Hate To Love escrita por Minnie Colins


Capítulo 3
O Começo De Um Ódio


Notas iniciais do capítulo

Então minha gente, resolvi postar logo o capítulo... Eu iria demorar muito para voltar pq minhas provas estão começando. Então, acho que o título já diz tudo não é? Agora vai começar a fic de verdade...
Aproveitem



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– Chegamos! – Violeta apontou para a balada.

Luzes neon iluminavam o nome do local que era uma casa de esquina. Havia uma aglomeração de pessoas paradas na entrada formando grupinhos e o som da batida se escutava de longe. Quase sempre nós vínhamos aqui, mas como hoje era o ultimo dia de férias de todos os estudantes de todos os colégios da cidade, o Beach House estaria mais cheio que o normal.

Fomos em direção à porta, pedimos licença para as pessoas e entramos. Lá também estava cheio e era muito fácil de nos perdermos. As luzes eram ambientes, fracas ao horizonte. Havia um bar somente para bebidas ao longe. À esquerda, o banheiro masculino e a direita o feminino. Sofás estavam situados no canto, onde não se podia enxergar muita coisa. No centro estava à pista de dança e que no momento estava cheia.

Acho que entendi por que Góthel detestava esse lugar. Havia gente demais que ela gostaria que estivesse ao meu lado, e nenhum adulto a vista. É o “pesadelo” para a maioria dos pais. Não é necessário esse desespero todo por parte dos adultos, se há confiança entre pais e filhos não tem o que temer. Góthel e eu ainda teríamos que resolver esse assunto.

“lalalalala?” foi o que ouvi de Merida. Seja lá o que ela tinha me dito era impossível escutar com o som da música a todo o volume.

– O QUE?! – gritei a fim de escuta-la e ela também. Aqui dentro os meios de comunicação eram através de gritos.

– VAI QUERER SENTAR? – ela gritou no meu ouvido fazendo com que eu fizesse uma careta. Um zunido pairou no mesmo, segundos depois.

– NÃO!

Perambulamos a pista de dança e ficamos em um lugar “vazio” perto do bar. Olhei ao redor, meninas e meninos curtindo ao máximo, dançando, bebendo, rindo... Eu demorei um pouco para me soltar, geralmente apenas fico observando as pessoas. Dançávamos perto do bar, ainda não estava a fim de ir até a pista.

De repente, quando por um acaso eu olho para a porta de entrada, um grupo de quatro adentrou o Beach House. Um deles era o Soluço, o outro parecia ser o Wilbur, e os outros dois eu não cheguei a ver direito.

Violeta quase enlouqueceu quando Wilbur entrou. Ela não sabia se iria cumprimentá-lo ou se esperava um pouco mais e isso me fez rir. Merida agiu normamente, o que tal normalidade passou quando viu Astrid adentrando o local.

Essazinha tinha que vir? – ela disse com os punhos fechados. Por um milagre eu a escutei e apenas concordei.

Olhei meu celular e eram exatamente sete e meia, eu tinha nada mais nada menos que trinta minutos para aproveitar a minha última noite de férias. Então, o enfiei na bolsa e comecei a dançar.

Dancei, dancei, dancei. Meus cabelos já estavam molhados de suor e eu estava totalmente cansada, mas mesmo assim não parei um segundo. Merida pediu duas águas no bar e eu continuei a dançar, por um momento olhei ao redor procurando Violeta e me deparo com a mesma estando aos beijos com o Wilbur.

Imediatamente peguei o meu celular e cliquei em “câmera”, dei zoom e tirei uma foto. Não para postar em redes sociais nem nada, apenas para ver a reação da morena ao saber que foi pega em flagrante. Encarei Merida e a mesma gargalhava.

Mais alguns minutos se passaram e ela veio falar com a gente.

– Gente vocês não sabem... – ela pulava de alegria.

– Ficasse com o topetudo. – eu e Merida dissemos quase que em uníssono.

Ela ficou boquiaberta com a nossa resposta, afinal estávamos certas.

Não deu tempo de Violeta falar nada porque nós gargalhamos. Ainda rindo peguei o celular e mostrei a foto para ela e a mesma quase que ajoelhou ali na pista de dança implorando para que eu a apagasse. Cedi ao seu pedido, afinal já tinha visto o que eu queria.

Logo depois voltamos a dançar e pelo o que eu tinha percebido, não enxerguei mais a Violeta e Wilbur se beijando novamente. O tempo foi se passando e não havia mais colocado meus olhos no relógio, até agora.

– AH MEU DEUS! São nove da noite! Minha mãe vai me comer viva! - berrei o que não soou efeito nenhum diante da música alta, apenas minhas amigas me escutaram. No momento eu não estava me importando com escândalos, apenas em como hoje seria meu último dia em que estaria viva.

Merida e Violeta me encararam assustadas pelo fato de que, sim, eu seria comida viva pela Góthel. Concentrada apenas nas horas, não tinha percebido que havia uma mensagem de da mesma. A situação poderia melhorar, talvez.

