A nova geração marota escrita por Victória


Capítulo 17
Sinistro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. (Leiam as notas finais, please. )



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– Não vai me dizer que você ainda conversa com o idiota daquele Sonserino. –Tiago disse.

– Eu não vou deixar de conversar com ele, apenas pelo que você diz. – Alice respondeu, enquanto misturava a poção em seu caldeirão.

– Estou tentando te ajudar, você é a minha amiga. – Tiago colocou mais outra coisa dentro da mistura, que Alice nem prestou atenção no que era.

– Acho que você deve mudar de idéia sobre os Sonserinos. – Alice disse, ainda misturando o caldeirão.

– Você que sabe.

A aula acabou e eles foram, de Defesa contra Artes das Trevas para Adivinhações.

– Como eu odeio adivinhações. – Alice reclamou e andou um pouco mais lentamente.

– Vamos ver qual vai ser a filosofia dela hoje, talvez seja: A morte vai estar embaixo da mesa, mantenha distancia. – Fred brincou e Alice riu.

– Teddy e Victoire andavam um pouco mais á frente, e os braços dados.

– Olha o climinha. – Sofia passou por eles e disse.

Victoire corou um pouco.

Alice dormiu a metade da aula, até que alguém a cutuca e ela ouvi o barulho de uma xícara caindo e se quebrando.

– O que houve? – Alice perguntou Teddy que estava ao seu lado.

– Ela olhou a sua xícara e ficou assim. – Teddy respondeu em tom divertido. Alice olhou para a professora, que mantinha as mãos na mesa posição que pegara a xícara, e olhava fixamente para o nada, com olhos arregalados e problemáticos, o que não é incomum.

– P – pob – pobrezinha. – A professora sussurrou, mas Alice conseguiu ouvir perfeitamente bem.

A partir dali, ela realmente começou a se assustar.

Ela passou por cima da mesa, derrubando a bola de cristal e pegou os cacos da xícara.

– O que viu sobre mim? – Alice perguntou receosa.

– Você t – tem o si – si – sinistro. É o agouro da morte! – A professora Trewlaney disse para a garota com a mão na boca.

Um sussurro alto começou na sala.

Todos abriram os livros, provavelmente procurando o que seria “Sinistro”. Alice se lembrou de algo, que a mãe lera para ela.

“... Que é de mau agouro, fúnebre, funesto; de má índole, mau, que infunde receio, ameaçador, temível. ” Alice voltou a se sentar, ainda perplexa.

– não vai me dizer que você acredita. – Tiago riu

Alice fez que sim com a cabeça.

O sorriso de Tiago se desfez e ele abraçou Alice.

A garota ficou calada o resto da manhã, não estava prestando atenção na conversa dos amigos, apenas imaginava como seria o sinistro.

Ela já ouvira falar, que tal tem a forma de um cão preto e enorme.

A garota se aterrorizava só de pensar. Mais o que é isso, Alice? Medo? Não, não e não.

Ela se levantou, com intenção de ir á algum lugar para se distrair. Mas Augusto Robinson, o Sonserino bonitinho, á chamou.

– Alie, escute bem o que eu vou te dizer. – ele parecia preocupado.

O medo retornou e o nervosismo também.

– O que foi? O que houve? – Alice perguntou, com a voz fraca. Ela olhou para trás e viu Tiago olhando para eles, assim como o resto dos outros da Grifinória.

– O Michael, tem algo de errado com ele. Nas férias, ele virou monitor, mas eu acho que... – Ele parou de falar e olhou ao redor.

– Venha comigo. – Augusto disse e os dois subiram até uma sala, onde tinham uma vista completa dos terrenos de Hogwarts. Ali era realmente muito alto.

– O que tem de errado com o Michael? - Alice perguntou.

– Eu acho que ele esta enfeitiçado. Ele não é o mesmo. Escute, fique longe dele, distancia total. – Ele disse, segurando firmemente os ombros de Alice.

– Tá, tudo bem. Mas...

– E não comente nada com os seus amigos. – Ele pediu e saiu.

Alice foi ate á janela, ela precisava de um tempo para digerir todas as informações na sua mente. Acabou dormindo sentada numa poltrona.

Ela não sabe quanto tempo ficou ali, mas fora muito pois já estava noite.

A garota saiu da sala e fez o caminho para o Salão Principal, que estava deserto.

Porem, não havia ninguém lá.

~*~

É, estava tarde. Todas as luzes estavam apagadas. Ótima hora para saber o que estava acontecendo.

Lumus máxima. – Augusto disse o feitiço, uma forte luz saiu de sua varinha.

– Apague isso! – O retrato de Um velhote magricela e uma enorme barba, gritou.

