The Billionaire And The Homeless escrita por Ana Hoechlin


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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–Mas eu não quero! – neguei pela segunda vez a Edward.

–Tens de usar outras roupas além das minhas, mesmo que elas fiquem melhores em ti que em mim – um sorriso malicioso brotou em seus lábios.

Depois de ter acordado sem Edward, encontrei-o na cozinha cozinhando o almoço. Eu não sabia que havia tanto sono em mim. Em seguida do almoço e de ter lavado a loiça contra a vontade de Edward, ele ordenou-me comprar roupas!

–Eu não tenho paciência para compras, não gosto de comprar, não vai ser agora que vou passar a gostar – continuei a negar.

–Então Alice vai ter que vir até aqui – murmurou e pegou seu telemóvel.

–Quem é Alice? – indaguei curiosa.

–Minha irmã – virou-se e caminhou até ao seu escritório.

Irmã? Eu não sabia que ele tinha uma irmã! Quer dizer, a única coisa que eu sei dele é que é filho de Esme, é rico e assustadoramente bonito. Cada um tem os seus segredos.

Comecei a me sentir mal por estar aqui e ter segredos de Edward, ele não sabe nada de mim mas acolheu-me. Eu poderia ser uma assassina! Teria que lhe contar mas era quando ele perguntasse, eu acho.

Contudo, eu não queria conhecer ninguém da família dele! E se eles não gostassem de mim por ser uma sem-abrigo?! Eles irão me chamar de aproveitadora! Desesperei-me ali no meio da cozinha. Eu tenho de ir sozinha então! Merda, merda, mil vezes merda!

Corri até ao escritório de Edward e bati à porta.

–Entra, Bella – como é que ele sabia que era eu? Talvez porque além dele, só vive aqui tu, estúpida?

Entrei e fechei a porta. Ele estava sentado de pernas cruzadas numa maneira formal e masculina com seu terno. Sentei-me em silêncio numa das cadeiras que existia à frente da secretária.

–Eu vou sozinha – murmurei olhando para minhas unhas sem querer ver o olhar vencedor no rosto dele.

–Porquê? – surpreendeu-me ao ver que sua voz tinha um pouco de preocupação.

–E-eu … não é preciso incomodar ninguém só para me obrigar a ir ás compras – forcei um sorriso tentando convencê-lo.

–Qual é a verdadeira razão? – perguntou desta vez sério – é por causa de ela ser minha irmã?

Afirmei com a cabeça, iria ser direta agora.

–O que é que ela tem?- e voltou a falar – Não queres que ela saiba que eras uma sem-abrigo e pense que és uma aproveitadora?

Arregalei meus olhos com sua pergunta.

–Conheces-me há dois dias e sabes mais sobre mim que eu – dei um sorriso fraco.

–Ela sabe tudo – e eu desesperei mais.

–O quê? Porquê? Eu vou conseguir um trabalho, era desnecessária essa informação! E agora? Ela não pode vir! Eu não aguento mais olhares repugnantes! Ai meu Deus, o que eu faço? Calma Isabella, comportas-te normal e finges que não te importas com os seus insultos, ignoras e serás bem-educada, não queres ir para a prisão certo? Certo. Tenho fome, não tens fome, Edward? Eu tenho, fico com fome quando estou nervosa e – fui interrompida parando meus zig zags pelo escritório.

–Cala-te Isabella! – ordenou Edward olhando impaciente para mim.

–Certo, desculpa, eu quando fico nervosa começo a falar e também tenho fome, o que acontece muito já que vários… - parei de falar ao sentir o olhar ameaçador de Edward.

–Ela não se importa – e completou - pelo contrário, Alice prefere sem-abrigos do que aquelas mulheres ricas e fúteis.

–Então ela não acha que eu sou uma aproveitadora? – perguntei um pouco temerosa mesmo que Edward tenha falado aquilo.

–Não, ela é mais aproveitadora que tu, vais reparar quando fores comprar roupas e isso – levantou-se e veio até mim.

