Laços Do Passado escrita por Raquel Duarte


Capítulo 5
A Despedida


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindas :)
Fiquei muito feliz pelos comentarios anteriores , isso me icentiva a continuar :)
Mariana Machado e Yume sejam bem vindas lindas ;)
Bem capitulo tristinho hoje Hem :)
Vamos ler? Falamos lá em baixo
—------------------------------------------------------------------------------------
"Em cada despedida existe a imagem da morte."
George Eliot



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/425516/chapter/5


Pv Bella

Nunca nada fez muito sentido. Por muito tempo tentei me encaixar em um mundo onde de fato, eu não poderia ser encaixada. Deslocada, parecia ser a minha definição por dezoito anos. Edward foi a surrealidade maravilhosa de um mundo ao qual eu nasci para ser. Vampira! Mas o inacreditavél nos suspende da surrealidade, crenças, ou até mesmo de nós. Renesmee, era o inacreditavél, única e particular, o balanceado de dois mundos complatamete diferentes. Meumundo, minha pequenina cutucadora que nos supreendia a cada instante, em inteligência e sorrisos. Fazer de cada minuto especial e surpreendente. Mágico.

O tempo com Renesmee era como uma ampulheta, em que cada momento se tornava mais especial, por ser medido, um prazo escasso. Mas este tempo vazio para a escuridão e perda, as vezes é o melhor até, do que a dor da morte silenciosa que nos sufoca como um ladrão. E aí não há mais nada. Nem tempo, mesmo que seja contado com cada pequeno grão de areia. Não há uma restia de esperança.

Minha eternidade se resumia há três semanas, três semanas de surpresa, felicidade, especulação, e aprendizagem em meu novo eu, e no de Renesmee. O melhor as vezes é o que nos surpreende, e isso sem dúvida se tornou uma filosofia para mim. Renesmee era o mais belo e incógnito presente para todos nós, que eu já não sabia viver sem. Mas teria que o fazer, aprender a viver uma eternidade sem sua presença sólida, com cada encanto e deslumbre característico da minha pequena cutucadora. As vezes a separação é melhor para proteger quem se ama.

Isso me fez entender o porquê de Edward me deixar depois de meu aniversário naquela altura. Queria me proteger de si mesmo e dos perigos que rodiavam seu mundo. Qual ainda eu não fazia parte. Agora estaria a fazer o mesmo, e não só por altruísmo. Mesmo sendo minha morte, sabia que o melhor para Renesmee era ficar em segurança com Reneé. A morte era bem vinda para salva-la se fosse necessário para protege-la.

Tudo parecia ser um dos muitos pesadelos que tantas vezes me assombravam em vida humana, pelo menos daria para que fosse um mero pesadelo agora.

Uma discussão formou-se com o que deveria ser feito ou não. Que deveríamos proteger sobretudo nosso segredo dos humanos, e ponderarmos novas situações, mas a visão de Alice foi clara. Renesmee teria um futuro mas nem eu nem Edward faríamos parte dele. Minha mãe ficou curiosa após a minha ligação, qual avisei que estaríamos a ir visita-la. Saberia que desde o momento em que ela me visse, desconfiaria das particularidades do meu novo eu. Surreal pensar que estaria a expo-la ao nosso segredo, quando tanto ela como Charlie deveriam fazer o meu luto. Meu pai era um um dos problemas preocupantes, suas ligações eram constantes desde a minha última ligação para ele.

Agora tanto Edward como eu, poderíamos ver e sentir a dor dilacerante da despedida. A dor e o sofrimento em cada um por perder Renesmee, não para a morte esperada, mas para a separação forçada. O medo do que poderia acontecer nos assombrava sobretudo do que lhe poderia acontecer, muito embora Alice já o evidencia-se. Tudo se tornou em sua realidade cruel de escuridão e perda no momento em que o tornamos real. A carta de despedida e a segurança de que Renesmee tenha uma vida, por mais curta que possa ser, recheada de felicidade e do que ela desejar. Mas o impasse de escolher de forma pensada as palavras da despedida era apavorante. Uma dualidade entre a razão e o coração. Escolher as únicas palavras que iriam ficar para sempre com ela, e de alguma forma por nós, as únicas que iriam perpetuar o amor inigualavél e único, pórem especial quanto Renesmee. As últimas, quando havia tanto a ser dito e vivido.

