The Billionaire And The Homeless escrita por Ana Hoechlin


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros :)



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–Precisas de ir ao doutor – Edward avisou enquanto eu limpava minha boca com aquele sabor horroroso a vomitado.

–Deve ser só uma gripe! – resmunguei depois de secar a boca.

Era a segunda vez que eu tinha vomitado naquele dia, na primeira foi de manhã. Edward tinha saído para o trabalho e Alice chegou momentos depois mas não deve ter notado pois não fez perguntas sobre nada. E a segunda foi há poucos minutos atrás depois de ter jantado.

–Cansaço, excesso de sono, vómitos – murmurou Edward como se tivesse a pensar então arregalou os olhos e sussurrou voltando seu olhar para mim – cancro…

–Cancro?! – exclamei e fiquei pálida como tinta branca.

–Cancro – ele afirmou.

–Cancro?! – Alice gritou ao chegar à casa de banho.

–Cancro – eu e Edward murmuramos afirmando.

–Cancro – ela exclamou baixando o volume chocada.

–Cancro! – gritou, uns segundos depois, e agarrou-me no braço puxando para o andar inferior.

–Onde é que vais levá-la? – indagou Edward correndo atrás de nós.

–Para o hospital!? – respondeu como se lhe tivesse perguntado como se respirava.

–Eu irei com vocês! – avisou e entrou no banco traseiro do carro de Alice.

–Eu não preciso de documentos? – perguntei tentando escapar da ida ao hospital mesmo que já tivesse amado hospitais.

–Não é necessário com Edward – Alice disse ligando o carro. Edward não disse nada apenas acenou com a cabeça.

Queria abrir a porta, sair do carro e correr até um lugar escondido. Eu gostava de hospitais pois umas enfermeiras me deixavam ficar lá e faziam companhia, além de entregarem comida. Mas naquele caso eu não iria lá para dormir ou comer, eu iria para falar com um médico e ele iria dar-me uma vacina, ou pior, enfiar aquele pau liso e fino de madeira pela minha boca! Contudo, não queria ter cancro então decidi calar-me.

Ao chegar ao hospital meu estômago revirou. Desesperei e caminhei nervosamente até à entrada. Uma senhora deu-nos uma ficha para preencher e inventei uma desculpa para Edward escrever.

Havia algumas perguntas que não sabia como responder e outras não lhe disse pois não percebia o significado. Alice bateu em minha mão ao reparar que estava a roer as unhas. Pedi desculpa baixinho e ouvi meu nome pelo auto-falante.

–E esta deve ser a Isabella Cullen – afirmou o doutor ao levantar-se da sua cadeira. Corei por ser atraente e por me ver naquele estado – descabelada, pálida, ensonada – e fiquei um pouco confusa com o sobrenome Cullen.

–Edward Cullen – cumprimentou sério e com sua voz fria, arrepiando-me.

–Alice Cullen – ela fez o mesmo mas com um tom de voz mais simpático.

–Matt Damon – seus olhos pretos desviaram-se para mim e, com sua boca pequena mas cheia, perguntou – O que é se passa com a menina?

–Vómitos, excesso de sono e cansaço – Edward lhe respondeu sentando-se em seguida numa das cadeiras à frente da secretária.

Alice fez o mesmo na outra cadeira e Edward puxou-me possessivamente para o seu colo.

–Acha que isso pode ser o quê? – o doutor perguntou educadamente.

–Por isso é que viemos aqui – Edward resmungou frio e sarcástico.

–Ela diz ser gripe, nós achamos ser cancro – Alice corrigiu rapidamente o irmão.

–Diga-me menina Isabella, já teve relações sexuais? – perguntou olhando directamente nos meus olhos.

Meu sangue estava todo em meu rosto e Edward rosnou furioso.

–É necessário essa pergunta? – cuspiu com sua habitual voz dura.

–Sim, é necessário. Agora deixe-a responder.

–Sim – murmurei abaixando meu olhar.

–Usou preservativo? – um ataque de tosse saiu de mim e fiquei bastante pálida.

–Pela sua reacção, a resposta é negativa – murmurou o doutor escrevendo algo em um bloco de folhas.

–Estás bem? – Edward sussurrou ao meu ouvido. Sua voz no meu pescoço arrepiou-me.

–Sim – murmurei ainda vermelha. Olhei para Alice e um brilho apareceu em seu olhar juntamente com um sorriso nos seus lábios.

–Bom, irá ser necessário fazer uns exames – falou o doutor profissionalmente olhando para Edward.

–Desde que eu esteja presente enquanto os fizer.

–Se a paciente aceitar.

–Não faz mal – murmurei com meu desespero que eu pensava ter desaparecido.

–Eu vou esperar lá fora – Alice piscou seu olho para mim e saiu.

Depois de fazer os exames esperamos no consultório. Tentei não olhar para Edward, não queria ver a cara de decepção e arrependimento dele. Um caroço ficou preso em minha garganta custando-me a engolir. Tentei conter as lágrimas e desviei a cara para o lado oposto do Edward. Soluços tentaram sair de mim mas mordi os lábios aguentando tudo.

