Presente escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 11
Reviravolta


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente peço desculpas por ficar sem postar por um tempo, pois precisei fazer um pequeno hiatus. Agora, pretendo fazer o máximo possível para continuar a fic regularmente.
Eu agradeço muito, muito e muito a todos vocês que estão lendo e comentando a fic. Também sou muito grata por todo esse carinho que vocês tem tido comigo (*0*). Saibam que é um grande prazer escrever para vocês! Se eu pudesse, eu daria um abraço em todo mundo! (hahahaha)
Aproveitem o capítulo! ♥



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— Eu não posso entender? Por que ele é assim?!

Maria acordou cansada por causa da longa noite; e para piorar, ouviu da boca de Alucard aquelas palavras. Demorou muito até que ela conseguisse pegar no sono e descansar, já que a voz dele não saía de sua mente.

Ela não podia ficar deitada em sua cama o dia todo, então levantou e resolveu começar o dia logo. Como de costume ela arrumou-se, tomou o café da manhã sozinha – já que não notou a presença do meio-vampiro, como era de se esperar – e já pensava em sair para o orfanato.

Foi então que ouviu sua porta bater, e quando abriu, viu sua irmã à porta. As duas se cumprimentaram, e após Annette entrar e notar a falta de animação no rosto de Maria, começaram a conversar. Dentre tantos assuntos abordados, como o cotidiano e o decorrer da festa de ontem, a caçadora explicou sobre o momento que esteve com Alucard.

— Maria... – disse Annette sentada à mesa, olhando para ela que estava de pé.

— Irmã. Eu dediquei mais de um ano de minha vida por ele! Fiz tanta coisa, tanta coisa para ganhar seu coração! E ele responde dizendo que ficarei melhor sem a sua presença?! – aquela foi a hora em que ela começou a desabafar.

Maria balançou a cabeça diversas vezes. Era o estopim para dizer tudo que sentia, e Annette era a melhor pessoa para quem contar.

— Por quê? Por quê?! – ela lamentou – será que esse tempo todo, Adrian não percebeu o quanto eu importo-me com ele?

— Às vezes, Maria, ele fez isso para proteger você. Sabe como ele é.

— Se quisesse isso mesmo, não teria vivido aqui por mais de um ano!

— Olhe, – sua irmã levantou indo de encontro a ela. – eu queria muito poder aconselhar você sobre isso. Mas você precisa decidir isso em seu próprio coração.

— Annette, eu... – ela prosseguiu em sussurros – o amo... tanto.

A mulher olhou para a irmã mais nova e emocionou-se com seu lamento. Ela tocou em suas mãos e as ergueu.

— Minha querida. Não fique sofrendo por aquele homem.

Maria não falou. Continuou a balançar a cabeça negativamente. Então sua irmã tocou em seus ombros firmemente:

— O melhor que podes fazer agora... é esquecê-lo.

Tanto tempo de convivência com ele; um homem que parecia não querer mais do que um simples amizade seca e que agora tomou a aparente decisão de afastar-se para sempre. Era demais para ela. Parecia que estavam tão íntimos um do outro.

— Esquecê-lo? – ela perguntou desapontada. – Como? Não é fácil apagar da minha mente alguém que passou todo esse tempo comigo.

— Eu nunca disse que seria fácil, minha querida.

— Não consigo entender.

— Você precisa ser forte. Seguir em frente pode ser doloroso no começo, mas acredite, é o melhor a se fazer.

— Quando fui atrás dele, logo após que derrotou Drácula, eu sabia que bem no fundo ele poderia ser alcançado de alguma forma. Eu tinha fé nisso, e lutaria até o fim. Ainda quero acreditar nisso, Annette. E além disso... – ela hesitou.

— O que foi?

— Esqueça. – ela rapidamente mudou de assunto – Preciso sair... estou atrasada e tenho de chegar ao orfanato logo. 

Por poucos segundos, Maria quase falou sobre a conversa que teve com o meio-vampiro antes de dormir, e a quase declaração de amor dele que, implicitamente, revelava algum sentimento que sentia por ela.

