De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi meu amores, como vão?

Boa leitura e até lá!!



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O inicio de uma “promessa”

– Acho que já posso ir pra casa – Cato murmura.

– Passe no banheiro antes, querido.

– Por quê?

– Se eu fosse você não sairia na rua nesse estado – digo subindo as escadas.

Vou até meu quarto e Cato se arruma no banheiro ao lado. Sei que ele pode-me ver pelo reflexo do espelho, então, faço questão de trocar de roupa ali mesmo. Consigo sentir seus olhos sobre mim, mas ele não se move e apenas fica ali. Termino de me trocar e o encaro.

– Perdeu algo?

– O que?

– Você perdeu alguma coisa por acaso?

– Eu- eu... Não – ele balança a cabeça.

– Então já pode ir.

– Mas eu não quero ir!

– Você disse que queria.

– É?

– Sim.

– Está bem – ele desce as escadas – Tchau Clove.

– Adeus.

O que eu tinha acabado de fazer? Vejamos: eu quase fiz sexo no sofá de casa, porém isso é comum. Não. Não quando se trata de estar fazendo com seu professor de química. Aliás, ultimamente nem sei se minha cabeça esta aqui ou em marte, porque ando fazendo tantas coisas.

Cato iria fazer. Ah, se não iria. Só parou porque estava com medo ou porque é gay mesmo. Mas espera, gays não fazem isso, fazem? Eu acho que não, só que nunca o vi com ninguém então sei lá.

Se ele fizesse e alguém ficasse sabendo? Meu Deus, minha mãe me mataria. Primeiro: ela é delegada e ferraria com Cato; Segundo: ele seria demito e isso daria um escândalo enorme; Terceiro e ultima: minha mãe ainda acha que sou virgem. Nem quero imaginar a cara dela se soubesse, porém eu não contaria pra ninguém ou que faria e o que acabei de fazer, nem para Katniss. Eu confio nela e muito, porém isso não dá.

Tiro esses pensamentos da minha cabeça e começo a organizar a “pequena” zona que minha casa se tornou depois que minha mãe foi embora.

É engraçado. Ela vai embora e me deixa aqui, será que nada passa pela cabeça dela? Quero dizer, ela confia tanto em mim que me deixa aqui, ela acha o que? Que eu não faria nada de errado? Bom, uma festa eu não vou dar, além do mais não teria ninguém de interessante para convidar.

[...]

Depois de duas exaustivas horas finalmente consigo arrumar tudo. Admiro o fato de minha casa ainda não ter virado um lixão. Eu não sou apenas relaxada, sou tão porca que não duvido que um monstro surja a partir de todo esse lixo.

Vou até lá fora levar o lixo. Como estava limpando a casa coloquei qualquer roupa velha, o problema é que ela era meio curta.

Paro no portão e alguns meninos me chamam.

– Ah meu Deus – um deles berra – assim você mata eu.

– E ai princesa – outro berra.

– Olha só – grito também – que tal irem se foder?

– Cadê sua educação menina?

– Minha educação? – pergunto – aqui – digo mostrando meu dedo pra eles e entrando em casa.

Já não se pode nem mais sair de casa e esses estúpidos fica falando porcaria. Ah, mas se eu tivesse uma arma faria questão de matar cada um desses seres nojentos.

Termino de arrumar minhas coisas e decido tomar um banho.

Fico pensando em tudo, inclusive no que fiz. Parecia que eu estava sentindo algo que não queria, mas que ao mesmo tempo queria. Era confuso. Tudo vem sendo confuso pra mim.

Enfio-me debaixo da banheira e fico refletindo lá em baixo. Poderia ficar mais alguns minutos e morrer, mas por enquanto acho essa idéia desnecessária.

Saio da banheira e vou em direção ao meu quarto me enfiando nas cobertas. O lado bom de morar sozinha é esse, você dorme a hora que quiser e ainda não tem ninguém pra te irritar.

Deito-me e fico virando de um lado pro outro e sono que é bom vim nada.

Que droga! Por que infernos eu não consigo dormir?