Eu queria um bebé mas era quando tivesse dinheiro para o sustentar! E, de certeza, que depois disto, Edward não iria mais olhar para a minha cara despejando-me na rua com Bart. Eu deveria fazer um aborto! Era isso! Contudo, posso não engravidar… Minha mente estava cheia e quanto mais pensava mais dor vinha.

–Bella? – ouvi Edward me chamando.

–Sim – murmurei com um soluço e insultei-me mentalmente.

–Bella – murmurou com dor e levantou-se abraçando-me, com seu calor – não chores, amor.

E aquilo foi o limite. Minhas lágrimas rolaram pelo meu rosto e soluços saíram de mim.

–Bella, olha para mim – não queria olhar, não queria que me vissem chorar. Eu não sou fraca! – Bella, olha para mim, por favor.

Suplicou e desta vez olhei vendo seus olhos esverdeados cheios de preocupação e carinho.

–Nós vamos cuidar do bebé e eu não vou te abandonar nem abandoná-lo – disse e abraçou-me mais apertado desviando seus olhos dos meus. Respirei fundo e seu cheiro acalmou minha mente e meus soluços. Deu vários beijos em minha cabeça. Fomos interrompidos pelo doutor.

–Desculpem, eu posso voltar mais tarde – desculpou-se com um sorriso torto – um sorriso brilhante mas não se podia comparar com o do Edward-.

–Entre, é desnecessário sair se já interrompeu – respondeu Edward frio. Arregalei meus olhos com sua mudança de humor e com sua indelicadeza com o doutor.

–Desculpe-o, ele não queria dizer isso nestas palavras – sorri tentando mudar o clima.

–Não, eu queria dizer aquilo mesmo – Edward falou. Suspirei e com meu olhar pedi desculpas ao doutor.

–Não se morre por isso – e tossiu um pouco sorrindo em seguida – agora aos assuntos sérios. A menina Isabella tem gripe, contudo, vai ser necessário vir aqui daqui a uma semana, ou duas, para termos a certeza se está grávida. Vou-lhe receitar umas vitaminas para o bebé, se engravidar, e uns medicamentos para a gripe.

–É só? – interrogou Edward, impaciente. O doutor ignorou-o e escreveu algo num papel. Em seguida arrancou-o e entregou-o a Edward.

–Boa noite – desejou olhando para mim com seu sorriso. Levantei-me corada e Edward agarrou minha cintura olhando furiosamente para o doutor.

–Doutor – e arrastou-me para fora do consultório.

–Então? – perguntou Alice olhando para mim.

–É só uma gripe – murmurei encostando minha cabeça em seu peito, quase adormecendo com o calor irradiando deu seu peito e a confortabilidade de seus braços.

–Foi só? – ela perguntou chocada.

–Daqui a uma semana ela vem cá para fazer um exame de gravidez – falou Edward e puxou-me para a saída. Encostei-me mais a ele quando umas meninas adolescentes começaram a fazer sorrisos para ele. A minha possessividade foi maior que a vergonha pois Edward gargalhou.

–Quando chegar a tua casa vou dormir – murmurei sonolenta já dentro do carro, atrás com Edward, enquanto Alice conduzia.

–Nossa casa – corrigiu Edward – e hoje vais dormir na minha cama.

–Porquê? – fiz uma careta.

–É horrível dormir comigo ou tens algo contra o meu quarto?

–Eu gosto de dormir contigo mas não é demasiado apressado? – tentei arranjar uma desculpa convincente.

–Bella, nós dormimos junto nestas últimas noites – falou confuso.

–Okay - disse simplesmente.

–Pronto, agora saiam do carro porque eu quero ir já para casa ter uma noite quente com o meu bebé – Alice informou com um sorriso bobo no rosto, talvez sonhando com sua noite.

–É desnecessário essa informação, Alice - Edward fez uma careta saindo do carro. Meu corpo tremeu com a mudança de temperatura, visto que o carro de Alice estava quente e a noite estava fresca. Para não falar dos braços de Edward à minha volta.

Acenei para Alice e caminhei para dentro de casa sentindo Edward atrás de mim. Quando entrei em casa Bart correu até mim enroscando-se em minhas pernas e ronronando. Peguei nele e apertei-o contra mim. Adorava seu pêlo, era tão fofo e macio!

–Vais esmagá-lo dessa maneira – brincou Edward tirando Bart de mim e colocou-o no chão.

Abri a boca para retrucar mas o toque do telemóvel de Edward tocou e seu rosto se transformou em preocupação.

–Eu preciso atender- murmurou frio e caminhou até ao escritório.

Magoou-me sua mudança de atitude mas tentei não agir como uma amuada e peguei outra vez em Bart indo até ao quarto de hóspedes. Mudei de roupa e deitei na cama quente onde já dormia Bart. Adormeci com a minha curiosidade em alta sobre aquela chamada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários!