Vingue-se Ou Morra. escrita por Holden


Capítulo 22
Tem que pedir com jeitinho.




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Vou colocar os avisos aqui, pq o Nyah fica cortando eles pela metade ¬¬

Gente sei que demorei mil anos pra postar, me desculpe de verdade!! Não tenho desculpas dessa vez, só a falta de ânimo (103 acompanhamentos e 743 acessos, porém não chego aos 300 reviews :c) e a falta de criatividade. Entretanto, tomei vergonha na cara pra escrever, pois tenho leitoras lindas e fiéis que merecem todos os capítulos do mundo e terminei esse aqui hoje =D Ah, também quero agradecer de montão à Namie e lollygiovana pelas recomendações divas que me enviaram! Obrigada ♥ (Obs: Não envio mais mp's de agradecimentos pq o nyah acha que é divulgação e me enche de avisos ¬¬) mas fiquem sabendo que eu mandaria milhares de mensagens privadas agradecendo a cada uma ♥ ♥ ♥ Heeei, terminei meu conto de natal, é sobre Death note! Alguém curte? Se quiserem, o link está aqui: http://fanfiction.com.br/historia/449049/O_Caso_Natalino/. É isso, boa leitura o// E não se esqueças dos reviews o//

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Capítulo 22

— Muito bem, crianças. — esse era um dos problemas do diretor Benson. Pra que chamar adolescentes à flor da pele de crianças? O velho queria morrer mesmo. — Aqui estão os formulários para seus pais preencherem! Caso o de alguém não for preenchido, irá perder a ida da escola ao acampamento e a chance de assistir as finais interescolares!

É. A escola sempre quer nos surpreender com os mesmos passeios de merda no final do ano, minha sorte é que não vou a nenhum deles.

— Cara, esse ano vai ser demais! — Geny informou-me próxima a minha mesa. — Os pirralhos do fundamental não vão e os garotos do terceiro ano são uma delícia. — certo, aquela garota tinha probleminhas. Graves probleminhas.

— Geny. — comecei lentamente, singularizando um terapeuta (o que sem dúvidas ela precisava). — Você tem um namorado, portanto não deve achar outros garotos “uma delícia.”

— Credo Elisa! Olhar não tira pedaço. — afirmou chateada. — Pelo menos não estou na seca como você! — alfinetou.

— Sua cruela! — isso foi maldoso, mas sim, eu estava na seca. Era namorada de mentirinha do Carter e deixei bem claro para o Matt de que não passávamos de bons amigos. — Bem, tanto faz, não vou nessa viajem idiota!

— Me conta uma novidade. — rolou os olhos de forma irônica, indo na direção de seu namorado que conversava com outras garotas no momento seguinte. Geny era a garota mais ciumenta do mundo quando tinha vontade.

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Cheguei ao treino do garoto alguns minutos adiantada. O professor de história havia passado um teste surpresa, e eu — o milagre do ano — consegui terminar a prova rapidamente e me mandar. Havia visto Carter com seus amigos idiotas no intervalo, por isso sabia que o mesmo não havia faltado novamente. Sorte dele que a canja deu certo.

— Ei, não vai treinar hoje? — o avistei sentado no banco sozinho, devorando uma latinha de refrigerante. Devo admitir que não estava nada parecido (acabado) como ontem. Seus fios claros e repicados estavam de maneira ousada sobre sua testa, enquanto o mesmo vestia uma calça jeans larga azul marinha e uma camiseta pólo cinza, juntamente de seus chuck taylors surrados. Bem apresentável, até.

— Na verdade, o treinador nos deu um descanso. As interescolares estão chegando e precisamos estar bem dispostos até lá. — indagou calmamente com seu olhar perdido em um canto qualquer. Levando mais uma vez a lata de coca cola aos lábios.

— Entendo. — murmurei, sentando-me ao seu lado. — Então o que faz aqui?

— Estava esperando por você, oras. — esclareceu como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. E bem… Na verdade era. — Quer ir pra sua casa?

— Está cedo ainda. — sorri timidamente, um pouco envergonhada e ele olhou pra mim… Com aqueles olhos intensos e claros que estudavam cada movimento meu. Em outras situações eu estaria louca pra chegar em casa e dormir como se não houvesse um amanhã, entretanto algo bagunçava minha mente, e a vontade de ficar perto daquele cara era bem maior. — Que tal uma ida a sorveteria? Estou morrendo de fome.

— Certo. — concordou comigo segundos depois, jogando a latinha na direção do lixo, acertando-a em cheio. — Aconteceu alguma coisa?

— Hã? — ok, aquilo havia me pegado de surpresa. — N-não, está tudo ótimo! Por que a pergunta?

Ele deu uma risada rápida, se levantando rapidamente.

