Jily - How I met you escrita por ChrisGranger


Capítulo 4
A garota do trem


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!!!!!!!! Gente, desculpa por ter demorado tanto a postar esse capítulo, mas com Natal, viagens, ano novo chegando tá meio difícil mesmo!!!! Mas eu arranjei um tempinho e consegui fazer esse capítulo com muito carinho!!!! Tá grandinho, do jeito que vocês gostam!!! Feliz Natal atrasado para todos vocês e um próspero ano novo!!!!



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Silêncio perdurava por todo o Salão. Lílian retirou o Chapéu Seletor e o entregou à professora McGonagall, que lhe deu um sorriso e indicou a mesa da Grifinória. Lílian caminhou até lá vagarosamente diante do silêncio. Seus olhos vagaram por todo o Salão e se encontraram com os de Severo Snape, que a encarava e parecia mais abalado do que nunca. De repente, Alvo Dumbledore começou a aplaudir a garota e os alunos, parecendo finalmente acordar, aplaudiram junto. Quando Lílian chegou à mesa, todos a cumprimentavam e a encaravam. Alguns a olhavam bobamente, outros com admiração e outros com certa repugnância. Lílian não sabia o motivo de todos a tratarem tão estranhamente.

Ela se sentou na mesa entre Remus e Pedro Pettigrew, que Lílian lembrara ter sido o menino a tropeçar quando fora chamado pela professora McGonagall. Estava em frente a uma garota loira de olhos azuis maliciosos, que a olhava com curiosidade e repugnância. Tiago Potter a encarava em sua diagonal. Lílian sorriu e acenou para o menino, enquanto Sirius Black que estava do lado do amigo, ria da vermelhidão que estava o rosto de Tiago.

As últimas pessoas foram chamadas. Heloisa Rowl fora selecionada para a Grifinória. A garota foi saltitando até a mesa feliz e se sentara ao lado da garota loira em frente a Lílian. Abbey Hastins, uma garota de cabelos loiros escuros e olhos cor de mel, também foi designada para a Grifinória.

Elisa Cleare, uma garota com cabelos escuros ondulados fora para a Sonserina, Chad Iaw, um menino com cabelos cacheados escuros fora para a Lufa-Lufa e Sing Jell, uma menina que mais parecia uma modelo com seus cabelos negros e lisos e seus olhos claros fora designada para a Corvinal.

Quando finalmente terminada a seleção, Alvo Dumbledore levantou-se de sua cadeira e todos no Salão se silenciaram. Ele sorriu bondosamente.

– Bem-vindos! Tenho alguns avisos para dar, mas vamos deixar isto para o final. Pois sei que todos estão ansiosos para se deliciar com o grandioso banquete! – disse o diretor abrindo os braços e as travessas e os pratos se encheram de repente com todo o tipo de comida que Lílian poderia imaginar.

Ela olhou abismada para aquela comida toda e se serviu com purê de maças e frango grelhado apimentado.

A menina loira ainda a encarava. Lílian levantou o olhar para ela e sorriu.

– Olá! Sou Lílian Evans. – disse a garota. – Qual o seu nome?

A garota a olhou desconfiada e respondeu meio rispidamente.

– Jane Gray. – a menina sorriu maliciosamente. – Você é a garota do trem?

Lílian se engasgou com sua limonada. Como assim a garota do trem?

– O quê? – perguntou Lílian para a garota.

Jane deu um sorrisinho novamente, uma expressão de quase crueldade passando por seu rosto.

– Não é você que arrumou aquela confusão no trem com mais dois garotos que estavam apaixonados por você? - perguntou ela, fingindo certa inocência.

Lílian olhou perplexa para a garota não entendendo absolutamente nada. Então... todos estavam sabendo da briga entre ela, Tiago e Severo? E todos achavam que os dois garotos estavam apaixonados por ela?

– Não, não, não foi nada disso! – Lílian tentou explicar. – Eu só estava chateada com meu amigo, e o outro garoto tentou me ajudar!

– Hmmm... – interrompeu Jane parecendo não ter acredito em uma palavra que Lílian dissera. – Então os dois gostavam de você, certo?

– Não! Você não está entendendo... o garoto com quem eu fiquei chateada é o meu melhor amigo, e o outro menino eu nem conhecia, nós nos conhecemos no trem e ele me ajudou! – disse Lílian desesperada.

A garota deu de ombros e lhe deu uma piscadela, como se entendesse completamente a situação de Lílian. Heloisa Rowl, durante a conversa entre Lílian e Jane, não deu um pio, mas absorvia cada palavra como se fosse a siuação mais sensacional que já tivesse presenciado.

