depois começou a gritar ferozmente. – Vocês acham que irão conseguir me derrotar com isso?! Eu vou arrancar o coração dos dois e vou comê-los!

– Está nervoso. Gritando e esperneando é sinal de fraqueza. – Alucard disse a ele.

– Vou lhe mostrar quem é o fraco!

Therian foi para cima do meio-vampiro fervendo de ódio. Ele usou toda a força para tentar golpeá-lo com os punhos, mas sua transformação deixava-o lento e previsível. Era fácil para o Alucard desviar dos golpes e contra-atacar com socos e chutes.

– Meus amigos, acho que o plano está dando certo. – Maria falou baixo para as feras. Estava animada com a situação.

– Cuidado, jovem guardiã. – Seiryuu falou – a luta ainda não terminou e sabemos muito bem que este demônio não usou sua força total.

– Eu sei, e é isso que temo... Só espero que Christopher não esteja sofrendo com os nossos ataques.

Maria correu e saltou em uma das árvores. Saltando em cada árvore, ela invocava suas aves para acertar o demônio. Ela sempre mantinha certa distância dos dois, principalmente Therian, a quem o meio-vampiro alertou para ficar longe. Eles ficaram assim por algum tempo: quando o inimigo notava a localização de Maria, ele tentava lançar rajadas para atingi-la, mas com precisão a caçadora desviava saltando para outras árvores. Já no chão, Alucard usava a força que tinha para desferir mais socos e chutes, sem usar magias nem ao menos sua espada. O plano parecia surtir efeito, mas deixava Therian cada vez mais nervoso. Uma hora ele poderia notar o que estava acontecendo, o que era motivo de preocupação do casal e das próprias Criaturas Celestiais.

A raiva de Therian chegou praticamente ao limite; tanto que em certo momento da luta, ele conseguiu desferir um forte soco na barriga do meio-vampiro. Ele foi jogado e só parou quando bateu as costas em uma árvore.

Maria não conseguiu continuar a atacar o demônio, então seguiu até o meio-vampiro, preocupada com ele.

– Adrian! – ela disse, ajoelhando-se. – Você está bem?

– Preocupe-se com ele, Maria! – ele respondeu, levantando rapidamente.

– Não pensem que eu sou tolo! – Therian gritou, respirando intensivamente – sei muito bem que isso deve ser um plano dos dois para me derrotar. – ele abriu um largo sorriso – pois eu também tenho planos.

Therian estendeu os braços na direção de Maria e Alucard; poucos segundos depois o chão começou a tremer fortemente. Todas as árvores ao redor começaram a chacoalhar fazendo um chiado estranho perturbador aos ouvidos. O abalo era tão forte que os dois não conseguiam ficar em pé.

Rapidamente o cenário mudava e sem perceber a tempo, as raízes do chão começaram a se mover como cobra, dos troncos das árvores saíram uma espécie de braços que se esticaram até o local onde estavam o meio-vampiro e a caçadora; as raízes do chão envolveram as pernas dos dois, e os braços agarraram o resto do corpo. Em pouco tempo era como se a metade da floresta tomasse vida, e assim, prendeu-os numa armadilha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal, muito muito obrigada por ler!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Presente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.