Hate To Love escrita por Minnie Colins


Capítulo 13
O Dia do Teste


Notas iniciais do capítulo

Mais um para vocês. Eu PROMETO QUE SÁBADO EU POSTO MAIS UM!!!!!! Juro mesmo!!!



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Passou-se uma semana. Durante esse período inteiro, eu evitava o Frost de todos os jeitos possíveis. As provocações continuaram claro, mas só da parte dele. Nesses dias todos, eu comecei a visitar as redes sociais dele: Facebook, Ask, Instagram... E eu comecei a descobrir um lado dele que eu realmente não sabia que existia.

Descobri que o Frost tem uma irmã, Emma era seu nome, ao contrário dele ela parecia ser uma fofura. Morena de olhos castanhos, e Frost parecia ama-la muito, o que me soa irônico, olha só... O vassoura sabe o que é amor.

Talvez o que ele sentisse por mim seria apenas uma vontade grande de implicância, ou talvez ódio mesmo... Ai! Eu to muito confusa, maldito Soluço! Ele não devia ter me contado nada sobre isso, e maldita eu também que insisti pra que ele contasse.

Descobri outra coisa também, Jack Frost surfa. Nunca havia visto Jack sem camisa e molhado... Bom, eu disse que ia falar com a Violeta, pedir conselhos, e falei. Ela me aconselhou a tomar cuidado, para eu não acabar me apaixonando por ele, por que dizem que tanto ódio resulta em amor. AI NÃO! Eu não quero ter que me apaixonar por ele! Nunca, nunca, nunca.

Quer saber? Esquece tudo o que você leu, eu não posso simplesmente pegar uma borracha e apagar tudo o que ele já me fez! E eu não posso e não quero fazer isso. Eu tenho que me concentrar em outra pessoa, para poder esquecer o infeliz. Flynn, Flynn Rider é uma boa opção, ele tem sido muito legal comigo, um verdadeiro parceiro. E como eu sei que ele quer muito ficar comigo, talvez eu dê uma chance a ele.

Ele vai me “prestigiar” hoje, por causa do teste. O teste... O teste... O TESTE! Ai não! Eu tinha me esquecido completamente! O teste para Líder de Torcida era hoje, e nenhum Frost da vida iria me atrapalhar. Eu tinha combinado em ir até a casa de Merida falar com a tia Elinor, ela prometeu que ia me ajudar, e me fez prometer também que não recusaria a ajuda dela.

Eu não estava atrasada, mas também não estava adiantada. Levantei rapidamente da cama e comecei a me arrumar. Coloquei uma roupa casual, um vestido azul e prendi meus cabelos loiros em um rabo de cavalo bem alto. Calcei sapatilhas pretas nos pés.

Enquanto descia as escadas, mandei uma mensagem para Merida dizendo que daqui a alguns minutos eu estaria chegando. Ela sempre gosta de ser avisada. E a fúria de Merida? Bem, em uma semana tinha suavizado um pouco. Nos primeiros três dias ela estava insuportável, até se você desejava “Bom dia” Merida levava para o lado ruim e xingava. Por isso que quando a mesma está na TPM ninguém fica muito perto dela.

– Bom dia mamãe! – cumprimentei assim que vi Góthel sentada, vendo TV. Ela estava quieta ultimamente, eu realmente não sei o que tem acontecido. Mamãe não compartilha nada comigo, mas espera que eu conte tudo o que acontece na minha vida, até como foi um espirro que eu dei. Ela é super controladora.

– Olá filha, como vai? – me encarou sorridente. Esquece o que eu falei, minha mãe e a incrível capacidade dela de mudar de humor.

– Bem – respondi um tanto desconfiada – Está tudo bem? – Sentei-me na poltrona a sua frente. Era ali o lugar que sempre costumávamos a conversar, sempre entre mãe e filha.

