Hate To Love escrita por Minnie Colins


Capítulo 4
Primeiro Dia De Aula


Notas iniciais do capítulo

Heeyy meus lindos *--*
Okay, já deu para perceber que não cumpro com o que eu digo, sempre acabo postando antes do que eu falo... Isso é bom? HAUAHUA.
Nesse capítulo, a Rapunzel vai descobrir que a sorte não é muito sua aliada :( E, resolvi deixar como marca registrada da Punzie com relação ao nosso Jack -> um apelido "carinhoso" que ela inventou para ele hehehe.
Aproveitem :D



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– Sabe mais sobre ele? – perguntei a fim de saber todos os mínimos detalhes sobre Jack Frost. Passei a noite toda pensando nele, mas não de uma forma romântica como geralmente se é usada essa frase e sim estava pensando no que eu havia feito para esse moleque! Queria saber mais sobre esse louco, não queria estar desprevenida.

– Sei e infelizmente tenho más notícias – Violeta lamentou. Ela estava disposta a contar tudo o que sabia, conforme eu havia pedido.

– Diz logo então! – estava alterada, ontem a noite não fora nada agradável.

Violeta suspirou, e então começou a contar tudo o que sabia sobre Jack Frost, todos os detalhes. Eu escutava atentamente e não estava tão nervosa, até o momento de Violeta me contar que ele estudava no Lemos Salesianos, ou seja, no meu colégio e que também iria para o 2º ano, junto comigo. Ao saber disso eu me apavorei.

– AI MEU DEUS! Tomara que ele não caia na mesma turma que eu, por favor! – implorei com as mãos unidas. Ter que atura-lo todos os dias o resto do ano seria horroroso. Não aguentaria por muito tempo. Preciso que toda a sorte estivesse do meu lado para que isso não aconteça.

– Acalme-se Rapunzel! Ele não pode fazer nada com você. – Violeta tentou me acalmar.

– Fisicamente não, mas pode me agredir verbalmente e ainda não vai me deixar em paz! – A minha calma estava a quilômetros de distância.

Eu não costumo ter problemas com ninguém, na verdade eu nunca tive. Esta é a primeira vez, então eu não sei o que está por vir e não estou acostumada também. Avistei uma figura de cabelos ruivos e rebeldes que se aproximava, usando uniforme e carregando sua mochila e uma garrafinha d’água. Merida vinha tranquilamente, ela não sabia de nada por enquanto.

– Oi! O que aconteceu Rapunzel? – Merida perguntou assim que viu o meu estado.

– Uma longa história... – Violeta suspirou.

O caminho até a escola fora todo assim; Violeta explicava tudo a Merida e eu estava completamente eufórica e nervosa. Já tinha tentado mais de três vezes voltar para casa, mas Merida e Violeta sempre me seguravam, para aborrecimento de Merida.

– Rapunzel chega! – Merida me agarrou pelos ombros e me fitou séria – Você não é esse tipo de gente! Cadê a Rapunzel que eu conheço? A forte, corajosa, determinada e que enfrenta tudo de cabeça erguida? Esse Jack é um idiota e eu não vou deixar que ele faça nada com você! – disse e Violeta pigarreou – Nem eu nem a Vivi. – Completou.

Podia ser fácil para ela falar, mas eu não estava nem um pouco a fim de frequentar a mesma escola que aquele idiota que agride pessoas sem conhecer. Respirei fundo e assenti, de qualquer forma teria de ir à escola mesmo.

O grande portão estava aberto, alunos entravam aleatoriamente e a maioria estava animada com o retorno das aulas. A visão chega a ser animada, o momento é de reencontrar amigos. Só que de nenhuma forma eu conseguia me animar.

Como era de costume eu e as meninas fomos primeiro ao encontro da lista de nomes para ver em qual turma cairíamos, e eu percorri o caminho inteiro de dedos cruzados. Não sou supersticiosa, mas talvez ficar de dedos cruzados me desse mesmo a sorte que estava precisando.

– É essa. – Violeta apontou para a lista.

