Laços Do Passado escrita por Raquel Duarte


Capítulo 6
Névoa Escura


Notas iniciais do capítulo

Olááááá meus amores ! Bem espero ainda ter leitoras/es :)
Antes de mais espero que tenham um bom ano e um bom carnaval. Não me matem eu sei que demorei bastante , mas com as festividades de Natal e Ano novo foi impossível postar , e logo no principio do ano mudei de casa o que deu bastante trabalho para restaurar a ordem de tudo. Para finalizar minha beta não deu sinal de vida pois já era para ter postado. Desde já obrigada à leitora Yume por revisar o capitulo.
Bem gente é o seguinte tenho nove leitores acompanhando a Fic e só quatro comentam e três favoritam sendo que 110 acompanham é já firam a disparidade. Vamos lá minha gente comentem, recomendem, e divulguem não custa nada, e quantos mais comentários mas me incentivo dá a continuar.
Sobre o capítulo estou insegura quantoa ele, me digam o que acham. Tudo começa aqui. Muitas coisas estão para acontecer... Tudo começa a partir de agora...
Bom vamos ler?
Boa leitura! :)
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" Somente o tempo diz, que confiança é vidro, que ganância é pedra, que desprezo é arrependimento, que ilusão é tombo, que mentira é espelho."
Edson Rufo



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Pv Bella

O balancear dos galhos… A folhagem que parecia se debater por um lugar, o vento as embalava em seu leito de forma forçada. Era o prelúdio do temporal, as nuvens escuras pareciam denunciar o dilúvio que aos poucos se tornava, o poder da natureza em sua força voraz. Me sentia parte dela, sua fúria era uma réplica fiel do que me apoderava, assim como o diluvio da minha alma. Mas a vantagem da natureza é que ela se apodera de tudo à: sua volta, eu queria esse poder, essa força. Talvez até mesmo para criaturas imortais como nós esse poder fosse demasiado… Talvez pelo menos estaria certo agora, tudo seria como deveria. Eu tentava não desmoronar, não me entregar á inércia e desespero. Minha mente estava esgotada: as imagens e lembranças da minha bebé, as palavras de Alice, a visão. Os Volturi vinham em desfreada fúria como lenha para incendiar o sofrimento de não a ter.

— Hum...teremos que resolver esta situação —Emmet disse despertando-me, assim como o som insistente do meu telemóvel.

Desde a chegada a Seatle, que nosso mundo era imóvel, sem réstia de vida. Cada um em seus pensamentos e imobilidade física. Alice estava perdida no futuro, Edward era o único que se ausentava para além da caça, — devido aos pensamento dos demais — e Jaspear tentava fazer o mesmo, seu poder de nada valia quando a dor era dilacerante.

O som insistente do aparelho era o único som de ambiente, e com isso me despertava, eu sabia quem era o dono das ligações insistentes, e com isso o medo aumentava, não sabia o que fazer.

— Temos que dizer a Charlie que não resistiu, ele precisa fazer o luto— Carlaisle disse calmamente.

Luto? Eu não tinha a certeza se era isso que queria, mas ele não poderia saber da verdade, ou talvez até fosse o certo ele pensar que estou morta. “ Bella fale algo para o Charlie “ as palavras da minha mãe na despedida vieram agravar minhas dúvidas. Eu não poderia nem queria fazê-lo sofrer ainda mais agora, mas qualquer uma das escolhas levaria a esse fim. Talvez por agora fosse melhor dizer que estarei ausente, universidade seria uma desculpa razoável. Várias possibilidades eram pensadas e ponderadas, não seria fácil mentir para Charlie, possivelmente com a ajuda de Reneé...

— Eu não quero que Charlie sofra, não depois de tudo que aconteceu —Disse taxativamente

— Bella, amor você sabia que essa era a escolha…Ele não pode sab…

— Eu sei, mas talvez possamos dizer que vou me ausentar, fazer universidade, Reneé poderá nos ajudar …

Carlaisle e Esmee se entreolharam, todos pareciam ponderar. Eu sei que era pedir demais, com tudo que estava acontecer. — Como quando criança, os adultos nos diziam que só é possível saber e compreender o que é ser pai e mãe quando o somos — Agora entendia o que era incompreensível na inocência de pequena. Não queria que meu pai sofresse com a minha possível “morte”. A dor da perda...