Encaro o céu lá fora que hoje está mais estrelado do que o comum e começo a pensar em como minha vida se transformou nesses últimos dias. O que eu andava fazendo já não era tão importante assim, além do mais, eu já fiz e não teria como voltar atrás. Mas o que eu iria fazer, talvez de alguma maneira, eu pudesse mudar.

E como mudaria? Não sei.

Clove, você não acha que deve ser mais clara com sigo mesma? Achar eu acho, porém quer saber de uma coisa? Eu vou é tentar dormir porque no mínimo se continuar aqui refletindo sobre como minha vida está um lixo a única coisa que eu vou conseguir é acordar atrasada.

[...]

E não é que eu acordei mesmo. São sete horas e eu estou correndo loucamente para o ponto de ônibus, que para minha sorte estava vazio assim como o ônibus que consegui pegar. Jogo-me em um canto qualquer e respiro finalmente. O caminho foi rápido e cá estou eu nesse inferno outra vez. Odeio esse colégio e odeio mais ainda as pessoas que fazem parte dele.

Katniss se aproxima de mim aos pulinhos. Cretina.

– Cloooove! – ela grita.

– Olá – digo, secamente.

– O bom humor mandou um oi pra você.

– E o vai pra merda mandou um pra você.

Ela da um passo pra trás e fica me encarando.

– Está bem, está bem – ergo minhas mãos para o alto e a abraço em seguida – Me desculpe.

– Okay – ela se desfaz do abraço – Apenas hoje, mas me diga, por que está assim?

– Acordei atrasada. Acho que não tem um lado positivo, não tem?

– Talvez.

Caminhamos até nossa sala. As duas primeiras aulas eram pra ser com Cato, mas como ele não veio fomos direto para o auditório receber uma daquelas palestras chatas.

Passamos às aulas seguintes ouvindo um velho falar sobre a importância da química em nossas vidas, isso tem uma importância por acaso? Bom, a única coisa com que eu me importo é sair no fim do ano com uma nota boa e não sabendo no que essa merda pode ou não mudar em mim vida.

Estou quase dormindo quando me celular vibra em meu bolso. O pego e vejo que tenho uma mensagem de Cato.

“Você tem que parar de esquecer as janelas abertas.”

Beijos Cato!!

Respondo logo em seguida.

“E você de fuçar as coisas dos outros”

Grata, Clove.

– Senhorita Evans – o velho me chama – Já que está prestando tanta atenção, poderia continuar o que estava falando?

Sinto meu rosto queimar. Olho para o velho e fico o encarando enquanto todos olham pra mim.

– Não – digo.

– Como?

– Eu disse que não – grito – Você é surdo por acaso?

– Menina você deveria se comportar melhor.

– E você deveria ir se foder, que tal?

– Pra sala do diretor agora – ele diz calmamente.

– Será um prazer – digo e alevantando – Passar bem.

Chego na sala e Cinna já está me esperando com sua cara nem um pouco atrativa.

Cinna poderia ser considerado o cara de que toda a mulher da idade de minha mãe se apaixona, certo?

Não. Ele é gay. Mil e uma vezes gay. Chega a ser tão gay as vezes que meus olhos queimam.

– Então docinho – ele se ajeita na cadeira – O que te traz aqui?

– Mal comportamento, creio.

– De novo?

– Sim.

– Clove Evans o que eu faço com você?

– Me manda pra casa?

– Sua mãe não está na cidade – tento falar, mas ele me corta – Não venha querer dar esse truque.

– Mas eu só estava dando uma idéia.

– Sem idéias então.

– Está bem – bufo.

– Você tem que mudar esse seu comportamento.

“e você o seu”, penso.

– Mas por enquanto pode ir alevantando essa bunda daqui e ir dar uma voltinha para ver se esfria essa cabeça.

– Só?

– Apenas – ele da um sorrisinho falso – Vá querida.

Aproveito que estou sozinha nos corredores e vou pra casa. Pego o ônibus torcendo para que ninguém tenha me visto.


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