Apocalipse - It's My Life escrita por Fernanda Dixon


Capítulo 26
Capítulo Angly - Adeus Elizabeth Dixon... Adeus Daryl Dixon.


Notas iniciais do capítulo

Oii meninas! Desculpem pelo meu atraso, digamos que quando eu voltei pro Rio de Janeiro, minha internet não voltou e fiquei semanas sem internet, fiquei até dias sem escrever o capítulo por motivos de criatividade, estava pensando em como vai ser os capítulos da Terceira Temporada, vão ser ótimas.
Capítulo dedicado a Vitória F., minha adorável louquinha que recomendou a história e que ficou enchendo meu saco para escrever, passei a tarde toda escrevendo esse capítulo.
Boa leitura.



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Pov Angelica James.

Se passaram 3 meses deste que conheci a família de Daryl, claro que eu não conheci o Will e tivemos muitos problemas a isso, mas tudo ocorreu bem.

Deste que os conheci, quando a aula acabava, eu sempre passava na casa de Daryl e converso com a Senhora Dixon. Senhora Dixon, hehe. Ela não gosta muito, mas é completamente divertido ver a reação ela e sempre acabo provocando ela lhe chamando por este apelido.

Toda vez que conversamos sobre certos assuntos, sempre tem um Daryl e um Merle na porta ouvindo, quando a Eliza estava me dando dicas para ter cuidado em relacionamentos, acabamos ouvindo uma pequena briga entre eles e pegamos eles no fraga, claro que ficaram dizendo que foi culpa do outro, mas resolvemos isso num instante.

Tudo parecia bem calmo, eu e Daryl nos aproximávamos mais a cada dia, conversávamos muito e brincávamos, ás vezes era difícil fazer Daryl brincar, mas era divertido. A cada dia, o quê eu sinto por Daryl aumentava mais e mais, um dia, acabei contando para Eliza, foi difícil dizer a ela que sentia uma coisa estranha por Daryl e que aumentava a cada dia, ela disse que o quê eu sinto era amor, eu é claro, não entendi, nunca senti amor por ninguém, minha mãe sempre dizia que amor era coisa boba e que não existia, que tinha coisas maiores do que amor, e um deles era sexo, tudo para ela era sexo.

Eliza disse para mim, que se fosse eu, seguiria meu amor e ficaria com Daryl algum dia, ela disse que merecia ser feliz com alguém, claro que ela disse isso porque eu contei sobre meu passado e a minha vida com a mulher maluca que chamo de mãe, disse que era melhor ficar com alguém que amamos, mas precisamos ter cuidado, foi á mesma coisa com ela e Will, eles se amavam, mas o amor era muito cego para eles. Claro que ela disse que preferia que eu fosse sua nora do que uma protituta qualquer.

Estava andando pela calçada até a casa de Daryl, hoje era Sábado e meus avôs tinham sumido, claro que fiquei preocupada, mas depois que li uma carta me acalmei, eles tinham ido pro supermercado mais cedo, então aproveitei que não queria ficar sozinha, fui até a casa de Daryl, Will sempre vai pro bar beber todos os Sábados as tardes, depois do almoço, a hora perfeita para ir visita Daryl e Eliza.

Como sempre, eu usava minha roupa habitual, uma camisa branca, um vestido por cima azul claro xadrez por cima, calça comprida branca e sapatinhos vermelhos, meus favoritos, meu cabelo estava solto, ultimamente, ele tinha crescido muito, estava quase chegando até minhas coxas, claro que teria que corta, mas, por que não ficar com cabelo de princesa né?

Finalmente cheguei na casa de Daryl, era 13:45h da tarde, a hora perfeita para chegar. Subi os pequenos degraus e dei três batidas na porta, esperei Daryl abrir a porta para me deixar entrar, então em 10 segundos, vi uma cabeleira loira cor areia bem escura e incríveis olhos azuis claros que nem céu, era Daryl, ele me olhou e deu um pequeno sorriso, retribui.

– Oi Daryl.

– Oi Angel. – Disse abrindo mais a porta para eu entrar, ele me olhou de cima para baixo e sorriu – Você está linda.

