Presente escrita por Dama das Estrelas
Notas iniciais do capítulo
Primeiramente peço desculpas por ficar sem postar por um tempo, pois precisei fazer um pequeno hiatus. Agora, pretendo fazer o máximo possível para continuar a fic regularmente.
Eu agradeço muito, muito e muito a todos vocês que estão lendo e comentando a fic. Também sou muito grata por todo esse carinho que vocês tem tido comigo (*0*). Saibam que é um grande prazer escrever para vocês! Se eu pudesse, eu daria um abraço em todo mundo! (hahahaha)
Aproveitem o capítulo! ♥
— Eu não posso entender? Por que ele é assim?!
Maria acordou cansada por causa da longa noite; e para piorar, ouviu da boca de Alucard aquelas palavras. Demorou muito até que ela conseguisse pegar no sono e descansar, já que a voz dele não saía de sua mente.
Ela não podia ficar deitada em sua cama o dia todo, então levantou e resolveu começar o dia logo. Como de costume ela arrumou-se, tomou o café da manhã sozinha – já que não notou a presença do meio-vampiro, como era de se esperar – e já pensava em sair para o orfanato.
Foi então que ouviu sua porta bater, e quando abriu, viu sua irmã à porta. As duas se cumprimentaram, e após Annette entrar e notar a falta de animação no rosto de Maria, começaram a conversar. Dentre tantos assuntos abordados, como o cotidiano e o decorrer da festa de ontem, a caçadora explicou sobre o momento que esteve com Alucard.
— Maria... – disse Annette sentada à mesa, olhando para ela que estava de pé.
— Irmã. Eu dediquei mais de um ano de minha vida por ele! Fiz tanta coisa, tanta coisa para ganhar seu coração! E ele responde dizendo que ficarei melhor sem a sua presença?! – aquela foi a hora em que ela começou a desabafar.
Maria balançou a cabeça diversas vezes. Era o estopim para dizer tudo que sentia, e Annette era a melhor pessoa para quem contar.
— Por quê? Por quê?! – ela lamentou – será que esse tempo todo, Adrian não percebeu o quanto eu importo-me com ele?
— Às vezes, Maria, ele fez isso para proteger você. Sabe como ele é.
— Se quisesse isso mesmo, não teria vivido aqui por mais de um ano!
— Olhe, – sua irmã levantou indo de encontro a ela. – eu queria muito poder aconselhar você sobre isso. Mas você precisa decidir isso em seu próprio coração.
— Annette, eu... – ela prosseguiu em sussurros – o amo... tanto.
A mulher olhou para a irmã mais nova e emocionou-se com seu lamento. Ela tocou em suas mãos e as ergueu.
— Minha querida. Não fique sofrendo por aquele homem.
Maria não falou. Continuou a balançar a cabeça negativamente. Então sua irmã tocou em seus ombros firmemente:
— O melhor que podes fazer agora... é esquecê-lo.
Tanto tempo de convivência com ele; um homem que parecia não querer mais do que um simples amizade seca e que agora tomou a aparente decisão de afastar-se para sempre. Era demais para ela. Parecia que estavam tão íntimos um do outro.
— Esquecê-lo? – ela perguntou desapontada. – Como? Não é fácil apagar da minha mente alguém que passou todo esse tempo comigo.
— Eu nunca disse que seria fácil, minha querida.
— Não consigo entender.
— Você precisa ser forte. Seguir em frente pode ser doloroso no começo, mas acredite, é o melhor a se fazer.
— Quando fui atrás dele, logo após que derrotou Drácula, eu sabia que bem no fundo ele poderia ser alcançado de alguma forma. Eu tinha fé nisso, e lutaria até o fim. Ainda quero acreditar nisso, Annette. E além disso... – ela hesitou.
— O que foi?
— Esqueça. – ela rapidamente mudou de assunto – Preciso sair... estou atrasada e tenho de chegar ao orfanato logo.
Por poucos segundos, Maria quase falou sobre a conversa que teve com o meio-vampiro antes de dormir, e a quase declaração de amor dele que, implicitamente, revelava algum sentimento que sentia por ela.
