Vingue-se Ou Morra. escrita por Holden


Capítulo 6
Carter Singleton ou E.T?


Notas iniciais do capítulo

Heei o/ Acho que não demorei tanto dessa vez, mas o capítulo está relativamente pequeno e não tem muito ação nele :/ Bem, não se preocupem com isso, o próximo será recheado de muita ação :3
Quero agradecer aos comentários de todas e dizer que estou muito contente com o rumo da fic :) Ah sim, não revisei se tiver algum erro, peço perdão antecipadamente.
Sem mais delongas, boa leitura!



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Calma Elisa. Calma!

Ei, eu estou calma.

Não tem nenhum chantagista barato, caído em cima de mim em um salão luxuoso cheio de mimimis segurando meus peitos.

Isso é impossível!

Olhei novamente para cima e o silêncio predominou no local. Suspirei pesadamente percebendo que aquilo não era nenhum sonho.

Ou pesadelo, para ser mais exata.

Carter ainda estava em cima mim, com seu corpo quente e macio sobre essa pobre vareta. As pessoas estavam paradas todas com os olhares tortos direcionadas para nós. Virei meu rosto para as mãos do diabo, e sua palma direita ainda estava encobrindo meu peito. Ele estava com a boca aberta e totalmente imóvel. Parecia alguém congelado.

- Ei! O que estão fazendo?- alguém gritou ao fundo. Quebrando o silêncio constrangedor.

Foi aí que o garoto pareceu acordar de algum transe. Piscou várias vezes, até seu olhar cruzar novamente com o meu.

- Diga alguma coisa!- sussurrei. Tentando escapar daquela situação.

Ele engoliu um seco, piscando sucessivamente. Foi quando senti seus dedos apertarem uma única vez meu seio direito, e depois parou para gritar:

- Ei, parece que não é silicone!

Seus amigos idiotas caíram na gargalhada, assim como o resto dos convidados. Senti meu rosto queimar e podia jurar que sua coloração era de um vermelho vergonhoso.

Cretino! Isso não iria ficar assim!

Empurrei o loiro para o lado com uma força anormal, fiquei por cima de seu peito e comecei a estapear seu rosto, aproveitei para puxar seus cabelos com violência (muita, muita violência!), enquanto gritava igual uma vadia louca.

Ele tentava se esquivar, mas minha raiva era algo que estava acumulada desde o dia da chantagem, então, nada de perdão! Meus dedos já se marcavam em sua pele odiosamente limpa e macia.

- Tirem ela daqui!- gritou com raiva, segurando meus pulsos que se mexiam com fervor.

No momento seguinte, mãos robustas e firmes se entrelaçam por todo o meu corpo com força, contudo consegui me virar, ainda debatendo-me. Lá estavam os seguranças das festas. Praguejei-os, mas mesmo assim, fui fraca novamente e tirada de perto de Carter.

- Me larga! Socorro!- parecia uma vara verde agarrada por leões. Fui levada para a área mais reservada da festa, e os convidados foram instruídos a continuarem apreciando a maldita festa.

Os brutamontes me colocaram em um canto com certa dificuldade, enquanto o que parecia ser o pai do loiro apareceu ao lado de meu irmão, com uma feição não muita satisfeita.

- O que está pensando, minha jovem?- berrou.- Quer acabar com a minha festa?

Ah, cale a boca seu velho gordo.

- Na verdade, senhor... Foi o seu filho que...

- CALE-SE!- acho que ele já estava ficando semelhante a um pimentão.- Ela é sua irmã?- dessa vez, virou-se para meu irmão.

- Bem... Hum... E-eu... Veja bem!...

- É claro que é, porra!- respondi.- Não está vendo que ele é meu clone, velho ridículo?

- Bem, nesse caso, nosso contrato está desfeito.

- Senhor Singleton! M-mas isso não é nada profissional e...- argumentava o garoto.

- Sinto muito, senhor Borns Wel, mas minha decisão está feita!- informou por fim e saiu.

Suspirei pesadamente, tentando me recompor.

Enquanto Nick me mutilava com o olhar.

- Você não tinha esse direito, Elisa! Não tinha!

- Ei, me desculpe baixinho, mas foi o Singleton que começou!