– Hey você não é a garota do trem? – perguntou um garoto com cabelos escuros e cacheados, um pouco mais velho que Lílian. Ele era bastante sorridente, e encontrava-se em sua diagonal. – Arrumou uma baita briga hein? Você é bem disputada garota!

Lílian encarou o garoto com tamanha incredulidade, que não sabia como não havia desmaiado naquele mesmo instante.

– Ahmm... er... – gaguejou ela – Não foi nada disso... é que eu...

– Relaxa! – disse o menino, dando um sorrisinho. – Eu te entendo! Às vezes é simplesmente inevitável! – disse o garoto fingindo um olhar sofrido em direção a algumas garotas que deram risinhos e acenaram para ele. Uma menina sentada ao lado do garoto, com cabelos curtos estilosos e olhos claros, cruzou os braços e, logo em seguida, encarou-o com raiva e depois as próprias meninas.

– Frank! – exclamou ela. – Essas meninas nem gostam de você! Abre o olho! Só estão interessadas porque você é o capitão do time de quadribol da Grifinória! – disse a garota, parecendo estar quase chegando ao ponto de ebulição de seu próprio rosto.

– Calma Alice! – disse Frank enfiando um punhado de batatas na boca. – Fala sério! Essas garotas me amam! E você, como uma grande amiga que é, me protege delas!

Alice revirou os olhos parecendo chateada, deu um sorrisinho à Lílian e voltou a comer.

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Tiago ouvira as pessoas comentando com Lílian Evans o jantar inteiro sobre a tal “garota do trem”. O menino sentira muita vontade de defendê-la, mas achara que se interferisse, iria piorar ainda mais a situação. Conhecera muitas pessoas e se sentia à vontade, como se estivesse em casa. Bom na verdade, pensou Tiago, Hogwarts seria sua casa a partir de agora. O menino sorriu, feliz com a ideia.

– Então, está pensando na Lílian? – perguntou Sirius baixinho o provocando.

Tiago olhou para o amigo com raiva e sibilou:

– Eu mal a conheço! Ela deve ser gente boa...mas eu mal falei com ela!

– Não era bem isso que você achava hoje mais cedo – disse Sirius, com um sorriso maroto estampado no rosto.

Tiago lançou um olhar repreensor para o amigo e se virou para conversar com Caius Brown, um terceiranista loiro que era artilheiro do time de quadribol da Grifinória.

Numa certa hora da noite, os fantasmas do castelo apareceram, assustando muitos alunos e levando outros a resmungarem impacientemente. Tiago passou o olhar de relance por Lílian Evans, que encarava os fantasmas paralisada e assustada

– Olá, caros amigos! – exclamou o fantasma da casa Nick-Quase-Sem-Cabeça. – Hmmm...esta comida está com uma cara boa! Aliás, como todos os anos... – completou o fantasma parecendo chateado.

Tiago riu não conseguindo se conter. Nick-Quase-Sem-Cabeça o encarou indignado.

– E aí beleza? – perguntou Tiago sorrindo estendendo a mão para o fantasma – Sou Tiago... Tiago Potter. – Tiago estendeu a mão mais para frente para cumprimentar o fantasma, mas esta, em vez de se segurar nas mãos de Nick, passou por algo gélido e sua mão tombou.

O menino deu mais gargalhadas, acompanhado de praticamente toda a mesa da Grifinória. O fantasma se afastou indignado resmungando.

Depois de mais conversas, risos e comida, Alvo Dumbledore finalmente tornou a se levantar. Todos se calaram mais uma vez e encararam o diretor sorridente.

– Agora que todos já estão satisfeitos, alguns avisos de começo de ano. Gostaria de lembrar aos alunos mais velhos e avisar aos que são do primeiro ano que é proibido a entrada dos alunos à Floresta da propriedade.Também é proibido algum aluno estar fora de suas casas depois das 22:00. Agora, tenho um importante aviso para dar a todos vocês! Tenho o prazer de anunciar que o colégio este ano, comemora seu milésimo aniversário, que graças aos fundadores deste magnífico castelo, vocês estão aqui agora, estudando e aprendendo como lidar com a magia. Sendo assim, este ano, para comemorarmos o aniversário da escola, faremos uma integração entre as casas. Cada uma das casas vai aprender mais sobre a outra, e assim, poderemos nos interagir mais e nos conhecer melhor. Durante o ano, faremos diversas atividades e estudaremos fundo sobre os quatro fundadores. Tenho certeza que vocês vão gostar! – terminou o diretor com um sorriso encarando os alunos que pareciam perplexos, ainda não decididos se gostaram ou não daquela notícia.