Annette percebeu a atitude repentina dela, mas preferiu encerrar ao invés de continuar a discussão.
— Está bem, Maria. Vá e mande lembranças às irmãs.
— Podemos continuar a conversa depois, certo? – A caçadora tentou disfarçar para não terminar mal com ela.
— Sim, afinal, nós duas temos afazeres a cumprir, não é?
Maria assentiu e foi correndo buscar suas coisas em seu quarto. E quando voltou, as duas seguiram até a porta. Então tomaram caminhos separados.
Em seu caminho para o orfanato, Maria deu passos apertados e precisos; aquelas seriam as horas em que ela daria tudo de si para se concentrar apenas nas crianças a quem tinha muito afeto, e que se esqueceria de Alucard, que a propósito, afastava-se cada vez mais dela, literalmente.
—--------------------------------------------------------------------------
Num monte um pouco distante do vilarejo, o meio-vampiro observava o lugar a qual ‘viveu’ por mais de um ano. Mesmo não parecendo, foi dificílimo ter que deixar a mulher que o acolheu; mas como ele pensava diferentemente dos outros, achou melhor que as coisas ficassem daquele jeito. E mesmo que não aparentasse, estava sofrendo por dentro.
Alucard nunca imaginaria que pudesse ficar por tanto tempo vivendo com humanos, e ironicamente, junto a uma caçadora de vampiros. Seriam momentos que, infelizmente, ficariam em sua memória.
Após um adeus silencioso, observando cada detalhe da geografia do pequeno lugar, chegava a hora de dar meia-volta e retornar ao seu sono eterno.
— Meu lorde? Precisa de algo? – Imp, seu servo, apareceu.
— Não mais, Imp.
O meio-vampiro começou, sem avisar, seu caminho para longe do vilarejo. Imp, desesperado, voou rapidamente para acompanhá-lo.
— Mestre, está tudo bem? – ele perguntou para Alucard, que permaneceu em silêncio. E mesmo com medo, Imp novamente tentou:
— Mes-
De repente, Alucard parou bruscamente. Sentiu algo; uma terrível sensação, alerta de perigo. Seu coração ficou acelerado, era algo grave. Não demorou muito até que ele se transformasse em lobo, começando a correr em direção ao vilarejo. Imp, em vão, tentou alcançá-lo, mas falhou; e mesmo que tentasse gritar seria tarde demais.
Alucard apenas tinha essa sensação quando estava dentro do castelo de seu pai, Drácula. Era como se uma força demoníaca estivesse por perto; então precisava ser rápido, antes que alguma coisa ruim acontecesse.
O meio-vampiro usou sua habilidade em correr o mais rápido que podia como lobo. Quando chegou à entrada do vilarejo, rapidamente transformou-se em névoa. Por sorte, o clima estava nublado e o leve nevoeiro que surgiu foram perfeitos para seu disfarce. Então procurou a origem daquela força; seguiu a trilha. Quando chegou até o local ficou ainda mais inquieto.
O orfanato; lugar onde Maria se encontrava no momento junto a dezenas de crianças.
Ele não sabia qual criatura poderia estar lá, sabia apenas que havia, sim, uma presença maligna que precisava ser eliminada antes que fosse tarde e houvesse vítimas.
Alucard notou um veículo diferente parado próximo ao local: uma carruagem luxuosa que também apresentava vestígios da força demoníaca, mas não era tão intensa quanto a que se encontrava no orfanato.
Cuidadosamente ele planou sobre a construção, observando pelo lado de fora cada janela onde era possível ver seu interior. Após sua procura, alguns segundos depois, finalmente achou o suposto paradeiro daquela presença.
O cômodo era a biblioteca, que ficava no segundo andar. De fora do local, para seu receio, o meio-vampiro viu Maria. Alucard ficou ainda mais preocupado com ela, já que o lugar onde se encontrava, era justamente o ponto perigoso.
Alucard também notou algo mais. Ela aparentava estar conversando com alguém; e ao olhar mais precisamente, finalmente achou o que queria. Não viu uma criatura presente na sala, mas, a pessoa que carregava aquele poder. Essa pessoa era Lorde Galvan.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por ler!