— É, poderíamos dizer que iriam fazer uma universidade longe e que por isso teríamos que partir para não deixar nossos filhos sozinhos e longe de casa. — Esme disse calma e complacentemente, seu olhar sobre o de Carlisle

— Vai dar certo, Charlie vai relutar a princípio, mas aceitará o facto da universidade de medicina para além de que estamos indo ajudar uns parentes próximos — Alice disse calmamente e petrificada no futuro.

— Tem certeza? — Edward perguntou-me, fazendo um pequeno carinho na minha mão que estava entrelaçada à sua. Afirmo perceptivelmente o olhando.

— Tenho. Todos pereciam concordar através de olhares significativos.

— Bom, então tem que prepará-la. — Disse Alice se movendo. Saindo da inércia.

— Querida, lembre-se de como foi com Reneé, aja com naturalidade e o mais humanamente possível. — Esmee disse-me passando seu olhar e seu sorriso de confiança e carinho matrenal.

— Se o apelo do sangue for demasiado, tente manter a calma e pensamentos heterogéneos procure ajuda em Edward— Disse Carlaisle — Se bem que seu autocontrole, para uma recém nascida é algo admirável. — Carlaisle disse-me, olhando pensativo e especulativo.

(...)

— Quanto tempo? — Bella

— Cinco minutos. — Alice

A ansiedade se apoderou de mim se fazendo par à preocupação, mais até do que foi com Reneé, embora o sentisse com minha mãe. A verdade é que com a visita de Charlie as sensações tomaram sua intensidade ao extremo, juntamente com o medo. Medo de magoar mais uma vez Charlie, de o fazer sofrer novamente, de que ele perceba mais do que deve …

E o medo da certeza que nunca mais o verei.

O freio do carro de polícia e o cantar dos pneus no asfalto anunciavam sua chegada. Edward estava a meu lado no sofá tentando me manter calma e confiante.

— Calma, vai correr bem — Edward disse-me me olhando nos olhos assim que a chegada de Charlie foi perceptível, eu o encarei preocupada.

Ouvi Carlaisle receber meu pai e este perguntando por mim, e de seguida seus passos em minha procura.

— Bella? — Sussurrou emocionado assim que me viu, vindo até mim.

— Pai! — Disse assim que ele me recebeu em seus braços humanamente quentes.

Seu cheiro era apelativo, o som do coração e seu palpitar ameaçava meu autocontrole, mas a emoção de estar novamente ali em seu abraço aconchegante me transmitia protecção. Seu aperto me passava uma segurança diferente da de Edward — De Pai e Filha — Aquele que nos protege dos medos, nos acalma quando mais novos, e nos fortalece para crescer e lutar. Senti seu aperto diminuir, mas não da intensidade dos sentimentos demostrados, pois seus braços ainda me rodeavam. Seu corpo se afastou enquanto seu olhar me fitou de forma interrogativa.

— Seu corpo, Bella, esta fria.

— Pai …

— Ela ainda esta a recuperar, por isso a temperatura baixa Charlie — Disse Edward explicativo.

Charlie se afastou de mim, intercalando seu olhar entre mim e Edward deforma duvidosa

— Você esta diferente — Charlie disse constatando o facto, seu semblante era especulativo enquanto me analisava.

— Não se preocupe Charlie, são as mudanças do casamento, daqui a uns tempos vai ver seu genro com uma barriguinha a mais — Emmet disse sorrindo feito uma criança traquina que esta prestes aprontar, recebendo uma cotovelada imperceptível de Rose e um olhar severo e de repreensão dos restantes assim como o meu.

— Nem parece que esteve doente! — Disse concreto — Esta linda, quer dizer, ainda mais. O que teve afinal? — Questionou curioso e preocupado. Uma pergunta simples e comum, contudo a constatação da mudança e a suposta doença que eram a prova e desculpa de uma inacreditável—Renesmee, e com isso a dor e tristeza até agora reprimidas vieram em força me assombrar e consumir.

— Pai …Por favor tudo que precisa de saber é o que já sabe, será melhor assim, para todos. — Disse reticente e com receio que Chalie não aceite a “ verdade “ apresentada.