“Filha, estou morrendo de dor de cabeça e vou me deitar. Espero que chegue as oito, como disse. Beijos

Mamãe”

Fiquei parada sem nenhuma reação após ler e Violeta roubou o celular de minha mão. Logo em seguida elas pularam de alegria e me puxaram para a pista. Ótimo, se eu ficasse mais um pouco, com certeza Góthel não iria saber. Não sou de fazer esse tipo de coisa, mas precisava aproveitar e a noite não acabava agora.

Depois de quinze minutos dançando sem parar, meus pés começaram a doer então resolvi ir ao bar pegar mais uma água. Manquei até lá sendo empurrada algumas vezes, sentei-me no banquinho e aguardei.

– Oi – escutei uma voz masculina pouco reconhecível.

Virei-me para ver quem era, um moreno e alto. Cabelo nem cumprido e nem curto e me parecia familiar.

– Quanto tempo! – ele sentou no banco e me cumprimentou com um beijo na bochecha. Não mostrei nenhuma reação, é a coisa mais esquisita alguém vir lhe cumprimentar e você não fazer ideia de quem seja, porém meio desconfortável resolvi falar.

– Desculpe, a gente se conhece? – eu realmente não sabia quem era.

– Você não se lembra de mim?

Neguei com um sorriso forçado.

Ele riu.

– Flynn, Flynn Rider! – agora eu me lembrei. Flynn Rider era um “amigo”meu, na verdade ele tinha uma queda por mim mas eu nunca aceitei ficar com ele. O enxergava apenas como amigo.

– Ah, oi! – respondi mais animada. – O que faz aqui?

– Aproveitando o último dia de férias e você? – me perguntou tomando um gole da cerveja que havia comprado.

– Também. – não era estranho o ver tomando cerveja, ele é dois anos mais velho, logo tem dezoito anos. Flynn repetiu o ano, vai para a mesma séria que eu provavelmente. Sim, vou ter que atura-lo. Mas acho que não será tão ruim, encontra-lo aqui realmente foi muita coincidência.

– Veio com quem? – perguntei tentando puxar assunto.

– Com o Soluço, Wilbur e o Jack. – disse olhando para a pista de dança. Acho que estava tentando encontrar os seus amigos para me mostrar. Dos que Flynn citou conhecia todos, menos esse Jack.

– Quem é Jack? – franzi a testa e perguntei a fim de saber quem seria.

– Aquele retardado lá. – ele apontou para um menino de cabelos brancos. Tinha jeito de ser pegador porque algumas meninas dançavam perto dele e o mesmo dançava agarrando uma ou duas. Parecia ter minha idade, ainda não podia julga-lo nem feio nem bonito precisava analisar mais de perto.

– Ele tem cabelos brancos? – perguntei perplexa. Não é comum encontramos um adolescente de cabelos brancos.

– Tem, ele é retardado e descoloriu o cabelo. – Flynn deu de ombros.

Fiz o mesmo, porém achei estranho e diferente, acho que ele quer ter estilo e chamar atenção. Esse tal Jack me parecia familiar lembro-me de ter visto uma foto dele no computador, reconheceria seus cabelos em qualquer lugar.

O fato era que Merida e Violeta tinham sumido e por um momento eu também queria sumir. Ficamos em silêncio por alguns minutos até Flynn começar com suas cantadas, já estava demorando para que acontecesse. Pensei em algum lugar para ir rapidamente.

– Sabia que você está muito bonita hoje? – começou a se aproximar de mim.

Eu sabia muito bem o que ele queria, queria me tascar um beijo sem mais nem menos. Garotas percebem quando o menino não está a fim de você, mas acho que não posso dizer o mesmo da raça masculina. Rapidamente larguei minha água no balcão.

– Ér.... O-obrigada! E-eu preciso ir ao banheiro – gaguejei meio sem jeito e me esquivei conseguindo evitar o beijo e saindo dali.

Fui em direção ao banheiro e me tranquei lá dentro. Estava aliviada, tinha me livrado dele pelo menos por alguns minutos. Eu admito que Flynn era bem bonito, mas eu não tinha interesse nenhum nele, não estava afim de ficar.

Peguei o celular para ver as horas, eram 21h45min, já era bem tarde e amanhã teria de acordar cedo para ir a escola. O Beach House fechava as 22h00min aos domingos, então eu esperaria mais um pouco.

– Punzie? Você tá aí? – era a voz de Merida, estava me chamando do outro lado da porta para a minha salvação.

A destranquei e deixei que Merida entrasse.

– O que você está fazendo? Por que veio para cá? – fechou a porta atrás de si e me encarou em busca de uma resposta lógica.

Bufei e fui em direção ao espelho me ajeitar.

– Flynn veio falar comigo e já queria me beijar – contei.

– Sério? – perguntou escondendo um riso.

– Merida não tem graça! Eu não quero ficar com ele! – esbravejei irritada.

– Ok, ok acalme-se! Fala isso para ele – sugeriu.

