Por...Grover!! que vinha correndo em nossa direção com uma cara assustada.

-PERCY!ANNABETH!!-gritava ele enquanto corria em nossa direção

Geralmente sátiros são bons corredores, mas acho que Grover estava nervoso pois tropeçou e caiu aos nossos pés, eu não consegui ter outra reação a não ser rir muito, olhei para Annabeth e ela estava rindo também,mas foi interrompida por uma ânsia de vomito e correu para o mais longe possível.

-O que ela tem?- perguntou Grover estendendo a mão para que eu pudesse ajudá-lo

-kkkkkkkk,Q-q-uando ela voltar a gente te fala- falei eu tentando recuperar o fôlego e ajudando-o a levantar

Eu e Grover conversamos sobre muitas coisas, 15 minutos se passaram e Ann voltou.

-Olá Grover!- disse ela e o abraçou

-Oi Annie!- disse ele- então, porque você saiu correndo daquele jeito?

-Fui vomitar- ela disse sentando-se ao meu lado e riu ao ver a cara de nojo que Grover fizera

-E o que aconteceu, está doente?- perguntou ele assustado

-Não, melhor que isso!- disse eu e coloquei minha mão em na barriga de Annabeth

Grover entendeu o que aquilo significava, pois arregalou os olhos e ficou nos encarando durante mais ou menos uns 3 minutos

-Grover, ei, cara, acorda!!- disse eu passando a mão na frente do rosto dele.

-Você...você...você...tá grávida?- ele perguntou assustado

-É Grover! Eu estou grávida!-disse Ann

-E, eu, eu – ele começou- EU VOU SER TIOOOO!!!!- ele gritou e pulou

Eu e Ann não agüentamos e caímos na risada

-É cara, mas não grita, não queremos que ninguém saiba por enquanto- eu disse e ele me abraçou

-Parabéns!!- disse ele abraçando Ann e acariciando sua barriga

Ficamos ali conversando sobre várias coisas, inclusive bebês.Achei estranho que nem meu pai nem Athena haviam nos procurado, em geral os Deuses descobrem as coisas muito rápido.

-Grover, você sabe se aconteceu alguma coisa no Olimpo?- perguntei curioso

-Pelo que eu sei não aconteceu nada-ele respondeu- Porque?- ele perguntou me olhando

-Achei estranho que Atena e Poseidon ainda não terem aparecido por aqui para tomar satisfações- eu disse

-Não se preocupe eles com certeza vão aparecer!- ele disse elevando as sobrancelhas

Um dos irmãos de Ann apareceu e a chamou, ela levantou-se.

-Acho que vou demorar, vem me ver mais tarde?- ela perguntou

-Claro que venho sabidinha!- eu disse e a beijei

Queria que fosse um beijo mais demorado, mas ela tinha compromissos e eu iria vê-la mais tarde.

Chamei Grover para irmos até a praia, pensei que talvez assim meu pai decidisse aparecer.

Quando chegamos, havia um homem sentado na areia, um homem que eu reconheci no mesmo instante.

-Pai!- eu disse e ele virou-se

-Ah, Percy! Era com você mesmo que eu precisava falar- ele disse e olhou para Grover- A sós- ele disse e sorriu.

Grover apoiou a mão em meu ombro, assentiu e retirou-se

-Então, o que quer falar comigo?- eu perguntei me sentindo um idiota, pois já sabia exatamente o que ele queria falar

-Você já deve saber o que eu quero- ele disse e me encarou- Percy! Que irresponsabilidade! Vocês são muito jovens para isso, como vão sustentar essa criança?- ele falou tão rápido que eu fiquei tonto

-Pai, calma! Eu sei que isso não deveria ter acontecido,mas aconteceu e não tem como voltar atrás, eu ainda não sei o que fazer para sustentá-lo, mas com certeza vou dar um jeito.- eu disse e ele assentiu

-Filho,eu sei que você vai fazer o melhor,no que eu puder ajudar eu ajudarei,mas agora eu preciso ir- ele disse e me abraçou

Fechei os olhos para não ser desintegrado pelo poder de sua forma divina e quando os abri estava sozinho.Eu precisava falar com Annabeth urgentemente, se meu pai já sabia, Athena também devia saber e com certeza iria falar com Ann o mais rápido possível.

Eu não precisei procurar muito, Ann estava na frente do meu chalé, provavelmente me esperando para dizer alguma coisa.

-Oi, sabidinha- eu disse e lhe dei um selinho- Você não sabe o que aconteceu...- eu comecei mas ela me interrompeu

-Seu pai falou com você, eu sei, minha mãe me disse- disse ela fitando o chão- ela veio falar comigo, e disse muitas coisas desagradáveis de se ouvir- ela disse e fungou

-Ei, não chora!- eu disse e sentei do seu lado- o que ela disse exatamente?

