Coletânea Pruhun escrita por Sasha K Wernz


Capítulo 2
Viszlát, Én Mindig Szerettelek


Notas iniciais do capítulo

E cá estou eu postando mais uma história desse casal!
Foi mal por não atualizar antes, escola, festas, trabalhos, probleminhas pessoais e bloqueio criativo. Aliás, isto aqui é uma re-postagem de uma one-shot minha... Mas não pensem que eu só vou postar uma história velha e pronto, amanhã eu posto a continuação dela ;D
Espero que gostem desse clichêzinho básico :3



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Isso não pode ser real. Esse era o único pensamento na cabeça de Hungria.

Era fim de tarde e ela estava em uma colina verdejante. O céu estava limpo e muito bonito de se ver, mas ela não prestava atenção no ambiente que se encontrava, estava muito ocupada olhando perplexa para o homem em sua frente.

Não, ninguém tinha voltado, ela não estava ali chorando de felicidade nem não acreditando e feliz. As lágrimas que rolavam pelo rosto dela eram de pura e genuína tristeza. O homem que estava a sua frente não tinha voltado de lugar nenhum, ele estava desaparecendo. Ele desaparecia aos poucos em frente dos seus olhos.

“Não… Isso… Não, isso está errado! Você… Você não pode…” A frase morreu no ar.

O homem em sua frente era Prússia, seu amigo de infância, aquele que primeiro descobriu que era uma garota. Fazia exatamente 42 anos que ele preferia ser chamado de Gilbert, o mesmo tempo que a Prússia havia sido completamente dissolvida.

Fazia um mês que o muro de Berlim tinha caído, fazia um mês que o socialismo havia deixado de existir. Aquele mês foi duro para o homem que estava em frente de Hungria naquele momento.

“Eu… Desculpe-me Hungria…” Os olhos dele encaravam o chão. “Eu sabia que isso iria acontecer… Desde que fui dissolvido. Era só uma questão de tempo para esse dia chegar.”

“Isso… Não, não, não! Isso não pode acontecer! Somos países! Não podemos morrer e… Prússia…” Ele a encarou sério.

“Esse não é meu nome… Há 42 anos Hungria. Não é a primeira vez que falo para me chamar de Gilbert.” A expressão dele era dura, mesmo que ele tivesse os olhos marejados quase seguindo o exemplo de Hungria de derramar aquelas lágrimas, mas não faria aquilo, um homem não pode ser fraco. “E… Isso acontece. Você sabe. Se não acontecesse o… Império Romano ainda estaria por aí. Grécia ainda estaria por aí, não o que vemos hoje, mas a mãe dele… O meu pai ainda estaria por aí…” Um sorriso sarcástico apareceu no rosto dele. “Bem isso é melhor que… Esperar pela morte. Olhe pelo lado bom: Nunca mais vou perturbar o jovem mestre.”

Hungria balançava a cabeça na negativa freneticamente, as lágrimas caiam do rosto dela, ele sentiu uma vontade imensa de confortar ela, mas se deteve, não queria levar uma frigideirada na cabeça logo nos últimos momentos com ela. Ele surpreendeu-se quando a sentiu jogando o corpo dela contra o dele e o abraçando, escondendo o rosto em seu peito.

“Hungria…” Ele a sentiu movendo o rosto negativamente em seu peito.

“Não fale nada, seu idiota! Apenas me abrace.” Ele obedeceu prontamente o pedido dela, envolvendo delicadamente a sua cintura e apoiando o queixo na cabeça dela.

Nenhum dos dois percebeu o tempo passando, eles ficaram lá, só abraçados um no outro. Hungria havia parado de chorar e só perceberam que o tempo não parava para eles aproveitarem quando Hungria sentiu as costas de Gilbert/Prússia menos sólidas, ela se afastou, com os olhos voltando a marejar. Ela olhou para o rosto dele, que assumiu uma expressão um tanto sombria e melancólica.

“Parece que meu tempo está acabando Hungria.”

“Não… Não! Você não pode me deixar Gilbert!”

“Eu… Eu não posso fazer nada. Se eu pudesse ficar do seu lado, acredite em mim, eu ficaria…” Ele abriu a boca para falar mais alguma coisa, mas não conseguiu.

“Então fique.”

Ela se aproximou lentamente do rosto dele, que a olhava perplexo e sem reação, porém, quando os lábios dela se encontram nos dele, ele retribuiu prontamente.

Foi um beijo longo, calmo e apaixonado. Quando eles se separaram ele não estava mais sólido e estava fácil de enxergar através dele, como uma fina névoa.

“Desculpe… Hungria… Ich liebe dich. Ich dich immer geliebt*.” Com uma lágrima atravessando seu rosto ele deu um último selinho em Hungria ele retirou o colar do pescoço, a cruz negra que sempre carregava consigo, deu para ela e deu seu último sorriso, o que ficaria marcado para sempre nela, ele dera o último sorriso para ela e apenas ela e a cruz que ele tanto amava estava entregando para ela. “Nunca se esqueça de mim.”

Ele então pôs-se em posição de sentido, ela fez o mesmo, sorrindo, um sorriso triste e vacilante, segurando a cruz dele contra o peito sem desviar o olhar do rosto dele. Ela tentou dizer o quanto ele significava para ela também, mas se fizesse aquilo iria desmoronar em lágrimas.

Então ele finalmente desapareceu completamente, a expressão dele de quando foi embora sempre ficaria na mente dela, os olhos estavam tristes, com medo, mas também estavam felizes, tranquilos e apaixonados, o sorriso dele não era aquele sarcástico de sempre, era um sorriso doce, o rosto dele estava levemente corado e somente uma lágrima se atrevia a atravessar o rosto dele.

Ela ficou encarando o nada por alguns segundos, quando ela conseguiu ter alguma reação ela levou a mão que estava levantava para o colar dele. Ela não notou na mesma hora, mas chorava. O sorriso ainda não havia saído de seu rosto.

Viszlát Gilbert. Azt is mindig szerettelek, és én mindig szeretni foglak*.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
As falas que tem asteriscos estão em, respectivamente, alemão e húngaro, eu tenho uma teoria que todas as personificações dos países falam uma língua que todos eles entendem, mas, quando passam por emoções fortes, falam na língua nativa.
1-Ich liebe dich. Ich dich immer geliebt: Eu te amo. Eu sempre te amei (de acordo com nosso amigo google tradutor)
2-Viszlát. Azt is mindig szerettelek, és én mindig szeretni foglak: Adeus. Eu sempre te amei, e sempre vou te amar. (também de acordo com o google tradutor)
Reviews pessoas!



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