Apocalipse - It's My Life escrita por Fernanda Dixon


Capítulo 30
Do Not Let It Die


Notas iniciais do capítulo

ESTOU DE VOLTA PESSOAL!!!
Finalmente consegui fazer esse capítulo, bem voltei de viagem e estou no RJ, amanhã farei 13 anos e vamos sair logo da 2 temporada! Tive várias ideias pros próximos capítulos e até acho, que um dia vocês vão me matar kkkk.
Agora chega de conversa! Podem ler.
Boa Leitura! Desculpe os erros!



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Pov Daryl Dixon

Medo. Essa palavra me define completamente. Não sinto medo deste a infância, quando minha mãe morreu, quando meu pai me batia, quando Merle me abandonava, quando Angel quase morreu nas mãos do pai e quando me deixou, ta, eu tinha sentido raiva e ódio naquela vez, mas não culpava Darla, agora ela estava ali, morrendo aos meus braços novamente, sua pele que sempre foi pálida e delicada estava derramada numa imensa cor roxa, seus lábios rosados iguais de Angel estavam numa incrível palidez que dá até medo, seus olhos fechados estavam roxos enquanto não respirava. Ela estava morrendo.

Continuei fazendo a massagem e nada funcionava, minha raiva aumentava e eu fazia com mais força, contei até 3 e botei meu ouvido em seu peito, o coração batia tão devagar que nem dava pra ouvir a merda do som! Merda! Merda! Merda! Por que fui deixá-la correr que nem uma louca até cá?!

Quebrei minha promessa, eu prometi que ia a proteger deste que Angel morreu as últimas palavras dela ainda vinha a minha mente, quando seus olhos verdes lindo estavam se fechando enquanto sorria, quando sua alma ia embora! Ela sorriu enquanto dizia aquelas palavras! Eu não pude fazer nada! Só assistia a indo embora enquanto a olhava! Lembro daquilo até hoje.

FlashBack On

15 de Setembro de 2001.

23h40 da noite.

Ouvi aqueles gritos de socorro vindo da casa de Angel, seus gritos de pavor e os berros de raiva vindos de Thomas, aquele filho da puta estava bêbado novamente, controlei essa minha raiva por anos e agora estou ouvindo isso, chega, preciso fazer alguma coisa.

Desci a escada correndo, Merle não estava então não precisava ouvir suas palhaçadas, ainda ouvia os gritos de Angel e os choros da filha dela, enquanto Thomas berrava sem sentido, “Eu Descobri! Eu Descobri Sua Vadia! Você Me Enganou!”, nem ligava, só ligava em prender aquele filho da puta e socar sua cara até ficar mais feio que um babuíno, na verdade, mais feio do que já era! Disquei o número da única pessoa que me ajudaria, não posso ter falado com ele faz muito tempo e podemos ser rivais, mas ele era minha única ajuda para tirar as duas de lá. Chamou, chamou e a porra do cara não atendia! Que merda! Só falta saber que esta trepando com a mulher no meio da noite! Até nesse momento esse policial de merda não atende!

– Alô? – Finalmente filho da puta!

– Rick! Seu filho da mãe você precisa vim aqui agora com Shane e acabar com isso! Thomas está bêbado como sempre e dando um escândalo acho que esta batendo na Angel de novo na frente da menina! – Já fui indo direto com presa, preciso ir logo ajudá-las enquanto ele chega.

– Daryl! – Gritou e esperou um pouco, que merda cara sua melhor amiga deste sei lá quantos anos está sofrendo nas mãos do babaca bêbado e vai ficar ai pensando! – Ajuda lá ela e daqui a pouco eu e Shane junto com dois policiais estaremos ai! Segura os trancos ai!

– Okay.

– E Daryl...

– Que foi?

– Você não mudou nada.

Depois disso desligou o telefone. Ele também não mudou nada depois de tanto tempo. Balancei minha cabeça! Não dá tempo de dizer quem mudou ou não! Preciso ajudar as duas!

Claro, depois de tanto tempo eu nunca mais me importei com ninguém, além de mim e Merle, mas é Angel e sua menina, não posso conhecer a menina direito, só ter a visto muitas vezes de longe e uma vez quando fui falar com Angel, mas sei como é ter um pai bêbado batendo na sua mãe ou em você mesmo, o medo e a angustia, não quero que a filha de Angel se tornasse uma menina fria e insegura, e a Angel... Droga! Ainda amo aquela filha da mãe!

Botei meu casaco preto surrado e calcei minhas botas de caça sem meia, posso está sem camisa e de calça de moletom surrada, mas foda-se! Eu vou lá e enviar minha flecha no cú daquele filho da puta!

