Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 15
Verdades Reveladas


Notas iniciais do capítulo

Eaíííí pessoal! Espero que gostem desse capítulo que, coincidentemente, pode ser especial para todos e é meio que um presente para todos! Feliz Natal! :DDDDDD
OBS: CONSEGUI POSTAR O CAPÍTULO DO MEU PC UHUUUUU aahsuahsuahsua



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Duas almas. Dois corações. Um sentimento que os separava: o medo. Medo da decepção, da perda, de amar. O destino estaria sendo cruel demais em não permitir que ficassem juntos. Apenas porque um era vampiro e a outra deveria caçá-lo até a morte? Alucard não era mau, não faria mal a humanos, muito menos a Maria.

Mas era imortal.

O maior empecilho dele era saber que um dia sua amada morreria e novamente ele voltaria a vagar pela eternidade; não conseguiria amar outra mulher já que seu coração estaria ligado à sua falecida esposa.

Transformá-la em vampira? Ele nunca faria isso, nunca causaria esse mal à ela apenas por egoísmo de ter uma companhia.

Mas ele a amava, de alguma forma. Amava a única mulher que não se importava quem ele era e mesmo assim o acolheu em sua própria casa. Alucard amava-a, de alguma forma.

– Maria, o que está fazendo aqui? – o meio-vampiro olhou para Fada que afastou-se dos dois com desaprovação. Maria notou que ele já se dirigia à ela é retrucou:

– Não a culpe. Eu implorei a ela que me levasse até aqui, já que preferiu me evitar. – ela disse decepcionada.

– Por que está aqui? – ele persistiu.

– Porque quero respostas. O que está havendo? Qual o motivo dessa terrível sensação de tragédia que está percorrendo até a espinha? Aposto que, assim como eu, também sente isso.

Alucard demorou alguns segundos até responder.

– É uma longa história. Você não precisa saber.

– Adrian? – ela perguntou inconformada. – por que está tratando-me tão friamente?

Os olhos dele se viraram para outro lado.

– É isso que você quer fazer, não é? Quer que eu sofra.

– Não! – os olhos dele voltaram-se rapidamente a ela.

– Então me diga a verdade! Por que está indo embora?

O meio-vampiro não conseguia soltar as palavras. Somente um olhar dela, ansiosa para descobrir a verdade o fez falar.

– Christopher não é quem você pensa.

– O quê? – ouvir aquele nome foi um choque para ela.

– Um demônio se passa por ele. Vou enfrentá-lo e destruí-lo amanhã.

Maria deu dois passos para trás.

– Não. Isso não pode ser verdade.

Lorde Galvan. Christopher. Seu amigo de infância. Um retorno que Maria não esperava, mas nunca pensou que seria daquele jeito.

– Você queria saber dos fatos, estou lhe contando.

Não podia ser verdade; Maria em nem um momento sequer notou algo ruim vindo dele, somente um forte desejo de casar-se com ela, porém nada incomum.

– Adrian. Christopher não... não pode ser um demônio, sei disso, senti uma algo humano vindo dele.

– Isso porque foi enganada por ele desde o começo! – ele disse firme.

– Enganou-me?

– De alguma forma ele a pôs numa ilusão, disfarçando sua essência, Maria. Se quisesse matar você, já teria o feito.

As palavras dele foram profundas, cortantes, diretas, e que fizeram doer o coração da caçadora. Maria confiava em Alucard, e ele nunca diria mentiria para ela.

– Além disso, mesmo se for humano, a presença maligna estava forte demais. Era como se a alma dele estivesse condenada.

– Então pretende matá-lo? Sem mais?

– Não há outra forma mais eficiente de resolver esta situação.

– Claro que há! – ela enfatizou suas palavras – Você poderia ter matado Richter, mas escolheu outro caminho. Por que não pode fazer isso com Christopher se houver uma chance?!

– Estou fazendo isso por você, Maria! – ele aumentou sua voz – Estou tentando lhe proteger!

– Por mim?! Matar meu amigo e ir embora para sempre?! Achas que isso é algo bom?!

– Já disse que estou fazendo isso porque me importo com você! — ele bradou – eu sou o culpado de deixa-lhe para aquele monstro! Achava que era uma boa pessoa, que pudesse dar a você o que eu nunca conseguiria.

Um silêncio melancólico pairou no ar.

– Não sei como aquele demônio surgiu em seu corpo, mas sei que meu dever é pará-lo antes que faça mal a alguém.

Maria ergueu as sobrancelhas, abatida ao ouvi-lo.

– Nunca poderei lhe retribuir tudo o que fez por mim. Quero apenas livrá-la de encarar aquele monstro para depois não ter que fazê-la sofrer.

– C-como pode dizer isso? – ela disse baixo, olhando para o chão.

Os dois estavam tão próximos, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Eles se amavam, mas tudo os impedia de se amarem como deveriam. Maria, enfim, percebeu que Alucard, do jeito dele, faria tudo somente para deixá-la bem.