Rapidamente procurei o nome do Vassoura Branca. Sim, agora irei chama-lo assim. Por Vassoura eu me refiro aos cabelos e Branca por que são brancos. Procurei seu nome na lista e o encontrei. Seu número de chamada era o dezesseis.

Cruzei fortemente os dedos, fazendo suas extremidades ficarem brancas de tão forte que apertei e procurei pelo meu nome. Soltei um enorme sorriso de alivio, pois eu não estava na turma 203! O dia já tinha começado bem para mim.

– Achei! Caímos juntas! – Merida comemorou apontando para a lista da turma 202 – Está mais calma agora, loirinha? – fez aquele tom sarcástico para a pergunta.

– Para falar a verdade, estou sim. – retribui com um sorriso satisfatório. Pelo menos não teria que atura-lo.

– Ok, agora vamos até o banheiro. Preciso ajeitar o lápis de olho, devo estar borrada. – Violeta apontou para o próprio rosto o que fez eu e Merida rir, ela estava borrada.

Nos direcionamos ao banheiro, tudo estava bem e eu confesso que o dia estava começando a clarear para mim. Bom, pelo menos até meus olhos encontrarem alguém que eu realmente daria tudo para não ver.

Dobrando o corredor, apareceu o Vassoura Branca acompanhado de mais dois amigos. Ele estava mais arrogante do que nunca e seus olhos se encontraram com os meus e ele pareceu me reconhecer.

Fechei os olhos para não encara-lo, porém não aguentei por muito tempo e os abri novamente.

– Rapunzel feiosa! – disse em um tom sarcástico e foi acompanhado de risos por parte de seus amigos.

Ele passou por mim e eu não resisti.

– AH SEU... – tentei alcança-lo mas Merida e Violeta me seguraram.

– Rapunzel não! Não vale a pena! – Violeta ainda me segurava.

– AH QUE ÓDIO! – gritei para quem quisesse ouvir e fui “soltando fumaçinhas” pelo ouvido até chegar ao banheiro.

–X-

A primeira “aula” é sempre chata, o professor só se apresenta e obriga as pessoas da turma a se apresentar também. Sentamos em rodízio e começamos a nos apresentar, havia muitos alunos novos e esses são sempre os mais quietos e tímidos. Outros eu já conhecia.

Depois de conhecer todo mundo e todos me conhecerem, o professor falou do quanto o 2º ano era importante pois estávamos a “um passo” do terceiro que desembocaria na faculdade e que o nosso 1º ano se foi.

Falou de algumas regras e o uso dos uniformes. Uma das regras era: “Não permitido beijos nessa escola”, pode-se ouvir alguns murmúrios pela sala. Essa regra seria fácil de cumpri-la, eu não estava interessada em ninguém.

– Ouviu Violeta? Acho melhor avisar o Wilbur também... – Provocou Merida, em um tom de voz nítido para que algumas pessoas pudessem ouvir e soltar suas risadinhas. Violeta ficou quase que da cor dos cabelos da ruiva e não deixou barato.

– Que nada! de boa, mas talvez precise reforçar para você e o Soluço, e para a Astrid também... – revidou Violeta com um olhar esperto.

Merida fechou o punho e fitou Violeta com reprovação, o que me arrancou risadas.

– Já chega. Foco aqui pessoal. – Anunciou o professor Christiano, eu confesso que ele era muito bonito e nos ensinava filosofia, ou a “arte de filosofar” como ele mesmo diz. As putinhas e mais oferecidas da minha sala vão viver dando em cima dele, e olha que o mesmo é casado.

Trinta minutos depois o sinal bate indicando a hora do recreio. E é claro que eu e as garotas fomos inaugurar a cantina. Lá tem uns lanches mega gostosos, e nós às vezes pedimos dinheiro de Soluço e Wilbur para pegar alguns lanches.

Havia duas filas: a dos pedidos e a das entregas. Entramos na fila das entregas direto, como era o primeiro dia de aula, Nailda a moça da cantina, faria um desconto. Ela me conhece há tantos anos...