- E daí? Você age feito uma criança! Talvez tivesse sido melhor papai e mamãe me acompanharem.

Ok. Aquilo me magoou um pouco, fala sério, quem em sã consciência quer ser visto em público com os meus pais?! Nem meus avós conseguiam aturar aquela dupla. E ser comparada a algo pior a eles, foi um tanto quanto cruel.

- Vamos embora.- murmurei passando a mão sobre aquele cabelo castanho duro de gel.

O garoto assentiu, e caminhamos até a saída da festa, com todos nos olhando torto e outros rindo. Tive que me segurar para não mostrar meu dedo médio para aqueles malditos e entupi-los de socos.

Começamos a andar sobre as ruas luxuosas, enquanto a lua cheia clareava um pouco o ambiente. Estava um pouco frio, e uma fina brisa gélida soava sobre nós.

De repente, dois faróis apontam para nossa direção e um medo básico bate dentro de mim. Contudo, logo reconheço... Aquele legítimo porsche preto.

- Que ótimo.- murmurei baixinho.- Vamos Nick, ande mais depressa!- esbravejei, enquanto tentava escapar do ponto de visão de Carter

- Eu já te vi, Elisa!- uma voz conhecida gritou um tanto furiosa enquanto saía e batia a porta do carro com força.

Bufei cheia de tudo aquilo, e meus passos se tornavam mais rápidos ao passar dos segundos. Nick também não reclamou, aliás, ele deveria odiar Carter tanto quanto eu depois de toda aquela tragédia que o mesmo provocou no salão.

- Elisa, espera.- ok, ele tinha conseguido me alcançar e segurar meu braço a tempo. Ô vida desgraçenta.

- Me solta, Carter!- afirmei me desviando de suas mãos.- Já saí da sua festinha de merda, nada mais vai te envergonhar, seu caralho!

Ele suspirou pesadamente, tentando conter sua impaciência.

- Ok, ok, me desculpe.- disse muito rápido, quase que inadiavelmente.

Hehehe, eu que não iria perder essa.

- O que? Não te ouvi.

- Eu disse... disse... Me desculpe!- o garoto parecia nervoso.

- É? E pelo que?

Dessa vez, Carter bufou sem paciência.

- Desculpe pelas chantagens, pelas tarefas que lhe obriguei a fazer e também pelos seus... Hã... Peitos.

Dei uma volta sobre seu corpo bem torneado vestido por um blazer escuro e uma gravata borboleta branca. Checando cada ponto, para me certificar de que aquela situação era mesmo real.

- O que foi?- perguntou irritado, arqueando a sobrancelha em minha direção.

- Quem é você e o que fez com Carter Singleton?

Ele sorriu com o canto dos lábios.

- Dane-se, você vem ou não?

- É. Você com certeza é o Carter Singleton.

Aceitei a carona do maldito, afinal, minha casa era bem afastada, e Nick já reclamava a eternos minutos de dores nos pés. Estava a ponto de esganá-lo, e Carter nem sabia que havia acabado de salvar a vida do baixinho.

Fomos deixados em frente de casa. O garoto desceu primeiro já reclamando de sono (ele podia ser um gênio, mas ainda sim era uma criança). E eu estava prestes a descer também, quando sou impedida e puxada novamente para dentro do carro luxuoso.

- Ainda não.- Singleton afirmou enquanto dava a partida novamente do automóvel.- Tenho uma proposta e te fazer.

- Olha Carter, não me leve a mal, mas eu...

- Você terá a opção de escolher ou não, não irei te obrigar a nada, eu me desculpei de verdade, lembra-se?- sorriu timidamente deixando as lindas covinhas à mostra.

Acenei timidamente um pouco balançada por suas palavras e pelo sorriso sincero, aquele sem sombra de dúvidas era o meu sorriso preferido até agora.

Mas a ideia de que aquele poderia ser um E.T disfarçado de Carter que queria roubar meus órgãos para estudar o funcionamento humano no espaço ainda não me saía da cabeça.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Não esqueça seu review ♥

Pessoal fiz um pequeno conto de terror em homenagem ao dia das bruxas, quem quiser dar uma olhadinha fique a vontade: http://fanfiction.com.br/historia/433074/Paralisia_do_sono/