Assim que estava saindo, a porta é aberta e Merle aparece com a cara de bêbado e drogado de sempre, não tinha tempo pra suportar aquele idiota, precisava resolver aquela gritaria lá fora que parece que nenhum filho da puta escuta! Caralho!

– Sabe irmãozinho, estava voltando pra cá com Joe e escutei essa gritaria do caralho, parece que sua ex está com problemas. – Disse Merle cheirando a bebida e cigarro com aquele maldito sorriso.

– Cala a boca Merle, vou ir lá e dá um jeito naquele filho da puta, cansei de escutar ele a espancando na frente da menina. – Falei áspero e tentei sair pela porta, mas Merle me impediu.

– Esperou três anos pra ir atrás de uma vadia e agora que está com problemas, vai lá atrás dela como se fosse um cachorrinho? Os Dixon nunca foram assim e nenhum bicha, como tu, vai fazer isso. Deixa a mulher resolver isso como sempre.

– Merda Merle! Não posso ficar aqui, sentado numa porra de cadeira escutando os gritos de Angel! Os gritos dela não te lembram a nossa mãe gritando quando era espancada pelo filho da puta do Will? Que sabe foda-se, vou lá e acaba com aquilo antes que Rick apareça! – Tentei sair indo pra cima de Merle, mas não adiantou.

Ele ficou me segurando enquanto batia nele pra me soltar, do nada, o babaca me tacou pro chão e ficou encima de mim enquanto me segurava, que droga por que ele tinha que ser tão gordo?!

– Acalme essa fiofo que chama de rabo! Thomas pode ser babaca, mas nunca mataria aquela idiota, acalme-se primeiro e depois acaba com aquele babaca que ai sim, pode descontar sua raiva nele. – Gritou Merle.

Fiquei respirando ofegante e quando iria protestar, ouvimos um grito feminino e infantil depois vindo um barulho de garrafa se quebrando, nessa hora deu cala-frio pela espinha, ele não fez isso, não fez.

Tentei mais uma fez tirar Merle de cima de mim, mas não deu certo, então dei um soco naquele babaca fazendo com que, finalmente, tirasse ele de cima de mim, quando ele caiu de lado, me levantei e tentei correr pra fora de casa Merle puxou meu tornozelo com força e cai de cara no chão de madeira da sala, voltamos a entrar na porradaria novamente, ele pedia por isso, Merle pode ser meu irmão, e um babaca, mas eu estava com tanta raiva de Thomas que iria até o inferno para espancá-lo e finalizar minha vingança.

Não sei quanto tempo ficamos na porradaria, mas quando ouvi as cilenes da ambulância e dos carros da policia, dei um gancho de esquerda no Merle e acabei com aquela droga. Levantei-me ofegante e me virei logo indo direto pra porta, atravessei a porta e eu juro que aquela cena foi ás piores que eu vi.

Angel estava deitada numa maca respirando ofegante, seu rosto angelical e delicado estava todo cheios de hematomas e sangrava um pouco, seus cabelos loiros no topo estava com pouco de sangue e nos seus lábios rosados, estava dois cotes sangrando, nunca fiquei com tanta raiva de Thomas como estou agora, merda! Eu fiquei numa briga idiota entre Merle e nem pude ajudá-la, eu devia ter deixado pra lá o casaco e as botas, ter ido direto assim que desliguei o telefone junto com Rick, fui tão babaca.

Fiquei lá, que nem uma bicha a encarando de olhos arregalados pensando o quanto sou babaca, no momento em que ofegava encarando o céu, seus olhos verdes se encontraram ao meu, assim que encontraram aos meus, ela sorriu, o mesmo que não vejo a tanto tempo, lindo e delicado como sempre, Angel esticou seu braço direito cheio de hematomas roxos e disse sussurro, porém consegui ler seus lábios. (Não perguntem, aprendemos muito na infância.)

“Cuide da minha menina por mim Daryl... Ela vai precisar de você... Minha pequena anginha precisa de você... Eu te amo... Meu caçador...”

E assim, seus olhos se fecharam pra sempre e sua alma, se foi para sempre, como minha fez, me deixando sozinho de novo.

FlashBack Off

Esses foram um dos erros mais babacas que eu já fiz! Deixei Angel morrer, deixei Darla sem mãe e agora não poderei cumprir minha promessa! Já tinha perdido minha mãe e Darla foi outra a sofrer com isso, nunca acreditei por que Angel pediu aquilo, mas quando Rick saiu da casa com ela no colo, quando vi seu rosto percebi o quanto ela se parecia comigo, seu olhar cheio de medo molhados e vermelhos dentro daqueles olhos azuis iguais aos meus lembrava a mim, não sei por que estou pensando nisso, mas não quero que ela morra! Não quero que a vida que Angel protegeu vai embora.

