Together escrita por Arista, Annie Lockser


Capítulo 4
Hold My Hand


Notas iniciais do capítulo

(=*-*=) Yoo minna. A Cookies-chan, chegou pra abalar hushauhs u.u
Enfim, tive um surto de criatividade e decidi fazer essa one, sem falar que já to fazendo a proxima u.u.
Meio que eu queria impressionar e emocionar vocês, mas deve ta uma droga -.-
Leiam a One com a música: Christina Perri - A Thousand Years. Espero que goostem, seus bocós ♥3

Enjooy



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“Senhor, por favor solte a paciente.”

xXx

Sempre levei uma vida definida como normal, um bom estudante, um bom filho, um bom-tudo. Achava a vida sem cor. Sim, eu disse sem cor, porque para mim era assim que eu via o mundo, via as injustiças acontecerem, as pessoas abaixando a cabeça para os outros, não achava que tinha algum sentido nisso tudo, como também não via sentido no amor.

“ – Amar ? Pra que eu vou querer dar o meu coração pra alguém e depois chorar ? Bobagem.

Pelo menos era assim que eu pensava. Era. E então um dia eu a conheci, o meu anjo. Quando voltava com meu melhor amigo Gray da escola, eu a encontrei no balanço em um parquinho qualquer, ela se vestia toda de branco e fazia pequenos vôos graciosos, seus cabelos loiros ao vento davam a ela uma impressão delicada, antes que percebesse eu comecei a ir para lá observá-la e foi aí que nos conhecemos;

– Meu nome é Lucy Heartphilia, mas pode me chamar só de Lucy.

– Eu sou Natsu, prazer Lucy.

Depois de um tempo fomos ficando mais próximos, saímos juntos para vários lugares, e então a pedi em namoro, a mesma aceitou feliz e seus pais ficaram satisfeitos, mas algo me dizia que eles sentiam um pouco de pena de mim. Logo eu a acompanhava em tudo, e a loira sempre segurando minha mão, ela apenas dizia que aquilo a deixava segura. Os dias foram se passando como o normal, até que algo totalmente inesperado aconteceu:

– Vamos Natsu, empurre com mais força assim nunca vou voar. Vamos logo !

– Ah, você quer voar então ? Ta bom.

Foi quando vi ela se virar para mim sorrindo e vi seu nariz sangrando, e lentamente ela foi caindo, um desmaio súbito. Me desesperei e liguei para seus pais, logo chegou uma ambulância e a levou. Apavorado, eu entrei na ambulância com a mesma, meu coração parecia falhar ao vê-la daquele jeito. Quando eu estava no corredor do hospital com os pais dela, o médico informou que seria preciso interna-lá, Laila, a mãe de Lucy que como ela era uma loira linda, começou a chorar aflita e Jude, o marido da mesma, tentou consolar a esposa, sendo que o mesmo chorava discretamente.

De fato não entendi nada, até que quando eu fui visitar Lucy, escutei Laila falando:

“– Esta na hora de contar para ele, certo ?”

Contar ? Contar o que ? Fiquei curioso, mas sai do quarto, e ao ver Laila saindo entrei no mesmo para visitar Lucy. Pude ver que ela estava chorando, corri até a mesma, que tratou de se encostar em mim.

– E-Eu tenho leucemia. – Falou a loira aos prantos – Ano passado havia apenas suspeita mas logo essa suspeita sumiu já que eu não piorei. Mas o m-médico, ele me disse que r-realmente tenho câncer e que essa droga se agravou.

– Shh, shh. Não se preocupe, eu vou estar com você, okay ? – Respondi a abraçando – Vamos enfrentar isso juntos, meu anjo.

Ela, com os seus lábios carnudos mas trêmulos, me deu um beijo de leve e retribui o mesmo, logo ela se acomodou em meu abdômen e tratou de segurar com força minha mão e então pouco tempo depois a loira dormiu nos meus braços.”

Atualmente, ela está internada a seis meses. E então meu anjo, agora todas as noites eu venho te visitar, é uma pena que o horário de visitas seja apenas durante a noite, mas tento aproveitar o máximo. Todas as noites jogando conversa fora, rindo de qualquer coisa.