Corei pelo elogio, Daryl quase sempre me elogiava, mas sempre ficava com vergonha.

– Obrigada, você também está. – Comentei para ele ainda sorrindo.

Daryl usava uma calça jeans comprida, usava uma camisa xadrez verde claro e estava descalço.

– Não vem dizendo que estou bonito, porque eu sei que não estou. – Comentou rindo, dei um risinho de lado.

– Você está sim, não sabe o quanto eu adoro você usando essas camisas. – Falei mexendo na camisa dele com o dedo indicador.

Isso acabou chamando muita atenção de Daryl, ele me olhou nos olhos e o encarei, só agora que notei, os olhos de Daryl eram da mesma cor que meu vestido, tão lindos e tão tensos, tão fofos e lindos, não sei o que deu em mim, mas me senti vidrada naqueles olhos azuis céus quase como azul piscina. Daryl também estava me encarando nos olhos, só agora que também percebi, que ele usava uma camisa da cor dos meus olhos, verde claro bastante claro, iguais aos meus, isso era completamente uma coincidência, eu aqui, com um vestido da cor dos olhos de Daryl e ele, com uma camisa da cor dos meus olhos, que isso gente, isso é completamente uma coincidência.

Sabe aquele momento que você acha que passou uma eternidade? Poisé, eu fiquei tão vidrada nos olhos de Daryl e ele aos meus, que pareceu uma eternidade, nos estávamos tão pertos e tão colados, eu chegava até o peito de Daryl e seu queixo chegava até encima do topo da minha cabeça, eu era extremamente baixinha para ele, ta, eu só tinha 10 anos, mas parece que eu era uma anã para ele.

Nosso clima meio silencioso foi parado pela Senhora Dixon, como sempre, gritando aos quatro ventos;

– Porra Daryl! Eu aqui gritando e perguntando para você, quem é na porta e você não fala nada, seu... Agora eu entendi o motivo. – Disse Senhora Dixon nos encarando na escada com seu cigarro na mão.

Nos separamos, completamente vermelhos de vergonha, eu fiquei vermelha que nem tomate novamente, como sempre é claro, sou bastante tímida gente qualé! Nem mesmo a Senhora Dixon tem piedade!

– M-mãe! E-eu só estava... estava...

– S-senhora Dixon! A-a gente só...

– Agh! Quantas vezes eu já falei, nada de “Senhora Dixon”, assim pareço uma velha, pode me chamar de Emma ou de Eliza, eu prefiro assim. – Resmungou e tacou seu cigarro na boca, depois voltou á fala – Vou pro meu quarto e nos falamos lá, mas antes, Daryl ela é muito nova ainda e você também, acho melhor não se pegarem agora....

– MÃE! EU SÓ TENHO 13 ANOS! – Gritou Daryl envergonhado, tive que ri disso.

– Mesmo assim! Não faça! – Gritou Senhora Dixon lá do quarto.

Daryl ficou com a cara vermelha que nem camarão, e eu, rindo que nem uma iena louca, eu gargalhava de tanto ri, minha barriga até doeu de tanta dor.

– Por que você está rindo tanto? – Perguntou Daryl um pouco curioso pela minha crise de risada.

– Você e sua mãe.... são umas graças.... muito engraçado vocês dois brigando... – Tentei falar segurando a risada, mas não resisti, fiquei rindo muito cara, acho que vou até cair no chão e me rolar por aí.

Daryl deu um risinho de lado.

– Essa é a única coisa engraçado entre nós, mas você não viu coisa pior. – Disse Daryl cabisbaixo, agora sim, eu parei de ri e encarei ele. Parecia que ele estava referindo-se seu pai e ele.

– Daryl, não fique assim, eu sei que você e seu pai não tenham uma relação boa, posso não entender porque não tenho pai, mas você não precisa se sentir assim, tem outras pessoas que também passam por isso, ás vezes são pai, irmão, tio, tia, avó, avô... mãe – Assim que toquei na palavra mãe, todas as lembranças horríveis de mim e da minha mãe vieram, todos os tormentos, as surras, a falta de responsabilidade de me deixar sozinha em casa lá pras 22hrs sem comer, de me levar aos bares e beber até fazer sexo com um otário qualquer de lá e deixar, uma simples menina de 10 anos sozinha no bar, uma inocente criança.