Braços gelados rodearam minha cintura e um beijo carinhoso em minha nuca, eu conhecia estes braços, esse toque, esse perfume. Edward era o meu porto seguro em meio ao naufrágio de sofrimento. Mas eu sentia e sabia da igualdade da sua dor e sofrimento. Edward que julgava ser impossível amar algo que me visse sofrer ou me matasse. Mas nossa filha, a sua existência, é o valor indescritivél do que todos julgavam impossível, é o resultado do nosso amor.

– Já esta tudo pronto. - Sua voz não era mais que um sussurro sôfrego. Me virei para encarar os seus olhos de um dourado escuro, os olhos de sofrimento.

– Eu… Eu não sei se vou conseguir... - As palavras saíram arrastadas pelo nó que se formou em minha garganta, só pela imagem do adeus que se apoderou de minha mente.

– Eu também não... Eu que cheguei a pensar que tudo fosse impossível - Ele me deu o seu sorriso torto, embora não passasse mais de uma tentativa. - Mas você e nossa filha, me mostraram que não há impossiveis. Que nada tem uma última palavra. Eu acredito que esta, não seja a nossa última palavra ao nosso pequeno mundo. A nossa felicidade. - Ele continuou, olhando em meus olhos. - Vejo isso cada vez que olho para Renesmee, em seus pequenos olhos brilhantes chocolates, os seus olhos. Ou em suas palavras e imagens em sua mente ou nos seus carinhos e sorrisos. De cada vez que as vejo juntas, como o mais belo e inimagínavel e raro retrato. Sei que não será um adeus, eu não vou deixar que seja. Não vou deixar que a segurança de Renesmee fique em risco. Renesmee nos terá sempre, mesmo que longe, nós seremos sua família, e a manteremos feliz e segura. Sempre.

LDP

O avião particular dos Cullen tinha aterrado no aeroporto em Phoenix. Durante o voo, tanto Edward como Bella se resumiram a desfrutar da presença da filha, decorando cada traço e gesto da menina. Renessme aparentava dois anos de idade, mas sua inteligência era ainda mais avançada.

Edward explicou-lhe que estaria a ir ver Reneé sua avó, e que não não poderia morde-la caso sentisse sede. Embora a menina não tivesse veneno, isso poderia ferir Renné com gravidade. Física e psicologicamente. A menina sabia que sua avó ainda desconhecida não era igual a Esme, mas sua curiosidade em conhecer Reneé a deixava inquieta.

O carro com vidro duplos e escuros que os levaria até Reneé já se encontrava no local. Onde o motorista entregou a Edward. Embora o piloto e o motorista fossem de confiança e conhecidos dos Cullen, Edward não queria chamar atenção e surpreender ainda mais os dois homens. O sol que era predominante na região de Phoenix, Arizona, deu lugar ao raro e rigoroso inverno. Isso facilitava a discrição.

Tanto para Edward como para Bella, uma vez que a pele de Renesmee mesmo sendo tão forte como a de um vampiro não apresentava mais que um leve tom reluzente, como se sua pele fosse cuidada com balsamos.

O trajeto de carro não demorou mais que meia hora, o que tanto para Bella e Edward parecer-se segundos para quem estar a desfrutar da última vez com a filha. Bella não se separou da menina, que ia em seu colo no banco de passageiro embora a cadeirinha de bebê se encontrasse no banco traseiro. Ela não queria se separar da menina, seria última vez que a teria nos seus braços. Ela respondia a menina que não parava de fazer perguntas atravé do seo dom sobre Reneé e se perguntando se iria gostar dela.

– Ela vai gostar muito de você, tenho certeza. - Bella confortava a filha olhando em seus olhos, iguais ao dela quando era humana.

– Vamos?

– E se eu não conseguir controlar a sede, se atacar minha própria mãe, eu não me perdoaria… - Bella hesitou.

– Eu sei que vai conseguir, eu acredito em você, tente pensar em outras situações, no que Reneé é para você, sei que vai conseguir. Você não atacou o humano que escalava na sua primeira caçada, conseguiu controlar o apelo ao seu sangue. - Edward disse passando a confortar Bella, que assentiu a veracidade e confiança de suas palavras.