– Sim, está – suspirou – Rapunzel, eu fiquei sabendo do teste de Líder de Torcida... – disse em um tom sério. Viu? Não falei que ela muda de humor? Ok, ela me contou que ficou sabendo do teste. Do teste em si ou que o Frost me encrencou? Não respondi nada, apenas cruzei as pernas como forma de nervosismo. – Por que não me contou que queria participar? – finalmente fez a pergunta que não quer calar.

Eu realmente não tinha me tocado de que não havia dito nada mesmo para minha mãe sobre o teste, talvez pelo fato de que Góthel nunca ligou para isso, por que agora que iria se importar? E era isso que eu usaria na minha resposta.

– M-mãe, você nunca se importou com isso, sabia muito bem que eu queria participar. Venho te falando isso desde o início do ano – defendi-me. Era verdade, mamãe sempre soube que queria participar.

– Mas eu não sabia que o teste era hoje! Por que não me avisou Rapunzel? Depois você reclama de que eu não te apoio em nada. Como vou fazer isso se você mesmo não me conta seus planos? Assim fica difícil! Eu estou realmente tentando ter uma relação saudável com você mas confesso que não está ajudando em nada! – seu tom de voz ficou ainda mais forte e nítido. Até agora eu não entendi onde ela queria chegar, mas seja o que for ela já estava discutindo comigo. Agora, desde manha.

– De que adiantaria?! Eu não tenho contado nada para você ultimamente porque a senhora só está tendo tempo para o seu trabalho! Sempre de plantão! Quase não conversamos! Só nos vemos de manhã, então não venha me cobrar nada agora! – com os olhos marejados, sai da sala às pressas escutando a voz de Góthel me chamando. Eu não aguentava mais, era sempre a mesma coisa. Sempre brigas.

Minha vontade era de sair correndo para a praia e misturar minhas lágrimas com as águas do mar. Foi um turbilhão de sensações entende? Eu estava com tudo entalado na garganta e essa nova de minha mãe só resultou com que eu chorasse.

Mas eu não ia me submeter a isso, para não ficar triste procure uma motivação, aquilo que te convence a não ficar desse jeito. E no momento minha motivação era o teste. Pode parecer que eu esteja me importando demais com isso, mas eu realmente queria muito.

Então eu fui até lá, mas ainda com lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas. A caminhada foi demorada, eu não estava com pressa, na verdade parecia que a minha vontade de fazer as coisas tinha sumido num instante. Como uma pessoa pode mexer tanto com a gente? Ainda mais se for sua mãe.

Sabe, às vezes sinto falta de um pai... O meu morreu quando eu tinha uns três anos. E até hoje, Góthel não me disse qual foi à causa da morte. E ainda fica brava se eu perguntar, isso me deixa um pouco intrigada as vezes... O tio Fergus é tão bom pra mim, eu o considero realmente como um pai, já que a tia Elinor é uma segunda mãe pra mim.

Finalmente cheguei, coloquei meu dedo na campainha e o din-don tocou. Tia Elinor depois de alguns segundos atendeu a porta, estava com um pano sobre o ombro e seus cabelos castanhos estavam presos em um coque bem firme. Seu traje era casual.

– Ah! Olá Querida! – cumprimentou com um abraço hiper apertado e vários beijinhos na testa. – Entre! Entre! Merida está na cozinha – deu passagem para que eu pudesse entrar.

– Obrigada – agradeci com um sorriso meigo e adentrei a casa dos Dumbroch. Posso dizer que é tudo muito bem arrumado, e é claro todos os móveis com um toque especial da tia Elinor. Nem sinal dos meninos. Hamish, Hilbert e Harris deviam estar brincando lá em cima. A cozinha ficava logo a frente, e Merida estava tomando seu café.

Sentada à mesa, com os cabelos... Ah, bem... Deixa pra lá, e com seu pijama de ursos. Parecia estar comendo um prato de Sucrilhos.

