Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 36
Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo, não me matem por favor!!!



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“Mas eu já estava cansada de esperar, me perguntando se um dia você viria até mim. Minha esperança sobre você estava acabando. Quando te encontrei no subúrbio da cidade – Taylor Swift.”

POV – Rose Weasley

Eu estava completamente e inteiramente sozinha, já faltava pouco para eu ter que ir para França e nada de Scorpius, nem sinal dele. Falei para Hugo tentar avisar a Alvo e este avisar a Scorpius e ele disse que fizera isso, mas nem noticias dele. Sinceramente já estava perdendo as esperanças, talvez ele tivesse achado algo melhor, não é? Mas eu não o conseguia tirar da minha mente e muito menos do meu coração. Eu já estava ficando louca com isso, meus pais estão cada vez mais surtados e eu torno a repetir não estou exagerando, eles não falam coisa com coisa mais, iriam acabar em um hospicil se continuassem assim.

Eu passava a maior parte do tempo ou com Lysa ou com Hugo, ambos tentando descobrir algo para me ajudar.

– Fique calma! – pediu Hugo segurando meus ombros.

– Desculpe – disse abaixando os olhos – Eu só estou nervosa, vou para França semana que vem.

– Por que esta nervosa Rose? – perguntou minha mãe abrindo a porta e eu engoli um seco.

– Fique tranquila – disse ela – Os franceses são bem legais e seu primo Louis estará lá.

– É – concordei sem muito animo e ela saiu do quarto.

– Você não pode falar sobre isso aqui dentro de casa – sussurrou Hugo para mim.

– Tá legal, me desculpe – disse em resposta.

– Tome – disse ele me entregando uma carta e eu olhei para porta semi fechada.

– É de quem?

– Alvito - disse ele rindo e eu olhei para ele e ri também, logo abrindo a carta.

Rose,

Estou morrendo de saudades de você, minha prima.

Hugo me falou sobre a França, mas acredite isso tudo vai acabar bem antes do que você imagina.

Scorpius está tão ou mais nervoso que você priminha, eu to quase o matando.

Meus pais vão ai pedir “desculpas” e pegar o rastreador para vocês poderem fugir, tá legal?

Eu te amo,

– Eles vão vir hoje? – sussurrei para Hugo.

– Daqui a pouco, eu acho – disse ele dando de ombros e se deitando na cama.

– Tudo bem, vou descer – disse escondendo a carta nas coisas dele e saindo do quarto.

Desci as escadas e minha mãe me empurrou um copo de suco que eu tomei sem discutir para não arrumar mais encrencas.

– Está gostoso? – perguntou ela pegando o copo da minha mão quando eu terminei.

– Sim, está muito gostoso – disse forçando um sorriso – Muito obrigada, mamãe.

– De nada, querida – disse ela, a campainha tocou e eu me levantei para abri a porta, mas ela me segurou – Pode deixar que eu abro, meu bem.

– Obrigada? – disse voltando a me sentar e abraçando uma almofada.

Observei minhas pernas e vi algumas cicatrizes ali, que provavelmente nunca iriam sair, respirei fundo e levantei o olhar quando minha mãe derrubou o copo.

– Esta tudo bem? – perguntei soltando a almofada e me levantando. Era tio Harry e tia Gina, sorri disfarçadamente para eles e tia Gina piscou para mim.

– Saia daqui Rose – mandou minha mãe e eu olhei para eles uma ultima vez e subi as escadas correndo.

– Hugo! – chamei abrindo a porta e ele me encarou assustado.

– O que?

– Eles estão ai!

– Nossos tios?

– Não o Papai Noel, claro que são nossos tios!

– Okay, vamos tentar escutar alguma coisa – disse ele se levantando e fomos até o pé da escada e sentamos ali.

– O que vocês acham que estão fazendo aqui? – perguntou meu pai claramente exaltado.

– Meus filhos estão de castigo – afirmou Harry – Eu reconheci que o que eles fizeram acobertando Rose com o garoto Malfoy, foi errado. Rosalie também devia estar maluca quando fez isso!

– Ela foi seduzida! – gritou meu pai.

– Eu sei Rony, eu sei – disse agora tia Gina – Eu queria que vocês perdoassem a gente e também nossos filhos pelo que fizeram.

– Não sei não – disse minha mãe.

– Sempre fomos melhores amigos, não quero que isso acabe, por causa de um Sonserino idiota – disse tio Harry e eu fechei os punhos com raiva, por mais que eu soubesse que era mentira.

– Eles estão certos – era a voz do meu pai – Rose, desça!

Levei um susto, assim como Hugo e nos afastamos da escada.

– Rose, querida? – gritou minha mãe e eu respirei aliviada, eles não tinham visto a gente ali.

