Hate To Love escrita por Minnie Colins


Capítulo 14
Será que fiz a coisa certa?


Notas iniciais do capítulo

BOA TARDE, FOFUCHOS! Bem, como o prometido ká estou eu, postando um novo capítulo no Sábado :D Gente! Final de semana que vem é o Enem e eu estou tipo, mega ansiosa!!! Vou passar essa semana toda estudando porque, além do Enem, eu tenho prova no meu colégio também. Então, provavelmente não tenho um dia certo para postar outro capítulo... Relaxem porque não vou demorar um tempão como tenho feito ultimamente, talvez lá pelo dia 28/10 eu poste :) Cai numa Quarta... Talvez poste antes, não sei, é que eu to muito animada para adiantar a história AUHSUASAH. Bem é isso aí,
boa leitura :3



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Prova. É só uma palavra, por que todos temem tanto? É só um papel com algumas perguntas e que valem algum número. Eu não vejo nada demais. Ok, eu me preocupo um pouco, e infelizmente as provas estavam chegando, na verdade elas já chegaram, e a prova de física veio tão rápido que era hoje!

Se eu estudei? Obviamente que sim, passei a semana toda estudando embora fosse pouco, agora dentro das líderes de torcida, isso praticamente ocupa todo o meu tempo, todo o tempo livre que eu tinha antes agora se foi. E pior que eu estava feliz com isso, assim não teria que aturar mamãe e suas reclamações do trabalho.

Ah, eu e ela fizemos as pazes. Ela veio se desculpar comigo ontem e disse que passaria a se importar mais comigo e com as coisas que eu gosto. Se eu acredito? Só acredito vendo. Quando Góthel realmente fizer isso, aí eu começo a acreditar do contrário isso fica mais para uma conversa jogada fora.

Eu ainda estava com aquela ideia na cabeça de que o albino era o responsável por ter xingado Merida. Ontem à noite, deitada no travesseiro, eu fiquei pensando se deveria ou não tirar satisfações com ele. Frost era muito imprevisível e essa relutância que eu tinha sobre ele estava me incomodando. Ao mesmo tempo em que eu queria vê-lo se dando mal em alguma coisa eu não queria. Queria dar um “chega” nessas implicâncias porque obviamente se eu fizesse algo contra ele hoje ou amanhã eu teria de esperar o seu retorno também.

Daí você deve estar se perguntando, ué Rapunzel, você não estava toda confusa sobre os seus sentimentos por ele? Aparentemente eu estava. Não estou mais, eu percebi que aquilo tudo era idiotice e besteira da minha cabeça, por que eu sentiria pena ou queria ser amiga de um menino que já me fudeu em muitas coisas? Esquece, foi um momento de fraqueza minha. Prometo que não vai se repetir.

Só que eu tenho outra coisa pra contar. Lembram quando eu disse que não queria ficar com o Flynn? Ele para mim era apenas um paquerador ambulante. Mas agora, ultimamente ele tem sido tão fofo comigo e acho que estou começando a gostar dele. Merida e Violeta me apoiam para ficar com ele, mas eu ainda não sei o que fazer. Espera só acabar essa semana de provas e eu decido o que fazer.

Hoje, em plena segunda feira, uma segunda feira chuvosa eu tinha prova. Um dia nada legal, nem pra mim e nem para a metade dos alunos do Lemos Salesianos. Era um dia feliz para os professores, já que eles iriam ferrar todos os alunos. Todos ficam sorridentes nesse dia, principalmente aqueles professores chatos que toda a escola tem.

Isso tudo me dá preguiça, preguiça de sair da cama. Mas mesmo assim eu saio vagarosamente, vou até o armário e pego o meu uniforme e minha capa de chuva. Demoro uns cinco minutos até me vestir e depois vou arrumar meu cabelo. Em dias chuvosos ele fica uma bosta, então é melhor fazer um coque mesmo e deu. Só um lápis de olho e um brilho labial. Pronta!

Minha mãe estava de folga hoje, então às seis e meia da manhã ela estaria dormindo com certeza, desci as escadas pé por pé em silêncio para não acorda-la, já que Góthel faz o “favor” de dormir com a porta do quarto aberta.

Tomei só um copo com leite e Nescau e já fui saindo, pegando minha chave e me preparando para encarar a chuva forte lá fora (com direito a raios e trovões, eu não curto chuva!). Fechei a porta de casa e coloquei o capuz de meu casaco para tentar proteger pelo menos minha cabeça.