– Meninos! Venham comer! – chamou tia Elinor já com três pratinhos exatamente iguais sobre à mesa. Talvez comessem o mesmo que Merida. Sabe eu fico admirada com a família dela, é totalmente diferente da minha, a família dela é... Completa.

Não é como a minha, que sou filha única, não conheci meu pai, nem meus avós, tios, primos... Ninguém. Posso até imaginar como Merida passa o seu natal. Com aquelas mesas de oito lugares ou mais, os parentes todos pela casa, risadas e brincadeiras.

Quase sempre passamos só eu e minha mãe, eu disse quase sempre porque as vezes minha mãe fica de Plantão no Hospital. Pois é, tem gente que tem o azar de ficar doente neste dia. Quando isso acontece, que é raramente, Merida me convida para passar o Natal com ela. Eu sempre aceito.

Merida direcionou seus olhos azuis até mim.

– Punzie! – se levantou e veio na minha direção me dar um abraço – Vem senta aqui, já tomou caf... Por que está com os olhos vermelhos? – droga! Melhor amiga sabe de tudo mesmo, nem a tia Elinor percebeu. Obviamente Merida notou, e agora?

– Ah... Eu os cocei – foi a melhor desculpa que veio na minha cabeça. Certamente ela não cairia, mas não custa tentar.

– Poxa, você não os coçou, você enfiou os dedos aí não foi? Estão hiper vermelhos – quase enfiou a cara nos meus olhos para poder verificar de perto.

– Merida! Eu estou bem – a empurrei e a mesma começou a rir. Ufa, ela acreditou... Bem, um pouco, pelo menos não desconfiou que eu tivesse chorado. Não seria uma boa hora para contar o que aconteceu, ainda mais com a tia Elinor nos olhando todo o tempo.

– Já tomou café querida? – tia Elinor perguntou. Ela sempre se preocupa comigo.

Bem eu não vou mentir, eu ia tomar café se minha mãe não desse aquele draminha por causa que não contei sobre o teste que seria hoje, então eu aceitaria sim tomar café.

– Não, eu vim direto pra cá – expliquei.

– Ah então pega um prato pra você e come aí! – Merida indicou o que eu deveria fazer com a colher, e de boca cheia.

– Merida! Modos! – Elinor a repreendeu, essa era uma das características da família Dumbroch, sempre me causou risos.

Durante o café, perguntei onde tio Fergus estava, Merida me disse que o mesmo estava trabalhando. Que azar, trabalhar em pleno sábado... Os meninos logo desceram pra comer, alegres como sempre.

Poucos minutos depois, tia Elinor juntou-se a nós e ficamos conversando como uma verdadeira família. Por um momento fiquei pensando em Góthel, estava sozinha lá em casa depois de uma discussão. Ela às vezes é muito sozinha, só tem eu pra fazer companhia a ela. Vez ou outra é que Góthel vem visitar a tia Elinor, assim mesmo porque eu peço.

O assunto não foi nada mais nada menos que “escola”. Tia Elinor queria saber sobre o rendimento de Merida, e ela quase me implorou para que eu ajudasse a filha nas matérias em que estava com dificuldade. “Eu já faço isso” respondi, mas mesmo assim não era o suficiente.

Merida quase não precisava que eu a ajudasse nas matérias, ela quase sempre colava de mim. E sabe de uma coisa, não me sinto nenhum um pouco culpada por dar cola. Pelo menos não no início do ano.

Conversamos, conversamos até que finalmente chegamos no assunto do “teste”, de nós seis, a que estava mais empolgada era a tia Elinor, empolgada como uma criança, quase nem tomava o seu café de tanto que falava. Até Merida a olhava admirada e segurando o riso.

– Mãe, tem certeza que não quer se inscrever também? – Merida estava quase rindo. Tia Elinor apenas fez “psiu” e continuou a se animar novamente.

Primeiro contou das experiências dela quando era mais nova, tia Elinor parecia se orgulhar muito que foi capitã das líderes de Torcida, e disse também que essa era uma experiência única. Lamentou mais de dez vezes que Merida não queria participar, mas aí lembrava que eu estava ali e voltava a se animar novamente.