–Ela é uma compulsiva por compras? – porque pela expressão dele parecia.

–Mais ou menos … bem, não … talvez, ok, ela é – afirmou indeciso e puxou pela minha cintura até ela estar encostada contra seu corpo. Pus meus braços à volta de seu corpo.

–Continuo a não estar confortável – resmunguei com minha cabeça pousada em seu peito.

–Quando a conheceres espero que estejas habituada com corridas porque ela é bastante energética, então quando entrares no shopping tens de ficar atenta a ela senão perdes-te num instante – murmurou e beijou minha cabeça – é por isso que levas os seguranças.

–Levo o quê? – indaguei chocada e revoltada com sua informação.

–Seguranças, o nome diz tudo, é para a tua segurança – falou irónico.

–Não vou com eles, não! – neguei afastando-me já começando uma discussão.

–Já vamos começar a discutir?

–Se não fosses tão controlador isso não acontecia!

–Não te esqueças que a única vez que descontrolei-me discutiste que eu deveria estar controlado agora que estou reclamas que não devo ser?! – perguntou com uma pontada de fúria na voz.

–Naquele momento deverias te controlar, agora é desnecessário! – teimei.

–Eu não vou discutir isso, se não levas os seguranças eu vou telefonar ao shopping todo procurando informação sobre ti – deu de ombros.

–Argh! – rosnei de raiva.

–Alice deve estar em um minuto.

–Um minuto? Ela mora aqui perto?

–Não, mas no momento em que lhe falei sobre compras e shopping consegui ouvi o motor do carro – falou e voltou-se a sentar na cadeira remexendo em uns papéis.

–Sendo assim, vou vestir-me – sai e caminhei até o quarto de Edward visto que não tinha as minhas roupas já que ele fez o favor de deitar todas elas fora.

Em vez de ir buscar a roupa decidi olhar para o seu quarto. Era de paredes brancas mas seus móveis eram pretos, com certeza, fazendo contraste. Sua cama, king size de lençóis negros, estava encostada contra a parede de frente para a porta. Ao lado esquerdo existia uma porta preta onde se localizava o quarto das roupas – um sonho de qualquer mulher – e no outro lado do quarto, a porta da casa de banho. Era tudo muito organizado para um homem, embora estivesse com pó em alguns móveis por ali. Decidi que quando viesse das compras iria limpar tudo.

Tentei encontrar umas calças de treino, visto que era a única coisa mais feminina, mas era complicado já que o quarto estava todo preenchido por ternos. Acabei por descobrir as calças numa gaveta. Eram pretas com uma risca branca de cada lado. Encontrei um blusão azul claro na gaveta ao lado.

Fui até ao quarto de hóspedes e calcei o único par de sapatos que tinha. Ouvi uma porta a bater. Deveria ser Edward então corri até à cozinha. Contudo surpreendi-me com uma rapariga talvez com a minha idade mas mais pequena, de cabelos castanhos curtos e com olhos verdes. Tinha um grande sorriso em seu rosto que, surpreendentemente, conseguiu crescer ao me ver. E meu desespero apareceu.

–Olá, eu sou a Alice Cullen, irmã de Edward. Mas acho que era desnecessário visto que ele me disse que sabias essa informação. Então, preparada para ir ás compras? Aviso-te já, que deverias pedir o cartão ilimitado a Edward – desabafou enquanto me abraçava e me puxava até o escritório de Edward.

–E-eu … - não sabia o que dizer mas não foi preciso pois Edward apareceu antes de ela abrir a porta.

–Já chateando ela com o cartão ilimitado? – indagou com um sorriso.

O que era um cartão ilimitado?

–O que é um cartão ilimitado? – perguntei confusa e embaraçada.

–Não me digas que nunca lhe deste um cartão!? – Alice perguntou escandalizada – deverias tratar melhor a tua namorada!

Corei com suas palavras.

–Ela não é minha namorada – ele estava a corar? Ohh! Que fofo!