– Desculpe! – Augusto se assustou.

Ele continuou andando pelo corredor escuro. Uma luz cegou os seus olhos, e ele não pode enxergar quem estava segurando a varinha.

– Abaixe isso. – Augusto disse, mas não fez efeito algum. A luz continuou cegando-a.

– Você não tinha que estar aqui. – Uma voz masculina disse. Não era conhecida.

– eu vou onde eu quero. – Ele respondeu

– Não ouse me desafiar. – A voz tornou dizer.

– Tão corajoso que nem ao menos mostra o rosto. – Augusto o desafiou o desconhecido.

Crucio. – A voz disse baixo e cruel.

O garoto sentiu algo que nunca havia sentido antes. Ele caiu de joelhos.

Era uma dor terrível, quase insuportável, como se facas fossem fincadas no seu corpo, ou ate pior que isso. Ele gritou, tentando aliviar o que sentia.

– Ninguém vai te ouvir. Crucio. – O feitiço tornou a ser convocado. A dor aumentava cada vez mais, o grito de agonia de Augusto não podia ser ouvido.

De repente a dor diminuiu, mas a dor nas juntas continuava.

Ele tentou pegar a varinha em meio ao escuro e se levantou. Mas antes que voltasse á sã consciência, seus joelhos cederam e ele caiu, mas dessa suas vistas escureceram e ele não viu mais nada.

~*~

( Os capítulos agora serão em primeira pessoa, com identificações de narrador em negrito. )

POV Tiago Potter

Estávamos todos no almoço, quando Alice se levantou sem dar explicações. A história do tal “Agouro do morte” que ela carrega, mexeu mesmo com ela.

Ela caminhava entre a mesa da Grifinória e Sonserina, quando Augusto Robinson á parou. Eles começaram a conversar, pareciam tensos. Todos olhavam, inclusive eu, claro. Depois os dois saíram. Alice faltou á Estudo dos Trouxas e Herbologia.

Não apareceu no fim da tarde, nem no jantar, nem no Salão Comunal.

– Onde Ela se meteu? – Perguntei á Victoire.

– Quem? – Victoire não entendeu.

– A Alice. Onde ela está? – Tornei perguntar.

– Pensei que estivesse com você. – Ela disse e se levantou, os olhos claros fixaram em mim. – Temos que procurá-la.

– Vou pegar o mapa. – Eu disse e subi para o dormitório.

– Cara, eu acho que eu to apaixonado pela Victoire... – Teddy começou á falar quando entrei. Porém, eu nem prestava atenção. Comecei a jogar tudo para fora do malão, meias, calças, roupas intimas, casacos, tinteiros etc etc.

– O que você está procurando? – Teddy parou de falar e prestou atenção no que eu estava fazendo.

– A Alice sumiu. – Respondi.

– Então você ta procurando ela dentro do seu malão? Ótima idéia, vai ver ela virou um gnomo. – Teddy riu.

Olhei pra ele, com cara de “se não calar a boca, te desço a mão” – Ele parou de rir e veio me ajudar.

– To procurando o Mapa. – Eu disse.

– Cara, eu acho que ta com o Fred. – Teddy disse, nos procuramos Fred pelo castelo inteiro, e quando voltamos ao salão comunal, ele estava lá jogando xadrez com o Felipe e alguns galeões na mesa.

– Precisamos de você, venha. – Puxei-o.

– Foi bom jogar com você, cara. – Fred se levantou e pegou todos os galeões que estavam encima da mesa.

– Onde esta o mapa? – Perguntei.

– Ta lá encima, no dormitório. – Fred disse. – Mas o que houve?

– A Alice, sumiu. – Teddy respondeu

Ambos subiram ao dormitório, e procuraram o mapa durante horas. Já estava muito tarde, e Alice ainda não havia voltado.

– Esta aqui. – Teddy gritou, e tirou o mapa de debaixo do malão.

Abri o mapa e não achava nenhum pontinho apontando para Alice.

– Gente! Gente! Alguém foi torturado perto no corredor do 3° andar. – Davi chegou no Salão Comunal anunciando o acontecimento.

– E você sabe quem foi? – Perguntei.

– Augusto Robinson. – Ele respondeu. – Capitão do time da Sonserina.

Uma onda de cochichos inundou o Salão comunal.

Uns curiosos, para saber o que houve.

Outros torcendo para que acontecesse isso com o resto dos sonserinos.

E eu, querendo saber onde estava Alice.

– Gente, a Alice sumiu. Alguém viu ela? – Fred, o idiota, gritou.

Mais conversas com um som inaudível.

~*~

POV Alice Fox

Cheguei no Salão Comunal da Grifinória.

