Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 17
O Confronto - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Meus amigos! Resolvi postar esse capítulo em partes por dois motivos: 1- para deixar a história menos cansativa de ler e 2- achei interessante dividir esse capítulo em partes, para não lançar tudo de uma vez só. Mas não se preocupem, pois em breve postarei o próximo capítulo, talvez essa semana, ou até amanhã!
Aproveitem!



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Anoiteceu. As nuvens ameaçaram chover forte, mas deram uma trégua por enquanto. Maria resolveu passar a noite novamente no orfanato, onde podia descansar a mente e o corpo. Ter a companhia de toda aquela gente fazia bem à ela, até porque o dia seguinte seria o confronto que poderia marcar o destino de Lorde Galvan.

Talvez teria dificuldade em dormir devido ao estresse. Mas precisava recuperar-se do cansaço.

Ela queria que seu amado estivesse do seu lado no momento; no mesmo espaço, mesma cama, protegendo-a de todo o mal. Mas estava só, enquanto ele estava longe, treinando, fortalecendo seu corpo para o dia de amanhã. Será que estava errada em permitir que ele fizesse aquilo? Se quisesse, Alucard poderia matar facilmente Christopher, mas não faria isso, ela não queria; mas matá-lo seria última opção, do mesmo jeito que foi com Richter.

Foi com esses pensamentos que ficou vários minutos pensando deitada em sua cama e olhando para o teto.

De vez em quando ela olhava para as palmas de suas mãos, relembrando da conversa que teve com seus guardiões; o poder dentro estava forte novamente, mais forte, na verdade. E ela tinha plena certeza que o surgimento dos quatro teria grande importância nos acontecimentos de amanhã.

– Maria. – a voz de Suzaku surgiu em sua mente – descanse, precisará repousar para o confronto que surgirá.

– Entendo. – ela respondeu. – Boa noite. – Completou sorridente.

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Por três dias Alucard preferiu ficar afastado dos outros para treinar seu corpo. Quase sem parar, ele praticava golpes com espada, sem contar das magias que lançava; tudo para enfrentar Christopher. Dessa vez não seria pego de surpresa como aconteceu no confronto com Magnus. O dia em que viu seu amigo, Lyudmil, sendo hipnotizado a servir o mal e morrendo nas mãos do inimigo por voltar-se contra Magnus; o dia em que quase viu Maria morrer.

Teria Christopher alguma relação com o demônio Magnus? Qualquer dúvida que o meio-vampiro tivesse seria respondida amanhã, pois estava pronto a buscar respostas.

– Alucard.

Enquanto lançava golpes com a espada na árvore, uma voz distorcida surgiu no ar, mais fria que o gelo e tão cortante quanto o fio de sua arma.

– Você não pode me derrotar, Alucard.

O meio-vampiro continuou sua prática mesmo ouvindo aquela voz.

– Sei disso, porque conheço seu ponto fraco. Seu único ponto fraco. – ele fez uma pausa e soltou uma única palavra – Maria...

Na mesma hora que ouviu o nome da mulher ele parou. Mesmo ficando em silêncio, por dentro irou-se de tal forma que não hesitaria por nenhum momento sequer em destruir tudo que tentasse fazer mal à mulher que amava, principalmente Christopher.

Mas ele havia feito uma promessa. Será que chegaria a um ponto em que a quebraria somente por vingar Maria? Não sabia, e temia se tivesse de tomar aquele caminho. Por isso treinou bastante, escolhendo ainda ficar longe da caçadora. Se algo acontecesse com ela, Alucard, com toda a certeza, nunca mais teria coragem de perdoar a si mesmo. Ele não conseguiu proteger seu amigo da morte, nem sua mãe; proteger a vida da caçadora era sua maior prioridade.

Mesmo para um híbrido, ele precisava descansar de todo o trabalho que fez nos últimos dias. Por isso fez uma fogueira no monte mesmo, e sentou encostando-se a uma árvore. Estava sozinho, sem a companhia dos familiares, já que preferiu assim. Olhou para cima, e mesmo tentando, começou a pensar em Maria. Como uma mulher como ela em tão pouco tempo conseguiu conquistar seu coração? Era quase fora do comum um feito como aquele. Após um ano e meio convivendo com uma humana, ele finalmente percebia que havia uma força muito mais poderosa que a escuridão em que se encontrava.

O meio-vampiro usou a capa para elevar sua cabeça e deitou no chão, olhando para o céu.

– Maria... – ele sussurrou para o ar. Aquela única palavra, simples, mas que conseguia fortalecê-lo de alguma forma.

Em breve lutaria aquela batalha, não por ele, mas por ela.

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As horas se passaram. Chegada à madrugada, as nuvens fecharam o tempo novamente. Era como se as forças da natureza previam o confronto que começaria. O relógio do orfanato mostrava 04h45min da manhã; o dia mal havia amanhecido, e o sol dava a impressão que não apareceria por causa das cruéis nuvens carregadas. Pelo resto do dia, o dia estaria cinza.

Alucard acordou de repente, quase em euforia. A presença maligna que conseguia sentir agitou seus sentidos. Mas Christopher não estava por perto, pelo contrário, era como se estivesse chamando pelo meio-vampiro.