— Nada não. — procurou as chaves de seu carro no bolso largo de trás e logo apoiou a palma da mão em minha direção, ajudando-me a levantar. — É melhor irmos logo.

**

Carter dirigiu por aproximadamente uns dez minutos até chegar a uma sorveteria bem próxima do colégio. O local não era a coisa mais luxuosa do mundo, o que de certo modo até me agradava. Havia mesas espalhadas por todo o local, e muitas pessoas saboreavam aquela massa calórica de sabores variados — especialmente crianças. — As paredes eram de um azul claro que transmitia tranquilidade e o chão era composto por azulejos lisos e brancos.

— Bem vindos. — uma atendente baixinha e com cabelos cacheados castanhos nos atendeu. Já estávamos sentados em uma mesma mais afastada. — Querem fazer algum pedido especial?

— Um Milk-shake de chocolate. — pedi instantaneamente. Exatamente como uma criança faria (não estou muito longe disso). — Ei, podem exagerar na calda?

A garçonete riu educadamente, anotando meu pedido em seu bloquinho.

Qual era a graça? Estúpida.

— É claro que sim. E o garoto?

— Hã… Um picolé de limão. — pediu educadamente, brincando com as chaves em cima da mesa.

— Certo, aguardem alguns minutos. — e saiu.

Dito e feito. Cinco minutos depois os pedidos estavam em cima da mesa, e eu me deliciava com aquela guloseima dos deuses. Se havia alguma coisa melhor do que sorvete de flocos essa coisa certamente era Milk-shake de chocolate (com quilos de cobertura).

— É melhor maneirar nessas coisas, está ficando gordinha. — o demônio comentou com certo escárnio. As pessoas tiraram o dia para me azucrinar hoje, só pode.

— Argh! Eu não estou gorda! — berrei com certo ódio na voz, levando novamente aquela delícia à boca. — Ugh! Isso aqui ta amargo.

— Cara, está transbordando em calda de chocolate. — informou-me. — Tu deve ter diabete, só pode.

— Cale-se! — rolei os olhos, terminando de encher minha pança. — E você que só fica no picolé? Qual é! Pessoas não deveriam vir na sorveteria apenas para tomar um picolé.

— Eu poderia lhe dar uma resposta à altura, mas provavelmente você não entenderia. — retrucou com aquele maldito sorriso torto estampado nos lábios. — Então só lhe ignorarei.

O que ele quis dizer com “provavelmente você não entenderia”?

Tsc tsc, homens…

Saímos dali uns vinte minutos depois de termos acabado de comer. Óbvio que ele teve que pagar a conta (não é nem por cavalheirismo, e sim porque sou sem-vergonha mesmo) e eu não estava afim de voltar pra casa. Sugeri que fôssemos ao parque, já que as arvores estavam bonitas nessa época do ano. O circo ainda estava aberto, mas não voltaria lá nem sob ameaça (se bem que… Tive minhas boas lembranças lá).

Para mais informações, vide: Beijo selvagem perto do seu carro.

ARGH! Recomponha-se Elisa.

— Anda logo, Carter! — gritei do outro lado do parque, aproximando-me da bela paisagem do lugar.

Árvores de todas as espécies inundavam o ambiente… desde simples folhagens rasteiras como arbustos e campos pequenos de flores até belas e enormes cerejeiras. As folhas que caíam se perdiam no chão gramado, dando um aspecto visual incrível por onde pousavam. Crianças corriam ao redor de tudo, deixando as mães loucas indo atrás dos mesmos. Algumas pessoas até estiravam toalhas para um bom piquenique.

E eu?

Bem, e eu só ficava observando o moço de fios claros bagunçados sendo cobertos pelo pôr do sol se aproximar de mim, com um começo de sorriso surgir em sua boca.

— É… Realmente o parque está lindo. — comentou com o timbre um pouco rouco e o olhar perdido no horizonte.

— Sim. — sorrio, olhando para minhas mãos, um tanto corada. Ah deixa de ser idiota garota! Isso é momento para ficar com vergonha?

Com um movimento um pouco inesperado, o Singleton acaba se sentando no chão, espalhando-se sobre o mesmo e parecendo exausto. Para não ficar para trás, acompanho-o. Isso sim é inusitado.

— Sabe do que você precisa? — questiono ajoelhada à sua frente, tentando espantar toda aquela timidez que não é de meu costume.

— O que? — o loiro arqueia a sobrancelha, com a curiosidade estampada naquela imensidão de órbitas azuis.

Mordo os lábios em contradição e sussurro perto de seu rosto:

— Cortar o cabelo. — tiro uma madeixa de seus fios dourados com os dedos um pouco trêmulos que já quase me impediam de admirar seus olhos claros. — Está muito grande.

— Talvez você tenha razão. — murmura em resposta, com o maxilar um pouco trincado e a expressão totalmente séria. — Você vai na viajem da escola não é? — certo, ele mudou de assunto rápido demais.