– Filha, lembre-se de tudo o que lhe dissemos. - Edward disse olhando sua filha que o ouvia atentamente. - Sua avó Reneé não é igual a Esme, ela é humana tem sangue querida, não poderá morde-la. Lembre-se do que Carlisle lhe falou, nós não estamos acima dos humanos só não temos suas fraquezas, nós já vivemos em seu mundo frágil, você tem esse lado, os dois lados, quando sentir o apelo de sangue, olhe nos olhos dessa pessoa veja o amor dela, que há alguém que a ama esperando por ela. - Renesmee parecia absorver as palavras de seu pai. Decorando-as, sua mão foi até o rosto pálido e frio de Edward embora ele já soube-se o que a menina iria dizer.

A menina só estava curiosa por conhecer a sua avó que era diferente dos demais. Bella seguia junto a Edward com Renesmee em seu colo até a entrada da casa. O tempo esvaísse, poucos momentos faltavam para Edward e Bella deixarem o seu mundo, sem certezas de que o voltariam a tê-lo.

LDP

A porta foi aberta por uma Reneé que se mostrou incrivelmente supresa e estupefata com a mudança física de sua filha. E com uma criança em seu colo que não aparentava mais que uns dois anos. Pórem quase uma meia cópia de Bella quando bebê, os vívidos olhos chocolates ali presentes.

– Bella?!

– Mãe!- Bella não sabia como falar ou reagir, sua mão esquerda estava agarrada a de Edward enquanto no outro braço Renesmee, parecia ver meticulosamente cada traço de Reneé como se a decorasse. Reneé , deliciou-se com o novo tom de voz de Bella, a voz de sinos.

– Entrem - Phil disse após perceber o constragimento da enteada e do marido, quando Reneé estava entorpecida com o encanto e beleza da nova figura de Bella. Bella e Edward seguiram pelo o interior da enorme casa se de dirigindo para a sala com Phil em seu encalço com sua esposa.

– Bem... Eu nem sei o que dizer, fiquei supresa com sua ligação, Charlie me falou que você tinha pego uma virose grave e que iria viajar, e que após isso não retornava suas ligações. O que esta acontecendo? O que aconteceu com você? Está tão... linda, mas muito diferente! E quem é essa menina linda. - Reneé tagarelava, aproximou-se de Renesmee pegando sua pequena mão.

– Nós iremos explicar tudo Reneé, mas precisamos que tenha uma mente aberta, e que mantenha a calma. -Edward disse após ver a visível confusão de sua mente, e seus questionamentos. Bella tentava controlar o apelo do sangue de sua mãe e Phil, Edward tentava acalma-la através do olhar e sua mão na dela.

– Mãe, sei que minha decisão de ir viver com Charlie era para não pesar na sua vida com Phil, por andar em constantes mudanças. Mas as vezes temos que fazer escolhas, mesmo que estas nos façam sofrer, mas as vezes é preciso pelo bem de quem amamos.

– Está me assustando Bella, o que se passa? Bella não saberia como expor uma realidade tão surreal como a sua para a mãe e tentava lutar para reprimir seu instinto, e com o de sua filha, mas se Edward estava calmo a seu lado era um sinal de que Renesmee não aparentava risco.

– Reneé tenho certeza que reparou na mudança de Bella, e não só ela, mas assim como eu ou a minha familia? - Edward tentava abordar o assunto aos poucos para não chocar e assustar Reneé.

– Sim, a sua aparência fisica sempre me deixou deslumbrada e um quanto curiosa.

– Mãe, Phil , primeiro precisam entender que no mundo há seres que julgavamos que só existissem em histórias, que fossem apenas lendas.

– O quê? Que conversa é essa Bella?

– Reneé, o que sua filha está a tentar dizer é que eu, e minha familia somos diferentes, nossa beleza é incomum aos vossos olhos, nossa temperatura é diferente, somos frios, nossa pele é um pouco mais dura, e nossas capacidades e sentidos são mais sagazes e aguçados, nossos olhos mudam de cor. E bem, nossa alimentação é diferente também.

– O QUÊ? Não, desculpe Edward mas sua conversa não está fazendo sentido, realmente estão tentando me convencer do quê exatamente?

– Mãe, sei que parece impossível, eu também achava até ao momento em que conheci Edward e me deparei com uma realidade que não conhecemos. Mas qual faço parte agora.

– E então, vamos supor que acreditamos que há uma realidade paralela, que vocês estão tentando nos convencer quem verdadeiramente são! O que seriam ETS? - Edward esboçou um pequeno sorriso com o pensamento de Phil que ele já sabia e que foi dito.

– Não, nós somos conhecidos como “Os Frios”. - Bella disse, temerosa da reação de ambos.