–E eu odeio compras – Alice resmungou e arrancou um cartão da mão de Edward, que eu não tinha reparado ter sido retirado.

Continuei sem saber o que era um cartão ilimitado.

–Isabella, certo? – Alice perguntou enquanto caminhava-mos até seu carro amarelo.

–Sim – afirmei formando um pequeno sorriso em meus lábios.

–Então, pelo que sei, não gostas de compras – disse mas pareceu mais como uma pergunta.

–Não – neguei entrando em seu carro.

–Temos que chamar Rosalie, mas não te preocupes eu já lhe telefonei – e começou a dar pulos dentro do carro ignorando meu gosto por compras.

–Quem é Rosalie? – perguntei mais à vontade.

–É a namorada de Emmett, que é meu irmão – falou ligando o carro e saindo da mansão.

–Quantos irmãos são? – minha curiosidade estava a vencer minha educação.

–Três, eu, Edward e Emmett, mas Rosalie e Jasper também são como família. Agora tu também vais ser – um sorriso nasceu em meu rosto por apreciar sua resposta. Era bom saber que poderia ter amigos.

–Jasper é meu noivo, embora ele seja estúpido às vezes, ele é muito romântico e carinhoso – lembrei-me daquela noite em que os conheci. Estremeci ao lembrar-me da loira.

–Quem é a Tanya Denali?- seu sorriso desmanchou-se e arrependi-me de ter mencionado Tanya.

–Uma vadia, mas Edward é quem tem de falar sobre ela – estremeci pelo tom frio de Alice.

Alice ligou a rádio e uma música qualquer começou a tocar. O resto do caminho foi silencioso. Quando chegamos fiquei assustada pelo tamanho do shopping. Era maior que a mansão de Edward!

–Vamos, são duas da tarde e Edward chega ás seis do trabalho. Temos quatro horas, logo temos de nos despachar – avisou e começamos a caminhar até uma loja chamada ‘Forever 21’.

Alice obrigou a vestir umas dez blusas, gostei de todas mas só aceitei comprar quatro enquanto ela deve ter comprado umas sete ou mais. Comprei também dois vestidos e três casacos longos.

–Rosalie diz que vai directamente para a Victoria Secret, depois iremos comprar saias e sapatos, sem contar com os acessórios! – e começou a dar pulos de novo com os sacos na mão. Ninguém olhava, já deveria ser habitual verem ela naquela loja então.

Alice deu as compras a uns homens – que deveriam ser os queridos seguranças – e pegou nas minhas compras fazendo o mesmo. Os seguranças caminhavam atrás de nós com as compras mas ficavam sempre no lado de fora das lojas que íamos.

Quando chegamos a uma loja de lingeries, uma loira alta com olhos verdes correu até nós com uns saltos altos. Perguntei-me como é que ela não caiu. Mas deveria estar habituada visto que pelo seu corpo e sua beleza era de uma modelo, e se não fosse, poderia ser.

–Então esta é a Bellinha que o Emmett falou? – Rosalie, perguntou olhando para mim com um sorriso carinhoso no rosto. Corei por não estar bem vestida ao pé de uma rapariga como ela. Minha auto-estima desceu naquele momento, se fosse possível.

–É, Bella, esta é Rosalie, namorada-quase-noiva de Emmett, Rosalie, esta é Bella a namorada-mesmo-que-Edward-negue de Edward – Rosalie abraçou-me apertado que me senti sufocada.

–Rose, não vês que estás a sufocar a pobre coitada? – Alice salvou-me.

–Desculpa Bella – pediu Rosalie olhando para mim continuando com seu sorriso.

–Não faz mal – respondi com um sorriso torto.

–Então, Edward é bom de cama? – indagou ansiosa.

Meu rosto poderia se comparar com uma parede vermelha.

–Sim, sempre tive essa curiosidade. As namoradas dele nunca nos foram apresentadas e tu és o mais próximo de uma namorada!

–Ah, eu… bem… não sei – murmurei tentando olhar para outro sitio mas cada vez que olhava para o lado via sempre lingeries ou mulheres vestidas com elas.