Daryl suspira cansado, ele sabia das coisas que minha mãe fez, das coisas que ela permitiu, das vezes que ela tentava me matar só parar não ouvir mais minha voz, de coisas que eu adoraria tanto esquecer, mas não podia.

– Acho melhor ir logo falar com minha mãe, não pode ficar até a noite por causa dos seus avôs e por causa do meu pai, daqui uma hora eu te levo pra casa, já volto. – Disse Daryl mudando de assunto, e quer saber, eu adorei quando ele fez isso.

Assenti e fui subindo as escadas até o quarto de Emma, se ela quer que eu a chame assim, chamarei, mas ainda vou chamá-la de Senhora Dixon hehe. Entrei no quarto e vi a mesma fumando na cama, sério cara, um dia ela vai acabar botando fogo na própria casa por causa desse cigarro, melhor não fala nada.

– Chegou, pensei que estava dando uns pegas no meu filho mais novo, não podiam esperar até os 18 anos?

– Emma! Nós somos crianças, nem devíamos ter em mente essas coisas. – Exclamei me aproximando da mesma, ela ficou rindo até eu me sentar em frente á ela.

– Você é uma figura mesmo, então me diga, o que mais está lhe perturbando loirinha? – Pergunta apagando o cigarro e me encarando.

– Muita coisa, como sempre, eu ando tendo sonhos estranhos, as maldades que minha mãe fez ainda aparece nos meus sonhos, até mesmo da crueldade dos homens do bar que fizeram comigo, mas esse não é o pior, o pior é que sinto que alguma coisa ruim vai acontecer a qualquer momento, não sei explicar. Não só ruim, como eu sonho com um homem muito estranho. – Respondi abaixando a cabeça.

Emma me encara com seus olhos azuis e segura meus braços delicadamente, então foi me puxando, me fazendo deitar minha cabeça no seu colo enquanto fazia “Shii Shii”, como as mães fazem para acalma os bebês. Botei minha cabeça no seu colo e Emma começou a fazer um carinho em meus cabelos, aquela era uma sensação muito boa, uma sensação que minha avó ou minha mãe nunca fizeram comigo, mesmo que minha avó me amasse, ela nunca fez isso, ela só cuida de mim e me dá atenção, mas não dá muito carinho como imaginava.

Continuou fazendo carinho na minha cabeça até o silêncio dominar o quarto, eu estava de olhos fechados e ela ainda fazia carinho, ficamos em silêncio do mesmo jeito até que sua voz a interrompe;

– Eu sei que as coisas que você passou, foi difícil, você é uma menina doce e gentil, não merecia uma mãe como ela, eu sou um exemplo disso, não dou carinho suficiente pro Daryl, não lhe dou muita atenção, mas mesmo assim me importo com ele, como me importo com você Angel, essas coisas que você está sonhando, são seus traumas, isso nunca vai sumir, mas você pode controlá-las, e esse homem estranho que sonha, não sei direito, porém, pode significar alguma coisa que tem ave com seu passado. E essa sensação estranha, logo vai passar, não se preocupa, quando a tal coisa estranha acontecer, isso vai sumir ok. Agora é melhor se acalma, ficar nervosa não vai lhe fazer bem, ainda mais agora. – Disse Emma para mim.

Eu não podia ficar nervosa, minha pressão subia, minha respiração ficava ofegante e não conseguia respirar, eu tinha um pequeno problema com nervosismo, digamos que não nos damos bem, o nervosismo não me fazia bem e isso um dia, podia acabar comigo, dá última vez que eu tive um ataque de nervosismo por causa da minha mãe, acabei desmaiando e ficando dois dias em coma no quarto da casa da vovó, foi aí que minha avó decidiu cuidar de mim, um dos vários motivos dela querer cuidar de mim.