– Frios? - Reneé disse, tentando se convencer do que estava ouvindo . Seu ar era interrogativo sobre Edward e Bella. - Nós, como Edward disse somos diferentes, nossa alimentação é diferente e...

– Do que vocês se alimentam? - Phil perguntou em um tom de ironia, mas para tentar entender na descrença do que foi falado até ao momento.

– Sangue. - Edward disse taxativamente.

– COMO?! - Reneé e Phil disseram em uníssono. Edward e Bella decidiram dar um tempo para ambos. Não era de se esperar que alguém fosse acreditar em criaturas míticas, que não passavam disso mesmo e não faziam parte da relidade.

Renesmee parecia perceber o clima tenso que se apoderava dos presentes, pois a mente de Bella era bombardiada com imagens e falas das reações de Reneé e Phil. Estes estavam absorvendo cada palavra até agora dita, e tentavam chegar a conclusões com o que sabiam.

– Mãe, eu sei que parece dificil de acreditar, mas é verdade se reparar no que foi dito e com o que conhece e com o que viu de Edward ou até mesmo de sua famlia. Eu só peço que tenha calma, não iremos fazer nada, mas precisamos que acreditem em nós.

– Então isso é mesmo verdade? - Reneé perguntou descrente, se ela não estivesse sentada no exato momento tinha a certeza que suas pernas já teriam falhado.

– Sim mãe, isso tudo é verdade, nós nos alimentamos de sangue de animais, mas em nossa especie somos raros, com essa alimentação, os nossos sentidos são mais aguçados e nossos movimentos são precisos. Nossa pele é dura e gélida e nossos olhos mudam de cor, eu sei que você os vê castanhos mas são lentes, porque a cor natural deles agora é vermelho devido á alimentação, ainda sou recém criada, mas se reparar os de Edward tem um tom dourado. E há alguns de nós, que tem dons.

– DONS? - Phil perguntou com ar interrogativo e pasmo assim como Reneé que se encontrava quase inerte de choque.

– Sim, Edward, por exemplo é um deles, ele consegue ler mentes, assim como Alice, a sua irmã que prevê o futuro.

– Vocês sã...são vam..vampiros! Não era uma pergunta, era uma firmação ao que Reneé ouviu. Ela nos encarou, perplexa. Apertei os lábios numa linha fina e esperei meu marido confirmar.

– Sim - Edward disse, calmamente.

Mesmo em choque pela surrealidade da verdade e a descrição desta natureza, toda a história de Edward e Bella foi contada e descrita ao pormenor nada poderia faltar. Edward foi de grande ajuda, uma vez que as lembraças humanas de Bella não eram mais que borrões com pequenas interferências pela sua nova condição.

Tudo foi dito, desde o momento em que ambos se conheceram, a descoberta da verdade sobre o mundo de Edward que agora era o presente e a eternidade de Bella. Os momentos dificeis pelo que passaram, o acidente de Bella, o estado depressivo após a partida de Edward, a viagem a Volterra, e os Volturi, todos os perigos pelos quais ambos passaram, até ao momento da lua de mel e a gravidez.

– Então esta menina é filha de vocês? - Reneé perguntou, olhando encantada a menina. Ela era linda, com traços fisicos tanto de Bella como de Edward,e até mesmo de Charlie! Os cachos emoldurados no rostinho de marfim.

– Sim ela é nossa filha, seu nome é Renesmee Carlie Cullen.

– Re-nes-mee?- Reneé perguntou, admirada pelo o fato de o nome ser distinto.

– Sim, é uma junção de Reneé com Esme, eu queria fazer uma homenagem a ambas as avós. E também aos avôs, Carlie é a junção do nome de Carlisle e Charlie.

– Bem… isso é… diferente. Mas gostei! - Reneé disse orgulhosa por sua neta ter um pouco de si nem que fosse o nome. Ela aproximou-se da menina que agora sorria para Reneé com seu sorriso de covinhas dos lados, o sorriso torto do pai .

– Oi minha querida, eu sou sua avó. Vovó Reneé. - Reneé disse brincando com sua mãozinha pequena. A menina se inclinou para a avó espalmando sua mãozinha no rosto de Reneé. “Eu gosto de você” a menina transmitiu a Reneé, que se assustou. “ Você é muito linda, vovó”

– O que foi isso? - Reneé perguntou admirada e intrigada.