Continuei fazendo massagem até que desisti, desisti, tinha se passado 15 minutos deste que a tirei da água, simplesmente o diabo quis tirar sua vida, agora ela esta em paz, com Angel.

Sentei-me na ponte de madeira e apertei meus olhos que insistiam em chorar, não posso chorar, não chorei por Angel e farei não por Darla, dava tanta raiva, ela lutou até o fim e morreu aqui, afogada, um jeito pior de morrer.

Não sei quanto tempo fiquei sentado botando a raiva puxando meus cabelos, mas fui despertado por uma tossida vindo do corpo de Darla, levantei minha cabeça e a vi tossindo desesperadamente, me aproximei dela e botei minha mão em seu rosto molhado. Ela estava gelada.

– Calma Darla, calma, está tudo bem. – Falei calmamente que fiquei impressionado com tanta calma que eu estava, até franzi o cenho, mas nem liguei, ela estava viva, isso que importa.

Darla tossia como nunca, quando ela se vira começou a tossir fortemente, até que vi sair sangue de sua boca, droga, isso não era nada bom.

– Merda. – Praguejei e a pequei no colo com a jaqueta sobre ela.

Levantei-a cautelosamente e corri rapidamente de volta pro acampamento, nem liguei pra minha camisa e meus sapatos, Darla não parava de tossir e sangrar ao mesmo tempo, o sangue já descia da sua boca pro pescoço, parecia sufocada.

Cheguei correndo no acampamento passando por todos, indo direto pra casa do velho, todos me viam com Darla nos braços e já confusos e preocupados, quando passei pelo garoto seu olhar mudou completamente para preocupado, aquele moleque nem foi atrás dela e ficar desse jeito!

A filha mais velha do fazendeiro me viu carregando Darla e abriu rapidamente á porta junto com Patrícia me dando passagem e entrei ainda molhado pela casa junto com Darla, não me importei se estava molhando a casa daquele velho, a garota está tossindo sangue nos meus braços depois de ser afogada, nem dei importância.

– Leva ela pro quarto rápido! – Gritou Maggie apontando pro quarto onde fiquei.

Sem pensar duas vezes, chutei a porta e botei Darla deitada na cama, ela se curvava enquanto tossia mais e mais sangue no edredom branco, ela apertava o edredom com tanta força, como se estivesse fazendo o maior esforço pra tossir, fiquei com a mão nas costas dela pensando em bater para poder tossir com facilidade, mas acho que não daria certo e nem seria uma boa idéia, em poucos minutos, Maggie e Patrícia apareceram com o quite de primeiros socorros, Patrícia foi pegar toalhas enquanto Maggie tentava acalmar Darla.

– Meu deus, meu deus, Darla calma vai ficar tudo bem. – Dizia e seus olhos claros foram direcionados a mim. – O quê aconteceu? Por que ela está assim? - Perguntou.

Então expliquei tudo que aconteceu deste que eu achei ela afogada, eu me secava com a toalha que Patrícia me entregou enquanto ela secava Darla depois de ter dado uma pílula, ela ainda tossia sangue, mas não desesperadamente, isso me aliviou um pouco, mas não entendia porque ela estava sangrando.

Maggie me ouvia sem interromper nada, achei isso ótimo, não ia querer ficar explicando duas vezes a mesma coisa, depois de uns sei lá 9 minutos, a morena mudou de expressão preocupada, para aliviada, porém ainda tinha muita preocupação.

– Isso não é bom. Por sorte, o organismo esta rejeitando a água, mas isso afetou muito eles, por isso que está tossindo sangue. Darls está fazendo o maior esforço pro sangue sair de seu organismo, mas ela não pode continuar assim, se continuar forçando, pode acabar machucando seus pulmões e fará mal a ela, precisamos chamar meu pai para ajudar. – Explicou Maggie procurando algum remédio dentro do quite.

– Então chame logo o velho! – Resmunguei.

– Você acha que é fácil? Meu pai sumiu e seus amigos junto com Glenn foram atrás dele, Beth está em coque e precisamos dele para cuidar das duas, precisamos esperar. – Disse Maggie.

Espera? Caralho garota! A menina está sangrando até os nervos que pode acabar afetando seus pulmões e você diz que precisamos esperar?! Agh! Por que não fiquei sozinho com Merle?