Depois de umas dez pessoas na nossa frente, chegou a minha vez.

– Um pão de queijo por fa... – alguém tinha me interrompido. Olhei bruscamente para o lado, a fim de saber quem fora o moço ou moça de boa educação.

– Uma coca de latinha, por favor – o Vassoura Branca pediu, tinha que ser ele.

– Ei, eu estava na frente! – reclamei o encarando, incrédula.

– Óh desculpe criança, você é tão insignificante a ponto de ser invisível – debochou em meio a risos.

Realmente, a criatividade dele para me “xingar” é extraordinária e eu admiro muito a criatividade nas pessoas, mas como eu fui criada na base da rapidez eu aprendi a agir do mesmo modo.

– Aqui está a coca de latinha que pediu – Nailda colocou a lata no balcão.

– Obrigada! – peguei a lata e a abri – Toma! – joguei todo o líquido preto na roupa de Jack Frost.

Ele recuou para trás e me olhou assustado. Eu disse que agia rápido, na verdade até eu me surpreendi com a minha atitude, só sei que ele ficou mais aceitável agora do que antes. Pude ver os alunos ao nosso redor ficarem boquiabertos e eu não estava nenhum pouco incomodada com isso.

– Sua demente! O que você fez?! – ele tentava inutilmente se limpar.

– Óh desculpe criança, puro acidente! – pisquei para ele.

Merida e Violeta caíram na gargalhada.

– Vai ter troco! – ele saiu dali acompanhado de seus amigos, estava encharcado.

Merida, Violeta e Nailda, que geralmente é uma pessoa neutra, bateram palmas para a minha atitude e eu sorri meio sem graça.

– Essa é a Rapunzel que eu conheço – Merida gargalhava e Violeta me olhava espantada, porém sorrindo. Pegamos o nosso lanche e saímos da fila da cantina.

– Eu não acredito no que eu fiz... – falei emocionada e feliz. – EU NÃO ACREDITO NO QUE EU FIZ! – dei pulinhos.

– Mas fez. – Violeta envolveu o braço no meu pescoço e fomos sentar em uma mesinha.

Bom, agora o Jack Frost ou como eu prefiro, Vassoura Branca pensaria duas vezes em se meter comigo ou nós brigaríamos o ano inteiro, o que importava é que eu o odiava. E agora acho que os sentimentos dele por mim são os mesmos. Esse ano vai ser explosivo.

–X-

Depois do recreio explosivo, voltamos para a sala de aula, animadas. Sentei-me no meu lugar que ficava na fila do canto da porta na terceira classe. Meu cabelo estava me irritando já fazia um tempinho, então fiz um coque alto e o prendi com um pincel, deixando apenas alguns fios loiros caírem sobre meu rosto.

O professor Gilber, professor de Física, começou a passar alguns desafios na lousa e mandou os alunos copiarem. Que tédio. Mas antes que eu pudesse riscar o papel com a minha caneta, uma senhora que aparentava ter seus quarenta e poucos anos adentrou a sala.

– Bom dia queridos alunos! – ela nos cumprimentou radiante.

– Bom dia – disseram todos.

– Eu vim lhes informar que ouve uma pequena troca nas turmas. Devido à reclamação de uma mãe de um aluno, teremos de trocar os alunos.

Quando ela disse isso eu nem imaginava no que estava por vir até fiquei curiosa para ver quem substituiria um aluno da 202. O fato de uma mãe reclamar em nome de um aluno do Ensino Médio eu achei um pouco infantil, mas mesmo assim eu apoiava a troca.

– Um aluno da 203 foi escolhido. Andrew Hilt trocará de lugar com Jack Frost. – Anunciou.

Sofri uma parada cardíaca por três segundos e logo depois minha respiração acelerou. Agora fudeu tudo! Estava tão bom para ser verdade... Eu quero me matar, matar o Vassoura, o Andrew, a mãe dele e a senhora dos quarenta.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, resolvi juntar os dois na mesma turma para ver o que vai dar...
Vassoura Branca, que apelido simpático :DD
Beijão genteee