– Tal comoBella e eu lhe explicamos, Renesmee tem um dom também que é o oposto do meu, eu consigo ler mentes, e Renesmee transmite os seus através do toque.

– Eu também já gosto de você, você também é muito linda! - Reneé disse a menina , que era só sorrisos para avó. - A menina mais linda que eu já vi.

– Mas se nós humanos não podemos saber do segredo, porque vieram até aqui pessoalmente o fazer? - Phil quebrou o momento mágico e de conhecimento entre avó e neta. A expressão de Bella ficou mais dura, seu rosto e olhar eram a dor em sua apresentação total. Até agora estava a ouvir e a relembrar momentos que viveu e tentar não chocar sua mãe e Phil, bem como tentar não diminuir seu auto controle do apelo ao sangue.

– Os Volturi, estam vindo até nós, julgar-nos! - Edward respondeu.

– Porquê? - Reneé, questionou. Ainda acariciando a neta.

– Renesmee, eles acham que ela é uma criança imortal.

– Criança imortal? Reneé perguntou

– Sim, criaças imortais são transformadas quando pequenas, são de grande perigo para os humanos, por não conseguir controlar sua sede, dizimaram aldeias inteiras, e os Volturi tiveram que intervir e destruir todas elas. Elas não são capazes de manter o segredo e o controle por sangue. - Edward disse deixando os presentes humanos inertes em choque. Era um mundo novo para ambos e havia fatos que ainda não eram credivéis tanto para Reneé como para Phil.

– Mas Renesmee não nasceu da minha Bella? - Renée questionou, agora nos encarando. - Ela é igual a essas crianças?

– Não mãe, Renesmee não é como essas crianças, seu crescimento é acelerado, sua inteligência é superior a sua idade real e a que aparenta, ela bebe sangue, ela caça também como nós. Mas tem o lado humano presente, ela dorme, come comida humana embora esta pestinha... - Bella disse, sorrindo para filha. - Não aprecie muito. E sua pele embora seja quase tão forte quanto a nossa ela não brilha intensamente como os da nossa natureza, nem possui o nosso veneno. Ela não pode transformar ninguém em vampiro.

– Essa menina é especial. - Phil falou, olhando Renesmee, admirado.

– E esse é o motivo, Renesmee é única na sua natureza, ninguém acreditará em nós, os Volturi não nos darão chances de explicar e de provar que Renesmee é especial, única, uma híbrida de dois mundos e não uma criança imortal. As provas que têem são incontestáveis, por isso é que precisamos de sua ajuda, eu sei que o motivo de Bella para ir viver com Charlie em Forks era não atrapalhar no casamento de vocês e nas viagens contantes que Phil era obrigado a fazer, mas a nossa única chance de salvar Renesmee é ela ficando com vocês. Não poderíamos pedir ou confiar em mais ninguém, Charlie poderia ser uma hipótese, mas isso inclui outros perigos para Renesmee.

– Outros perigos?

– Sim, mãe, como nós dissemos não somos os únicos, existem mais seres que vivem em contradição com os da nossa natureza. Por isso nós viemos até aqui, não poderemos perder nossa filha mãe, não poderíamos a confiar a mais ninguém e sei que ela estará a salvo com vocês longe do nosso mundo, e dos perigos que a rodeiam. Distante do sobrenatural.

Phil e Reneé pareceram ponderar, tudo parecia sair de uma filme. Como era possivel tal mundo existir sem que os humanos desconfiassem, Bella bem sabia disso. Mas passar de surreal para verdade, e não poderiam deixar que aquele pequenino ser especial fosse mais uma vitima de um mundo cruel. Renesmee ficaria a guarda de Reneé e Phil, tal como a Alice previu. Tinha chegado o doloroso e temivél momento. A despedida.

LDP

Edward tratou de tudo com Phil que se mostrou bastante complacente com a dor deles. Separar de um filho para o proteger, era a mais bela demostração de altruismo e de amor pelo outro. Tudo foi resolvido, a questão financeira que Edward fez questão de assegurar, até a documentação e outros assuntos que J.Jenks já tinha sido informado e com ele que tratariam de todos os assuntos caso Reneé e Phil precisassem.

Bella se afastou com Renesmee, quando o futuro da sua filha estava a ser definido sem ela poder fazer algo a respeito. A menina percebia a agitação que se apoderou dos presentes. Tinha lhe sido dito que iria ficar com sua avó Reneé, mas não com o conhecimento de toda a realidade.