– Mostre-se a melhor Rapunzel! Garra, fé, disciplina – dessa vez disse em um tom mais sério. “Anotei” tudo isso na cabeça.

– Ai tá bem mãe! Rapunzel sabe muito bem o que fazer além do mais ela está cansada de ouvir à senhora falar, só que ela é educada demais para dizer isso. Vamos Punzie – Merida me puxou pelo braço e subimos para o quarto da mesma. Sabe, ela tem toda a razão, eu estava um pouco cansadinha de ouvir as dicas da tia Elinor, sendo que a maioria delas era muito óbvia.

Assim que chegamos, Merida fechou a porta e se apoiou atrás da mesma suspirando.

– Ufa! – bufou – Finalmente, agora conte tudo o que está sentindo enquanto ainda falta meia hora para o teste rolar – Merida sentou-se ao meu lado abraçando os joelhos. É realmente faltava meia hora, e nem preciso dizer o quanto eu estava nervosa.

– Nervosismo conta? – sorri forçado.

– Aff! Punzie, você vai se sair bem, está escrito nas estrelas – passou a mão pelo ar, tocando nas estrelas imaginárias. Todo mundo diz isso, mas eu sei que é só para me acalmar, quando na verdade estão tão ansiosas quanto eu.

– Tenho uma coisa para te contar – certamente que diria sobre a minha conversa com Soluço há sete dias, já estava na hora da ruiva saber, não sobre o lance do Frost, mas sim sobre o da Astrid.

– Então diga – respondeu enquanto pegava um pacote de Doritos no criado-mudo, estava tão calma, nem sabia qual seria o assunto.

– Soluço pretende terminar com a loira oxigenada – finalmente falei. Sabe nem queiram saber a reação da ruiva. Ela simplesmente engasgou com o biscoito. Foi uma cena um tanto... bizarra. Batia nas costas de Merida para a mesma recuperar todo o oxigênio perdido.

– É s-sério? – gaguejou ainda não conseguindo respirar direito.

– Sim, ele descobriu que foi ela mesmo que tinha feito o lance do Ask e ficou muito decepcionado. O que indica que logo, logo ele estará livre para namorar você! – Comemorei dando um abraço apertado em Merida, que não retribuiu o abraço, apenas ficou me encarando como se eu estivesse maluca. – Que foi? – perguntei me referindo ao olhar dela.

– Ah Rapunzel, não viaja! Se ele vai terminar com a Astrid, não significa que queira ficar comigo. Talvez ele não queira se envolver com ninguém – disse em um tom fraco. Todos nós temos um lado pessimista, eu juro que sim. Ainda mais quando se refere a nós mesmos. Pra isso que serve os amigos.

– Não pode afirmar isso – cruzei os braços, decidida.

– Tá bom – sorriu fraco.

Ficamos conversando sobre mais algumas coisas, até dar o tempo de sair de casa. Merida me disse que a gente se encontrava lá, então eu iria sozinha. Provavelmente Flynn já estaria lá, só para o meu “azar”.

Da casa de Merida até o Lemos Salesianos são mais ou menos umas doze quadras, então eu teria que pegar um táxi pra poder chegar na hora. O ponto não ficava tão longe, e eu não tive que esperar nenhum segundo já que alguns táxis ficam estacionados ali só esperando algum cliente chegar.

Cheguei a tempo no ginásio, algumas garotas estavam reunidas e conversavam animadamente já com o uniforme. Fui direto para o vestiário me trocar, ainda bem que o meu uniforme já estava lá. Ele era uma graça. Saia rodada e uma blusa dois dedos acima do umbigo, sem manga. Nós pés, tênis branco da Adidas. As cores do uniforme eram azul escuro com listras amarelas no centro da blusa, estava escrito as iniciais LS. Os pompons eram da mesma cor. Posso dizer que qualquer menina com esse uniforme fica... Sexy.