– Hey, quer uma carona? – a voz de Flynn soou dentro do carro e eu me virei rapidamente, não era minha intenção aceitar, mas entre um carro quentinho e confortável e uma rua gelada e molhada, a primeira opção venceu.

– Obrigada! – disse enquanto entrava no carro de Flynn, pelo que percebi, era um Renault Sandero. Eu tinha uma leve suspeita que o carro não era de Flynn e sim de seu pai. Mas era só uma suspeita, vamos fingir que o carro é dele.

– Você tá bem? – perguntou se referindo a minha respiração um pouquinho acelerada, era normal depois que eu corri para entrar no carro para não molhar ambos. Fora isso estava ótima. Confirmei com a cabeça e Flynn deu partida.

Durante o caminho não conversamos quase nada, Flynn só tinha me perguntado sobre as provas e as líderes de Torcida e como eu arranjava tempo para fazer as duas coisas, minhas respostas eram curtas e objetivas o que tirava qualquer chance de Flynn continuar a puxar papo.

Eu estava pensando seriamente em ir de ônibus escolar, mas acho que é meio desnecessário, é raramente que chove por aqui, e eu quase sempre ando na chuva. Só que dessa vez o Flynn apareceu então isso não é realmente necessário.

Dobramos a esquina e finalmente chegamos à escola que sempre fica com uma aglomeração de alunos na entrada, mas hoje estava vazia. Flynn estacionou em frente à escola e eu já tratei de sair do carro.

– Obrigada pela carona – disse amigavelmente. Eu realmente não estava com pressa, mas acho que não queria que me vissem saindo do carro com Flynn iam pensar coisas alheias e isso não é legal, até por que não é verdade.

– Sabe que eu sempre vou te ajudar Punzie... – deu um meio sorriso e me encarou. Ai droga! Odeio quando fazem isso, isso só resulta com que eu fique vermelha e sorria timidamente e foi exatamente isso o que aconteceu. Flynn sorriu ao perceber meu estado e eu caminhei direto para a escola.

Minha intenção não era ver mais ninguém até entrar na sala e começar a fazer a prova. Provavelmente Merida e Violeta já estariam lá e eu precisava contar para elas o que tinha acontecido.

O vento soprava contra meus cabelos, os fazendo voarem para todo o lado, inclusive para a região dos olhos e boca. Virei em direção leste para ficar a favor do vento e tirar meus cabelos da cara e para a infeliz casualidade do destino eu encaro diretamente o idiota de cabelos brancos.

– De namorado novo, cabeludinha? Finalmente namorou alguém – O Vassoura soou animado, qual é a desse cara? Acho que ele sente um prazer sexual em me irritar. Ok, eu não me lembro se já admiti, mas sua criatividade para apelidos me impressiona também. Cabeludinha? Eu teria rido se não estivesse espumando de raiva

– Acho que não é da sua conta. Vai cuidar da sua vida garoto! – esbravejei sem nenhum pingo de paciência. Jack ri pelo nariz e ajeita a mochila nas costas, em seguida ficamos em silêncio por alguns segundos apenas nos encarando como se estivéssemos num desafio de “quem desvia o olhar primeiro”. Jack perde a batalha, pois para de fazer contado visual comigo, em vez disso, ele corre o seu olhar pelo meu corpo me olhando de cima a baixo seguidas vezes.

– Sabe que, olhando você toda molhadinha assim, até que você não é tão ruim.

– Vai se fuder Jack! – disse sentindo minhas bochechas arderem rapidamente e minhas mãos começarem a suar. Por um momento, pensei no que Soluço havia me contado sobre o que Jack falou sobre mim e fiquei mais sem graça ainda. Minha reação causou gargalhadas nele e eu percebo que estou ali perdendo o meu tempo e correndo o risco de pegar uma pneumonia danada. Resolvi entrar.

***

– Muito bem turma! Todos já me conhecem, e sabem que eu mudo completamente os lugares! – Anunciou pela enésima vez o professor Hudson. Qual é, todos já sabiam disso, mas ele fazia questão de reforçar. O que só me fazia revirar os olhos. – Vamos fazer isso bem rápido para não perdermos tempo.

O Sr. Hudson trocou todos os lugares possíveis. Na mente dele, os alunos combinavam de passar cola entre si e então com a troca de lugares isso não seria mais possível. O fato é que ele sempre fazia isso então eu já estava preparada para ter que talvez juntar minhas coisas e ir para outro assento. Alguns murmúrios foram ouvidos pela sala, provavelmente porque Hudson havia alcançado o seu objetivo e atrapalhado as possíveis “panelinhas”, principalmente em uma prova de Física.