Ignorei isso e Maggie me pediu pra sair, recusei e disse que ficaria até que as duas ficaram ordenando até encherem o saco, acabei cedendo, desci as escadas bufando irritado pisando com passos pesados, estava irritado com tanta coisa, começando pela Carol, além de dizer aquelas palavras sobre Sophia e Darla fez com que ela quase se afogasse, eu devia ter ido atrás dela, mas o orgulho Dixon sempre fala auto, nunca iria correr atrás de uma criança.

Caminhei até o acampamento seco, a preocupação, mesmo não querendo aparecer, estava em mim, Darla era importante pra mim e pra esse grupo, não só passou por tanta coisa, como nunca desiste de nada, ela não é mais aquela menina que chorava quando alguém gritava com ela, aquela que chorava por tudo, a que sempre desistia antes de tentar, a insegura, ela mudou muito, me surpreendeu, acho que até Merle ia ficar surpreso, mas uma coisa ela não muda: Sua sensibilidade. Ainda é muito sensível, acho que ficou menos sensível do que antes, mas ainda era sensível e tímida.

Quando cheguei perto do grupo, vi que alguns trabalhavam e outros ficavam sentados nos troncos, Carl e Lori eram um deles, não me surpreenderia se soubesse que eles estão preocupados, mas assim que me aproximei, todos me olharam como se perguntassem “Vai contar agora ou vai ficar quieto?”. Nem respondi, só dei os ombros e quando fui me afasta, advinha quem me chamou. Isso mesmo, a morena magrela, Lori.

– Daryl. O quê houve com Darls? – Perguntou preocupada se levantando do tronco.

Nem me virei e nem respondi, não quero descontar meu mau humor nela, me varia perder tempo, continuei caminhando até que dessa vez, passou dos limites, porque quem perguntou não foi nada do que a própria culpada disso tudo. Carol.

– Por favo Daryl conte pra gente, estamos preocupados com ela, todos nós. – Quando ela disse, todos “nós” não acho que ela estava se reverindo, não, não estava mesmo.

Me virei pra ela e me aproximei dela, lhe deixando assustada, nem me importo, não importo se perdeu a filha e estava traumatizada, mas uma coisa eu não aceito. Gente Falsa. Cheguei bem perto dela ficando cara a cara com ela, nessa hora eu acho que explodi, porque todos ficaram com medo.

– Deixe de ser falsa Carol! Por que não conta pra todos que a culpada foi você?! ASSUMA SEU ERRO VADIA! – Gritei apontando o dedo pro seu rosto.

Todos ficaram assustados confusos, Carol ficou mais pálida do já e, se é possível, Carl não ficou que nem os outros do grupo, porém manteve os olhos encima de Carol como se esperasse respostas, como o resto fez.

– Mantenha a calma Daryl, não culpe Carol assim do nada, nos diga primeiro o que está acontecendo. – Pediu Dale se aproximando de nós.

– Ela! Foi a Carol que deixou a Darla daquele jeito! Disse várias merdas pra cima dela á magoando, depois ela foi pro lago onde lutou com um zumbi DE BAIXO D’ÁGUA, á afogando! Por sorte cheguei a tempo antes que enchesse seu pulmão todo de água, por sorte o remédio está ajudando e o organismo está rejeitando! Tudo aquilo foi sua culpa vadia! Devia em vez de botar culpa nos outros e botar em si mesma, já que você não fez nada e nem protegeu sua filha! Não bote a culpa na criança que nunca teve a proteção de uma mãe ou um pai por um erro que cometeu! – Gritei para todos do grupo que me olhavam aterrorizados.

Carol continuou me encarando daquele jeito quase chorando, nem liguei e dei as costas para todos, quero ficar sozinho e pensar em qualquer coisa, que não seja Darla quase morrendo e tossindo sangue naquela cama esperando pelo velho babaca.

[...]

Duas horas se passaram deste que levei Darla pro quarto, fiquei no meu canto sozinho e ninguém veio me incomodar, a não ser aquela vaca da Lori me pedindo pra ir atrás de Rick, agora ela vai atrás do marido depois de ter traído o mesmo, Angel falava que sua amiga era uma santa, agora olha o que vejo uma vadia que corre atrás do rabo de dois babacas, pensava que Rick sabia do amorzinho que Shane sentia por Lori, mas vi que ele estava cego mais uma vez, que idiota.

Fiquei fazendo flechas todo esse tempo, ninguém veio mais me incomodar, o que acho ótimo, agora tinha paz.