Saí do vestiário totalmente pronta, tanto psicologicamente quanto fisicamente. As outras candidatas estavam reunidas em uma fila lateral, aguardando Luci, a capitã que por sinal já estava vindo, ela não era o tipo de capitã que amedrontava as pessoas e sim era um amor de pessoa.

– Olá meninas! – cumprimentou radiante – Bem vindas ao segundo teste para líder de torcida. – Se posicionou na nossa frente, com as pernas um tanto abertas e com as mãos na cintura, mostrando-se confiante.

– Vamos começar com os movimentos mais simples. Eu e as minhas assistentes vamos realiza-los e logo depois vocês repetem. – anunciou. Em seguida, uma das assistentes dela foi até uma mesinha e ligou o som. Na verdade era um notbook.

Tem razão, os movimentos eram simples, mas muito bem elaborados. As três formavam um triângulo e Luci dançava uns quatro passos na frente das outras. Tenho que admitir que elas dançavam muito bem, não era a toa que Luci era a capitã do time.

A perna quando subia, ia à altura da cabeça. Sobe e desce. Vira e cruza. Bate palma e joga o cabelo. Mas o mais importante: sempre sorrindo. Isso realmente contava ponto. Uma líder de torcida que não sorri durante a dança é facilmente substituída.

– Agora vocês! Cortney volte à música – disse Luci, indo se sentar em uma cadeira que ficava na frente de todas nós. Isso era aterrorizante, saber que todos os seus passos seriam vigiados pela capitã. Essa era a hora em que comecei a suar nas mãos. Por enquanto só nas mãos, daqui a alguns minutos seria pelo corpo todo.

Se fosse todas de uma vez ia ficar uma bagunça, e muito complicado para Luci observar todos os passos, então ela decidiu que seria uma de cada vez, eu era a quinta da fila. Bom pelo menos não era a primeira, ainda bem... Com quatro pessoas na minha frente acho que consigo manter a calma.

Foi uma, foi à outra. É as candidatas não eram ruins, mas também não eram boas. O nervosismo nessa hora atrapalha demais, fazendo sua coordenação motora quase que pifar. Mas sempre tem aquela frase de motivação, a pressa é inimiga da perfeição. Sim, essa frase estava ecoando em minha mente o tempo inteiro. Eu precisava me sair bem. Representar o meu colégio em campeonatos mundiais, animar a torcida, até mesmo torcer por todos era realmente o que eu queria fazer... E pensar que era só uma ideia da tia Elinor, agora virou praticamente o meu sonho.

– Sua vez Rapunzel Corona! – anunciou o tão esperado momento. No inicio demorou a cair a ficha que era realmente eu, e fiquei um pouco na dúvida. Mas então realmente percebi que era eu, e dei um passo à frente. – Quando estiver pronta, me avise! – assegurou.

Posicionei-me no meio, no meio de Luci e das outras candidatas que faltaram. Alinhei meus pompons à frente do meu corpo e abaixei a cabeça fechando os olhos. Puxa vida, por um momento parecia ter esquecido tudo. Todos os passos, os movimentos, os jeitos, até a musica, as atiradas... Meu Deus é o fim.

“Você vai se sair bem” “Está escrito nas estrelas” a voz de Merida ecoou na minha mente, e foi como se tudo o que eu tinha me esquecido, voltasse à tona. Me lembrava de tudo, os passos, movimentos, música, atiradas. Eu estava pronta.

– Pronta! – afirmei para Luci. Ela assentiu com a cabeça e indicou para que iniciasse a música. Começou. Tudo estava vazio, não havia Luci, nem assistentes, nem candidatas. Apenas eu e a música. Eu realmente não enxerguei absolutamente nada. Fiz o primeiro movimento, fiz o segundo e o terceiro. Subi e desci. Virei e cruzei. Bati palma e joguei o cabelo. Girei os pompons pelo ar e minha perna veio a altura da minha cabeça. Sorri o tempo inteiro, e sem vergonha pois todos aviam confirmado que meu sorriso era lindo. Ainda duvido disso.