– Oi – disse descendo – Me chamaram?

– Seus tios vieram pedir desculpas – disse minha mãe e eu dei de ombros.

– O que tem?

– O que acha disso? – perguntou ela.

– Acho que deveriam aceitar, eles não sabiam de nada sobre o Sc... Malfoy! – disse me corrigindo rápido – Eles só se assustaram naquele dia, vocês sempre foram tão amigos acho que não deveriam estragar isso por uma burrada minha e muito menos por uma cobra.

– Viu? – disse tia Gina – Ela concorda.

– E sobre seus primos?

– Eu sinto falta deles, mas não sei – disse dando de ombros, não podia ser tão óbvia também.

– Entendo, querida – disse tio Harry – Eles ajudaram o Malfoy, isso deve ser difícil para você!

– Exatamente, tio Harry – disse confirmando com a cabeça.

– Tudo bem, Rose – disse ele – Você só os vera quando estiver preparada.

– Obrigada.

Eles pareciam ter ajeitado as coisas, conseguiram enrolar meus pais e a noite Alvo mandou um bilhete a Hugo.

Eles conseguiram, confundiram os rastreadores.

Sorri com isso e fui dormir mais tranquila.

*****

– Rose tome – disse meu pai me entregando um envelope com dinheiro bruxo e um papel.

– O que é isso? – perguntei abrindo o envelope.

– Você ira as compras do seu material hoje com Lysa, tudo o que precisa esta ai – disse ele apontando para o envelope.

– Tudo bem.

– Ela vira para cá daqui a pouco – avisou ele.

– Okay, irei tomar um banho – avisei subindo as escadas.

Tomei banho rápido e coloquei um short e uma camiseta.

– Onde você vai? – perguntou Hugo.

– Comprar os materiais para escola nova – disse fazendo careta.

– Okay – ele disse com um sorriso torto.

– O que?

– Nada não, maninha – disse ele ainda sorrindo – Nada não.

Ergui as sobrancelhas e desci, depois de uns dez minutos Lysa chegou.

– Juízo meninas – disse ele e entramos na lareira, segundos depois estávamos no Beco Diagonal.

– Você quer mesmo ir para França? – perguntei e ela confirmou com a cabeça.

– Eu estou sendo livre – disse ela sorrindo.

– Fico feliz por ter te ajudado com isso então – disse e sorri fraco.

– O que temos que comprar? – perguntou ela e eu a entreguei a lista.

– Onde esta a sua?

– Minha mãe que vai receber e não estava em casa – ela disse dando de ombros – Então mandou um patrono ao seu pai e disse para irmos juntas essa tarde.

– Entendi – disse e olhei ao redor – Vamos começar?

– Não – disse ela rápido demais – Ainda não, vamos andar um pouco.

– Ahn... tudo bem – disse estranhando mais não discuti.

Andamos um pouco, até eu ficar perdida e parar.

– Onde estamos? – perguntei olhando para os lados. Não tinha muitas pessoas por ali.

– Eu vou sentir sua falta, sabia? – disse ela me olhando com um sorriso fraco.

– Oi? – eu não estava entendendo nada, ela apenas balançou a cabeça negativamente e indicou um lugar mais a frente com a cabeça. Eu segui seu olhar e vi Scorpius a uns três metros de mim – Merlin.

– Vai lá – disse ela sorrindo e eu a abracei – Tudo bem, teremos tempo para isso daqui a pouco.

Não pensei duas vezes, apenas corri sem pensar em mais nada. Empurrava as pessoas a minha frente e ia pedindo desculpas sem nem saber quem era. Praticamente me joguei contra ele quando o alcancei e ele me levantou.

– Merlin, é você mesmo – disse o abraçando o mais forte que podia e deixando as lagrimas de felicidade escaparem por meus olhos livremente.

– Eu disse que vinha – disse ele me abraçando apertado e então se separou de mim e beijou todo o meu rosto, secando minhas lagrimas.

– Eu te amo!

– Eu também amo você – ele sussurrou – Muito mesmo, Rose.

– Vamos embora agora? – perguntei baixinho e com um pouco de medo.

– Sim, mas temos que passar em um lugar antes – disse ele se separando de mim e segurando meu rosto entre as mãos – Vou te levar para rever as pessoas que ama, todas elas, menos seus pais.

– Tudo bem – concordei sorrindo – Um dia ainda os verei?

– Sim – disse ele beijando minha testa – Um dia, tudo ira se ajeitar e então voltaremos.

Olhei para trás e Lysa se aproximava da gente timidamente, me soltei de Scorpius e a abracei com força.

– Eu amo você – confessei em seu ouvido.

– Eu também amo você – disse ela rindo – Você é minha melhor amiga Rose, obrigada por me libertar e por me ensinar o que era o amor.


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