Eu disse que estava preparada, no entanto, o que veio a seguir me pegou de surpresa:

– Rapunzel sente-se no lugar da Leila – assim que escutei essa frase meus olhos se fecharam por alguns segundos, pois a Leila sentava no pior lugar da sala e quando eu digo isso, me referia ao fato dela sentar atrás de Jack Frost.

Peguei minha mochila e minhas coisas e fui bufando para o lugar da Leila. O infeliz ainda fez questão de revirar os olhos quando eu passei por ele e é claro que Merida riu disso, ela como uma boa amiga que é adora rir das desgraças que acontecem em minha vida.

Hora de dar o troco, o tão esperado momento. Quando fui me sentar, fiz questão de empurrar a cadeira forte o suficiente para que batesse nas costas do Frost e fizesse com que o mesmo reclamasse. Igual ele havia feito comigo há dias, não muito agradáveis, atrás.

– Ai, cuidado sua idiota! – reclamou.

– Desculpa cabelo de vassoura – resolvi mostrar para todos o apelido que tinha dado a ele, e para a minha felicidade todos da sala riram. Até o Sr. Hudson soltou uma risadinha, ai que sensação boa.

– Já chega pessoal – repreendeu, mas não foi tão grave foi mais para um comentário já que o efeito pós-risada ainda estava no Sr. Hudson.

Ok. O tão esperado momento chegou, depois que o professor trocou mais uns dois alunos de lugar a prova finalmente foi aplicada. Eram diferentes obviamente, prova A e prova B. A do vassoura e a minha eram iguais, já que infelizmente estávamos na mesma fila.

Finalmente começamos a fazer. A matéria cobrada era, em minha opinião, interessante: Capacidade Térmica e Calor Específico. Gosto muito das Exatas... Química, Física e Matemática para mim são as melhores matérias e sei que os outros me consideram uma alienada por pensar dessa forma.

Primeira questão: “Um corpo que ao receber 80 calorias na forma de calor, tem sua temperatura aumentada de 16°C. Determine sua capacidade térmica”.

Sr. Hudson andava de um lado para o outro e perambulava a sala inteira. Eu respirei fundo. Comecei a balançar minha perna freneticamente de baixo da cadeira e meu olhar alternava para três direções: a do Sr. Hudson, Jack Frost e a prova. Por um breve instante, passou pela minha cabeça ferrar com a vida do Frost ali mesmo e naquele período. Ele mostrava-se concentrado em sua prova. Então eu raciocinei:

Faria parecer que Jack estava colando de mim de alguma maneira. Com a ponta da caneta em minhas mãos e sem que ninguém percebesse, cutuquei suas costas. Frost se remexeu na cadeira incomodado com o toque nas costas e continuou virado para frente. Mais uma vez, com a ponta da caneta eu o cutuquei novamente. Frost, porém não demonstrou nenhuma reação dessa vez. Insistente, o faço pela ultima vez e o albino irritado, vira para trás bruscamente e me encara com o semblante bravo. Aproveitei a cena e falei alto o bastante para todos ali presentes ouvirem:

– Professor, ele tá colando! – gritei e então todos olharam para nós, inclusive o professor. Frost mudou sua cara irritada por uma expressão apavorada e franziu a testa como se dissesse “Por que você fez isso?”. Em seguida ele encarou o professor e me encarou novamente.

– Você ficou maluca?! - ele protestou. – Ela é que estava me cutucando sem parar! – defendeu-se olhando para o Sr. Hudson.

– Não, Sr. Hudson, eu juro! – menti descaradamente fazendo minha melhor cara de vítima. Como consegui ser tão falsa?

O Sr. Hudson olhou indignado para o albino e indicou para que o mesmo fosse para a diretoria. É, com certeza ele se ferraria e era por minha culpa. Eu tinha arranjado um jeito de me vingar dele e o motivo ainda era pelo o que ele supostamente havia feito com Merida naquele site, mesmo sem saber se realmente ele era culpado. De início não pareceu ser ruim, só que depois eu parei para pensar: Será que fiz a coisa certa?


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Notas finais do capítulo

E aí? A Rapunzel fez a coisa certa? Tadinho do Jack, com certeza vai ser punido :P
Beijão



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