Assenti e respirei fundo, tomando fôlego, levantei e encarei Emma, ela ainda me olhava com aqueles olhos azuis iguais aos de Daryl, na verdade, Daryl tinha a mesma aparência de Emma, cabelos loiros escuros dourados e olhos azuis, ele não se parece com Will, e sim com Elizabeth Dixon, duas pessoas lindas, como queria ter uma mãe igual a Emma, mesmo que ela fume ou faça coisas que não gostávamos, ela se preocupava com seus filhos, ela só não consegue mostrar isso para Daryl, ela era diferente da minha mãe.

Do nada, notei que estava abraçando Emma e a mesma estava em choque com o carinho, mas em seguida retribuiu abraçando mais forte, estava adorando o abraço dela, o abraço dela é quente e macio ao mesmo tempo, era tão bom ser abraçada por uma pessoa que se importa contigo, pelo menos, duas pessoas se importavam comigo, e esses são Elizabeth e Daryl.

Mas, como todo momento de carinho tem que acabar, porém o nosso não acabou como nós queríamos, acabou com um Daryl eufórico gritando aos quatro ventos até nós.

– Angel! Meu pai está vindo, você precisa sair daqui! – Gritou Daryl entrando no quarto, Emma me soltou na hora.

– Merda! – Exclamou Emma se levantando e olhando pela janela, vendo o marido poucas quadras perto de casa. – Angel você precisa sair daqui. Will está quase chegando. Daryl! Leve ela daqui rápido! Vou distraí-lo. – Gritou Emma saindo do quarto correndo, nós a seguimos.

– Por onde vamos sair?

– Pela garagem, já que ele vai entrar pela porta, podemos fugir mais rápido por lá. – Respondeu Daryl.

Na hora estávamos entrando pela porta da garagem, a porta se abre rapidamente e com bastante força, revelando-se Will Dixon, o pai de Daryl e Merle e marido de Emma.

– EMMA!! CADÊ VOCÊ SUA VAGABUNDA?! ESTOU COM FOME!! – Gritou Will, seu grito era grosso e bastante alto, parecia que a qualquer momento ia socar a cara de alguém.

– CALA A BOCA WILL!! VAI PEGAR SUA PRÓPRIA COMIDA SEU FILHO DA PUTA!! – Caramba, não acredito que o maior jeito de distrair um Dixon é o deixando irritando, vou anotar isso para distrair Daryl algum dia ou até mesmo Merle.

Meus pensamentos foram interrompidos por um barulho de tapa, não acredito no que está acontecendo, Will está batendo em Emma, eu não podia aceitar isso, não agora que a única mulher me ajudou muito.

Tentei ir pra sala onde Will estava espancando Emma, mas Daryl foi me impedindo segurando meu braço, eu gritava pedindo para ele me soltar, mas ele se recusava, até que nosso momento louco foi interrompido por uma voz grossa, bastante grossa.

– Que porra está fazendo Daryl? – Virei para a pessoa e fiquei em choque, era Will Dixon na nossa frente, ele estava com a maior cara de assassino e um cigarro na boca, sem fala que cheira a gambá.

Daryl soltou meu braço e ficou na minha frente me protegendo de seu pai, como se mostrasse que ele não encostaria um dedo em mim, só se passasse encima do cadavere de Daryl, bom, isso é o que menos quero ver.

– Quem é essa bonequinha Daryl? Veio trazer ela para podemos brincar. – Debochou Will, nesse momento, meu medo foi me dominando.

– Não chegue perto dela pai.

– Está me desafiando Daryl? – Disse Will se aproximando mais de nós, recuávamos cada passo que ele dava.

– Quando eu disse três, você correr para garagem e sai correndo daqui... – Sussurrou Daryl.

– Daryl...

– Estou pai.

– Você é mesmo um filho da puta, vai ganhar castigo que nem sua mãe. – Disse Will já tirando o cinto.

– TRÊS! – Gritou Daryl avançando sobre o pai e comecei a correr para a garagem.

