Tomodachi No Kiochi escrita por Marih Yoshida


Capítulo 23
Sentimento: Porque?




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Voltei para casa batendo os pés. *por que ela ainda tem que pensar?* eu me perguntava. *é só falar que sim ou que não, para que complicar?*
Eu não me conformava de que eu tinha tido toda aquela coragem para dizer a Vanessa o que eu sentia e beijá-la e a idiota sai. Francamente, por que eu a deixei ir?
Entrei em casa e bati a porta.
– Pedro? - Meu irmão e Marina estavam no salão principal. Ao que tudo indicava tinham acabado de chegar. - Você não ia sair com a Vanessa?
– Eu acabei me confessando para ela. - Eu falei como se tivesse sido a pior coisa que já fizera.
– E isso não é bom? - Marina me perguntou confusa.
– Seria, se ela não tivesse saído.
– Ela fugiu?
– Não exatamente. - Eu me joguei sentado no chão e pus minha mão sobre o joelho. - Ela disse que precisa pensar.
Marina e Pedro ficaram em silêncio por algum tempo.
– Marina, você acha que ela não gosta de mim?
– Eu ia mesmo falar com você sobre isso. - Pedro parecia já saber do que ela ia falar. - Hoje mais cedo, perguntei para ela se ela gostava de alguém, e a resposta foi sim. - Ela respirou um pouco. Eu estava com medo do que ela ia falar a seguir. - A resposta foi você. É de você que ela gosta.
Me surpreendi com aquilo. Se Vanessa gostava de mim, então por que ela tinha fugido? Por que ela não respondeu? Minha raiva agora estava maior. Mais de algum ponto do meu coração, eu estava feliz.
De repente o telefone da Marina tocou.
– Ah, é a Vanessa. - Ela jogou o celular para mim. - Atende.
– Claro que não! - Eu meio que gritei. - O que raios eu vou falar para ela? Já falei tudo o que eu tinha para falar.
Ela veio até mim e pegou a gola da minha camisa.
– Pelo bem do seu rostinho, atende esse telefone!
– M-Marina se acalme por favor. - Pedro conseguiu tirá-la de perto de mim.
Eu acabei sedendo e atendendo o celular.
– A-Alô?
– Paulo? - Ela parecia confusa. - C-cadê a Marina?
– Ela ta aqui.
– Por que você atendeu o telefone dela?
– Porque eu ia apanhar se não atendesse.
– Entendo. - Ela suspirou. - Ela já te disse né?
– O que?
– De quem eu gosto. - Ela parecia desconfortável ao dizer.
– Já. - Agora eu quem estava desconfortável.
– Ah. - Ela deve ter ficado corada. - Você está bravo comigo?
– Um pouco. - Eu não queria mentir para ela. - P-por que você saiu? Por que não respondeu?
– Eu estava confusa. - Sua voz estava trêmula. - Eu estou confusa.
– Por que está confusa?
– Você me pegou de surpresa. - Ela estava com a voz baixa. - Não consegui pensar direito. Eu só pensei em sair.
– E agora?
– O que?
– Agora você consegue pensar? - Eu estava realmente bravo. - Consegue me dar uma resposta?
– P-Paulo ? - Ela suspirou. - Não vou te responder por celular!
– Então eu estou indo até sua casa! - Eu estava realmente decidido a ter uma resposta.
– C-calma! - Ela respirou. - Não precisa vir até aqui. Onde você está?
– Na minha casa.
– Então, me encontra no café que tem ai perto.
– Ok. - Eu desliguei o celular o entreguei para Marina e saí praticamente correndo.
– Onde você vai?
– Preciso ter uma resposta. - Eu disse abrindo a porta.


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