— Mas o que aconteceu afinal? — Charlie questionou em seu tom policial e desconfiado.

— Sem perguntas será o melhor acredite. — Disse

— E o que teve afinal? — Interrogou Charlie.

— Uma virose, bem forte. Sabe como é Charlie, um país, diferente bem como o clima — Carlaisle explicou.

— Mas esta tudo bem agora, não está?— Charlie perguntou preocupado alternado seu olhar de mim para Carlaisle.

— Sim Charlie esta tudo bem — Carlaisle confirmou com seu olhar complacente. Charlie respirou aliviado.

— Pai … tenho algo para lhe dizer que não vai gostar … — disse tentado achar uma forma de não o magoar e parecer calma. Seu semblante denotava-se preocupante.

— Não está tudo bem com você Bella?

— Sim, esta. Na verdade não tem a ver com a minha saúde. Nós vamos ter que partir. — Disse medindo as palavras para não o preocupar.

— Nós? Embora? Mas vocês ainda agora chegaram! Vão para onde? — Questionou preocupado — O que se esta a passar afinal Bella? Você não está escondendo nada de mim? Disse-me que estava bem?

— Bella não está lhe escondendo nada Charlie, ela realmente está bem. Nós só decidimos cursar universidade fora, conhecer novos países e novas culturas — Edward disse explicativo

— Universidade? — Questionou Charlie.

— Sim — Afirmei

— Fora? — Charlie questionou

— Hum hum — Confirmei

— E o que vai cursar? - Talvez Medicina ou Biologia. Ainda não decidi —Digo vendo Charlie confirmar

— Ok. Mas quando disse “nós” Só você e Edward? — Inquiriu Charlie me olhando.

— Pai! Casados, lembra? — Digo sorrindo pela atitude protectora de meu pai.

— Na verdade a minha família também irá— Disse Edward com seu sorriso devido algo que Charlie pensou, tenho a certeza.

— Nós iremos acompanha-los Charlie. Na verdade eu e Esmee não aguentaríamos a saudade de ficar tanto tempo longe de nossos filho, para além de que temos que ajudar uns parentes — Carlaisle disse explicativo abraçando Esmee pela cintura.

— Sendo assim, só lhe peço que me diga algo para saber como está, por favor Bella.

— Não se preocupe pai eu avisarei. Confirmei, aconchegando-me o de novo em seus braços.

— Quando partem? — Perguntou Charlie

— Amanhã.

— Mas já? Ainda agora chegou e esta se recuperando ainda. — Disse interrogativo e preocupado.

— Entendemos sua preocupação Charlie, só que o semestre já começou, por isso quanto mais cedo partimos será melhor para eles — Explicou Carlaisle

— Compreendo. Mas ainda acho que deveria ficar mais um pouco — Disse Charlie suspirando

— Então esta será a última vez que a vejo? Sem uma data de quando voltará?

— Pai!

— Tudo bem, sem perguntas. Disse-me Charlie ainda comigo em seu abraço.

Desprendi-me de seu abraço caloroso. Por mais que fosse confortador, a cruel e dura realidade não desaparecia como nos sonhos ruins, com um simples carinho.

— Cuide bem dela — Charlie disse em seu tom firme a Edward olhando-o firme ao mesmo tempo que lhe dava o habitual comprimento de mão.

— Cuidarei.

É, talvez esta tenha sido a última vez que vi Charlie. Pelo menos este estaria a salvo longe da realidade paralela e perigosa, rodeado por pessoas que o amam como Sue e os lobos.

— Pai! — Chamei-o — Como está o Jake? — Perguntei assim que nos despedíamos perto da viatura policial. Seu semblante se contorceu em uma expressão preocupada.

— Billy me disse que ele raramente aparece em La push, o que o deixa muito preocupado. E que quando o faz não fala com ninguém, nem mais dormir consegue com pesadelos.

Saber aquilo me fez sentir mal, porém não como antes. Antes sentia como se lhe pertencesse de alguma forma e não correspondê-lo de alguma maneira me machucava e magoava-o. Era uma necessidade incompreensível, mas estava lá, sentia-o. Mas com o tempo consegui superar. Talvez a rivalidade entre seres imortais tenha se oposto a esta necessidade. Agora restou a saudade e a tristeza por saber que ainda machucava meu amigo.