Annette percebeu a atitude repentina dela, mas preferiu encerrar ao invés de continuar a discussão.

— Está bem, Maria. Vá e mande lembranças às irmãs.

— Podemos continuar a conversa depois, certo? – A caçadora tentou disfarçar para não terminar mal com ela.

— Sim, afinal, nós duas temos afazeres a cumprir, não é?

Maria assentiu e foi correndo buscar suas coisas em seu quarto. E quando voltou, as duas seguiram até a porta. Então tomaram caminhos separados.

Em seu caminho para o orfanato, Maria deu passos apertados e precisos; aquelas seriam as horas em que ela daria tudo de si para se concentrar apenas nas crianças a quem tinha muito afeto, e que se esqueceria de Alucard, que a propósito, afastava-se cada vez mais dela, literalmente.

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Num monte um pouco distante do vilarejo, o meio-vampiro observava o lugar a qual ‘viveu’ por mais de um ano. Mesmo não parecendo, foi dificílimo ter que deixar a mulher que o acolheu; mas como ele pensava diferentemente dos outros, achou melhor que as coisas ficassem daquele jeito. E mesmo que não aparentasse, estava sofrendo por dentro.

Alucard nunca imaginaria que pudesse ficar por tanto tempo vivendo com humanos, e ironicamente, junto a uma caçadora de vampiros. Seriam momentos que, infelizmente, ficariam em sua memória.

Após um adeus silencioso, observando cada detalhe da geografia do pequeno lugar, chegava a hora de dar meia-volta e retornar ao seu sono eterno.

— Meu lorde? Precisa de algo? – Imp, seu servo, apareceu.

— Não mais, Imp.

O meio-vampiro começou, sem avisar, seu caminho para longe do vilarejo. Imp, desesperado, voou rapidamente para acompanhá-lo.

— Mestre, está tudo bem? – ele perguntou para Alucard, que permaneceu em silêncio. E mesmo com medo, Imp novamente tentou:

— Mes-

De repente, Alucard parou bruscamente. Sentiu algo; uma terrível sensação, alerta de perigo. Seu coração ficou acelerado, era algo grave. Não demorou muito até que ele se transformasse em lobo, começando a correr em direção ao vilarejo. Imp, em vão, tentou alcançá-lo, mas falhou; e mesmo que tentasse gritar seria tarde demais.

Alucard apenas tinha essa sensação quando estava dentro do castelo de seu pai, Drácula. Era como se uma força demoníaca estivesse por perto; então precisava ser rápido, antes que alguma coisa ruim acontecesse.

O meio-vampiro usou sua habilidade em correr o mais rápido que podia como lobo. Quando chegou à entrada do vilarejo, rapidamente transformou-se em névoa. Por sorte, o clima estava nublado e o leve nevoeiro que surgiu foram perfeitos para seu disfarce. Então procurou a origem daquela força; seguiu a trilha. Quando chegou até o local ficou ainda mais inquieto.

O orfanato; lugar onde Maria se encontrava no momento junto a dezenas de crianças.

Ele não sabia qual criatura poderia estar lá, sabia apenas que havia, sim, uma presença maligna que precisava ser eliminada antes que fosse tarde e houvesse vítimas.

Alucard notou um veículo diferente parado próximo ao local: uma carruagem luxuosa que também apresentava vestígios da força demoníaca, mas não era tão intensa quanto a que se encontrava no orfanato.

Cuidadosamente ele planou sobre a construção, observando pelo lado de fora cada janela onde era possível ver seu interior. Após sua procura, alguns segundos depois, finalmente achou o suposto paradeiro daquela presença.

O cômodo era a biblioteca, que ficava no segundo andar. De fora do local, para seu receio, o meio-vampiro viu Maria. Alucard ficou ainda mais preocupado com ela, já que o lugar onde se encontrava, era justamente o ponto perigoso.

Alucard também notou algo mais. Ela aparentava estar conversando com alguém; e ao olhar mais precisamente, finalmente achou o que queria. Não viu uma criatura presente na sala, mas, a pessoa que carregava aquele poder. Essa pessoa era Lorde Galvan.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!



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