Alguns alunos aplaudiram e outros pareciam confusos. Praticamente todos os alunos da Sonserina pareciam ter odiado a ideia de conhecer melhor as outras casas. Tiago franziu a testa imaginando quais seriam essas “atividades” das quais Dumbledore falara.

– Bem, agora para cama todos vocês, amanhã vocês terão um dia cheio! – disse o diretor se sentando novamente, enquanto os alunos se retiravam do Salão. Stacy Drakes, a monitora da casa da Grifinória, guiou os alunos do primeiro ano em direção às grandes portas de ouro.

Enquanto os alunos andavam pelo castelo indo em direção aos salões comunais de suas casas, Tiago observava tudo encantado. Tudo que o pai dissera parecia ser verdade. Muitas e muitas escadas se estendiam por todo o castelo, levando aos andares superiores, porém estas se mexiam várias vezes, parando em diferentes lugares e os alunos tinham que correr para conseguir chegar ao seu andar. Quadros se estendiam pelas paredes do castelo de mármore, cada um diferente do outro. Tiago e Sirius riram ao se lembrarem do homem do quadro alguns andares abaixo, que usava uma touca e segurava uma escova de dentes. Havia também, muitas armaduras e estátuas que se mexiam e acenavam para os alunos que passavam.

– Olhem só! Aluninhos novos! Como são pequenininhos! – guinchou, de repente, um fantasma que continha um olhar malévolo. Ele se encontrava no teto do andar e segurava um troféu nas mãos. Sua expressão era a da mais pura zombaria.

– Pirraça! – exclamou Stacy. – Vá embora e nos deixe em paz!

– Ohh! Calma queridinha! Ou vai querer que eu conte seu segredinho para todos? – perguntou Pirraça, dando uma gargalhada diante do olhar que a garota lhe lançou.

– Quer que eu chame o Barão Sangrento? – perguntou Stacy, com raiva.

Um olhar de temor passou pelo rosto do poltergeist, mas logo ele se limitou a gargalhar.

– O Barão Sangrento está bem longe! Agora onde será que está aquele seu namoradinho? Ah sim! Eu vi... peguei os dois aos beijos semestre passado! Como é mesmo o nome dele? David Wood? O grande batedor do time de quadribol da Grifinória? – perguntou Pirraça, dando gargalhadas e mais gargalhadas.

O rosto de Stacy assemelhou-se bastante à da cor de um pimentão naquele momento. Logo em seguida, mandou os alunos continuarem andando.

– Gostei desse cara! – disse Tiago para Sirius, que franziu a testa e deu um risinho de lado.

– Pensei que fosse só eu! – disse Sirius. – É o fantasma mais interessante que eu conheci hoje...

Tiago deu risadas e alguns alunos que ouviram também. Logo, eles chegaram ao sétimo andar, onde Stacy parou diante de um quadro de uma mulher gorda, com um vestido cor de rosa.

– Senha, por favor. – pediu a mulher parecendo entediada.

– Hipogrifos dançantes. – disse Stacy séria, porém muitos alunos riram diante da senha.

A mulher assentiu e girou o quadro de lado, onde se revelou uma passagem, que dava direto na sala comunal da Grifinória. Muitos alunos já estavam lá, sentados em grandes pufes avermelhados de frente para uma aconchegante lareira. Tiago se imaginou sentando naqueles pufes e sorriu bobamente para o nada. Stacy rapidamente se afastou dos alunos e foi em direção a um garoto de ombros largos e cabelos escuros, que Tiago imaginou ser o tal David.

Sirius cutucou Tiago e apontou para dois pufes vazios de frente para a lareira. Tiago afirmou com a cabeça sorrindo e os dois foram em direção à lareira.

Lílian ficara encantada com tudo aquilo. Ela exclamava e apontava toda vez que via algum quadro se mexendo ou as escadas se movendo. Remus ria de Lílian a explicando o máximo que podia. Assim que chegaram ao salão comunal, a garota sorriu diante de tanto conforto. Os dois foram em direção a uma mesa e se sentaram.

– Sabe, eu realmente fiquei impressionada com aqueles quadros! – exclamou Lílian. – Quero dizer, Severo já tinha... – a menina parou abruptamente e ficou séria abaixando o olhar para o chão.

Remus percebendo a reação estranha da amiga, pousou sua mão em seu braço e deu um sorriso para ela.

– Você não quer me contar essa tal história de garota do trem? – perguntou Remus.

A menina levantou a cabeça e encarou Remus dando um sorriso.