Minha expectativa: Encontrar todo mundo dormindo, pra não me fazerem perguntas.

Triste realidade: Todos no Salão Comunal, jogando conversa fora. Maldição!

– A Alice, ela esta aqui. – Alguém gritou.

Olhei assustada pelo amontoado de gente que se juntou em torno de mim, atropelando-me de perguntas.

– Onde você estava?

– O que aconteceu com o Robinson?

– Não te torturaram?

– Você esta horrível.

– Foi você que torturou o Robinson? Legal.

Eram perguntas mais idiotas que as outras, e sem nexo, também. Eu não sabia do que eles estavam falando...

Tortura...

Dor ...

Robinson...

Augusto!

– Do que estão falando? – Perguntei a Tiago, quando o encontrei.

– Augusto Robinson foi torturado no corredor do 3° andar. Onde você estava? Ficamos muito preocupados. – Tiago me abraçou. – Nunca mais desapareça, Alice Fox.

– Hmmmmmmm. – Alguns em volta disseram.

– Beija, beija, beija, bei... – Davi começou cantarolar, achando que todos o acompanhariam. Mas não foi bem isso que aconteceu, pelo contrario, todos olhavam pra ele com cara de “Para com isso idiota, olha a idade deles”

– Eu vou subir, amanha eu explico tudo. Boa noite, e... obrigada por se preocupar. – Sorri para ele

Subi para o dormitório e entrei para o banheiro.

Tomei um belo banho, coloquei um moletom quentinho, penteei o cabelo e me deitei. Fechei as cortinas da minha cama e fiquei olhando para cima.

Eu, sinceramente, não estava tão preocupada com Augusto, ele ficaria bem. Mas meus pensamentos se fixaram em apenas uma pessoa, de olhos claros e cabelos despenteados e rebeldes, e o sorriso maroto. Tiago Potter! A quem mais pertenceria essas características? Um leve sorriso fluiu dos meus lábios ao pensar nele. Havia alguma coisa nele que me atraía,- embora eu o visse apenas como amigo, assim como ele- seu rosto lívido e bonito, aquele jeito, animação, talento, e marotagem. Lembrei-me também da preocupação dele comigo, do abraço. Foi ali que me arrependi do banho, não queria que o cheiro dele saísse de mim. Mas eu também não poderia ficar sem tomar banho eternamente.

– Alie, o que houve com você? – Victoire me perguntou, abrindo as minhas cortinas e deixando a claridade ir em direção ao meu rosto, fazendo-me lacrimejar.

– Ah, desculpe. – Ela percebeu que a claridade me incomodava, e fechou as cortinas ficando pelo lado de dentro, quase encima de mim.

– Amanha eu explico, estou muito cansada. – menti.

– Tudo bem, te entendo. Boa noite. – Ela me abraçou e saiu.

Me virei para o outro lado, e tentei afastar o “pensamento Potter” mas foi quase impossível.

“Alice você esta sendo romântica demais. Deixe disso. Agora!” – disse pra mim mesma. Era só o que faltava, morrer de amores por alguém que so te vê como amiga.

Depois disso, em questão de segundos, Tiago desapareceu da minha mente, e o que veio foi a cena de hoje de manhã, a aula de Adivinhações. Eu estava divida, parte de mim queria acreditar e estava com medo, e eu não sabia o quão essa parte me dominava, mas a outra parte ainda tinha o espírito Grifinória, coragem! Eu não devia acreditar. Mais ai eu comecei á juntar os acontecimentos.
Primeiro, Trewlaney disse que a morte poderia estar em qualquer lugar, ate mesmo em lugares que nunca esperávamos, e eu cai no lago, se não fosse Tiago, Victoire e Teddy eu realmente teria morrido. Depois ela me disse do sinistro, e nesse mesmo dia, que no caso hoje, aconteceram essas coisas. É, Hogwarts não é mais segura, não pra mim.
O Espírito de uma verdadeira Grifinória estava me abandonando, e estou quase achando que o Chapéu Seletor não estava em seu juízo perfeito quando me selecionou. Tomara que eu esteja errada. Mas daí Tiago voltou, o pensamento fixo nele. Eu não sabia o por que daquilo, mas ele estava ocupando grande parte da minha mente, só não é completa, graças ao sinistro.

Eu devo parar de pensar...

Eu parei de pensar ...

Enfim o sono chegou, e devolveu a paz que eu precisava para dormir em paz.


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Notas finais do capítulo

Como sabem, as ferias escolares estão chegando e as datas comemorativas. Meus amigos e parentes vão chegar e talvez eu viajarei com eles. Isto é, vou ficar um tempo sem postar, mas quando eu tiver tempo eu volto. :) Beijo!



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