That Isn't A Dream escrita por La


Capítulo 2
-Como é o beijo do...


Notas iniciais do capítulo

Sinopse do cap: Há uma festa na casa de Guilherme, um amigo de escola deles. Yuri está percebendo que sente ciúmes de Laura e decide beber para esquecer, mas acaba passando mal e sendo levado embora, pelo irmão de Laura. E agora ele percebe que tudo que ele fez foi por ela, mas por que? Ela não era nada em especial para ele... Até agora.



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"Eu deveria? Eu DEVERIA? Talvez eu fique bêbado de novo. Eu VOU ficar bêbado de novo, para sentir um pouco de amor..." Ed Sheeran, Drunk

–Festa Melissa?- Laura falava ao telefone eu ouvia.- Não sei... Quem vai?

Escutei, escutei. Ela ficou animadinha e falou que iria sim na festa.

–Festa de quem, La?- Sorri enquanto falava.

–Do Guilherme- Sorriu de volta, o que achei meio estranho quando lembrei do acontecido no dia anterior.- ele pediu pra eu te convidar.

–Hum...-Pensei- Por que está toda animadinha para ir?

–Por que o meu ficante vai.

–E quem é?

–Não te interessa- Virou a cabeça para um lado e para o outro, afim de soltar o cabelo. Era tão perfeita fazendo isso...- a festa é amanhã, sete horas. Ele faz questão de você ir.

–Ok. Eu vou.

(Dia seguinte)

Estávamos arrumados já, e Laura estava bem bonita, com uma blusa dos estados unidos por cima de uma regata branquinha,e uma saia bem justa azul, e um salto alto azul. Eu estava normal, tênis, calça jeans e camiseta.

Era um dia ESPECIAL. Pra mim. Pra ela. Pra todos. Era a festa do ANO.

Fomos até a chácara que seria a festa e cumprimentamos pessoas. Laura já foi direto conversar com Melissa, que estava com João, abraçada. “Laura corta clima” pensei.

Mas logo ela saiu e foi para um canto, onde estavam alguns meninos da sexta C. È, ela sempre teve um fraco por eles.

Mas eu estava a seguindo! Por que eu tava fazendo isso? Decidi ir pra pista e deixar rolar a noite. Que diferença faria para mim se ela estivesse com alguém? Se eu quisesse, também poderia estar. QUE DIFERENÇA FAZ NA MINHA VIDA? Peguei um copo de um liquido que estava na mesa, acho que era alcoólico, pois desceu ardendo na minha garganta. A festa estava cheia de bebidas e maconha, mas Laura nunca usaria. Eu sim.

Bebi demais, tanto que peguei umas sete meninas naquela festa. O irmão de Laura estava na festa e me pegou pela camiseta, e me colocou no carro que dirigia, sem habilitação.

Me deixou no quarto, mas me ajudou, eu passei mal. E não parava de pensar em Laura.

Quando me deitei e fechei os olhos, ouvi risadinhas femininas e o ranger da porta. Abri o olho, um pouco mais lúcido e vi Amanda, Melissa e Laura entrando no quarto.

–Elas vão dormir aqui hoje, ok?-Disse, entre risos

–Por mim tudo bem- Disse, estranhando a voz de bêbado que eu estava tendo.

Eu não estava totalmente lúcido, de jeito algum. Mas ainda conseguia ouvir fragmentos da conversa.

–Como é o beijo do... – E ficava meio ensurdecido novamente.

Eu começava a ficar puto da vida, mas desmaiei com o cansaço.

Tive o sonho mais estranho. Eu estava com Laura, conversando, numa pracinha em frente o laguinho do meu bairro, e passou um menino louro, do qual não reconheci o rosto e pegou-a pelo braço. Abraçou-a. Beijou-a. Fez carinho nela. Disse que a amava.

E nisso, alguém gritou e eu acordei. As meninas estavam rindo, e Amanda estava no chão. Corri para ajudá-la e, tonto, tive que correr para o banheiro vomitar. Minha primeira ressaca.

–Tá de ressaca Yuri?-Riu, mas riu com gosto- Que bom que eu não bebi. Tinha coisa MELHOR PARA FAZER.

–Vai se ferrar Laura.-Falei, mas depois senti uma culpa-Desculpa.

Deitei-me na cama, era manhã de sábado. Eu iria para casa dos meus pais, mas como? Um garoto de treze anos chegando de ressaca em casa? Eu iria morrer, mas eu precisava voltar. Se eu vomitasse, mentiria dizendo que comi algo estragado, mas me levariam no médico e eu seria desmascarado. Coloquei as mãos no rosto e quase chorei, por que eu tinha feito isso? Por Laura? Não podia ser!

–Yuri...-A voz doce de Melissa me despertou dos pensamentos, e percebi que Laura e Amanda saíram do quarto.

–Onde a Laura tá?-Disse, desesperado. Não sei por que.

–Ela vai passar a noite aqui no campus hoje, acho melhor você passar com a gente, sei lá, você vai “proteger” a gente-Fez aspas com a mão enquanto sorria- Cara, valoriza ela, tá bom? E outra coisa:Não bebe mais tá? Você é uma criança ainda. Como eu.

E saiu do quarto, eu fiquei olhando, meio pasmo. Sentei-me na cama, devagar.

Aí eu escutei a música “Sweet Child O’ Mine”, o toque do meu celular.E logo percebi que ele estava na bolsa, eu não pegava nele há dias. Haviam dezenas ou centenas de mensagens, milhares de ligações dos meus pais(sempre desesperados, meu Deus). E olha que surpresa: Eram eles que estavam ligando.

–FILHO!! Achamos que tinha morrido!

–Que viagem mãe. Meu celular estava na bolsa, e eu não tava mexendo nele há dias.

–Que bom que você não morreu, mas... O amigo da Laura, o Talis morreu, atropelado. E eu acho que você poderia ir dar um suporte para ela, sei lá.

E desligou, acho que caiu a ligação.

Mas um homão daqueles... Morrer atropelado? Eu não imaginaria. Mas quando percebi, tinham lágrimas no meu rosto por imaginar o sofrimento dela.E de Amanda, e de Melissa.

È, eu estava baqueado, de ressaca. Por causa da Laura.


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Notas finais do capítulo

Só isso por hoje amores, espero que tenham gostado >.



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