–Não sabes? O Edward nunca te fodeu? Ah, ele broxa, deve ser por isso que não gosta que perguntemos a ele se é bem dotado e experiente – Rosalie desconfiou.

–Não! – exclamei demasiado rápido e alto, atraindo alguns olhares.

–Não de que ele nunca te fodeu ou não para que ele é broxa? – Alice perguntou confusa.

–Não para que ele é broxa – todo o meu sangue deveria estar – literalmente – no meu rosto.

–Oh – exclamaram juntas e caminharam até uma parte da loja com lingeries mais provocantes.

–Então ele é bom de cama? – indagaram juntas.

–Sim – falei, baseada nas carícias que ele me deu, e vi uma lingerie roxa. Lembrei-me da casa-de-banho de Edward. Deveria estar a olhar à muito tempo para ela visto que Alice perguntou a uma funcionária se tinha meu número que eu nem sabia que ela tinha esse conhecimento sobre meu corpo.

–Edward vai adorar essa, ele adora roxo – Alice murmurou olhando para a lingerie roxa pendurada.

–Só temos este número, embora seja um número mais pequeno é elástico – disse a funcionária com uma outra lingerie mas igual à que pedi.

–Eu posso experimentar? – perguntei embaraçada.

A funcionária acenou com a cabeça e encaminhou-me para o vestuário. Quando acabei de vestir a lingerie corei me vendo no espelho. Parecia sensual, algo que nunca tinha parecido. Um sorriso malicioso apareceu ao pensar em que casos poderia utilizar esta lingerie.

–Adorei! – elogiou Alice assim que me viu. Tentei me tapar com as mãos mas não valia a pena, ela já tinha visto.

–Também quero ver! – resmungou Rosalie e afastou mais a cortina. A cor vermelha que tinha desaparecido à momentos atrás voltou.

–Se eu fosse lésbica pegava-te – a loira disse afirmando ainda a olhar para meu corpo. Alice acenou com a cabeça concordando.

–Temos que comprar mais – as duas saíram assim que falaram. Suspirei de alivio e olhei para o preço.

Minha boca se abriu mais juntamente com meus olhos ao ver que tinha três números. Eu nunca poderia pagar isto! Era desnecessário pagar por este preço por um só enquanto podia ir a uma outra loja comprar vários!

–Eu não posso comprar mais! – falei assim que me vesti e sai.

Não conseguia avistar Alice nem Rosalie.

–Boa, a falar sozinha – sussurrei com uma carranca.

Peguei na lingerie e procurei por elas. Mas que merda, resmunguei mentalmente ao passar cinco minutos sem as ver. Perguntei a uma funcionária e ela disse que elas estavam nas arrecadações. Nas arrecadações? O que é que elas estão fazendo lá? E foi o que perguntei à funcionária sendo respondida por um ‘Venha ver’ e levou-me para uma porta no fundo.

Meu queixo caiu ao ver o que existia atrás daquela porta. Lingeries e mais lingeries. Milhares de cabidos, caixotes preenchidos por lingeries. Para quem fosse bilionário e adorasse comprar, aquilo era o paraíso! Ouvi umas vozes entre aquelas filas de roupas intimas e fui encaminhada pela funcionária, muito simpática até agora, a Rosalie e Alice que já tinham um carrinho cheio de lingeries.

–Quem é que vai pagar por isso? – exclamei chocada.

–Uma parte eu, outra parte Rose e outra parte Edward – Alice respondeu com um sorriso que ocupava metade de seu rosto.

–Mas ele não vai utilizar nenhuma destas roupas intimas – murmurei olhando para o carrinho embasbacada com tantas diferentes lingeries de variadas cores.

–Mas ele vai apreciar – afirmou Rose com um sorriso malicioso e Alice concordou.

–Mas isto custa muito!

–Mas isso é o mínimo do dinheiro que ele tem – murmuraram escolhendo mais lingeries.

–Mas … - fui interrompida.

