Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 16
Reunião


Notas iniciais do capítulo

Olá, amigos! Como eu sou ansiosa pra caramba, eu to postando (novamente) o novo capítulo com antecedência kkkkkkkkk, talvez eu só consiga postar o próximo ano que vem (entenderam? asuhsusuhua parei) Mas não se preocupem, farei o possível para postar rapidamente!
Aproveitem e tenham um Super Feliz Ano Novo! ♥



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Alucard não podia acreditar no que fez. Beijar uma humana e demonstrar todo aquele carinho. Talvez ele não fosse de todo vampiro, afinal.

Entretanto aquilo o deixou um impasse. Se destruísse a vida de Christopher (caso fosse ele mesmo), pensava que Maria nunca mais o perdoaria; da mesma forma que iria acontecer se Alucard matasse Richter no castelo. Então precisava lutar e ser cauteloso para não feri-lo gravemente. Não havia um ser o dominando do lado de fora de seu corpo, como foi com o Belmont; um ataque forte e Christopher poderia sentir, até morrer.

Então como derrotá-lo? Era o que Alucard pensou por vários minutos, e acabou por achar nenhuma resposta.

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Eles se beijaram, realmente. Parecia ser um sonho de tão incrível que foi.

Ainda no cavalo, enquanto voltava para o vilarejo, os pensamentos de Maria estavam um caos. As coisas aconteceram rápido demais: uma hora estava correndo atrás do meio-vampiro em busca de respostas, depois soube que o mal por trás da sensação estranha era seu amigo, Christopher. Seguindo isso, Alucard e ela trocaram carícias após um beijo. Tudo em poucas horas.

Por um momento esqueceu-se de Lorde Galvan a quem se preocupava a poucos minutos, voltando sua mente ao seu amante, e do beijo; Já era de se esperar que ficasse quase em êxtase, afinal, após um ano e meio vivendo na mesma casa, o beijo foi sinal de um árduo trabalho de Maria em conquistar seu coração. Finalmente podia demonstrar seu amor por alguém que, em teoria, deveria caçar até a morte.

– Adrian... – ela disse, abrindo um sorriso, que logo depois se apagou.

Não tinha tempo para ficar pensando no amor, infelizmente. O dia seguinte seria o confronto entre o meio-vampiro e o humano que, de alguma forma, emanava ter um espírito maligno. Maria não duvidou da afirmação de Alucard, mas por dentro, sentiu-se um pouco confusa e abalada; se Christopher fosse mesmo um demônio, ou se estivesse sendo possuído por um, corria o risco de morrer nas mãos de seu amado.

Mesmo sabendo disto, sentia dentro de si que não podia deixar que a história terminasse assim, deveria haver algum jeito de parar isso, ou salvar a vida dele.

– Maria...!

– Hã?

De repente, uma voz surgiu em sua cabeça. Quatro vozes, na verdade. A caçadora parou o cavalo, que se assustou com o repentino comando erguendo-se e derrubando a mulher da sela. Desacordou.

– Maria.

– O-o quê? – Ela disse, sentindo um frio chão. Lembrou-se que havia caído e perdido a consciência.

– Maria...

Quando abriu os olhos viu que estava num lugar vazio; ergueu sua cabeça para cima e notou seu corpo sendo iluminado por um feixe acima dela.

– Essa voz! – Maria levantou do chão – V-vo... são vocês! – ela disse surpresa.

À sua volta, quatro entidades emanavam brilhos de cores diferentes, iluminando parcialmente o espaço, eram eles: Byakko (o tigre), Suzaku (a fênix), Seiryu (o dragão) e Genbu (a tartaruga). Cada um brilhava com as cores respectivas representando seus elementos. Branco para o ar, vermelho para o fogo, azul para a água e preto acinzentado para a terra.

– Imaginei que tivessem me abandonado. – Maria disse baixo – Porque se calaram para mim?

– Nunca abandonamos você, Maria. – Byakko, em sua potente voz, falou.

– Então, por quê?

– Sempre estivemos e sempre vamos estar com você, para sempre. – disse Genbu.

– Foi você quem resolveu virar seus ouvidos para nós. – Seiryuu respondeu num tom de desaprovação.

Maria observou as criaturas. Olhou para cima e para baixo. Ficou em silêncio.

Estavam certas no final; ultimamente, após o confronto com Magnus onde havia perdido e recuperado a habilidade de ouvi-los, preocupou-se com vários assuntos, principalmente com Alucard e o orfanato que ajudava. Sua mente ficou ocupada demais para prestar atenção neles.

