O médico colocou o exame na mesa, e eu pude ver imagens borradas, realmente não entendia como ele via o bebê ali, mas eu vejo monstros que milhões de pessoas não vêem, então deixei isso para lá.Ele apontou para uma imagem onde tinha quatro bolinhas, pareciam bolinhas de gude.

-Doutor, o que são essas bolinhas?- eu perguntei confuso. Ann me olhou com uma cara meio (¬¬’)

-É, Sr. Jackson, são seus filhos- ele disse e meu queixo caiu

-Meus filhos, como assim meus filhos, quantos são?- eu falei muito rápido, O médico e Ann me olharam rindo.

-São Quatro Sr. Jackson, essas ‘’bolinhas’’ que o Sr. Viu são seus filhos- disse o médico, gesticulando as aspas

Eu olhei para Ann, que chorava de alegria.

-Quatro?! Meus Deuses!- eu disse

-Então, Srta. Chase, Vai precisar tomar algumas vitaminas e alguns suplementos vitamínicos, principalmente cálcio.- ele disse escrevendo isso em uma receita

-Tudo bem doutor- Ann disse- E quando eu vou precisar voltar aqui?- ela perguntou

-Em quinze dias- ele disse e entregou a Ann a receita- até lá, repouso absoluto- ele recomendou.

Saímos do consultório.

Antes de ir para casa, eu e Ann passamos em uma farmácia que havia vizinho, compramos os remédios e fomos embora. No táxi, eu só conseguia imaginar um jeito de dizer a minha mãe que ela seria avó de múltiplos.

Chegando em casa, minha mãe estava sentada no sofá com Paul, eu me aproximei.

-Mãe- eu chamei e ela virou-se para me encarar- eu preciso falar com você- eu disse e cocei a cabeça

-Claro querido- ela disse e levantou-se

Ela abraçou Ann e eu a levei até meu quarto, preferi que fosse uma conversa a sós, para não assustá-la.Sentei em minha cama e fiz sinal para que ela fizesse o mesmo.

-Que conversa é essa que precisa de tantos preparativos, Percy?- ela disse e eu sorri

-Nada demais, só queria avisar sobre a ultra-som- eu disse e ela sorriu largamente, provavelmente ela estava gostando dessa história de ser avó, mas e quando ela descobrisse que são quatro e não só um?

-Então diga, deixe de suspense, o que aconteceu? Descobriram o sexo, é uma menina ou um menino?- ela disse tão rápido que eu mal entendi

-Calma mãe!-e disse e peguei suas mãos- não sabemos o que são ainda

-O que são? Espera... são gêmeos?- ela perguntou confusa

-Não mãe, não são gêmeos- eu disse e ela arqueou uma sobrancelha

-Então por que você falou ‘‘o que são’’- ela perguntou gesticulando as aspas

-Mãe- eu disse e suspirei- não é só um- ela sorriu-e não são gêmeos, são quadrigêmeos- eu disse por fim

Minha mãe me olhava assustada e incrédula, deve ter sido aquela cara que eu fiz quando soube.

-Mãe?!- eu chamei

-Oi! Er... desculpe Percy, essa é uma informação que demora um pouco para ser processada, não acha?- ela disse e eu assenti sorrindo- Filho, Parabéns, eu não queria acreditar, mas meu bebezinho cresceu, vai ser pai, está trabalhando, só falta mesmo casar-se- ela disse e me abraçou

Ela tinha tocado em um assunto meio delicado,Casamento, quem diria que eu um dia fosse casar? E ainda mais com Annabeth?! A vida dá muita, mas muitas voltas mesmo.

-É mãe, esse assunto de casamento nós falamos depois- eu disse e levantei-me

Chegando na sala, Paul estava no sofá, e Ann em uma poltrona, eu a chamei e fomos para o meu quarto, era meio constrangedor para mim contar a Paul, afinal de contas ele era homem, e sabia como os bebês eram feitos, e eu não queria que ele imaginasse essa cena, Annabeth com certeza não iria gostar.

Eu e ela fomos para o meu quarto, eu queria que ela seguisse as recomendações do médico, que a mandara ficar de repouso, e eu tinha que cuidar da saúde dela e dos meus filhos.

-Ann, você precisa descançar- eu disse e olhei para ela, ela estava na porta de braços cruzados me olhando com aqueles olhos cinza-tempestade enraivados

-Percy, eu estou grávida, não doente- ela disse e fez biquinho

-Mas, o médico disse que você precisa de repouso- eu disse e a puxei

Annabeth era a criatura mais teimosa que eu já conheci na minha vida, não teve jeito de eu convencê-la a tirar um cochilo, mas consegui fazê-la deitar, eu deitei ao seu lado e ela começou a falar de decoração, arquitetura e outras coisas que me deixam tonto.

Falamos de nomes para os bebês, discordamos tanto que decidimos deixar para escolher quando eles nascessem, Ann queria olhar os rostinhos e ver com que nome cada um se parecia, quando falamos dos sexos dos bebês, Ann queria dois casais, disse que era fofinho e tudo mais, eu não tinha uma preferência, Por último conversamos sobre onde iríamos morar, até onde sabíamos, nossos filhos seriam mortais, então não poderiam viver no acampamento, e o lá não é bem o lugar ideal para se criar os filho, no final decidimos que iríamos comprar um apartamento para ela decorar, claro que ela me jogaria no tártaro se eu contratasse um decorador, por fim, conversamos tanto que estávamos cansados, eu ainda me lembro de que ela virou de lado e se aconchegou em meu peito.

Assim dormimos, ali juntinhos.