–Podemos parar com os Mas’s? – Rose perguntou com uma cara como se estivesse dizendo chega.

–Contudo – dei um sorriso vencedor ao observar suas caras se transformando em caretas – eu não posso utilizar o dinheiro de Edward como se fosse meu.

–Como se ele se importasse. De qualquer maneira, vamos comprar e se for preciso, compra-mos à força – desisti de reclamar e deixei que elas gastassem suas fortunas.

Depois de vestir e retirar lingeries, seguimos para uma loja de saltos altos. Comprei poucos e arrastei-as até à loja da Nike e babei praticamente em todas as sapatilhas. Contudo só comprei três pares.

Finalmente, fomos até à ultima loja onde havia maquilhagens, acessórios para o cabelo, vernizes e outras coisas. Eu, no final destas compras, senti muita pena de Edward e de quem comanda no dinheiro de Rose e Alice. Uma pessoa teria que ser mais que bilionária para poder sustentar aquelas duas!

Não percebi que estava tão cansada e dolorida até que me sentei no carro de Alice. Um suspiro de prazer saiu de meus lábios ao esticar minhas pernas. Parecia que tinha acabado de correr uma maratona – lá se vai a ideia de limpar a casa depois das compras. Alice estava normal, pior, ela conseguia dar mais pulos ansiosa para utilizar suas roupas novas.

Deveria ser perto das 18h visto que já estava a escurecer. Alice tentou meter conversa pelo caminho mas estava demasiado cansada. Perguntei-me mentalmente se passava algo comigo, pois o sono já me atacava e eu estava dormindo bastante.

–Edward já chegou – avisou e saiu do carro caminhando para dentro de casa. E as compras?

–Bella! – exclamou Edward assim que me viu entrando na casa.

–Edward – abracei-o sentido aquele cheiro maravilhoso entrar pelas minhas narinas. Nem tinha reparado que estava com saudades dele.

–Os teus sacos já estão lá em cima – disse em seguida beijando minha cabeça.

–Estou com sono – murmurei contra seu peito.

–Não queres comer primeiro? – perguntou preocupado descolando nossos corpos deixando só suas mãos tocarem em minha cintura.

–Não tenho fome – resmunguei por sentir falta do seu calor.

–Eu vou comer depois irei ter contigo – avisou-me.

–Não é necessário ficares lá, podes trabalhar, não quero tirar as tuas funções na empresa. Ainda tenho que me despedir de Alice- que naquele momento deveria estar na cozinha.

–Eu digo a ela que gostaste – e fez um carinho em meu rosto. Ronronei com seu gesto fechando os olhos e ouvi um riso fraco.

–Nós compramos muitas coisas desnecessárias – disse e corei lembrando-me quais eram as coisas.

–Pelo que vejo, vou gostar então não é algo desnecessário – um sorriso malicioso apareceu e corei mais ainda – vou deixar agora a menina dormir, embora seja seis e meia da noite.

–Até amanhã – murmurei sonolenta e quando ia dar um beijo em sua bochecha ele virou seu rosto, de propósito, e beijou-me. Ao princípio foi só um contato entre os lábios mas depois ele infiltrou sua língua em minha boca. Gemi ao sentir sua língua com a minha e de seu sabor. Agarrou com uma das mãos a minha cabeça e continuou com a outra na minha cintura aproximando-se mais de mim. Quando o ar faltou, afastamos-nos ofegantes e ele sorriu. Meu sorriso apareceu logo atrás do seu.

–Agora podes ir – quando fiz a menção de caminhar, deu um selinho rápido virando de volta para a cozinha – depois vou ter contigo.

E lá estava meu sorriso bobo como sempre. Caminhei para meu quarto e vi os sacos num canto. Retirei de lá um pijama que não me tinha lembrado de ter comprado e coloquei-o em mim. Era comprido e quente. Ri da ironia de ser roxo. Apaguei a luz e deixei a porta entreaberta para Bart entrar, enrolei-me nos cobertores como um gato. Adormeci segundos depois.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos lindos comentários :)