Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 18
O Confronto - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, mas que isso! Me adiantei e já estou lançando o novo capítulo bolado ashuashaushuahsua
Aproveitem!



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Enquanto dormia, a caçadora viu-se estar em um sonho. Não foi longo, mas o que viu pareceu ser importante: viu dois borrões chocando-se várias vezes. Viu que estava longe dos dois, e sempre que tentava se aproximar, mal conseguia sair de sua posição. Por fim, os dois borrões terminariam destruindo um ao outro.

Um forte trovão varreu os céus, fazendo um barulho estrondoso e acordando a caçadora.

– Ah! – ela levantou e ficou sentada na cama, tentando administrar o que houve. Respirava rapidamente, sem pausas, somado ao susto do trovão e o sonho que teve.

– Maria! – uma voz em sua mente chamou urgentemente por seu nome.

– Byakko! – ela respondeu.

– Maria, você precisa levantar. A luta dos dois está acontecendo, e você é a única que pode evitar uma tragédia!

– O quê? Eu?

– Minha jovem, não ficou mais forte em vão. Tens um grande potencial de poderes mágicos que podem purificar. – Genbu disse. – Além disso, nunca ficará sozinha, sempre estaremos com você.

Ela ficou alguns segundos em silêncio, entendendo a mensagem das criaturas celestiais.

– E-entendo.

– Agora se apresse. Quanto mais cedo chegares lá, evitará um derramamento de sangue.

Maria tirou os lençóis de seu corpo e levantou rapidamente. Ela não teria tempo de ir à sua casa e pegar um equipamento, então precisou usar as roupas que guardou no orfanato. Vestiu sua túnica curta verde preferida, luvas de couro que iam até o cotovelo, shorts preto, cinto dourado grosso, meias e sapatos que combinavam com as cores do cinto. Finalizando, amarrou uma fita verde em uma mecha do cabelo e pegou uma capa para proteger-se do frio.

Escolheu não comer, para não perder tempo. Saiu do quarto já pronta, e andou rapidamente pelo corredor.

– Tia Maria? – uma voz de criança perguntou sonolenta logo atrás.

A caçadora parou e virou-se para ver quem era.

– June? – ela disse baixo – Você deveria estar dormindo. O que fazes aqui?

– Estou com sede e o quarto não tinha mais água. Mas... por que a senhora está indo embora?

O tempo era curto, Maria não podia mentir para uma criança, e também não podia explicar a história para alguém que nem completou dez anos. Então a mulher aproximou-se dela, abaixou-se e tocou em seu ombro direito.

– Minha querida, agora eu preciso partir, pois irei fazer algo muito, muito importante. É uma missão muito difícil, e para fazer isso, preciso que fique aqui, segura, garantindo que os outros ficarão também.

Os olhos da pequena, mesmo quase fechando, brilharam.

– Sério? – June disse animada.

– Sim.

A menina lhe deu um forte abraço em Maria, que se emocionou com o gesto.

– Volte logo para contar como foi!

Maria assentiu e June voltou correndo para o quarto, esquecendo-se até que estava com sede. A caçadora voltou seu olhar para seguir seu caminho, quando a voz em sua mente falou:

– Maria. Precisamos chegar rapidamente no local da luta. Vá para o telhado e lhe mostraremos o caminho. – Seiryu falou.

– Mostraremos o caminho? Mas, como assim?

– Apenas vá, jovem guardiã.

Eles sabiam o que estavam fazendo. A caçadora manteve a confiança neles e correu para a parte mais alta do orfanato, o telhado.

Ainda estava um pouco escuro, as nuvens cinza prejudicavam a visibilidade. Maria olhou para todos os lados naquele lugar alto que ventava sem parar. E quando estava prestes em dizer alguma coisa, ouviu a voz de uma das criaturas.

– Agora, invoque-me, Maria. Confie em mim. – o Dragão falou.

Concentrando-se a jovem caçadora invocou a criatura celestial, que em poucos segundos surgiu do céu varrendo as nuvens com suas asas, grande e majestosamente.

– Está na hora.

Antes de partir, Maria deu um forte assovio, que percorreu os ventos. Ela esperou, e sem demora, a coruja, sua companheira surgiu e pousou em seu ombro.

– Minha amiga, temos trabalho a fazer – a caçadora disse, acariciando a cabeça da coruja.

Então olhou para cima: – Estou pronta!

A mulher estava determinada. Cerrou os punhos e tomando impulso, correu até a borda do telhado; deu um grande salto e na mesma hora Seiryu voou em direção a ela, fazendo com que pousasse suavemente em suas costas. Os dois voaram acima das nuvens partindo para encontrar Alucard e Christopher antes que fosse tarde.

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Os dois trocavam golpes com punhos e pernas. A todo o momento, Therian tentava acertar o meio vampiro com suas mãos de onde saiam uma espécie de fogo roxo. O meio-vampiro, preocupado em preservar a vida do hospedeiro, mal usava sua força. Bloqueava os golpes do demônio com cautela, e às vezes, usa pouca força física para contra-atacar.

– O que foi, Alucard?! – Therian disse enquanto atacava-o – está com medo de me machucar? Não se preocupe, não serei eu que sofrerei com a morte, só não garanto que o homem aqui irá aguentar.

Alucard deu um salto para trás, ficando a vários metros de distância do rival.

– Covarde inútil. Nem ao menos consegue lutar sem ter que se esconder atrás de um humano. Típico da sua corja e de Magnus.

– Ah, Alucard. Eu tenho de me garantir; sei o que foi capaz de fazer com seu pai e com aquele estúpido incubus. Precisei de uma armadura, e esse aqui é perfeito para o trabalho.

O meio-vampiro nitidamente demonstrava estar irritado. Se desse qualquer ataque forte, com certeza, mataria Christopher. Até mesmo se usasse o Roubo de Alma poderia afetar o lorde.

Será que necessitaria sacrificar uma vida para salvar a de muitas? Ele não hesitaria em matar Richter se fosse preciso, mas Maria lhe deu uma grande ajuda, oferecendo-lhe o Óculos Sagrado. Assim, foi possível ver sobre a ilusão do padre Shaft, destruindo o controle sobre o Belmont. Mas dessa vez era diferente, não havia um controle externo sobre Christopher; o demônio havia tomado posse de seu corpo, controlando todos seus atos.

Maria estava ausente, a pedido seu. Ele não se arrependeu de ter feito aquilo, queria apenas que a caçadora não se sentisse mal ao lutar contra o próprio amigo. Mas talvez ele pudesse não ter escolha. Pelo menos sua amada não estava ali, para ver o que estava prestes a fazer.

– Ei! O que fazes aí? Não quer me atacar? – Therian gritou com um largo sorriso estampado. – Se não vier, então eu vou com o maior prazer! – seus olhos ficaram vermelhos e seus punhos ficaram roxos novamente. Então correu para cima do meio-vampiro.

– Maria... – Alucard sacou sua espada lentamente – seria capaz de me perdoar um dia? – sussurrou, ficando em posição de ataque.

Os dois estavam correndo para atingir um golpe fatal. Seria o fim da batalha.

Um forte som vindo do alto varreu as secas árvores, tão potente que empurrou os dois para pontos opostos. Com os raios que já atingiam certas elevações anunciando a chegada, o grande dragão surgiu, rugindo bravamente. Ele ficou suspenso no ar quando, de repente, uma figura saltou de cima dele; e usando sua mão direita para equilibrar-se, pousou no chão. Ela olhou para os dois homens seriamente e com determinação, disse:

– Esta luta termina aqui.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por ler!



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