— Queria que ele fosse feliz, ele merece. Mas tenho certeza que ele vai encontrar alguém que o faça.

— Também espero. Ele é um bom garoto. — Bom, e você, se cuide —Charlie disse abraçando-me

— Digo o mesmo pai, por favor. Deixe Sue cuidar bem de você ok? Dê um abraço meu a todos, principalmente no Jake, e diga à Sue que lhe mandei um beijo.

— Tudo bem. Dê noticias. Assenti abraçando-o

— Adeus Pai

LDP

Desde o dia em que Renesmee fora entregue a Reneé e Phil, que o casal se mudou para perto da floresta Estadual de Foxboro, em Phonix. Não só devido à alimentação da Pequena, mas também para manter a descrição e reservar o máximo possível o cotidiano. O crescimento de Renesmee era cada vez mais notório, o que era um pouco assombroso e preocupante para Reneé e o marido.

Alimentação predileta da menina era a caça, o que levava Reneé a tentar persuadir a neta a degustar um pouco mais da comida humana. Mas a menina, agora com aparência de uma criança de três anos e meio, vencia pela sua teimosia e beleza. Seu rosto mais fino, sua pele alva e suas pequenas bochechas num tom rosado que se assemelhavam a tonalidade de seus lábios, e com seus cabelos cacheados acobreado, olhos cor de chocolate, a réplica perfeita de Bella. Porém, apesar de seu jeito delicado e tímido, seu olhar transmitia a cada dia tristeza e melancolia pela falta e saudade. O que preocupava o casal de cada vez que Renesmee sonhava ou os questionava pelo seu dom a falta de Bella, Edward ou até mesmo os, facto que Reneé escondia de cada ligação da filha.

— Acho que a menina deveria conhecer meninas da sua idade, não sei … brincar? — Phil sugeriu a Reneé enquanto olhavam Renesmee sentada no pequeno sofá perto da janela, lendo uma das obras de Shakespeare — A Tempestade.

— Não sei Phil, ela é diferente e para além de que alguém pode descobrir … — Reneé disse com medo, só pela imagem que se apoderou em sua mente.

— Não aguento mais ver essa menina triste, ela passa o dia lendo ou na floresta. Ela precisa de conviver, falar, rir, brincar... como qualquer criança de sua idade.

— Talvez... — Reneé ponderou a ideia, que talvez fosse bom para a neta.

Fazer programa que qualquer criança faz, como ir ao parque. Renesmee não gostava dos típicos brinquedos de uma “Bebé” de sua idade, como casinhas ou brinquedos ou bonecas, sendo que o único que acompanha e aconchegava enquanto dorme é um urso de peluche felpudo.

— Não voltou a dizer para a Bella? — Questionou Phil à esposa, sobre o facto de Reneé esconder da filha o que se passava com a menina.

— Não Phil, só iria faze-la sofrer ainda mais … — Disse Reneé com um olhar de pesar.

Por mais que não admitisse a descoberta de uma realidade tão diferente e de seus perigos tão iminentes, a deixavam apreensiva como se vivesse em sobressalto e com receio do poderia acontecer a sua filha e neta.

— Para além de que essa foi sua última ligação … — Reneé disse num tom de voz fraco e entorpecido pela tristeza que almejava brotar o sofrimento de seus olhos azuis .

Phil não falou nada, só aconchegou-a em si após ver o estado da esposa. Ele a conhecia, ela não era uma mulher de sofrimento ou tristezas, porém o facto de um mundo diferente e perigoso que ameaçavam sua filha e neta eram demais para uma mãe. Ele próprio ainda lhe custava acreditar em algo tão surreal e diferente, mas tentava não se assustar de cada vez que via as particularidades de Renesmee. Dera a sua palavra à enteada e principalmente a Edward, — que cuidaria da menina — e não pretendia voltar atrás ou falhar.

LDP

Pv Jacob

Minha vida estava uma bosta mesmo. Por mais que tentasse, estava longe do “seguir em frente”. O desespero era absurdamente doloroso e assustador, pois simplesmente não conseguia ter controlo, sem poder fazer nada quanto a isso. Era uma necessidade quase gritante por ela consciente e inconsciente que eram como chagas em meu peito. Uma dor tão absurda e angustiante que via-me a suplicar a meus antepassados pela magia idiota que muitos da matilha dizem ser a paz sublime interior, o extremo de felicidade o completar nós mesmos— O imprinting.

