Misses Knightley - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 3
Uma promessa




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Na manhã seguinte, mesmo que parecendo uma eternidade para Emma, o sr. Knightley veio visitá-la e ao pai logo após o café da manhã. Contou sobre Isabela, Jonh e os cinco filhos e enquanto ele dizia sobre a pequena Emma, a tia, pensava em como eles conspirava contra o velho senhor na cadeira de cetim, poderia ele falar tão normalmente com o único homem por quem a filha quebraria a promessa de não se casar?

Era tamanho o medo que Emma sentia de dizer ao pai, que por ele e somente por ele, reconsideraria todas as suas decisões, o dia em que prometera ainda estava claro em sua mente, faziam-se anos, mas a pequena figura alva e inocente prometia ao pai, abraçada aos seus joelhos, jamais deixá-lo, jamais.

- Emma? - Chamou o pai a tirando de seu triste devaneio.

- Sim?! - Disse ela sobressaltada.

- Volte para a terra, Emma, sei que não dormiu muito, a ouvi se remexer durante boa parte da noite.

- Não sabia que não estava acordado, papai, teria permanecido mais quieta se suspeitasse que o senhor também não tinha dormido. - Ela afagou a mão do pai analisando o rosto procurando um sinal de cansaço que não estava lá antes. "Acalme-se, papai, eu nunca vou deixá - lo" completou em pensamento.

- Sabe que eu tenho um sono leve. - Respondeu ele.

- Não, não sabia, papai. Nunca tive oportunidade de analisar como era seu sono. Me orgulho de não ter forças a noite para isso! - Emma tentou esboçar um sorriso, mas este saiu um pouco torto ao ver o sr. Knightley ainda sentado

. Ela parecia ter esquecido dele, ao mesmo tempo que ocupou-se com ele e o seu amor por toda a noite. Aquele era algo que Emma poderia se orgulhar talvez. De fato, o amor é um dos poucos assuntos wue podem nobremente roubar o sono de qualquer ser. Na verdade, o amor não pode roubar o sono, não quando dá algo mais valioso em troca, isso não é roubo, e nada pode valer mais que sonhos. E ali estava, a pessoa por quem seu amor intercedia, estava a razão da troca entre ela e aquele ser antigo que governava a noite, era por ele que Emma pedia a lua sonhos se pudesse e esperança.

Na verdade, o sr. Knightley analisava tudo que se passava entre pai e filha com algo a mais na mente e no coração. Não era descrente do que se passava, sabia que deveria ir por hora e pensar em suas especulações. Encontrava agora uma preocupação e por isso, logo tratou de se despedir alegando compromissos imaginários na cidade. Olhar Emma lhe fazia tanto bem que não sabia mais o que fazia em si mesmo, precisava se afastar por um momento.

- Adeus sr. Knightley. -Disse Emma de longe, ela não tinha se aproximado um passo dele, e acenava com uma ligeira pressa e apreensão. Algo a incomodava profundamente e tanto ela como ele pareciam saber disso.

- Até logo, querida Emma. - Respondeu ele em um tom melancólico, a chamara assim por toda infância e então, agora, era por algo que ele já não podia expressar.

Emma se fechou em seu quarto e sentou-se a janela, ainda vendo o cavalo do sr. Knightley indo em direção a Donwell, em vez da cidade. Doia vê-lo partir, fosse para o mais perto possível, havia algo que apertava o coração dela. Quem dera que pudesse ser apenas algo passageiro, uma saudade leviana. Mas era algo a mais, era um sentimento de perda. Emma estava prestes a deixá-lo. 

A noite perdida tinha sido o que Emma imaginou do paraíso, tinha se deletado com o fato incontestável e que tinha lhe sido sussurrado pelo próprio ser que amava, era amada reciprocamente. Não haviam sorrisos suficientes para isso. Mas agora suas expectativas caiam. Caiam porque Emma tinha feito uma promessa, e era a única que teria que permanecer intacta. Ela não podia deixar Hartfield, não podia dia seu pai, ele tinha perdido a esposa quando ela, a mãe, sofria então pela perda de Isabela, da srta. Taylor e Emma era o seu último tesouro.

Como ela poderia dizer a ele? Maquinar contra ele? Ela devia partir, não de onde estava, mas partir, partir seu coração, era o cero a se fazer. Era o que Emma iria fazer.


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