Lembra quando você teve que escolher uma peruca, já que ia raspar o cabelo ? Ficou mais indecisa de quando uma mulher vai escolher uma roupa pra sair. Pegou uma ruiva, uma morena, uma castanha, uma loira, até uma verde e rosa, mas só pra tirar onda. Nunca vi você tão louca, naquele dia eu ri muito –E você acabou me batendo com uma das perucas– mas no final você acabou levando uma loira, parecida com seu cabelo. Você estava tão feliz, mas era impressão minha ou parecia um pouco triste ?

Foi quando eu cheguei em casa que vi que amanhã você faria aniversário, 18 anos, certo ? Peguei minha carteira e passei em uma joalheria muito conhecida na cidade, foi chegando lá que vi na vitrine o presente perfeito. Comprei o mesmo e fiquei contando as horas para entregá-lo para você, será que você ia gostar ? Será que ia odiar ?

Felizmente o tempo passou rápido, logo eu já estava tomando um banho para seguir para o hospital. Enquanto ia até você vi uma padaria que vendia cupcakes, comprei um, sabia que você adorava aqueles bolinhos principalmente quando eram de chocolate. Você teria um aniversário com bolinho por direito, olha que chique. Parti a caminho do hospital, peguei o cartão de visita e entrei no seu quarto, logo você sorriu quando me viu entrando, como sempre.

– Oi – Disse Lucy, logo seus olhos pousaram na caixa do cupcake– O que tem aí ?

– Você devia ter fingido que não viu, sua bocó. – Falei bagunçando seus cabelos loiros– Mas como você já viu a caixinha ... – Abri lentamente a caixa do cupcake de chocolate, no mesmo estava escrito “Parabéns”. Lucy sorriu radiante ao ver seu bolo– Parabéns.

Aimeudeus ! Você lembrou ? Muito obrigada, muito muito mesmo. – Disse a loira, me dando um forte abraço, logo me soltou, ainda sorrindo.

– E como eu ia esquecer ? – Respondi sorrindo, Lucy logo começou a devorar o cupcake, tirei o chantilly do canto da sua boca quando a mesma terminou de comer. Tão fofa. – Ah, tenho mais uma coisinha ... – Tirei a caixinha de veludo do bolso do meu moletom e abri para ela, revelando um lindo colar de ouro. O mesmo era uma asa de anjo, totalmente delicada.

– Ta brincando comigo né ? Isso é meu ? – Falou ela pegando o colar, sua expressão era de não acreditar, mas seus olhos brilhavam e logos pequenas lágrimas trataram de brotar no canto dos seus olhos. – Eu ... Amei, muito obrigada. E agora eu ganho o que mais ? Deixa eu pensar ... Uma strip sua ?

– Acertou. – Falei, levantando a camisa, mas logo tratei de abaixá-la. A loira ficou decepcionada, mas mesmo assim ria– Não pera. Mas em compensação vai ter eu aqui. A noite tode.

– Prefiro uma strip. Tchau. – Debochou Lucy rindo. – Ei coloca aqui pra mim ? – Falou indicando o colar, coloquei o mesmo em seu pescoço e pude ver que seu sorriso estava cessando aos poucos– Ei, me desculpe.

– Está se desculpando por quê ? – Perguntei, ela indicou a cadeira ao lado de sua cama, mostrando-me para sentar. Sentei na mesma, e logo ela segurou minha mão, como sempre.

– Todos esses meses, eu estive internada. E você veio todas as noites, com certeza perdeu muitos jogos com os amigos, festas, comemorações ... Garotas. – Falava com o olhar perdido– Sempre sendo um fardo para você, me desculpe.

– Como assim ? Eu não me importo. Foda-se as festas, foda-se garotas. Eu só quero você. O que importa é você. Só você. – Falei virando seu rosto para o meu– O tempo que eu passo com você é muito mais valioso, anjo. Eu deixaria de ir para a faculdade se preciso.

– Mas isso está errado. Você não pode me colocar na frente das suas propriedades. Eu só te deixo infeliz. Eu sou apenas uma idiota que vai morrer de câncer... – Dizia Lucy com um tom mais alto, balançando a cabeça, conseqüentemente fazendo suas lágrimas voarem até mim. Mas ... Por que eu estou chorando ?

– Você não vai morrer, eu não vou deixar. – Falei colando seu rosto no meu– Não diga essas coisas, dói muito. Dói.

