O Primeiro Encontro De Magnus E Alec escrita por ShadowMurderer


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, aqui está o novo capítulo! Espero que gostem.



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Alec apertou mais contra si o casaco, tremendo ligeiramente. O frio parecia estar segurando-se em Nova Iorque com unhas e dentes. Claro, a cidade tinha um tempo bem estranho e surpreendente, mas ultimamente aquilo havia chegado ao ápice.

E o que Alec estava fazendo enfrentando o frio de Nova Iorque? Não, ele não estava caçando demônios, o que com certeza deveria ser a resposta mais óbvia. E nem havia decidido tomar um café em algum estabelecimento mundano.

Respirando fundo, o jovem parou em uma esquina, esperando o momento em que poderia atravessar ao outro lado com segurança.

Suas mãos tremiam visivelmente, mais de nervosismo do que de frio.

O motivo do nervosismo? Um bilhete de certo feiticeiro.

FLASHBACK ON

Alec bocejou, tentando criar coragem para levantar. Ele sabia que não poderia dormir até tarde – tinha treinamento e estudos –, mas mesmo assim, parecia que havia um elefante sentado em cima dele, impossibilitando-lhe até mesmo imaginar-se a levantar.

A culpada? A curiosidade, logicamente. Era como diziam os mundanos: “a curiosidade matou o gato”. Nossa, que curiosidade malvada! Pra que machucar o pobre bichano? Provavelmente era melhor não usar essa revoltante expressão perto de Church...

Mas, voltando ao assunto...

Curiosidade sobre o quê? Sobre tal feiticeiro de olhos intrigantes, cujo nome Alec tinha medo de pronunciar até em pensamentos, afinal, ele poderia ouvir e aparecer magicamente. Mas o rapaz não deveria estar tão nervoso, não é? Afinal, feiticeiros não lêem pensamentos.

Certo?

Alec achava melhor não arriscar.

E foi pela curiosidade com relação ao feiticeiro que ele passara a noite quase toda na biblioteca do Instituto, pesquisando.

Munido de uma garrafa térmica de café, lente de aumento e toda sua determinação em se manter acordado, ele passou metade da noite procurando, em vão, algo sobre aquele misterioso ser.

Quando estava prestes a desistir – e após tomar a última gota de café – ele encontrara, finalmente, alguns registros. Nada animadores, por sinal.

Em uma única página, os caçadores de sombras que escreveram o livro conseguiram denegrir completamente ao feiticeiro, atribuindo-lhe adjetivos como “porco festeiro”, “uma vergonha para os downworldes, para o mundo” e, o que Alec menos gostava, “aproveitador de corações”. Claro, isso não foi tudo o que escreveram, mas havia ali coisas tão horríveis que parecia impróprio repeti-las até em pensamento.

Alec passou para as páginas seguintes, perguntando-se quando haviam aberto a sessão de VAMOS FALAR MAL DE MAGNUS BANE! Aliás, como haviam sequer permitido que esse livro fosse colocado na biblioteca? Não havia nenhum caçador de sombras cujo dever era analisar cada palavra de cada livro, antes de ser permitida a sua distribuição? Pois deveria haver...

Após resultados tão decepcionantes, Alec decidiu fechar novamente os livros e guardá-los. Arrastou-se até o quarto, onde rastejou pela cama, tirando as botas e a camisa.

Antes mesmo de afundar-se debaixo dos cobertores, já ressonava como uma criança.

E nem sequer havia percebido que pronunciara – mesmo que em pensamento – o nome do feiticeiro.

Então agora acordava, depois de apenas pouco mais de uma hora de sono, com olheiras incrivelmente assustadoras, o cabelo desgrenhado na frente dos olhos, o rosto marcado pelo bordado dos cobertores. Mal conseguia fechar a boca antes que outro bocejo lhe acometesse.

Resmungando, levantou-se, tropeçando nos cobertores – que haviam se espalhado pelo chão em algum momento durante sua “soneca” – e acabou caindo no chão. Se não tivesse um ótimo reflexo – talvez as runas também tivessem algo haver – teria atingido o chão direto com o rosto.

Amaldiçoando mais do que achava ser possível, Alec livrou-se dos cobertores e se levantou, indo até o banheiro.

Abriu a torneira, pegando água gelada com suas mãos em concha, e jogando no próprio rosto. Estremeceu-se um pouco devido à temperatura, mas conseguiu o efeito desejado: estava bem mais desperto.

Olhou o espelho e arquejou, assustado.

Não, essa reação não era por causa da sua aparência – pelo menos não tanto. O motivo do susto foi o pequeno pedaço de papel preso na moldura do espelho, com um recado escrito em uma letra elegante.

Encontre-me no Taki’s hoje, ao meio-dia.

Estarei esperando ansiosamente.

Seu, M.

Bem, com certeza aquele M não significava Mário, ou algo assim.

FLASHBACK OFF

Então, ninguém poderia culpá-lo por estar nervoso, não é? E irritado! Porque Magnus decidira dar sinal de vida justo naquele dia, em que Alec parecia um zumbi saído das profundezas da Zumbilândia? E, mais importante, como o caçador de sombras conseguiria encarar ao outro, lembrando-se o tempo todo de que havia agido de um modo completamente psicopata-stalker, procurando em uma biblioteca o máximo de informações sobre ele?

Claro, Alec não poderia mentir e negar que uma parte dele não estava satisfeito com o convite. Estava, e MUITO, contente pelo fato de Magnus não ter simplesmente lhe esquecido.

Tão contente que até achava que havia valido a pena o esforço para se livrar de Jace.

O sinal abriu e Alec atravessou a rua, decidido a não agir de uma forma assustadora com o feiticeiro. Ele ia mostrar para Magnus Bane que poderia ser como qualquer cara com quem o dito cujo já havia namorado.

Não que ele quisesse namorar Magnus, logicamente! Foi apenas um pensamento aleatório.

COMPLETAMENTE aleatório.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Mandem reviews, digam o que estão achando e o que acham que vai acontecer...