Corri como nunca corri antes, eu corria na calçada de cascalho do bairro, eu não conseguia olhar para trás, não conseguia, com medo de que Will estivesse me seguindo ou espancando Daryl no meio da rua, a única coisa que eu menos queria era isso, Daryl sendo espancado pelo pai, é o que eu mais tenho medo. Continuei correndo até chegar á fazenda, segui para a floresta e fui para a primeira árvore que vi pela frente perto da fazenda, comecei a subir nela até chegar no primeiro galho mais alto, me aproximei ficando encima dele e depois me sentei no galho, olhando o lindo por do sol daquele dia de sábado.

Meu medo estava mais forte, minha raiva, minha angustia, sentimentos que eu guardei por anos dentro de mim, eu estava apavorada, com medo de que Emma ou até mesmo Daryl se machucassem, não queria causa problema para eles, parece que mamãe tem razão, eu sou um caso perdido, uma babaca, uma sem noção isso sim, por que não consigo ser normal? Por que tinha que ser tão diferente das outras pessoas?

Meus pensamentos estavam tão longe que nem percebi quando Daryl subiu o galho e sentou-se ao meu lado, ele não me encarava, isso não era um bom sinal. Olhei para ele e entendi o motivo, seu rosto estava com pequenos hematomas roxos, um na testa que dava para esconder, uma no queixo e um depois do lábio, ele estava com um olhar distante. Botei minha mão na sua bochecha o fazendo vira-se para me encarar, sentir lágrimas rolarem pelo meu rosto.

Por que eu faço as pessoas sofrerem? Por que todos que são importantes para mim acabam assim? Se machucando? Daryl é a pessoa que eu mais me importo na minha vida, é a pessoa que eu menos quero ver se machucar, por que tudo que eu faço acaba nisso?

Abaixei meu rosto e deixei minhas lágrimas rolarem, meus soluços saiam sem permissão e nem ligava, eu só queria que aquela dor que sentia fosse embora, mesmo que fosse humilhante chorar na frente de um garoto, não podia deixar aquela dor no meu peito se fluir, queria que saísse, queria que tudo a minha volta ficasse diferente.

De repente, a mão macia de Daryl foi ao encontro com minha bochecha vermelha e molhada, a tocando e fazendo um carinho, levantei meu olhar e encarei os olhos azuis céu de Daryl, eles estavam vermelhos e molhados, prontos para chorar, não queria isso, não queria que ele chorasse, além do mais, eu que sou a chorona aqui amigo não tu!

Eu não resisti, uma hora estava encarando Daryl, na outra, estava abraçando Daryl fortemente, ele levou um tempo para retribuir, mas retribuiu dando um abraço mais forte. Me deixei levar ao choro, minha cabeça estava encostada no seu ombro perto de sua orelha, aproveitei e sussurrei no mesmo:

– Me desculpe... – Então Daryl me apertou mais forte.

– Não foi sua culpa. – Disse Daryl dando um beijo em minha testa e voltamos a nos abraçar, no final do lindo por do sol.

[...]

Fiquei dois dias sem ir pra casa dos Dixon’s, fiquei esses dias me culpando pelo acontecimento deles, me culpei pela Emma ter se machucado, pelo Daryl ter se machucado, agora eu tomei uma decisão, pedirei desculpas pelo acontecimento de a dois dias atrás, primeiro esperaria Will sair da casa e entrarei para pedir desculpas, aí sim tudo ficaria bem. Estava andando pela calçado de cascalho quando escuto sirenes por perto, isso me estranhou e não pareceu bom.

Comecei a correr seguindo as sirenes, quando cheguei perto, vi que tinha três caminhões de bombeiros diante de uma casa, tinha varias pessoas em volta e todas encaravam a casa, ao saber de quem era, me deu arrepios.

Era a casa dos Dixon’s.

Dos mesmos que ia pedir desculpas, eles não podem... não pode está acontecendo.

“Por favor, que não tenham morrido – Pensei”

Fui me aproximando mais do local e de lá, vi Daryl encarando um bombeiro que estava agachado diante de si, ele era negro e usava sua roupa amarela e seu capacete da mesma cor, ele mexia seus lábios e todas as palavras, parecia que faziam mal a Daryl, até que num momento, Daryl começa a correr para a floresta sem olhar para trás.

