Coletânea Pruhun escrita por Sasha K Wernz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E vamos começar com um clichê nem tão clichê assim...



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Gilbert olhava para a janela de casa, lembrando os velhos e bons tempos...

Sua mente o traiu quando ele começou a se lembrar daqueles orbes verdes, daquele cabelo castanho, daquele corpo… Não adiantava, mesmo depois de tantos anos sabia que era inútil tentar esquecer o que um dia já tiveram… Ele não conseguia negar o que sentia, mas ela, séculos antes, o fazia com tamanha facilidade que surpreendia todos a sua volta.

Balançou a cabeça para sair de seus devaneios. Ele não aguentava lembrar-se dela. Simplesmente era impossível para ele não deseja-la, não a quere e ficar devastado por não poder tê-la.

Já está na hora. Pensou ele.

Gilbert pegou seu paletó e o vestiu, quando desceu Ludwig já o esperava, o seu olhar refletia a tristeza daquele dia para ambos.

Não pegaram o carro que estava na garagem, foram andando, afinal o destino deles não era tão longe assim e ambos queriam tempo para seus pensamentos.

No caminho eles se encontraram com os irmãos Vargas, Lovino não provocou nenhuma vez Ludwig.

Na entrada Roderich e Vash esperavam por eles.

“Vocês demoraram.” Disse Roderich, ele não estava irritado, falou isso com a mesma naturalidade que diria bom dia.

Ninguém disse uma palavra, entraram sem dizer nada. No local Antônio, Francis e Arthur levantaram o olhar para saberem quem havia chegado, os olhos deles se fixaram em Gilbert.

“Gil… Você está bem?” Perguntou Francis receoso.

“Claro… Por que não estaria?” Gilbert disse, porém ele não olhava para os olhos de Francis.

“Não precisa fingir Gilbert… Afinal hoje faz 100 anos que ela…” Ele foi interrompido por Gilbert.

“Não… Não fale.”

Todos no recinto ficaram em silêncio, foi ouvido barulho de passos ressoando por aquele chão de terra revestido com algumas pedras. Era Alfred, o sorriso dele não estava no rosto, assim que viu Gilbert tentou sorrir, mas só conseguiu um sorriso triste de canto de boca.

“Ei. Quem diria, não? Faz 100 anos hoje. O tempo passou voando.” Ele encarava os sapatos.

“Sim… Quem diria?” Disse amargo. “Mas para mim cada dia passou se arrastando.” Ele olhou para o céu e depois para as próprias mãos. “Principalmente por que já faz quase 200 anos que enfrento todo dia o medo de desaparecer de repente.”

Alfred tentou dizer algo, mas Arthur o cortou.

“Vamos todos, ele precisa de um tempo a sós. Isso é difícil para ele.”

Mesmo que alguns hesitantes, todos saíram do recinto, deixando Gilbert sozinho ali.

Ele ficou em silêncio por longos 5 minutos, quando ele começou a falar sua voz finalmente transparecia o que ele estava sentindo.

“E aí Liz? Você tem estado bem?” O tom dele era saudoso. “Já faz… Bastante tempo, não é mesmo? Cem anos…” Ele olhou para o céu, não conseguia olhar para ela por muito tempo.

Ele fechou os olhos, deixando que as lembranças o levassem para o passado… Para quando ele tinha, oficialmente, deixado de ser uma nação, quando ele tinha sido dissolvido. O medo teria o consumido naquele tempo se ela não estivesse do lado dele para ajuda-lo, agora se perguntava como conseguia viver sem ela, como ainda não tinha cometido uma loucura.

Lembrou-se do dia que ela havia dado uma segunda chance para aquela relação dos dois. Eles mantiveram essa relação por incríveis 70 anos e, dessa vez, todos sabiam sobre ela desde o primeiro minuto, já que Gilbert havia pedido para ela ficar com ele em uma reunião mundial, 25 anos depois de ele ter sido dissolvido. Aqueles tinham sido os anos mais felizes da vida de Gilbert, principalmente quando recebeu a noticia que seria pai. Mas tudo foi por água a baixo.

As lágrimas rolaram dos olhos de Gilbert lembrando-se do dia que ela havia perdido a filha, ela nunca mais havia sido a mesma depois daquilo. E também se lembrando do que havia acontecido depois.

“Quem diria…” Disse ele com uma risada amarga. “Que em cinco anos tudo aquilo aconteceria…”.

A risada dele aumentou, assim como o fluxo das lágrimas. Ele trincou os dentes, sua risada morreu, porém as lágrimas aumentaram.

“E quem diria que…” Ele tentou secar os olhos, sem sucesso. “Você acabaria morrendo antes de mim…” E olhou para a sepultura de sua esposa.

Aquele era o aniversário de cem anos de morte de Elizabeth Héderváry, cem anos desde que, uma guerra que havia durado cinco anos, havia destruído completamente o território da Hungria.

Cem anos que Gilbert havia visto sua amada esposa morrer… E, se Elizabeth ainda estivesse viva, naquele mesmo dia faria cento e cinquenta anos que Gilbert e Elizabeth estavam casados.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Quem aí que não era fã de PruHun e curtiu? E quem é e que gosto muito?
Para quem não apoia PruHun, mas curtiu essa one-shot: Isso é só o começo... Provavelmente você vai acabar gostando do casal.
Então é isso pessoal, até a próxima!