Summer Vacation escrita por bruthner


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

olá vcs. talvez vcs tenham percebido, talvez não, mas eu troquei o nome da fic. os motivos são:
1) é mais fácil de falar;
2) não é tão comprido, então não nos confunde;
3) mesmo mudando o nome, ainda poderei trabalhar os mesmos pontos na fic, então não interferiu em muita coisa.
e ME DESCULPEM por demorar tanto para postar o próximo. eu sei que eu disse nos comentários que iria postar no domingo de noite, e eu realmente pretendia postar, pois achei que terminaria. mas, sabem como é, eu tive um bloqueio, então não consegui terminar o cap. eu perdi a conta de quantas vezes eu reescrevi esse cap, pq ele nunca parecia chegar aonde eu queria. ainda não gostei muito do jeito que ficou, mas foi o melhor que consegui fazer. aproveitem, nos falamos lá em baixo



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Kiera acordou na manhã seguinte sentindo-se exausta, apesar das horas de sono. Na verdade, horas tentando dormir, seria o termo mais apropriado. Kiera acordava de meia em meia hora durante a madrugada. Em uma das vezes que tinha acabado de acordar, sentiu Joe levantando, e já iria lhe perguntar onde estava indo se não tivesse sentado logo em seguida. Ela não sabia ao certo à que horas isso aconteceu, mas essa foi a última vez que acordou durante a noite.

Levantando do colo de Joe, olhou em sua direção e já iria lhe chamar para leva...

- Mas que porra é essa? – falou alto o bastante para acordar Dylan, que estava onde Joe deveria estar. Dylan olhou freneticamente para os lados em busca de algo que fizera Kiera assustar-se. Percebendo que estava tudo calmo no quarto, retornou seu olhar para ela.

- O que foi? – perguntou ele, não entendo nada.

- O que você está fazendo aqui? Onde está o Joe? – Kiera olhou para ele com uma mistura de descrença, curiosidade e, por mais que isso a assustasse, a raiva que estava sempre presente nela, não apareceu. Dylan também pareceu notar, fazendo-o relaxar um pouco.

- Joe foi para a oficina ver como as coisas estavam. Ele deixou para Marco cuidar, mas você sabe que o sobrinho dele não é a pessoa mais responsável do mundo.

Kiera o analisou, pesando suas palavras.

- Tudo bem. E antes de sair ele te deixou entrar? – Kiera riu fraco, com ironia – Um pouco difícil de acreditar, desculpe.

- Não, ele não queria me deixar entrar, o que eu não entendo, eu nunca fiz nada para ele. Ele me olhava como se pudesse me matar, foi um pouco assustador. Kyle o convenceu a me deixar entrar.

- É claro que você não fez nada para ele, mas você fez para mim. Eu acho que isso deve influenciar um pouco no julgamento dele. E onde o Kyle – traidor, Kiera adicionou mentalmente – está?

- Você contou para o Joe? – Dylan ignorou, ou nem chegou a escutar a pergunta sobre Kyle.

- É claro! Eu precisava contar com alguém, e o Joe foi a melhor opção na época. Continua sendo. Eu não queria que o meu irmão odiasse o melhor amigo dele, nem que minha família soubesse. Apesar de eu não te perdoar, seria egoísmo da minha parte acabar com a amizade das nossas famílias só porque você é um idiota.

Dylan ficou a olhando por um tempo. Tentando digerir suas palavras, Kiera imaginou. Soltando um suspiro, Dylan desviou o olhar dela. Por um momento, Kiera poderia jurar tem visto seus olhos marejados. Mas não. Dylan continua o mesmo, talvez se arrependa, mas não muda o que ele escolheu fazer naquela época, pensou consigo mesma.

- Eu sinto muito. – disse ele, finalmente – Eu gostaria de poder mudar o que eu fiz Kiera, mas eu não posso. E eu sei que um pedido de desculpas não vai mudar sua opinião sobre mim, mas eu mudei, não sou mais um garoto de 19 anos que não aceita o fato de não ter pais. Eu sempre amei a minha avó, ela sempre foi o melhor para mim. Mas eu te prometo, - ele virou-se na direção dela, olhando-a nos olhos – eu vou fazer de tudo para você me perdoar. E se mesmo depois de tudo que eu fizer, você não estiver pronta para entender os meus motivos, eu volto para Miami e nunca mais te procuro. Mas agora, será que é pedir muito para você não discutir comigo toda vez que nos encontramos? Nós temos que ter uma relação, se não boa, pelo menos aceitável, afinal eu sou seu instrutor.

Kiera o escutou com atenção. Ela sempre soube que Dylan sofria pelo abandono dos pais. O pai de Dylan nunca o quis, fugiu assim que descobriu que a filha de Nancy estava grávida. Já a mãe dele, foi embora quando ele tinha 4 anos. Era demais para uma criança suportar, mas mesmo assim, quando criança, Dylan sempre fora adorável. Infelizmente, conforme crescia, a raiva e a indignação apareceram, substituindo a autopiedade. Apesar de não saber lidar muito bem com os problemas pessoais, Dylan sempre fora um ótimo amigo. Para Kyle, e também para Kiera. Ela sabia que isso não justificava os erros que ele cometera no passado, mas ela não podia lhe negar o pedido de manter o relacionamento deles “pelo menos aceitável”. Kiera forçou um pequeno sorriso e olhou-o nos olhos.

- Eu acho que isso eu posso tentar.