— É claro que não. — rolo os olhos. — É uma viagem estúpida e sem sentido algum.

— São as interescolares, e eu vou participar na modalidade natação. — afirma um pouco chateado. Putz, eu havia me esquecido! Droga Elisa! Seu mero pedaço de bosta!

— Hã… Er… D-desculpe. Bem, eu me esqueci.

— Sim, eu percebi. — o infeliz começa a gargalhar da minha desgraça e eu recuo um pouco para trás. Mesmo assim, sua risada tinha um timbre delicioso e eu poderia me permitir escutá-la por horas.

Deus do céu! Como estou amanteigada! Eca.

— Cara, você precisa ir! — anunciou após seu ataque de risos. — É minha namorada, esqueceu?

Ta legal, mesmo sendo de mentira, meu coração palpitou fortemente no peito quando aquela frase escapou de seus lábios.

— B-bem, acho que minha presença não seja tão necessária assim. — tentei convencê-lo. Eu realmente não queria ir àquela merda.

— É brincadeira né? Cara, o que a Judy vai pensar se não nos ver juntos? — esbravejou um tanto sem paciência, mexendo fervorosamente nos fios que persistiam em sair do lugar.

— Que talvez você esteja livre e será a hora certa para atacar? — digo já me levantando, pronta para encerrar aquela conversa. Ouvir o nome daquela falsa-ruiva já havia me dado nos nervos. — Não é isso que você quer?

— Não, não é. E você vai nessa droga de passeio. — por que diabos ele se levantou também? — Qual é, Elisa! Larga de ser chata. — hello! O garoto havia me escutado? Eu estava dando a oportunidade perfeita para os dois se atacarem sem minha presença.

— Eu. Não. Vou. — sibilei lentamente. O que foi a mesma coisa que nada, pois Carter se aproximou de mim, enquanto eu tentava recuar alguns passos para trás.

— E por que não? — murmurou ao pé de meu ouvido, encaixando seus dedos ao redor dos meus braços um pouco violentamente. Nossos corpos se chocaram levemente, entretanto só com aquela pequena proximidade, um frio tomou conta de minha espinha.

— Por que eu não quero, porra! — explodi, tentando me desvencilhar de seu corpo quente e também daquele perfume totalmente inebriante. — Solte-me!

— Tem certeza de que não quer? — sussurrou ignorando meus apelos, aproximando-se mais de meu rosto. — E se eu fizer isso? — senti lentamente o contato de seus lábios macios e úmidos de encontro ao lóbulo de minha orelha direita. Esse infeliz é louco! Mas um louco que estava me pirando junto com ele! Argh!

— C-carter! — tentei empurrá-lo, mas tudo que consegui fazer foi suspirar baixinho quando suas mãos se moveram até minha cintura, colando-me mais ainda a si. Não conseguia controlar os arrepios que surgiam involuntariamente de minha parte.

— Ainda não? — voltou a sussurrar próximo de minha orelha. — E isso? — sua boca agora distribuía devagar pequenas mordidas sobre minha face – que eu podia jurar estar vermelha – enquanto sua palma erguia um pouco minha blusa, percorrendo livremente minhas costas nuas e geladas.

Não disse mais nada, apenas fechei os olhos, tentando controlar minha respiração ofegante que insistia em sair.

— É… Acho que não. Convencer você não é fácil. — confessou baixinho. Agora encerrando as mordidas e aproximando sua boca da minha. — Que tal isso?

Não tive tempo de me opor. Apenas senti seus lábios robustos e macios se comprimindo com os meus de forma violenta e quase desesperada. O gosto de sorvete de limão logo entrou em contato com meu paladar e eu até poderia apreciá-lo por algum tempo, se o loiro aqui não estivesse abrindo uma passagem com a língua em direção de minha boca – que eu prontamente aceitei, óbvio – quase como se sua vida dependesse daquilo.

Meu coração não parava de palpitar freneticamente, e meu corpo tremulava de todas as formas possíveis. Mesmo com o garoto me dando apoio com seus braços firmes, sentia que poderia cair a qualquer momento. Meus movimentos com a boca não eram nem de longe rápidos como os dele, até machucava um pouco, confesso. Contudo, era quase impossível se negar a um beijo daqueles. Meus dedos percorriam suas costas, arranhando-as de maneira selvagem, enquanto o maldito passeava com sua boca sobre meus lábios. Ele os mordia, comprimia e chupava como se houvesse esperado tempo demais para aquilo. E sinceramente? Eu não achava ruim.

Infelizmente, o maldito ar se fez necessário. E fomos obrigados a nos separar lentamente, ambos ofegantes.

— E agora? — cochichou quase com a voz falha, respirando de forma desritmada. — Você vai viajar?

— Pedindo desse jeito. — sorri tentando parecer inocente. — É bem provável.


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