– Acha que já não fiz isso? Mas ele não se cansa! – coloquei as mãos na cintura. – Enfim, cadê a Violeta? – perguntei mudando de assunto para não ficar estressada. Faltava pouco para acabar a noite.

– Advinha? Com o Wilbur é claro – Merida fez um coque em seu cabelo igual ao que fez na praia.

Sorri. Agora eles não se desgrudariam mais. Para quem estava toda tímida em contar que estava afim de Wilbur, Violeta até que estava se saindo muito bem. O problema seria quando Toninho soubesse disso.

Ela vive em um triângulo amoroso eterno com os dois. Bonito para quem vê, mas complicado para quem vive. Eu não gostaria de viver essa experiência, mas acho que tem uma primeira vez para tudo.

– Vem, vamos voltar. – Merida pegou a minha mão e fomos para a pista.

O resto da festa inteira foi assim, eu evitando Flynn a todo custo, Violeta e Wilbur era só beijos e Merida encarava Soluço de longe. Esperamos até o Beach House fechar para irmos para casa, tornando a saída do local um verdadeiro tumulto, já que todos resolveram ter a mesma ideia que nós.

O caminho até lá foi divertido, com gargalhadas e comentários do que havia acontecido este dia. Depois de uma caminhada cheguei à casa de dois andares cor bege, número 245. Minha casa. Tudo estava apagado, provavelmente Góthel ainda estava dormindo para a minha alegria. Enfiei a chave na porta silenciosamente, a abri e entrei.

O silêncio denunciava minha mãe, mostrando que ainda estava dormindo. Corri para o meu quarto e fechei a porta. Suspirei fundo, peguei meu notebook e entrei no Facebook, iria dizer para Merida que deu tudo certo e a ruiva já estava online.

“Heeey, deu td certo” digitei. Em menos de dois segundos visualizou e começou a escrever.

“o/” ela comemorou, esse símbolo indica um “bonequinho com os braços levantados” usado perfeitamente para comemoramos alguma coisa.

“preparada p/ amanha?” perguntei me ferindo ao primeiro dia de aula.

“infelizmente sim” respondeu. Já era de se esperar, mesmo depois de três meses Merida não estava com saudades da escola.

Estava tudo normal e eu estava pronta para dizer que este dia fora perfeito até a janelinha de alguém subir no chat. Era o tal de Jack Frost que me adicionou ontem e eu estava com um palpite que era o mesmo Jack que Flynn havia me dito hoje.

“Oii, te vi hj no BH” ele mandou e meu palpite acaba de ser confirmado.

“tem um amg meu que quer ficar ctg... vc quer?” perguntou.

Quando li a mensagem, coloquei o notebook ao meu lado e coloquei minhas mãos sobre a boca. Milhões de coisas estavam passando pela minha cabeça. COMO ASSIM?! E agora o que eu faço? Eu não iria aceitar.

“Quem é?” digitei, um tanto curiosa e apreensiva.

Ele me mandou o perfil do Facebook desse tal menino que queria ficar comigo, ele era muito feio. Eu não costumo julgar pela aparência, mas realmente não daria. E além do mais eu nem o conhecia! E onde iríamos ficar? Se minha mãe vive no meu pé? Não tem como a gente ficar tem muita coisa não deixando, então óbvio que minha resposta iria ser não.

“ Não, obg” mandei, um pouco receosa.

“pq?” me perguntou o tal Jack.

E agora o que eu falo? Acho que vou inventar uma coisa, não estou nenhum pouco com vontade de citar todos os motivos que me impedem de ficar com esse menino.

“estou de rolo sério com alguém” digitei. Era mentira, óbvio que não estava namorando ninguém, mas foi a desculpa mais rápida que passou pela minha cabeça.

“hahaha rolo sério com quem? Com teu cachorro só se for” ele digitou.

EU NÃO ACREDITO QUE ELE DISSE ISSO! Quem ele pensa que é? Nem me conhece para falar isso. Eu sei que é mentira, mas se eu estivesse mesmo namorando alguém ele o teria chamado de cachorro?!

“Ah, vai te fuder” digitei.

“Só um louco pra namorar você” digitou em resposta.

Assim que li isso imediatamente fechei a janela do chat dele, fui lá em seu perfil e cliquei em “desfazer amizade”. Eu estava morrendo de raiva, bastou isso para eu ter uma imagem dele: Um menino arrogante, grosso e sem noção.

Eu juro pela minha vida que vou odiar esse garoto para sempre. Sem paciência mais para aturar qualquer tipo de coisa que viesse a acontecer eu fui me deitar estressadíssima.

Eu odeio Jack Frost, o louco que julga sem conhecer.


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Notas finais do capítulo

Pois é pessoal, foi isso o que aconteceu. Alguns devem achar que foi sem sentido, mas o Jack talvez fizesse de brincadeira e a Punzie levou à sério demais... Todos sabemos como é a sua personalidade não é? Ela não admitiria uma coisa dessas e aí vai "odia-lo". Ela tem razão?
Beijos *-*



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