Meu ultimo passo foi andar, pular, abrir, fechar, agachar, subir o corpo e os braços parando imediatamente com os pompons lá em cima e a respiração ofegante. A visão voltou, mas agora não havia somente Luci e as candidatas, parecia que o colégio inteiro estava lá. Me aplaudindo. Jack estava lá, me aplaudindo como nunca e ainda me atirava beijos. Não isso não pode ser real! Pisquei várias vezes os olhos até voltar na realidade.

Luci sorria para mim, algumas das candidatas me olhavam com uma pontada de inveja e eu? Estava completamente segura. Eu realmente não sabia o que tinha acontecido, um hora não enxergava ninguém, outra até o Frost estava lá.

– Parabéns Rapunzel! Sente-se com as outras, os resultados serão entregues no final. – anunciou Luci mais risonha do que estava antes. Fiz o que ela pediu me juntei as outras quatro candidatas que já tinham se apresentado.

As outras começaram a se apresentar normalmente, mas o que me chamou atenção foi que o sorriso de Luci não era o mesmo desde a minha apresentação. Logo depois passamos a fazer outros movimentos, desta vez individualista, o objetivo era usar a inspiração. E o mesmo ocorreu, quando chegou a minha vez, eu não enxergava absolutamente nada. Até o final da dança e o sorriso de Luci continuava.

Depois de várias apresentações, Luci finalmente iria anunciar o resultado.

– Bom queridas, as apresentações foram esplêndidas, os movimentos também. Mesmo que a vencedora não seja você, não desanime. Se chegou até aqui, você tem muito potencial! – animou – Mas, sempre tem uma apresentação que chama mais a minha atenção, e nesse caso foi a sua Rapunzel Corona. – finalmente falou a tão esperada frase. Poxa vida! Eu não acredito! Finalmente havia conseguido! Não tinha palavras para expressar a minha felicidade.

Várias candidatas vieram me dar os parabéns, algumas apenas me olhavam de canto. Fazer o que né, não se pode agradar a todos. Luci me deu um abraço bem apertado e logo me disse tudo o que eu deveria saber todos os dias depois das aulas nós teríamos ensaio e um dia antes de jogos e campeonatos, os ensaios são longos e puxados. As líderes de torcida tem que tirar notas altas e não se meter em confusão no colégio, se tiver namorados eles não podem interferir nos ensaios e nem no nosso rendimento. Tudo tem que ser perfeito. Ora, pra que tantas regras?

Agradeci a Luci e me direcionei para fora do ginásio, ia à cantina pegar um lanche. Depois de tanto exercício precisava recuperar forças, era o mais indicado. Não ficar sem comer era o mais recomendado pela minha mãe, tia Elinor, Merida, Violeta enfim todos diziam isso. Era melhor não desobedecer.

Quando estava indo em direção a cantina, ouço alguém me chamar. E pela voz, era Flynn.

– Rapunzel espere! – pediu enquanto corria na minha direção. Droga, não estava afim de falar, estava afim de comer. – Vai pedir algum lanche? – Não Flynn, estou indo a cantina só para conversar com a moça. Sério, deu vontade de dizer isso.

– Sim, vou pedir um pão de queijo – sorri forçado.

– Posso te acompanhar? – Não. Não pode! Pelo menos não agora.

– Claro – é, mais uma maratona aturando Flynn e suas cantadas fora de moda. Mas tudo bem, hoje eu estava completamente feliz. Logo depois de comer eu ia pra casa é claro, entrar logo no Facebook ou ligar para as meninas e dizer as boas notícias. Rapunzel agora é uma líder de torcida, mas eu só espero que isso não me arranje problemas.


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Notas finais do capítulo

até sábado gente..



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