– Daryl! Daryl! – Gritei tentando chamar a atenção dele, mas foi inútil, olhei pro bombeiro que estava agachado de cabeça baixa e fui me aproximando dele, e perguntei o que tinha acontecido, portanto, a resposta não foi lá das boas.

– A casa acabou pegando fogo por causa de um cigarro, Elizabeth Dixon, estava na cama fumando quando de repente acaba adormecendo sem apagá-lo, o cigarro acabou fazendo a cama pegar fogo e foi atingindo a casa, não sobrou nada de seu corpo, mostrando vistigios que Elizabeth Dixon foi declarada morta

[...]

Um tempo se passou deste que descobrir que Emma, foi morta por causa de um cigarro, deste aquele dia, não sai mais de casa e chorava na cama, ás vezes no sofá, minha avó começava a ficar preocupada e contei para ela o motivo, ela achou melhor me deixar sozinha por um tempo, isso foi bom, assim eu podia pensar melhor e acredite, eu precisava mesmo.

Estava deitada no sofá encarando o teto, meu avô tinha ido trabalhar e minha avó foi comprar roupas, eu não queria sair então fiquei em casa refletindo tudo que aconteceu a três dias atrás, faz cinco dias deste meu último contato com os Dixon’s, não falei mais com Daryl, achei melhor ele ficar um pouco sozinho para se acalma, eu sei que devia está o consolando, dando apoio, mas... Como fazer isso se nem eu mesma sei? Ninguém nunca fez isso por mim, como eu devo fazer também?

Alguns minutos se passaram e ouvi batidas na porta, estranhei e fui até a mesma, quando eu abri, dei de cara com a pessoa que pensava que nunca mais veria.

– Daryl? O quê está fazendo aqui?

Daryl, por sua vez, abaixou a cabeça e botou suas mãos dentro dos bolsos da calça, ele parecia nervoso, isso eu sentia de longe, ele estava com uma mochila nas costas, parecia que ia sair ou até mesmo... viajar?

– Eu... eu vim aqui... para me despedir. – Disse Daryl.

Arregalei os olhos. Não. Isso não pode está acontecendo, não agora, não podia, ele estava me deixando, ele não pode.

– D-despedindo? Você vai embora? – Perguntei já sentindo o nó na minha gargalha e as lágrimas aparecerem.

Daryl abaixou a cabeça e depois a levantou me encarando, seus olhos mostravam dor e tristeza, tem alguma coisa de errado.

– A casa pegou fogo e precisamos nos mudar, então meu pai decidiu procurar um lugar longe do Sul, ir um pouco mais pro centro de Palmetto, vai ser mais longe para eu vim até aqui te ver, é a última vez que nos veremos Angel. – Respondeu abaixando a cabeça.

Eu não podia acreditar, Daryl Dixon, meu melhor amigo, meu único amigo está me deixando, me deixando para trás, como minha mãe fez, não podia acreditar nisso, não podia.

Comecei a chorar e soluça de novo, eu não queria isso, não queria que o destino me tirasse de Daryl, não podia, por que? Por que isso?

Do nada, Daryl me abraça forte e eu retribuo, eu encostei minha cabeça no peito dele, me deixando chorar nele, molhando sua camisa verde clara, iguais aos meus.

Daryl fazia um carinho no meu cabelo e encostava a sua na minha, eu chorava muito, não queria isso, não queria.

Tirei minha cabeça do seu peito e o encarei, ele me olhou e botou a mão na minha bochecha molhada de novo, como na outra vez, então, Daryl beijou minha testa e sussurrou:

– Adeus, minha anja, um dia nos encontraremos.

Então foi embora. Assim que Daryl saiu correndo, eu fechei brutalmente a porta encostei minha testa na parede, me rendendo ao choro, eu perdi tudo, perdi a única mulher que se importou comigo, perdi meu melhor amigo cujo um amor secreto por ele, o destino estava tudo de mim, estava me destruindo, eu já sofri tanto e parece que preciso sofrer mais.

Agora, tudo ao mudou, meu destino mudou, minha vida mudou, terei que seguir minha vida sem Daryl Dixon nela, simplesmente, terei que seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, boa noite e até a próxima.



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