Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 11
Torre de Astronomia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/426761/chapter/11

"Você sabe meu nome, não minha história. Você sabe a cor dos meus olhos, mas jamais saberá o que eles já viram. Então por favor... Não sinta-se no direito de me julgar - The Vampire Diarie."

POV - Rose Weasley

Escutei tudo que Clove disse e saí correndo dali, ignorando Scorpius que me chamara e Fred que tentara me segurar. Fui direto para Torre de Astronomia e me escorei na porta quando a fechei. Comecei a chorar compulsivamente e deslizei até o chão colocando a cabeça entre os joelhos e os abraçando. Então lembrei a melhor forma de aliviar a dor e conjurei uma tesoura. Fiz um corte no braço, dois cortes, três cortes e depois me arrependi jogando a tesoura longe e chorando mais ainda. Estava perdida e eu não queria ter que encarar ninguém lá fora nunca mais. Com esse pensamento, levantei meu olhar para grade da torre e andei até lá lentamente. Segurei a grade com força ainda do lado de dentro e me inclinei olhando para baixo. Só um salto e todo o sofrimento iria embora para sempre, só um alto e então não teria mais que me esforçar involuntariamente para ser a filhinha perfeita de Ronald Weasley e Hermione Granger, pule e nunca mais será julgada, você não terá que saber as coisas maldosas que estão falando de você por terem descoberto seu segredo, foi o que pensei e me inclinei ainda mais sentindo o vento gelado cortar meu rosto e desejando poder mergulhar naquele pequeno paraíso artificial.

– Rose! - gritou alguém da abrindo a porta e eu não me importei em olhar para trás, mas reconheci a voz de imediato. Era Scorpius, sem sombras de dúvida, eu reconheceria sua voz até mesmo se estivesse morta.

– Me deixa! - gritei de volta, meus olhos embaçados pelas lágrimas - Saia daqui! Me deixe sozinha, Scorpius! Quero que você me esqueça!

– Nunca - ele disse e eu não sei por que mas chorei ainda mais - Volta Rose. Desça daí e volte. Volte pra mim.

Eu fiquei em silêncio e senti ele se aproximar de mim e me inclinei ainda mais, então o vi dar um passo para trás como se dissesse que não iria se aproximar se eu fosse pular.

– Vem - ele pediu baixinho e eu continuei em silêncio. Olhei para baixo novamente, desviando meu olhar de seu rosto e foi o suficiente para ele ser mais rápido que eu e me agarrar pela cintura me puxando para trás até atingirmos a parede. Eu continuei chorando e agora mais ainda, chegava a soluçar descontroladamente a essa altura. Ele me virou de frente para ele e me abraçou com força. Ele escorregou pela parede até sentar no chão sem me soltar um segundo sequer.

– Tá tudo bem - disse ele baixo no meu ouvido, acariciando e beijando meu cabelo - Ta tudo bem, Rose. Eu estou aqui, vai ficar tudo bem.

– Eu molhei sua camisa - disse entre soluços depois de algum tempo. Eu estava mais calma.

– Não me importo - disse ele me abraçando mais ainda contra si e acariciando meu cabelo e meu ombro.

Eu não queria encara-lo, estava com vergonha e estava acima de tudo com medo. Medo do que ele estava pensando sobre mim e medo de como ficaria nossa relação agora que ele havia descoberto. Vi sua camisa com um pouco de sangue e olhei para o meu braço, os cortes estavam fundo de mais, eu tampei eles com a mão e fiquei quieta, sentindo a já conhecida e confortável ardência.

– Deixa eu ver - pediu ele em um sussurro e eu hesitei o encarando, ele sorriu e eu suspirei lhe estendendo o braço, ele o segurou de forma delicada e sua expressão ficou preocupada - Estão fundo de mais, Rose.

– Eu estou bem - disse dando de ombros - Não é nada demais.

– Me deixa fazer um feitiço para fechar os cortes? - perguntou e eu balancei a cabeça positivamente. Ele fez um aceno com a varinha e eu observei em silêncio os cortes se fecharem, estancando o sangue - Pronto.

– Obrigada - disse baixo e ele beijou meu braço onde a pouco estava o corte.

– Clove é odiável - disse ele soltando meu braço e voltando a me abraçar e a fazer cafuné em meus cabelos - Ela não podia ter feito aquilo com você. Ter te humilhado daquela forma, na frente de toda a escola. Aquilo foi desumano.

– Agora já foi - disse dando de ombros e engolindo em seco. Estava claramente tensa e ele percebeu.

– Você está com vergonha? - perguntou ele e eu fiquei em silêncio. Ele me soltou novamente e segurou me rosto entre as mãos acariciando minha bochecha - Você não tem que sentir vergonha disso e muito menos de mim. Clove é quem deveria sentir vergonha por ter feito o que fez com você e ser tão desprezível e mimada. Não é ela que tem que continuar andando por esses corredores com a cabeça erguida, Ross, é você e eu estou aqui par te ajudar com isso.

– Ela só quer sua atenção - disse desviando o olhar para nosso colo.

– Ela só está conseguindo meu ódio - ele falou sério e eu voltei a encará-lo - Estou aqui para você, pequena. Sempre estarei, lembre disso.

Eu o encarei por um tempo e depois me levantei.

– Temos que sair daqui está esfriando - disse cruzando os braços para me proteger do frio.

– Tudo bem, então vamos - disse ele se levantando também e me encarando, suspirei e desviei o olhar indo para a entrada.

Ele abriu a porta e deixou que eu passasse na frente e passou atrás de mim, fechando a porta e passando novamente à minha frente na escada.

– Me promete que vai parar - pediu ele - Ou pelo menos tentar. Quero que você se cuide, não quero te ver morrendo por ai aos poucos.

Eu dei de ombros e continuei descendo as escadas. Mas como eu sou a pessoa mais desastrada e azarenta do mundo, eu torci o pé e o salto daquele sapato idiota que Dominique e Magia compraram quebrou e eu caí para frente torcendo o outro tornozelo. Scorpius me segurou para que eu não caísse na escada e eu prendi a respiração, nossos olhos estavam presos um no outro e ele me encarava no fundo dos olhos como se pudesse ver minha alma, nossos rostos a centímetros um do outro. Soltei a respiração, respirando fundo e ele aproximou o rosto do meu me beijando e eu retribui. Com todo o desespero e desejo que estávamos segurando a tempos. Nos beijamos pelo o que pareceu um século e ele me soltou juntando nossas testas e sorrindo para mim que retribui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaraam? Deixem comentarioos okay?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Para Sempre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.