Como algo que nos rouba possibilidade e a liberdade de escolha nos pode ser algo tão vital que nos põe em segundo plano como o amar? No entanto, eu me via implorando por ele. Me via sentando em bancos de parques ou esplanadas alheio á multidão, só olhando cada olhar feminino que passava — Em busca da minha salvação.

Algumas ainda tentavam conversar ou tentavam algo mais, mas de cada vez que me deixava levar seu olhar se apoderava em minha mente, como uma placa néon que me assombrava.

Me sentia um espectador da minha vida inerte, há espera e em busca de algo que não sei bem o que é, simplesmente a liberdade me tomava ao vaguear sem destino. A vontade de algo mais se fazia marcante em meu lado lupino, me impulsionava a ir sem rumo. Por outro lado, La Push era como uma prisão de recordações dela e sair me pereceu o melhor no momento. Sem os olhares de pena ou palavras de conforto como “ Tente esquece-la “ ou “Segue em frente cara”. Ou até mesmo pelo sofrimento que causava em minha irmã e meu pai. Nem eu conseguia conviver mesmo e não era uma das melhores companhias para alguém.

— E ai jake?

A voz mental de Seth me despertou dos meus delírios.

— Se veio encher o meu saco, pode ir garoto.

— Já vi que está de bom humor hoje, hem!— Ele ironizou

— Diga o quer Seth, se não caia fora — Disse impaciente.

Estava no limite e ultimamente a matilha tem enchido a minha paciência.

— Seu pai e sua irmã estão preocupados com você e q…

— Diga-lhes que estou óptimo. Pronto, já deu o recado, pode ir— Disse o interrompendo-o

— Eles querem saber quando volta.

— Não sei—Declarei firme.

É, realmente era a única certeza que tinha era o não saber e o não ter de nada. Meu Pai vivia dizendo que tinha que dar um rumo em minha vida e que se não desse jeito na minha não conseguiria ser feliz, nem encontraria meu imprnting e assumir o lugar par qual nasci. Billy e seus enigmas que muitas das vezes não são mais que frases feitas: “ Se não foi ela é porque não tinha que ser, olhe com olhos de ver Jacob”, eu me perguntava se era eu realmente que não estava bem quando ele dizia estas coisas.

— Jake?

— Ainda ai garoto? O que quer? Vamos, diga?!

Seth era o tipo de garoto que não consegue ficar calado. E para estar ali me enchendo era porque tinha algo mais.

— Charlie esteve com seu pai — Disse reticente.

— E? O que tenho a ver com isso?

Sua mente foi invasiva na minha com a conversa entre os dois, onde Charlie comentava a mudança dela e que eles iriam embora. Eu não queria saber de mais nada, não queria saber mais dela. Eu não aguentava mais o frio e o vazio que se apoderava de mim.

— Chega, acabou! Eu já disse que não quero saber de merda nenhuma Seth!

— Mas Jake ela…

— Eu não quero saber! Entendeu!

— Tudo bem Jacob, eu só pensei que queria saber. Desculpe, já estou indo! — Seth disse com pesar deixando-me sozinho.

Eu sabia! Eu sabia que aquele sanguessuga iria conseguir. Como ele foi aceitar aquela ideia idiota de ter “uma lua de mel igual a todas as outras”. Aposto que depois de ele e ela... Ah eu nem quero imaginar. Por isso eles disseram para o pobre Charlie que estava gravemente doente. Ele deve tê-la deixado tão mal que a única maneira de a salvar era transformando-a num monstro igual a eles. Agora já não havia volta. A dor dava lugar a raiva pela certeza de que agora não posso ter mais, eu deveria tê-lo matado quando tive chance. E lá estava eu novamente, me deixando levar pele raiva e a dor me dominando, correndo sem destino deixando um rasto de destruição.