Lentamente se aproximou do meio-vampiro e encarou seus olhos tristes. Queria dizer tantas coisas, gritar pedindo que parasse de agir daquela forma. Mas, sem pensar, agiu da forma mais carinhosa possível, puxando o meio-vampiro para si e beijando-o apaixonadamente em seguida.

Um choque para Alucard. Recebeu o amor de uma mortal. Ele não deveria tê-la deixado fazer isto, da mesma forma que gostaria daquele beijo mais que tudo. Como resistir ao amor de Maria? Por um ano e meio ele enfrentou a essência vampiresca que o isolava de todo o mundo humano. Mas agora, tudo isso foi abaixo com aquele gesto.

Quando Maria separou-se dele, ambos ficaram sem palavras; era como se tivessem feito algo errado, mas que ao mesmo tempo era certo. Porém, não ficaram tanto tempo assim; a força que os atraía era tão grande que novamente seus lábios se encontraram. Dessa vez o meio-vampiro não resistiu e a puxou lentamente pela cintura para ficar mais perto dela. Maria foi quem ficou surpresa desta vez.

A batalha contra a metade de Alucard foi vencida por eles. A barreira que impedia o amor do casal foi quebrada. Duas pessoas completamente diferentes unidas por um forte sentimento que nada pudesse separar. Era inevitável que o amor florescesse entre os dois.

Poder demonstrar pela primeira vez um gesto amoroso para a caçadora foi algo único para o meio-vampiro, que nunca sonhava fazer aquilo. Deslizar suas mãos em seu rosto, olhar para ela de um jeito que não fosse apenas neutramente.

– Eu sabia que... desde a primeira vez que lhe vi, tinha de impedir seu retorno ao sono eterno, Adrian. Não conseguiria ficar sem você. – ela disse recostando a cabeça em seu peito, e sorrindo ao ouvir os batimentos acelerados do homem que amava.

Ele não respondeu com palavras, apenas a abraçou fortemente.

O momento deles tinha de terminar, pois ainda havia uma ameaça para resolver, e sabiam muito bem disto. Principalmente Maria, que se preocupava com o futuro daquele confronto.

– Deixe-me ir contigo, Adrian. – ela referia-se à juntar-se a ele no dia do confronto com Christopher. Ela estava quase que desesperada em poder livrar o amigo da morte.

– Não posso deixá-la vir.

– Mas... por quê? – a caçadora aprofundou-se nele ainda mais.

– Porque todas as vezes que estou perto de você, Maria, sinto-me mais... – Alucard sorriu rapidamente ao entoar aquelas palavras – humano.

Ouvi-lo dizer que se sentia mais humano foi algo inexplicavelmente satisfatório.

– Não conseguirei lutar com força total caso ele se torne uma ameaça. Por isso deves permanecer num local seguro até que isso termine.

– Você vai... — ela olhou para seu rosto, erguendo sua cabeça.

– Farei o possível para evitar o pior.

– Obrigada, meu querido.

Um pouco distante do novo casal, os familiares Fada e Espada os observavam.

– Não acredito no que acabei de ver. — Fada disse atônita — Mestre Alucard amando uma humana!

– Ele também é humano, Fada. — o familiar — disse. Meio humano, mas é.

– Eu sei disso. Mas... é estranho. Nunca pensei que o mestre voltaria a ficar perto de outra humana depois de sua mãe.

– Concordo. A vida é estranha, sempre trazendo surpresas.

Silêncio. O momento dos dois era tão mágico, confortável. Não queriam se soltar, mas infelizmente era necessário.

– Maria, você precisa retornar à sua casa. – o meio-vampiro falou com angústia, já que gostaria de ficar mais tempo com ela.

Tudo estava tão bom; se pudesse ficaria para sempre envolvida naqueles braços. Depois de tanto tempo buscando ser correspondida, não queria mais ficar longe dele.

— Mas... prometa-me que irás retornar?

Ela o encarou com olhos ansiosos, preocupados com a resposta do amado.

– Prometo. – ele beijou a mão direita da amada.

– Então vou embora. — a caçadora não perdeu tempo e novamente beijou os lábios dele — tome cuidado e volte para mim.

Maria preferiu não olhar mais para trás quando se virou de costas a ele. No fundo preocupava-se com os dois adversários, ainda mais por Christopher, já que Alucard foi poderoso o suficiente para derrotar o próprio Drácula, seu pai.

– Chris...

Enquanto descia o monte o pensamento daquela pessoa a invadia. Ela tinha plena certeza que o amigo era humano, e temia por sua vida. Será que não havia outra forma de salvá-lo? O lorde não merecia ter uma morte terrível como fim, e a caçadora sentia isso.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer à Raquel que está sempre me dando a maior força nos comentários e Asari Kimiga pela ideia da Maria meio que 'puxar' o Adrian para um beijo rsssssssss :333 E não posso deixar de agradecer a você, leitor (a), que acompanha essa fic. Obrigada, de coração, por ler!



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