Levantando depressa, Alucard fechou seus olhos, procurando um caminho que o levaria até o inimigo. Assim que os abriu, transformou-se em lobo e correu para o norte, em direção às montanhas.

Correu rapidamente, deixando tudo para trás. Após vários minutos, ultrapassou as elevações chegando num vale escondido que abrigava uma pequena floresta; era naquele lugar onde a essência demoníaca era mais forte.

O vale onde Alucard parou era repleto de árvores altas sem folhas, com troncos retorcidos e velhos; sem muita vegetação ao seu redor e nenhuma vida animal percebida. Parecia um lugar morto, sombrio e melancólico. Havia muitos galhos e folhas secas pelo chão, que a cada passo dado faziam um enorme barulho, chamando a atenção de qualquer um que estivesse por ali. As nuvens estavam escuras, e o lugar só era iluminado pelos clarões que surgiam incessantemente.

Voltando à sua forma humana, o meio-vampiro caminhou até o meio do local, sem correr ou caminhar muito lentamente. Aparentava estar neutro, concentrado e calculista. Precisava dar um fim naquilo logo e acabar com a tristeza de Maria.

– Oh! Vejo que meu convidado apareceu!

Era Christopher, sentado em um tronco caído. Vestindo um longo sobretudo marrom com detalhes dourados, camisa vermelha e calças pretas com botas de couro, sua aparência completamente humana lançava-lhe um sorriso sarcástico e ameaçador.

– Por que fazes tudo isto?

– Por que faço isso? – o lorde disse, levantando-se – Ora, faço porque alegro-me em ver a dor e a morte das pessoas. Os humanos não merecem viver, eles são inúteis, asquerosos, egoístas. O que faço é apenas uma limpeza nesta terra, destruindo-os.

– Seus pensamentos são tão vazios quanto os de meu pai. Patético.

– Não me compare com ele! – Christopher deu um passo à frente irritado. – aquele maldito me rejeitou como um traste velho depois de eu tê-lo servido há tanto tempo! Ele e toda a sua linhagem merecem a dor.

– Pelo visto, você é apenas um demônio infeliz que foi rejeitado, que tomou o corpo de um homem inocente. Tão lamentável quanto sua existência. A propósito, quem és tu?

– Meu nome, caro Alucard, é Therian; segundo no comando de Olrox.

– Não me recordo. – o meio-vampiro respondeu quase em desdém.

– Agora não importa mais. Aquela vida minha morreu e ficou para trás, assim como sua maldita mãe; belo foi o dia em que ela foi queimada viva. Como era seu nome... Lisa?

Antes que Therian soltasse uma risada, Alucard correu para cima dele, como um raio. Ele o levou para longe com seus próprios punhos. Parou apenas quando o corpo bateu em uma árvore.

– Como ousas falar assim de minha falecida mãe, seu maldito!

– Isso, Alucard! – o demônio, ainda no corpo de Christopher, ergueu os olhos animado e disse em voz alta – destrua o corpo desse humano inútil, ele não vale nada, não é mesmo?!

O meio-vampiro soltou aos poucos a roupa dele e afastou-se, assustado com o por pouco não o fez.

– É incrível como um coração fraco humano pode ficar quando a pessoa que se ama é mencionada!

– Cale-se! – Alucard gritou.

– Não vou me calar, Alucard. Você sabe muito bem que não pode me matar. Escolhi esse corpo, pois sei justamente o quanto Maria gosta desse homem e que você não tem a mínima coragem de feri-lo gravemente.

Ele ficou em silêncio, cerrando fortemente os punhos.

– Lamentável. Prefere proteger a vida de um homem que a ama do que lutar para finalmente conquistá-la. Aposto que se fosse ao contrário, esses dois nem se importariam em matar você. – Therian começou a rir sem parar.

O demônio continuou, mais provocante.

– Por que veio aqui, lutar uma batalha que não pode vencer?

– Não tenha tanta certeza disso, Therian. – o meio-vampiro disse – Nunca subestime seu oponente.

– Bem, pela situação em que se encontra, duvido muito que consiga me derrotar... – ao final das palavras, ele ergueu as duas mãos e seus punhos começaram a emitir um forte brilho roxo.

Alucard ficou em posição de batalha, mesmo sem sua espada. Respirando fundo, ele também correu em direção ao demônio, começando assim a luta.


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Notas finais do capítulo

Eeeeeita, corre geral que o negócio tá pegando fogo ahuahuahuahua
Pessoal, quero agradecer muuuuuito, de coração, a vocês que estão acompanhando a fic. Eu nunca me canso de agradecer, já que vocês são muito importantes para mim, que me motivam a escrever. Estou pensando (no futuro ou em breve mesmo) em fazer outra ou outras fanfics sobre o casal; ainda é um pensamento e tal, mas ficaria muito contente se vocês dessem sua opinião sobre isso!
Caso queiram entrar em contato (pra me cobrar ou mandar muitos beijos ashuahsuahsua) só chegar junto no meu Twitter: @myly_bomfim
Mais uma vez, obrigada por ler!



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