– Mal nos escutou quando alertávamos o perigo daquele homem, Christopher. Como acha que teve aquela “estranha sensação”? – o dragão continuou, e a caçadora ouvia de cabeça baixa.

– Maria, – Suzaku, que ainda não havia se manifestado, falou serenamente – queremos lhe dizer que nos últimos tempos, você deixou comunicar-se conosco além de sair do estado de alerta. Poderia ter se ferido caso houvesse um ataque de Christopher.

– Pedimos apenas para voltar a nos ouvir, minha jovem. – Genbu pronunciou-se.

A mulher fechou os olhos e cerrou os punhos. Sentia-se culpada por deixá-los de lado, ignorando seus avisos.

– Perdoem-me, meus amigos. – ela disse arrependida. – Nunca quis abandonar vocês... eu apenas... – hesitou – sinto muito. Eu amo todos vocês e não queria ferir seus sentimentos.

As Quatro Criaturas Celestiais mantiveram um breve silêncio após ouvir a resposta de sua protegida. A luz de cada um ficou mais forte assim que falavam:

– Volte para nós, Maria. – disse o tigre.

– Somente assim seremos um novamente... – a fênix prosseguiu.

– Deixe o orgulho de lado e retorne. – continuou a tartaruga.

– Dessa vez, vamos ser mais fortes que nunca, um único ser! – completou o dragão.

Maria ergueu sua voz, e assentindo com toda a certeza, as quatro criaturas começaram a se aproximar dela ao mesmo tempo, unindo-se a ela. Seu corpo começou a emanar uma poderosa e forte luz. Ela olhou para sua mão e sorriu quando sentiu todo aquele poder.

– Obrigada, meus amigos – a luz ficava cada vez mais intensa – por confiarem em mim mais uma vez...

Tudo se apagou.

Ao acordar, encontrou-se caída no chão; ao seu lado o cavalo a esperava ainda de pé.

– Não foi um sonho. – ela sussurrou, olhando o local à sua volta.

Maria se levantou. As nuvens ainda estavam escuras, traiçoeiramente prontas para descarregar chuva e raios a qualquer momento. Ventos ainda sopravam com certa peculiaridade. Estava anoitecendo, e a visibilidade estava comprometida. Então respirou fundo e tentou se concentrar.

Um leve barulho dentre as árvores destacou-se; era um bater de asas que aos poucos se aproximava da caçadora. Um vulto branco surgiu do céu e diante de Maria, e essa aparição soltou um grunhido.

– É você... – disse emocionada – minha amiga.

Uma companhia que há muito tempo Maria não via; não por culpa dela, mas por causa da desatenção da caçadora.

Ela estendeu seu braço esquerdo, e a grande coruja branca pousou graciosamente. Seus olhos profundos mantiveram-se na caçadora; Maria sabia que aquele gesto não era ameaçador, pelo contrário, representava um elo que as duas uniram há muito anos, e que agora retornava. A coruja reagia contente a cada carícia da mestra.

– Ei... obrigada por não me abandonar. – Maria lançou-lhe um doce sorriso.

A jovem caçadora que se tornara mulher há pouco tempo, via seu elo de ligação com as Quatro Criaturas Celestiais mais forte ainda além de ter de volta a brava e fiel companheira ao seu lado. Maria sentia-se mais confiante e decidida, e estava pronta para encarar o dia de amanhã: tentar salvar os dois homens de um conflito mortal.

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Dentro da grande mansão fora do vilarejo, Christopher, ou Lorde Galvan, olhava fixamente pela varanda o jardim dos fundos. Cerrou os punhos fortemente na mureta.

– Maldito Alucard! – ele sussurrou irritado. – Vou arrancar cada membro seu e depois vou matar aquela mulher.

Christopher apertou mais ainda a estrutura de concreto e granito, tanto que ela rachou e quebraram-se algumas partes.

– Senhor Tillahunt? – a porta se abre e a empregada aparece – Desenha alguma coisa?

– Não. – o lorde respondeu quase rangendo os dentes.

– S-senhor? – a mulher notou uma estranha voz, e tentou se aproximar.

– Eu disse não! – ele respondeu mais firme, quase gritando, o que a fez recuar.

Christopher, ou o que está se passando por ele, emanava ódio puro. Não via a hora de enfrentar o meio-vampiro. Sentia que nada poderia impedi-lo; seria capaz de destruir tudo que tentasse ficar em seu caminho, inclusive Maria.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e até o próximo capítulo neste mesmo canal (ahuahauhaua)



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