– Ah...sabe hoje mais cedo? Quando nos conhecemos? Você perguntou o que estava me deixando tão triste... bom foi mais ou menos pelo motivo do tal “garota do trem”. – Lílian fez uma careta.

– O que aconteceu? – perguntou Remus preocupado.

Lílian não estava mais tão chateada, mas reviver toda aquela história foi como colocar todo aquele peso que ela sentiu em cima dela de novo. Porém, quando terminou de contar a história à Remus, se sentiu muito mais tranquila, como se tivesse botado tudo para fora. O amigo ficara em silêncio enquanto a amiga falava e no final, ele parecia pensativo e ao mesmo tempo preocupado.

– Esse Snape... – começou Remus - Não parece ser muito legal, não é?

Lílian olhou indignada para o amigo.

– Ele é um ótimo amigo! - protestou Lílian – Às vezes comete alguns... erros, mas ele tem um coração bom!

– Certo, mas ele pelo menos já te pediu desculpas? – perguntou Remus arqueando as sobrancelhas.

Lílian suspirou e olhou para baixo, balançando a cabeça. Remus riu um pouco, mas logo encarou Lílian.

– Ei, estou com você certo? – Remus segurou a mão de Lílian – Conta comigo... amigos, lembra?

Lílian deu um grande sorriso.

– Nunca vou esquecer! – disse Lílian.

– Olá! Você é a garota do trem não é? – duas meninas, um pouco mais velhas que Lílian, surgiram do seu lado sem ela perceber. Por incrível que pareça, Lílian riu da situação. “Garota do trem” parecia ser seu mais novo apelido.

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– Essa capa é a coisa mais sensacional que eu já vi! – Sirius admirava a capa de invisibilidade de Tiago impressionado, fazia uns dez minutos.

– Incrível, não é? – perguntou Tiago orgulhoso – Meu pai me deu de presente antes de eu vir para Hogwarts!

Os meninos estavam no dormitório masculino, desfazendo suas malas e arrumando seus pertences nos armários.

– Ah! Estou cansado! Amanhã eu arrumo mais... – disse Tiago se tacando em sua cama – ou não...

Sirius riu ainda se encarando no espelho completamente invisível.

– Cara, você não arrumou praticamente nada! – disse Sirius.

De repente eles ouviram um barulho nas escadas. Alguém estava subindo. Sirius rapidamente escondeu a capa dentro da mala de Tiago, e logo em seguida, Remus Lupin apareceu, parecendo surpreso ao encontrar os garotos ali.

– Oi! – disse Remus olhando de Tiago para Sirius – Sou Remus Lupin.

Tiago encarou o garoto, sentindo um pouco de raiva, ao se lembrar de como ele parecia próximo de Lílian Evans.

– Hum... – murmurou Tiago – Sou Ti...

– Tiago Potter! Acertei, não é? – perguntou Remus, sorrindo – E você, quem é?

– Sirius Black. – respondeu Sirius, meio desconfiado.

– Como sabia o meu nome? – perguntou Tiago.

Remus deu de ombros, dando um risinho de lado.

– Conhece a garota do trem? – perguntou Remus, com um ar risonho.

Tiago arqueou as sobrancelhas se sentindo subitamente feliz. Remus parou de encarar os garotos e começara a desfazer as malas.

– Ela te falou de mim? – perguntou Tiago, sentindo seu coração bater o dobro do que o normal.

– Hmmm... podemos dizer que ela mencionou você. – disse Remus misterioso ainda tirando coisas de sua mala.

– Mencionou? – perguntou Tiago com descrença.

Remus parara de mexer em suas malas e levantou o olhar para Tiago.

– Eu posso te dizer uma coisa. – disse Remus encarando Tiago sério – Eu acho que você fez muito bem a ela, ao defendê-la. Ela não tinha ninguém naquela hora e você a ajudou! Te agradeço por isso. Ela é uma pessoa maravilhosa e não merecia o que recebeu daquele “amigo” dela.

– Seboso. – completou Sirius.

Tiago abriu um sorriso. Será que Lílian havia contado para Remus que ela gostara do que ele fizera?

– O que o Seboso fez com ela? – perguntou Tiago percebendo que ainda não entendera aquela história muito bem.

– Ahh... é melhor você nem saber. Pergunte a ela se quiser.

Tiago sentiu um pouco de raiva, mas depois se lembrou de como conhecera aquela menina...como ela parecia indefesa e triste.

– Ela parece ser incrível... – disse ele distraído.

Remus deu uma risada.

– Ela é! – disse ele – Não perca tempo! Eu te acho muito melhor para ela do que aquele Snape!

