Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 12
Lysa Englert




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"O que realmente importa é viver. E se agente viver não terá nada para se perdoar - Ginger e Rosa."

POV - Rose Weasley

 Depois que saí da Torre de Astronomia com Scorpius, e aconteceu tudo aquilo, fui para o meu dormitório onde Elle, Magie, Dominique e Lílian me esperavam.

- Oi - disse baixinho encarando o chão e indo em direção a minha cama.

- Como você está? - pediu Lílian baixinho vindo sentar ao meu lado.

- Bem, eu acho - disse dando de ombros.

- Onde você estava?

- Torre de Astronomia.

- Scorpius te achou? - perguntou Elle e pelo incrível que pareça não havia ironia em sua voz.

- Aham - disse me abraçando - Eu vou tomar um banho, tudo bem? Estou cansada.

- Claro - disse Elle e me deu um abraço - Até amanhã.

- Até.

 Fui para o banheiro sem encarar as meninas e entrei no chuveiro. A água me acalmava o que era bom, mas lágrimas surgiram nos meus olhos pois eu estava confusa de mais para assimilar alguma coisa. Primeiro eu sabia que a Clove havia me humilhado na frente da escola toda e que agora todos sabiam inclusive Scorpius. Segundo, Scorpius me salvou de mim mesma na Torre de Astronomia. Não sei se teria coragem para fazer aquilo mas de qualquer forma ele me puxou de lá. E terceiro e não menos importante, eu e Scorpius havíamos nos beijado. Eu sabia que isso era errado e eu não podia ficar com ele, por que ninguém além dos nossos amigos aceitaria esse relacionamento. Nossas famílias são inimigas desde que consigo me lembrar das histórias que meus avós me contavam. Ao que me parece Weasley e Malfoy são restritos um do outro, mas Scorpius era diferente. Ele havia me salvado e me protegido duas vezes. Primeiro no lago e hoje na Torre. Ele não era como a família dele, nada que meu pai ou meu avô falam da família dele eu consigo assimilar a ele, por que é impossível. Ele não era ambicioso ou cruel. Ele pensava primeiro nas pessoas antes se si mesmo. Meu pai jamais permitiria uma trégua entre as famílias e eu sei disso, mas o que eu posso fazer? Não escolhemos por quem nos apaixonamos. E... espera! Eu acabei de confessar que estava apaixonada?! Isso não podia acontecer de forma alguma, quer dizer, Merlin não seria tão cruel e minha vida não poderia se tornar pior. Se bem que com ele nada ficaria pior, pelo contrário mas... Ah! Vocês entendem meu ponto de vista e eu to ficando nervosa. Eu não poderia deixá-lo saber que o beijo significara tanto, diria que foi só um beijo caso ele me perguntasse. Eu estava apaixonada pelo filho do maior inimigo dos meus pais, mas okay. Só teria que esconder isso.

Me enrolei numa toalha e saí do banheiro, havia demorado tanto no banho que o espelha estava embaçado. Saí do banheiro, Lílian e Elle já tinham ido em bora dali e Magie e Domi se preparavam para dormir, eu sorri fraco para elas só para elas se acalmarem. Peguei um pijama qualquer no malão e fui para o banheiro, me troquei e estendi a toalha ali mesmo. Saí e fui direto para minha cama.

- Boa noite meninas - disse me cobrindo.

- Boa noite - disseram elas e se deitaram também, Fechei as cortinas e puxei a coberta até o pescoço. O quarto estava em um silêncio irritante e eu não conseguia dormir, virei para o outro lado e peguei o livro que estava no meu criado mudo. Abri-o e comecei a folear-lo, mas minha atenção não estava se concentrando em nada no momento, então o coloquei de volta na mesa e olhei o relógio. Duas e meia da madrugada. Já fazia praticamente uma hora que havia me deitado e não conseguia dormir. Abri um pouco as cortinas e vi que Domi e Magie já dormiam. Decidi descer para o Salão Comunal, desci da cama lentamente e peguei um casaco que estava jogado em cima da cadeira, o coloquei e abri a porta em silêncio e desci os degraus. Estava aparentemente vazio, fui para uma poltrona enfrente a fogueira e fiquei ali encarando o fogo, em um silêncio perturbador e ao mesmo tempo gostoso.

- Insônia? - escutei uma voz vindo da escada e virei-me.

- Pode-se dizer que sim - disse observando a forma de uma menina de cabelos castanhos que descia ao meu encontro - Não sei, nunca tive insônia antes. Você?

- Geralmente não consigo dormir e desço - disse ela dando de ombros - Nunca havia te visto aqui.

- Eu sei - disse dando de ombros - Não costumo descer e geralmente consigo dormir, com mais facilidade do que isso.

- Entendo - disse ela e ficou em silêncio encarando o fogo, assim como eu.

- Sexto ano?

- Sim - disse ela - Você também, não é?

- É - disse a ela - Te vejo em algumas aulas, mas só.

- Não costumo ficar passeando pelo colégio, fico geralmente no quarto ou na biblioteca. As pessoas não são muito felizes comigo.

- Por que?

- Não sei - disse ela dando de ombros - Mas não me importo, não entendo o por que de querer que todos gostem de você. Quem tiver que ser seu amigo será sem você ter que fazer nada para chamar atenção e nem fingir se outra pessoa.

- Isso é um fato - disse e ela sorriu fraco, eu retribui.

- Qual seu nome? - perguntou ela de repente.

- Rose Weasley - disse e ela me encarou rápido.

- Ah! Então foi você que a vadia Zabini humilhou no baile? Não fui, não gosto de bailes. Mas todos estavam comentado a pouco.

- Sim, fui eu - disse me abraçando com força. Tinha que surgir esse assunto?

- Imagino que não queira falar sobre isso - disse ela sorrindo - Sua mãe trabalha com a minha.

- Sério? - perguntei surpresa e ela acenou afirmativamente - Qual seu nome?

- Sou Lysa Englert.

- Prazer - disse ela sorriu de forma irônica.

- Jura?

- Sério - disse rindo - Não tem nada de errado com você. Não entendo por que as pessoas te evitariam.

- Sou mais eu que as evito - disse ela dando de ombros - Como já disse, não mentirei para ganhar amigos.

- Você pode ser minha amiga - disse dando de ombros.

- É, talvez - disse ela e eu fiquei em silêncio, não tinha assunto e pelo visto nem ela - Se você precisar conversar sobre "aquilo" tudo, pode vir aqui a noite.

- Está certo - disse sorrindo fraco para ela - E se você precisar conversar sobre alguma coisa, pode me procurar.

Ela deu um aceno de cabeça e eu me levantei.

- Está tarde - disse a ela - Vou tentar dormir.

- Tudo bem.

- Boa noite, Lysa - disse indo em direção as escadas.

- Noite, Rose.

 Subi as escadas correndo pulando de dois em dois degraus e entrei no meu dormitório. Voltei para minha calma o mais silenciosamente possível e então dormi.


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