Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 35
Alguém com que se pode contar


Notas iniciais do capítulo

Okay, deve ter só mais um capítulo agora e o epílogo....



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“Eu só estava procurando um atalho para casa, mas é complicado – Lifehouse.”

POV – Rose Weasley

Meus pais liberavam para eu ir a todos os lugares com Lysa, mas eles de alguma forma conseguiram rastreadores para ver se eu estava perto de Scorpius ou de algum dos meus amigos, o que significa que eu não poderia nem sonhar em tentar chegar perto de algum deles. Malditos 16 anos!

– Rose – disse meu pai e eu virei para encara-la enquanto comia meus cereais.

– Fala.

– Você ira para Beauxbatons ano que vem – ele disse sorrindo e me entregando um papel.

– O que? – perguntei abrindo o papel com as mãos tremulas, era minha aceitação para o colégio.

– Qual o problema? – perguntou ele se irritando.

– Minha vida está em Hogwarts, eu não estou pronta para dizer adeus! Eu cresci naquele colégio e tenho amigos lá – disse isso tudo muito rápido e tremendo dos pés a cabeça.

– Você não tem amigos lá! – ele quase gritou isso e eu apertei a cadeira em que estava, eu precisava me controlar e reverter a situação, sei que sim.

– Pensei que Lysa significasse alguma coisa para vocês também – disse abaixando os olhos, deu certo, ele se sensibilizou.

– Ah, desculpe – ele disse tentando levantar meu rosto, mas eu não deixei, tinha que fingir estar magoada – Rose, desculpe. Claro que ela é sua amiga, não é?

– Sim, minha melhor amiga – disse o olhando, tudo bem, ela também não era minha melhor amiga, mas eu confiava nela e sabia que ela não gostava daquela situação tanto quanto eu.

– A gente pode ver com a mãe dela se ela vai junto com você, o que acha? – perguntou ele e eu gelei.

– Vou ver com ela primeiro, tudo bem? – perguntei me levantando.

– Aonde você vai? – perguntou ele.

– Encontrar com Lyz, vamos sair hoje.

– Tudo bem, lembre que eu tenho rastreadores hein.

– Pensei que confiava pelo menos um pouco, em mim.

– Eu confio, mas é sempre bom ter certeza.

– É papai, você está certo – disse forçando um sorriso e me despedindo.

Ela me encontraria numa praça aqui perto para irmos em algum lugar que ela citara.

– Oi – disse me aproximando.

– Oi ruiva – disse ela se levantando do banco em que estava e vindo até mim – Como está o inferno?

– Infernal – disse brincando – Eles estão cada vez mais pirados, e eu não to brincando, estou realmente preocupada com isso.

– O que eles aprontaram dessa vez? – perguntou ela franzindo as sobrancelhas.

– Querem me mandar para Beauxbatons – disse e ela me encarou assustada – Pois é, e disse que iriam falar para sua mãe te mandar para lá também, me desculpe por isso.

– Não tem do que se desculpar – disse ela dando de ombros – Seria bom sair de Hogwarts.

– Não sentiria falta de lá?

– Eu não tenho do que sentir falta lá, Rose. Ninguém nunca nem foi gentil comigo naquele colégio ou deve saber meu nome além de você.

– Eu sinto muito – disse com uma careta.

– Eu sei que sente – disse ela puxando meu braço para começarmos a andar – Eu não me importo com isso, mas ficaria feliz em ir para Beauxbatons, se seus pais convencessem a minha mãe seria o máximo.

– Sabe que eu não vou não é? – disse fazendo uma meia careta e ela riu revirando os olhos.

– Claro que sei – disse ela – Falando nisso, Scorpius respondeu sua carta.

– Respondeu? – perguntei parando e a encarando.

– Sim – disse ela e desdobrou uma carta de dentro do casaco e entregou a mim.

– Obrigada – disse a abraçando – Obrigada mesmo.

– Tudo bem, tudo bem – disse ela me afastando e indicando para que eu lesse.

Querida Rose,

Estou fazendo o possível para te tirar logo desse inferno meu amor, você nem imagina o quanto estou agoniado por ficar longe de você.

Meus pais estão dando um jeito para que nós possamos sair desse lugar e fugirmos, precisei da ajuda deles pelo motivo óbvio de sermos menores de idade e sobre os rastreadores de seu pai, também já estamos dando um jeito.

Em breve você voltara para mim e nunca mais deixarei você partir novamente.

Te amo, agora e para sempre,

Seu Scorpius.