Mas, como a vida é uma merda de sempre, alguém veio me incomodar pela milésima vez, dessa vez era Carl e não estava com uma cara boa.

– Posso falar com você Daryl? – Perguntou Carl chegando perto me encarando.

– Que foi garoto? Estou sem tempo pra conversar. – Falei seco e voltando a fazer meu trabalho, sem encará-lo.

– Vai ser rápido, prometo. – Insistiu.

Bufei com isso, cara não estou com paciência pra agüentar Carl, mas se eu recusar, ele vai insisti e vai continuar assim. Apontei pro tronco á minha frente e ele sentou-se, fiquei fazendo flechas esperando que ele abrisse aquela boca, até que ele entendeu o recado.

– Queria te agradecer.

– Pelo quê?

– Por ter salvado a Darls. – Disse me encarando, o encarei esperando por ele continuar. – Sei que você, meu pai e Shane tiveram um passado ao lado da mãe de Darls, sei o que você passou, ainda mais quando a Tia Angel fez aquilo, pensei que nunca ia perdoa e ignoraria Darls pelos erros da mãe, nunca pensei que simplesmente ia cuidar dela. Mas você fez uma coisa que você nunca faria por ninguém. Você á salvou.

Nisso Carl tinha razão. Eu nunca salvaria ninguém numa situação dessa. Ninguém nunca me salvou do meu pai, não salvaria alguém se afogando, só deixaria de lado, mas a Darla é diferente, ela não é só filha da mulher que amei, como também ela me entende, sofreu nas mãos de Thomas como eu sofri nas mãos de Will, ela tem minhas cicatrizes nas costas, Darla sabe o quanto é sofrer nas mãos de um babaca, ela já ficou presa na floresta por sei lá quantos dias igual a mim, ainda ri no final como ela e os outros, mas ainda fico puto, além disso, não posso quebrar aquela promessa que fiz á Angel, se eu quebrar... Sei lá, não sei.

– Olha garoto, não sei o que ouviu de seus pais sobre meu passado com seu pai e seu amigo idiota, mas está certo. Nunca salvaria uma pessoa naquela situação, mas a Darla não é uma qualquer pessoa, aquela garota me entende, nós dois passamos pelas mesmas coisas. Mas não é só por isso que a salvei.

– Qual foi?

– Uma promessa.

– Quem pediu?

– Angel.

– Mesmo assim, se ela não pedisse que fizesse essa promessa, você á salvaria? Ficaria surpreso se dissesse que não a salvaria.

– Por quê?

– Porque ela lembra você quando criança. – Respondeu Carl.

Dessa vez, eu não pude negar, simplesmente não pude. Claro a Darla lembra muito de mim, quando eu sofria nas mãos daquele filho da puta de merda, os olhos de medo vindo daqueles olhos azuis iguais aos meus, eu tentei ajudar a achar Sophia por causa daquela vez na floresta, mas errei, porém ajudei outra pessoa, ajudei Darla a sobreviver com seu pai, ajudei Darla á parar de roubar, ensinei a caça e a cuidei, não sei como, mas a cuidei.

Encarei Carl e ele entendeu que estava certo. Carl deu um sorriso de lado e virou o rosto, mas voltou a me encarar esperando que eu falasse alguma coisa.

– Garoto você está abusando muito da sorte, mas digo que está certo. Mas tem uma coisa, eu nunca a deixaria a morrer, não importa o que aconteça, eu não deixaria morrer. – Falei sério encarando ele.

– Eu também não a deixaria, mesmo não estando pronto para protegê-la, eu quero protegê-la.

– Se quer protegê-la, vai ter que começa aprender a se proteger, seu pai e sua mãe nunca vão está aqui para sempre pra te proteger.

– Então me ensine.

– Não.

– Por quê? – Perguntou.

Falei nada e me levantei guardando as flechas, Carl ficava me olhando enquanto guardava as coisas, fui até minha mochila e peguei uma pistola que Darla queria dá pra ele, como esqueceu achei essa pistola, me virei pra Carl para responder e o encarei.

– Porque a pessoa certa vai ter ajudar, e essa pessoa te deu essa arma de presente que saber que um dia ela vai te ajudar muito. – Falei.

Carl me olhou chocado e assentiu, guardou a arma na calça e foi embora me deixando sozinho, se aquele moleque quer proteger Darla, terá que fazer a coisa certa, mas nunca deixarei que Darla morra, nunca.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não sei quando vou postar o próximo capítulo, mas postarei cedo, agora dormirei um pouco porque estou quase dormindo aqui em frente ao pc kkkkk.
Beijos pessoal! Até a próxima! :*



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