LDP

( Floresta de Seattle )

O som dos pequenos galhos quebrando a cada passo forte e pesado, seguido de milhares que pisavam o manto branco, eram ouvidos pela audição sobrenatural dos Cullen de forma apreensiva e tensa. A sentença teria chegado e não poderiam fazer muito além de tentarem se defender. Milhares de mantos negros eram vistos sem um rosto ao qual identificar do clima de neblina que se fazia sentir. Uma névoa negra que se apodera das almas com seus medos e temores ou na sua ganância, num vazio gélido e solitário. Um por um se alinhavam, agora coordenadamente, como peças de Xadrez na sua avaliação aos Cullen que mantinha de igual modo. Os mestres se alinhavam ao centro, ladeados por membros da guarda e retirando seus capuzes dos mantos negros. Marcus , Aro e Caius — que agora olhavam os Cullen para fazer o juízo final.

Carlaisle, que antes estava ao lado de sua esposa, se aproxima calmamente a fim de resolver o problema civilizadamente.

— Aro... Vamos discutir isso como faziamos: Como homens civilizados — Carlisle disse calmamente

— Palavras justas, Carlaisle. Um pouco sem sentido visto o problema que temos entre mãos — Aro falou placidamente, mas de forma firme.

— Eu garanto que nenhuma lei foi quebrada. Ela não é imortal! Podemos afirmar isso ou pode ver. — Carlaisle afirmou calmo.

—Vou confirmar todos os traços da verdade... de alguém mais central da história — Aro contestou — Edward! Pelo que vi das memórias da nossa querida Irina, a criança se acompanha por sua recém criada esposa e você, eu presumo que esteja envolvido... — Aro pronunciou pausadamente, elevando sua mão direita.

Edward, que estava com sua mão entrelaçada a de Bella olha-a com um olhar significativo de que estava ali por ela e Renesmee, nem que para isso a morte fosse um futuro próximo. O vampiro se aproxima de Aro em passos firmes.

Aro pega na mão direita de Edward entre as suas, sua mente analisa detalhadamente a de Edward como se fosse a um filme. Seu olhar sombrio e dilatado ia se prenunciando enquanto via as lembranças da lua de mel entre Edward e Bella ainda humana, a descoberta da gravidez, o sofrimento pelo qual passou por vê-la tão fragilizada e o medo e a incerteza do que Renesmee era. Tudo foi visto ao pormenor pelo Mestre da guarda — o parto e os momentos com a menina. Porém, Edward conseguiu ocultar o dom que sua filha tinha e o seu paradeiro — Tinha-lhe sido difícil não pensar , mantinha e repetia vária memórias para não deixar transpacer o que seria arriscado para a sua filha .

— Fascinante. ... Magnifico. Metade humana metade imortal: Concebida e nascida de uma recém criada, enquanto humana — Aro jubilou com seu olhar de cobiça doentia, olhando seus irmãos.

— Impossível — Caius afirmou relutante.

— Acha que me enganaram irmão? — Aro questionou se dirigindo a Caius.

— Tragam a informante ! — Caius ordenou.

A passos receosos, Irina é levada até aos mestres por dois membros da guarda, que mantinham seus braços presos com sua força de aço.

— Então suas acusações eram falsas. — Cauis declarou taxativo.

— Eu assumo a total responsabilidade pelo meu erro — Irina disse se desculpando e temendo pelo que viria, seu olhar era receoso. No fundo ela sabia da inocência dos Cullen, que deveria ter confrontado e confirmado a verdade, mas o desejo de vingança pela morte do seu companheiro era maior. — Os Cullen são inocentes. Desculpe — sussurrou olhando Bella.

Caius faz um perceptível sinal a um dos membros da guarda, que se aproxima com uma toxa acessa .

— Cauis não! — Edward grita por já saber o que iria acontecer.

De seguida um outro membro da guarda desmembra a cabeça da vampira do corpo enquanto o guarda lhe atiça o fogo. Todos os Cullen estavam chocados com a cena macabra, principalmente Bella. Nenhum dos Cullen desejava este fim à vampira, ainda para mais tão próxima como era da família.

— Aro você já viu que ninguém infringiu a lei— Carlaisle disse firmente.

— Concordo, mas não significa que não exista perigo — Aro disse teatralmente, especulando olhando seus irmãos. — Pela primeira vez em nossa história, os humanos são uma ameaça à nossa espécie, Guardar nosso segredo nunca foi tão imperativo. Em tempos tão perigosos... Só o conhecido é seguro, só o conhecido é tolerável. Não sabemos nada sobre o que essa criança vai se tornar.