Bella olhava minuciosamente Renesmee, decorando-a, gravando seu cheirinho, a mistura perfeita do humano e vampiro.

– Vou estar sempre contigo, minha pequena cutucadora. - Bella disse olhando a menina nos olhos.

A menina sentia algo como falta a perda de não a ter, uma ansiedade que não conseguia entender, mas que levou a transmitir com o seu toque quente na pele gélida de Bella, todos os momentos vividos pelas duas, a voz de Bella, quando dizia que amava, quando Renesmee ainda estava em seu ventre, a primeira vez que a viu ainda humana e frágil, a espera para a conhecer na nova natureza de Bella, o dia em que se conheceram, e mais momentos vividos pelas duas, os banhos, Bella lhe dando a mamadeira de sangue, a primeira palavra que foi dita “ Mamãe” e o que a menina sentiu ao pronuncia-la, os primeiros passinhos, as aprendizagens. Tudo.

Ela percebera, claro que não totalmente, mas entendeu que se tratava de uma despedida. “ Eu Te Amo Mamãe” foram suas ultimas palavras transmitidas a Bella .

– Eu te amo filha, mais que minha própria vida. Nunca esqueça disso.

Edward pegou Renesmee do colo de Bella, ele sabia que ela não iria suportar, e não queria deixar que Renesmee sofresse pela despedida. Ali em seu colo estava o seu pequeno tesouro. O inacreditavel. Sua filha era a extensão do inimaginável do amor impossível e único entre uma humana e um vampiro. Renesmee era a prova distinta do que se tornou real e do que aconteceu.

Ela era única e especial, e isso era uma reliquia no seu mundo. Por isso é que sua proteção era sua missão.

Ele não iria nunca deixar que a magoassem ou por em causa sua segurança. Após mais de cem anos de solidão e escuridão, ele teria algo para que lutar, Renesmee e Bella. E não deixaria que sua missão falhasse. A menina olhava curiosa o pai que não esboçava nenhuma palavra e sua expressão neutra, mas os olhos de Edward eram a demonstração de devoção e amor a ela.

A menina queria ouvir o som da sua voz que sempre gostou desde que estva no ventre da mãe. Ela achava- a musical e doce. E depois de nascer ela finalmete conheceu o rosto da voz que amava. A mesma que cantava para a embalar. De seu pai , o mesmo que compôs sua musica de ninar.

– Seja uma boa menina querida, lembre-se sempre de quem é.

Edward disse olhando nos olhinhos chocolates brilhantes de Renesmee, que era entregue a novos braços mais quentes, humanos, aos braços de Reneé, que abraçada a Phil que assistia á despedida entre Renesmee e e os pais.

– Te amo filha, eternamente - Edward disse fazendo um leva carinho na bochecha rosada da menina.

– E-eu amo você, p-papai - disse Renesmee vacilante, erão raras as vezes que a menina falava o que pensava por palavras, o que fazia deste momento ainda mais especial e único.

Edward e Bella saíam agora apoiados um no outro, como se fossem meros e frágeis humanos. Ambos choravam em seu choro seco, sem lágrimas mas cheios de sentimentos. Pois o coração poderia estar parado, mas a alma estava em sofrimento seus olhos espelham a dor e o sofrimento em seu estado puro.

Bella aproximou-se de Reneé entregando um envelope com a carta e um medalhão em prata com a foto de Edward e Bella e com o manuscrito "Plus Que Ma Propre Vie" /"Mais que minha própria vida.

– Entregue a Renesmee quando chegar a hora. - Bella susurrou a mãe durante o abraço. Seria também uma despedida de sua mãe, mesmo que já tivesse a preparado quando aceitou viver ao lado de Edward. Reneé assentiu.

– Eu te amo, mãe.

– Eu amo você, Bells. Eu cuidarei dela, com a minha vida.

Bella assentiu, afastando-se com Edward até ao carro, enquanto olhava pela última vez sua filha ao colo de sua mãe na porta ao lado de Phil.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro."
Leonardo da Vinci
—------------------------------------------------------------------------------------------------------
COMENTARIOS? Aceita-se recomendações também ! kkkkkk
Confesso que chorei ao escrever este capitulo :(
E agora ? Será que os Callen conseguiram manter Renesmee a Salvo?
No próximo capitulo termos a visitinha dos nossos vampiros indesejaveis :/
Hum...

Bjs lindas