– Eu também! – exclamou Sirius.

Os garotos se encararam sorrindo. À medida que a noite foi avançando os três conversavam e se divertiam. Os meninos se deram muito bem e logo se sentiram à vontade um com o outro. Mais tarde, quando os garotos já haviam desmaiado de cansaço, um menininho baixinho e dentuço, adentrou o quarto, este menino era Pedro Pettigrew, que olhou para os meninos, deu de ombros e se deitou em sua cama, mal conseguindo esperar o primeiro dia de aula, no dia seguinte.

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Lílian conseguira finalmente chegar no dormitório feminino, depois de responder a milhares de perguntas sobre a “garota do trem.”

Apesar de ter se demorado no salão comunal, Lílian era a única no dormitório, com exceção de Abbey Hastins, que estava sentada em sua cama, escrevendo em um pequeno caderno vermelho. Assim que Lílian chegara, a Abbey levantou o olhar curiosa para a garota.

– Ora, olha só! A famosa garota do trem! – disse Abbey dando um sorrisinho, diante da careta que Lílian fizera - Mas sabe de uma coisa? Eu acho que Lílian é um nome muito mais bonito...

Lílian olhou para a garota admirada. Seus longos cabelos loiros escuros estavam presos num rabo de cavalo rebelde, e seus olhos cor de mel a faziam parecer uma menininha inocente, pedindo docinhos. Lílian sentira vontade de perguntar como a garota sabia seu nome, mas estava tão aliviada por encontrar uma pessoa que não a bombardeasse de perguntas relacionadas à "garota do trem", que sorriu e respondeu à ela:

– Obrigada! E você é...

– Abbey Hastins – apresentou-se a garota.

– Sabe, não é verdade tudo o que dizem sobre mim... essa história de “garota do trem” não é bem verdade. Bem teve uma briga, mas...

– Calma... está tudo bem. Não precisa me dar explicações. Imagino que já deu a pessoas demais hoje. Eu acredito em você. – disse Abbey cortando Lílian.

Lílian se calara, mas no fundo se sentia muito feliz. Pelo menos uma pessoa acreditava nela, com exceção de Remus, e parecia não estar ligando para nenhuma história que as pessoas inventaram. A menina sorrira aliviada pegou sua mala do chão e a pôs em cima da cama, começando a arrumar em seu grande armário ao lado desta.

Abbey abaixou o olhar para seu pequeno caderno e o colocou na escrivaninha, ela olhou para Lílian novamente, porém esta segurava uma pequena foto. Nela, havia uma família sentada num quintal. Abbey conseguira visualizar Lílian, mas não conseguiu identificar quem eram as outras três pessoas.

– Quem são? – perguntou Abbey se aproximando de Lílian e encarando a foto. Ela viu uma menina um pouco mais velha que Lílian, mas não se parecia nada com esta. Tinha cabelos loiros e olhos escuros, um pouco emburrados. Havia um homem alto e magro com um sorriso, abraçando uma mulher. A mulher tinha os olhos idênticos que os de Lílian, verdes esmeralda.

– Minha família. – sussurrou Lílian com um pequeno nó se formando no fundo da garganta.

– São muito parecidos com você... – disse Abbey calmamente – Com exceção desta talvez. – disse ela apontando para Petúnia.

Lílian emitiu um pequeno ruído, rindo.

– É Petúnia. Minha irmã. – disse Lílian – Apesar dela não me considerar desta forma.

Abbey levantou os olhos, confusa, porém não perguntou nada. Ao contrário disto, disse sorrindo.

– Bem, não podemos deixar isto guardado! – disse a garota tomando a foto das mãos de Lílian e se dirigindo ao armário da garota. Abbey prendeu a foto com um pequeno pedaço de fita – Agora sim!

Lílian abriu um grande sorriso para a garota. Parecia que arranjara uma amiga.

– Agora me conta! – exclamou a garota – Você não achou aquele menino lindo?

– Que menino? – perguntou Lílian confusa.

– Ah, qual é Lily! Tiago Potter! Ele é tão perfeito! Ainda tem senso de humor! – disse Abbey, animada.

Lílian deu um sorrisinho amarelo, pensando que dera muita sorte, pois ninguém sabia, e nunca saberia se dependesse dela, quem eram os dois garotos misteriosos que estavam, no que todos imaginavam, “apaixonados” por ela.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que vocês tenham gostado, e por favor, deixem reviews, para eu poder ficar bem animada para postar o próximo capítulo!!! Vocês me incentivam muito muito muito! Muitos beijos e até a próxima!!!!