– Me desculpe, eu só queria que você fosse feliz. Meus pais, coitados, devem chorar muitas vezes, por minha culpa. Você nunca devia ter me conhecido. Nunca devia ter se aproximado. Eu só trago tristeza pra todos. – Disse a loira aos prantos, que agora apoiava sua cabeça no meu ombro– Você seria muito feliz se nunca tivesse me conhecido, com certeza. Logo teria uma família incrível, dois filhos talvez, uma mulher bonita e carinhosa, teria uma família perfeita.

– Cale a boca– Berrei por cima da sua voz, me sentei ao seu lado na cama, segurei as duas mãos dela e continuei– Não diga mais nada. Não vê que esta enganada ? Foi você. Foi você que me mostrou a vida, que me mostrou a alegria, me mostrou que devemos aproveitar antes que tudo acabe, que me mostrou ... O amor. Sem você, talvez eu nunca acreditasse nos outros. Não diga coisas tão duras de si mesma, a pessoa mais maravilhosa que conheci é você. Incrível, talvez não seja perfeita, ninguém é, mas nunca me arrependi de ter falado com você.

– Ah Natsu .. – Agora ela chorava muito mais, e mesmo que seja patético, eu também chorava. Ela me abraçou com força, como se tivesse medo que eu fugisse– E-Eu te amo. Muito.

– Eu também te amo, meu anjo. – Falei alisando seus cabelos.

– Me dê um ultimo beijo, por favor. – Falou a loira, segurando meu rosto com as duas mãos.

– Não seja tola, esse não é o ultimo. – Respondi. Mas a insegurança em mim era grande, e se talvez não existisse mais um próximo mesmo ? – Não me deixe – Murmurei baixo, e então inclinei meu rosto para assim beijá-la, e beijei. A mesma retribuiu intensamente, e então ele foi aprofundando e logo nossas línguas batalhavam sensualmente entre si. Eu sentia algo incontrolável, desejo, não conseguia parar de beijar Lucy e parecia que ela sentia o mesmo. Logo o ar faltou e nos afastamos, ela sorria feliz enquanto bagunçava meus cabelos.

– Sabe, é um pouco constrangedor ter uma mão nas minhas coxas– Debochou ela corada, envergonhado tirei a mão mas ela logo as trousse de volta. – Não disse que tinha que tirar. – E então começou a me beijar delicadamente, e quando nos separamos voltei para a cadeira, já que se o médico me pegasse ali eu seria expulso. – Obrigada por tudo.

– Não precisa agradecer. Acho que vou te dar mais presentes – Debochei rindo, fazendo a mesma também rir. – Ei você está bem ? – Falei ao vê-la com os olhos cansados, a mesma logo começou a tossir.

– C-Claro, é só uma tosse besta. – Disse a loira ainda sorrindo, ela se encostou na cama e apertou minha mão com força.

– Tem certeza ? – Ela assentiu lentamente, logo virou o rosto e tossiu novamente– Vou ficar mais um pouco, daqui a pouco o horário de visitas acaba.

– Esta bem. – Falou ela, e então sua mão deixou de apertar a minha mão, estranhei. Foi quando senti sua pele ficar mais fria que o normal e logo ficar pálida. Me desesperei.

– Ei, segure minha mão, por favor. – Berrei chorando. Nenhuma resposta. Logo pode se escutar um barulho agudo do aparelho, indicando que você não passava de um cadáver. – Vamos, segure minha mão. VAMOS !

O médico, acompanhado de duas enfermeiras chegaram correndo no quarto, diziam algo para eu solta-lá. Nunca. Comecei a apertar a mão dela mais forte, e pude ver no lençol um pouco de sangue. “Era essa sua tosse besta ?” , comecei a chorar mais, logo senti o médico me puxar pelo braço e dizer sem parar:

– Senhor, por favor solte a paciente. Sinto muito.

– CALE A BOCA ! – Berrei de volta, e logo senti minhas pernas pesarem, cai ao chão ajoelhado. Você estava sorrindo, até em seus últimos minutos você sorria, como um anjo.

“Por favor, fique comigo !”


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Notas finais do capítulo

Goostaram ? .-. sei que ta uma meerda mas enfim ..
Vou tentar fazer o novo capitulo rápido, oobrigada u.u



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