De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oiiii *-*

Boa leitura!



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Cato Waters você me irrita.

Fugir da escola é uma coisa gratificante. Eu poderia ter ficado lá, eu sei. Mas ai, teria de aguentar mais aulas e uma Katniss apaixonada. Aguentar ela já é ruim apaixonada então...

Caminho lentamente até minha casa, se possível, iria me arrastando. O caminho parece se tornar cada vez mais longo e quando começo a acelerar meus passos, sinto algumas gotas de chuva em meu rosto. Corro feito uma louca pela rua e a chuva para meu azar só aumenta.

Finalmente chego em casa. Abro a porta e bato violentamente a mesma. Agradeço por estar sozinha. Seria uma péssima ideia ter que aturar minha mãe à uma hora dessas, se bem, que ela nem estaria aqui de qualquer maneira. Vou até o banheiro e deixo a água morna escorrer pelo meu corpo e relaxar meus músculos. Lavo meu cabelo e o enxáguo em seguida. Terminho o banho e me enrolo indo em direção ao meu quarto. Poderia sair pelada, mas ainda temo por vizinhos tarados.

Abro meu guarda-roupa e me deparado com uma verdadeira zona. Ai vai outra desvantagem de morar sozinha: você tem que lavar suas próprias roupas. Mas como minha querida e adorável mãe não me mandou dinheiro esse mês eu tive que me virar de um jeito que pelo visto não deu certo. Pego qualquer roupa e faço menção de que vou tirar minha toalha, mas paro assim que ouço uma voz rouca logo atrás de mim.

– Eu adoraria não precisar parar o show – Cato estava deitado em minha cama – Mas acho que se você continuar eu vou morrer, porque vou te falar hein...

– Vá pra merda – grito o cortando – como infernos você entrou aqui?

– Calma querida – ele diz, se alevantado – As janelas costumam ficar sempre abertas, certo?

Infelizmente teria que concordar com ele. Eu andava tão distraída, que me esquecia de fazer coisas simples. Assenti com a cabeça.

– Eu esqueci – disse tentando encarar seus olhos, mas era meio difícil pelo fato de ele ser bem maior que eu – Satisfeito?

– Iria ficar mais se você continuasse o que iria fazer.

– Vá se foder, que droga!

– Wow – ele diz, segurando meus pulsos – Você anda muita má, não anda?

– Eu não ligo – bufo.

– Que eu saiba nós – ele da ênfase no nós – Fizemos uma aposta, docinho.

– E...?

– Parece que eu não vou conseguir cumprir – ele diz se aproximando.

Sei que Cato está me testando, então já que ele quer jogar sujo eu vou jogar também. Esse jogo vai ter um só vencedor e ele será eu.

– Que pena professor – digo passando a mão pela sua coxa – Pensei que era forte o suficiente.

– E quem te disse que eu não sou? – Cato sussurra, me alevantado do chão e me prensando contra a parede.

– Beleza – eu digo entre os dentes – Agora você pode parar.

– Você quer parar?

– Você quer morrer?

– O que?

– Você me entendeu muito bem, querido.

– Mas você não me respondeu.

– E eu preciso?

– Talvez – ele me encara – Mas vamos ser legal um com outro, né?

– Eu prometo ser legal com você se me soltar.

– Okay – ele diz e me solta.

– Agora saia de meu quarto eu quero me trocar.

– Tchauzinho. Estarei lá embaixo.

Troco-me rapidamente e começo a pensar no que acabou de acontecer. Será que ele não tem medo das conseqüências? Ambos prometemos não fazer nada um com outro, porém pelo visto meu amável professor ainda não aprendeu que promessas foram feitas para serem compridas. Mas se Cato não cumprir isso significa que ele sente algo por mim? Não. No way Clove, ele não sente nada além de quem sabe atração por você.

Eu não sou exatamente a pessoa mais linda do mundo, porém feia eu não sou. Mas o problema é meu jeito. Acho impossível alguém ser tão fria, ignorante e chata como eu, só que meu orgulho não me deixa admitir isso e que se dane também não é agora que eu vou precisar de alguém. Às vezes penso que Deus me criou com intuito de viver sozinha, mas afinal, nós nascemos e morremos sozinhos, certo?

Tiro esses pensamentos de minha cabeça e desço as escadas com animação mínima. Cato está sentado no balcão da cozinha com uma cara de poucos amigos.

– Estou com fome.

– Olha pra minha cara de preocupação.

– Comovente.

– Olha aqui, você tem algum tipo de problema mental?

– Não. Por que a pergunta?

– Você é esquisito demais pro meu gosto.

– E você tem gosto?

– Não é da sua conta.

– Acho que ofendi alguém.

– De forma alguma baby.

– essa palavra soa tão sexy em sua voz.

Sinto meu rosto enrubescer e minhas bochechas queimam de raiva.

– Você fica mais sexy assim, vermelha de vergonha.

– Eu não estou com vergonha – digo secamente – Me diga um motivo pra ficar com vergonha. E de quem ficaria? De você? Poupe-me.

– Você é muito infantil, Evans.

– Igualzinho a você.

– Olha só...

– Ahh – grito e mostro meu dedo pra ele.

– O que foi agora?

– Eu odeio você.

– O que você disse?

– Isso mesmo.

– Repete isso. Por favor.

– Não, não vou.

– Não consegue mentir duas vezes, não é?

– Eu não estava mentindo.

– Então diz de novo.

– Eu. Odeio. Você – digo lentamente.

– Não parece verdadeiro.

– Mas é.

– Que seja eu também não sou seu maior fã.

– Eu tinha fãs e nem sabia. Obrigada por me manter informada.

– De nada – Cato solta uma risada debochada.

Um silêncio constrangedor surge. Cato fica encarando o quadro de minha avó na parede enquanto eu fico olhando pra minhas unhas, que andam muito feias ultimamente.

– Poderíamos ser amigos – ele diz, quebrando o silêncio.

– Somo inimigos por acaso?

– Não. O que eu quero dizer é que nós poderíamos começar a agir como amigos.

– Me de um bom motivo.

– Eu posso reprovar você.

– Não leve para o lado pessoal, pelo amor de santo Deus.

– Eu só estava brincando. Não posso reprovar você, suas notas deram uma melhorada razoável.

– Ótimo.

– Então, o que acha?

– Outra aposta ou essa não é uma?

– E apenas a realidade.

– Está bem por mim.

– Fico eternamente feliz.

– Mas e agora, meu amado teacher...

– Não fale assim comigo – ele da um gemido, que era pra ser sexy. ERA.

– Vamos fazer o que? – pergunto.

– Alguma coisa interessante – ele diz, me puxando pelo braço.


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