*****

A semana passou dolorosamente devagar. Kiera não fora para casa. Sua rotina era: restaurante do hospital, quarto dos pais, quarto dos pais, restaurante do hospital. Lizzy cuidou de todos os detalhes. Seus compromissos, trabalho, faculdade, casa, contas. Apesar de ter uma vida agitada, Lizzy nunca deixou Kiera na mão quando ela precisava. Nesta semana, ela tinha visitado Kiera e os Haver todos os dias.

Joe também não saía de perto. Sempre que podia, deixava a oficina nas mãos de Marco e ia para o hospital ver como todos estavam. Kyle permaneceu ao lado da irmã e dos pais o tempo todo. E, para completar, Dylan também estava fazendo presença constante no hospital. Kiera concordou em levar um relacionamento mais “leve”, sem brigas, mas também sem que o seu problema com ele e o passado fosse perdoado. Devido às circunstâncias, eles resolveram apenas deixar de lado.

Kiera agora estava sentada ao lado da cama da mãe. Ela comia uma salada de frutas – que fora contrabandeada por Lizzy – enquanto observava a mãe dormir tranquilamente. Beth tinha acordado no dia seguinte ao acidente. Os seus ferimentos não eram tão intensos, só alguns arranhões e dores de cabeça. Porém, segundo os médicos, ela deveria ficar em observação por uma semana para ver se não teria causado algum dano ao crânio. Se tudo continuasse bem, hoje ela ganharia alta.

- Hey, querida. Ainda bem que você continua saudável. Se você estivesse comendo um salgadinho eu levantaria daqui só para te dar uns tapinhas. – brincou Beth, assim que acordou.

Kiera sorriu ao ver que a mãe acordara com bom-humor suficiente para fazer piadas sobre sua alimentação.

- Oi preguiçosa, – Kiera inclinou-se para frente e beijou a testa da mãe – você quer um pouco? – ofereceu sua salada de frutas. Ou o resto dela.

- Não, querida, eu estou bem. Hoje é o grande dia. – sorriu ela. Entretanto, assim que olhou para o lado, seu sorriso desvaneceu. Kiera acompanhou seu olhar e outro sorriso se fora. As duas olhavam melancólicas para o pai e marido na cama ao lado. Durante toda a semana, ele não acordara. O máximo que conseguira fazer, fora mexer os dedos quando ouviu Kyle murmurando a música que os dois cantavam quando iam pescar. Era deprimente.

Com o impacto que o carro sofreu, Charlie bateu com a cabeça no volante, assim causando um traumatismo craniano e, levando-o a ficar em coma. Os médicos não sabiam dizer quando ele acordaria, ou se acordaria. Seus sinais vitais estavam melhorando com o passar dos dias, mas ele ainda não havia acordado. Kiera olhou novamente para a mãe. Beth estava com uma aparência desgastada, assim como a própria Kiera sentia-se. O hospital fazia isso com as pessoas, até mesmo àquelas que não estavam internadas. Kiera pegou a mão de sua mãe, que fez com que esta a olhasse.

- Tudo vai ficar bem, mãe. Ele é muito teimoso para ficar muito mais tempo nessa cama. – Beth sorriu fraco, mas ainda assim, sorriu. Kiera lhe devolveu o sorriso e puxou-a para um abraço.

- Você sabe, você está roubando meu papel de mãe. São as mães que cuidam dos filhos.

Kiera afastou-se para olhar nos olhos verdes que eram idênticos aos seus.

- Não mãe. Nós cuidamos de quem nós amamos. E somos uma família, família é para isso.

Beth ia responder, mas uma batida na porta a interrompeu. Era Kyle. Ele entrou, abraçou a mãe e deu um beijo na bochecha de Kiera e sentou-se ao seu lado.

- Como a nossa querida mãe está hoje? – perguntou para Kiera, mas continuou olhando para a mãe.

- Eu estou aqui, posso responder a pergunta. – Beth respondeu, fazendo uma careta irritada, mesmo não estando. Kiera e Kyle riram. – Estou bem, mas um pouco cansada. Por que os meus filhos não vão dar uma volta? – Eles tentaram contradizê-la, mas ela interrompeu-os. – Vocês já estão passando muito tempo aqui. Daqui a pouco os médicos vão confundir vocês com enfermeiros. Eu vou ter alta hoje, não precisam ficar aqui 24h por dia. Eu vou dormir um pouco, quero estar desposta quando for liberada, porque então passarei de paciente para visitante. Seu pai vai precisar de mim 100%, e não vou estar se não dormir mais um pouco. Vão. Deem uma volta. Aproveitem o dia bonito para sair desse lugar. É deprimente, não faz bem ficar tanto tempo aqui.

Vendo que eles não tinham escolha, os irmãos levantaram-se e seguiram em direção à saída do quarto. Olhando para trás, Kiera analisou a mãe, que estava preparando-se para mais um tempo de descanso. Então, disse as palavras que agora tinham virado uma espécie de cumprimento. Como “bom dia”, ou “como vai?”, ou “boa noite”.

- Eu te amo, mamãe. – Kyle repetiu as palavras, como se fosse um mantra.

Beth sorriu brilhantemente, mostrando os dentes brancos.

- Eu também amo vocês, meus amores.


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Notas finais do capítulo

tá aí! o quê acharam? ruim? péssimo? horrível? legalzinho? slá, só me digam, preciso mesmo saber. eu sei que esses capítulos estão meio pra baixo, mas a partir de agora vou dar uma animadinha, pq tristeza sempre ninguém merece né?! :)) como demorei pra postar esse, vou fazer um bônus para postar junto com o próximo, então da próxima vez que postar (que ainda n sei quando, mas espero que até sábado no máximo), vou postar dois :D beijosssss



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