— Queremos ver a criança! — Cauis ordenou.

— NÃO! — Bella gritou desesperada se movimentando até Edward em sua velocidade característica da nova natureza.

Não tinha a certeza o que Aro tinha visto, mas o olhar doentio de Aro lhe fazia temer até mesmo pelo o que acabara de assistir. Jane olhava-a mortalmente , tentando feri-la com o seu dom , mas que de nada valeu. Aro fez um pequeno gesto com a mão a Jane para que esta parasse.

— Ah! Jovem Bella...Vejo que a imortalidade lhe cai bem — Aro disse olhando Bella, doentiamente obsessivo.

— Aro, nós podemos garantir que ela não representa qualquer perigo — Edward falou tento persuadi-los, pois não gostara em nada da forma como Aro pensava de Renesmee.

— E podemos viver em tamanha incerteza? Vamos nos poupar de uma luta hoje... Para morrer amanhã?

— Aro, tenho evidências de que não haverá perigo — Alice proferiu.

Bella e os restantes Cullen não saberiam de tais evidências, à exceção de Edward .

— Alice, minha querida! Venha aproxime-se — Aro ordenou num tom falsamente amigável, seu olhar desejoso, como se visse algo raro.

Alice se aproxima com Jasper, que não queria sua companheira perto de Aro que tanto a desejava em sua guarda, com se de um troféu se tratasse. A mente de Aro fora invadida por imagens desfocadas, como pontos luminosos, mas ele poderia confirmar a híbrida com aparência de uma adolescente caçando um alce em meio à floresta — Inocente e vulnerável aos olhos de qualquer um, se não fosse pela alimentação.

— Não adianta o que eu lhe mostre. Mesmo vendo, você não acredita — Alice disse descrente assim que Aro largou sua mão delicadamente após vislumbrar a decisão de Aro.

— Alice, minha querida , entenda que proteger nosso mundo nunca foi tão importante — Aro disse —Queremos a criança!

— NÃO! - Gritou Bella, sendo segurada por Edward.

— Sendo assim... — Caius declarou fazendo um perceptível gesto à guarda, e estes avançaram sobre os Cullen.

Alice fora aprisionada por dois vampiros da guarda, assim como Jasper, quando tentara alcança-la.

— Solta-a — Carlaisle ordenou.

— Carlaisle, veja, não terá qualquer chance. De qualquer modo teremos o que desejarmos. Proferiu Aro

— Na minha filha ninguém toca! — Bella disse, entre dentes, com raiva.

Edward segurava em seus braços tentando contê-la. Alice olha seu irmão Edward no momento, lhe fazendo um sinal da confirmação do que todos sabiam.

— Aro, preponho um acordo.— Edward disse firme, olhando Aro.

— Não acredite neles — Caius falou.

— Calma irmão, veremos o que o talentoso Edward deseja — Aro proferiu olhando Caius

— Eu , Alice , Jasper... todos nós nos juntaríamos à guarda e serviríamos Volterra se em troca, desistir da ideia de condenar minha filha— Edward prenunciou pausadamente.

— Ah... Interessante. — Aro especulou — Mas sabe que não pode ser uma decisão tomada levianamente, caro Edward — Aro disse cinicamente, para tentar transmitir a ideia de justiça e igualdade. — Irmãos? — Aro sugeriu, olhando Caius e Marcus, e em seguida, se afastaram para dialogarem e ponderarem a proposta. Edward já sabia o resultado, assim como Alice, que evidenciou.

Os volturi ostentavam o seu poder e força perante os que ousavam pôr em causa suas leis. Ter Alice e Edward era o que sempre os mestres desejaram para prevalecer a grandiosidade Volturi. O gesto positivo de Aro, o seu sorriso cínico e o olhar de desejo doentio para Edward e Alice, comfirmara o destino dos Cullen.


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Notas finais do capítulo

E ai gente linda! O que acharam?
Hum o que será que Billy quis dizer com “ Se não foi ela é porque não tinha que ser, olhe com olhos de ver Jacob”.
E os Volturi será que desistiram mesmo de procurar Renesmee?
Para saberem já sabem : comentar , favoritar, recomendar :) E claro se poderem divulguem .

Beijinhos amores