Terminei de ler com os olhos lacrimejando e sequei as lagrimas, olhei para Lysa que sorria fraco e agradeci novamente.

– Vem, quero te levar a um lugar – disse ela puxando minha mão e caminhamos até a esquina, onde havia um carro parado, franzi as sobrancelhas e a segui, uma garoto alto de cabelos castanhos e carinha de criança, mas que já deveria ter 18 anos, estava em frente ao carro – Rose, esse é o meu primo Alex. Alex, essa é Rose.

– Oi Rose – disse o menino apertando minha mão.

– Oi – disse simplesmente.

– Alex vai levar a gente a uma boate – disse ela sorrindo.

– Boate? – perguntei com as sobrancelhas erguidas.

– Sim, boate – disse ela entrando no carro – Vamos entre.

Mordi o lábio e a encarei por alguns segundos, mas entrei no carro.

– Não vamos fazer nada demais – disse ela dando de ombros.

– Tudo bem.

Depois de uns dez minutos estávamos parado em frente a um lugar estranho.

– É aqui?

– Aham – disse ela saindo do carro – Vamos lá.

Saí do carro, a musica tocada lá dentro era escutada aqui de fora, ela sorriu e puxou a mim e ao primo para dentro.

– Não posso demorar, Lysa – disse a ela que confirmou com a cabeça.

– Quer bebidas trouxas? – perguntou ela sorrindo.

– O que? –perguntei confusa e ergui as sobrancelhas – Não, eu não bebo.

– Nem um pouco?

– Lysa, eu não bebo – repedi lentamente, mas irritada.

*****

Já fazia quase duas horas que estávamos naquela boate ridícula, Lysa havia sumido e o primo dela também.

Tentei andar no meio de todas aquelas pessoas e procurar por ela. A encontrei um pouco mais a frente se agarrando com um garoto, revirei os olhos e fui ate ela.

– Lysa? – chamei alto, a musica ensurdecendo meus ouvidos.

– Hum? – perguntou ela sem descolar os lábios da boca do menino.

– Precisamos ir – disse me abraçando, que situação constrangedora Merlin!

– Mas já? – perguntou ela afastando os lábios dos do garoto.

– Já faz duas horas que estamos aqui, meus pais vão vir atrás de mim a qualquer instante! – disse irritada.

– Calma gatinha – disse o menino e eu dei um passo para trás – Eu posso satisfazer suas necessidades também.

– Não chegue perto de mim – disse andando para trás.

– Calma – disse ele rindo e eu continuei andando até bater na bancada – Vem cá, vem.

– Bem, pare com isso! – disse Lysa o empurrando, mas não adiantava.

– Não enche, vadia – ele disse e empurrou Lysa.

– Ela mandou parar – disse alguém atrás dele e eu subi nas pontas do pé para ver.

Era Marco e ele ajudava Lysa a levantar.

– Quem é você? – perguntou o garoto chamado Ben em tom irônico.

– Não te interessa – disse ele e me puxou dali junto com Lysa.

– Marco – praticamente gritei o abraçando. Mas depois me afastei de um salto, o rastreador.

– O rastreador não conta perante a mim – disse ele balançando a cabeça – Só nos seus primos e na Elle, Luke e Clove e Scorpius.

– Clove? – perguntei arqueando as sobrancelhas, ele deu de ombros.

– Acho que ele pensou que poderia ter uma relação com ela também, já que tinha com Luke. Ah! E também está em Magie.

– Que saudades eu tenho de Magie – disse me abraçando.

– Imagino – disse ele fazendo careta – Mas o que deu na cabeça de vocês para virem aqui sozinhas?

– Queríamos nos divertir – disse Lysa revirando os olhos – E não estamos sozinhas, meu primo veio conosco.

– E você o que fazia aqui?

– Vim me divertir um pouco – disse ele dando de ombros – Não tinha para onde ir e moro aqui perto.

– Tudo bem – disse dando de ombros – Tem noticias de Alvo?

– Mais ou menos – disse ele – Sei que estão dando um jeito para você e Scorpius saírem daqui.

– Valeu – disse sem humor e ele sorriu fraco.

– Sinto muito.

– Tudo bem.

Depois de uns dez minutos o primo de Lysa apareceu lá fora e nos despedimos de Marco indo para casa.

– Onde você estava? – perguntou meu pai.

– Com Lysa – disse dando de ombros – O primo dela nos levou a uma festinha.

– Tudo bem – disse ele dando de ombros – Seu rastreador não apitou então tudo bem.

– Vou dormir – disse tentando não revirar os olhos e fui para o meu quarto.


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Notas finais do capítulo

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