-Ela disse que somos irresponsáveis e inconseqüentes, que não me ajudaria, que depois disso eu tinha provado que não era a filha que ela achou que eu fosse e que devíamos dar a criança para a adoção- Ann disse e começou a chorar

Eu cheguei mais perto e a aconcheguei em meu peito, como Athena poderia ter feito aquilo? Como pode ser tão cruel?

-Eu...eu... disse a ela que não precisamos da ajuda dela, e que ela não sabia nada sobre ser mãe e ela foi embora com raiva- ela completou enxugando as lágrimas e me encarando- eu já amo nosso filho- ela disse

-Eu também já o amo, e amo a mãe dele mais ainda- eu disse e a abracei

Eu seria pai! E precisava arrumar um emprego urgentemente, alugar um apartamento, porque é claro que eu não iria morar com minha mãe.

A semana seguinte passou-se rápido, eu tinha arrumado um emprego em um Zoo Marinho que havia em Manhattan, o salário era alto,já que eu escolhi cuidar dos tubarões.

Por enquanto eu e Ann ficamos no apartamento de minha mãe, até eu conseguir alugar ou comprar um, estava pensando seriamente em comprar, já que tinha arrumado um bom emprego, Fiz questão que Annabeth não arrumasse nenhum emprego até o médico dizer se ela podia ou não, posso estar sendo cuidadoso demais, mas não me importo, ela é a mulher da minha vida e está carregando o meu filho, não quero que ela faça coisas antes de ter certeza de que pode.

Passou-se mais uma semana,Annabeth tinha marcado uma ultra-sonografia, e eu pedi uma folga do trabalho para ir junto com ela, eu queria participar do crescimento do meu filho.

Chegamos ao consultório e Ann logo foi chamada, entramos e um médico pediu que ela deitasse em uma cama que tinha em meio a muitos aparelhos e fios.Depois de um tempo pude ler o crachá dele, dizia: Dr. Louis Johnson- Ginecologista e Obstetra, eu sentei-me em uma cadeira ao lado de Ann, o Dr. Passou um gel na barriga dela e ela se remexeu.

-Gelado?- ele perguntou e ela assentiu- Muito bem, vão querer em 3D?- ele perguntou

-Sim, vamos sim- Ann respondeu sorrindo e olhou para mim e eu retribui o sorriso

Ele pegou o equipamento, que eu sabia que emitia ondas sonoras como um microfone graças ao pouco que eu me lembrava das aulas de física.

-Então, vamos lá- ele disse e começou a passar o ‘‘microfone’’ na barriga de Ann

Logo apareceram alguns borrões no monitor e o Dr. Ajustou para imagem tridimensional e logo estávamos vendo mais nitidamente, mas eu ainda não entendia nada, como aquilo podia ser um bebê?

O Dr. Olhou assustado para o monitor e olhou para nós e em seguida para o monitor de novo, arregalou o olhos e ajeitou o óculos.

-Meu Deus!- ele exclamou assustado

-O que houve doutor, algum problema com meu filho?- Eu perguntei rapidamente enquanto Annabeth apertava minha mão e olhava para o doutor com um semblante preocupado.

-Não,não tem nada errado-ele disse- é só que...vocês poderiam por favor me acompanhar até minha mesa-ele disse com um ar sombrio

Ele nos deixou um tempo a sós durante alguns minutos para que Ann se limpasse e ajeitasse a roupa, ela estava nervos e eu não estava muito diferente.

-O que será que aconteceu com nosso bebê, Percy?- ela perguntou quase chorando

Para falar a verdade eu estava tão nervoso que me deu uma vontade de chorar, mas eu não podia, tinha que ser otimista para que Ann não se abatesse.

-Não é nada sabidinha, ele só deve querer nos dizer que é o bebê mais lindo que ele já viu no monitor- eu disse forçando um sorriso e Ann retribuiu

Eu sabia que aquela reação do médico não era por isso, mas tinha que manter a confiança para não afetar Annabeth.

Fomos até a mesa do doutor, que estava com o exame impresso em mãos, ele parecia assustado e preocupado, nós nos sentamos e eu segurei a mão de Annabeth, para que ela se sentisse mais segura, a mão dela estava gelada,suada e trêmula.

-Então doutor, o que o tem a nos dizer- eu perguntei curioso e nervo ao mesmo tempo

-Bem senhor Jackson- ele começou-eu não tenho boas notícias- ele disse, naquele momento apertei a mão de Ann e senti uma pontada em meu coração

-Seja mais claro por favor- eu disse

-Tenho ótimas notícias- ele disse sorridente e eu me acalmei um pouco

-Então diga doutor!-eu disse sorridente

-Bem,já olhei o exame muitas vezes para ver se não estava enganado, e não estou, o que eu vi realmente é verdade- ele disse nos olhando

-E o que o senhor viu?- Ann perguntou confusa, seus olhos brilhavam de curiosidade e ela estava linda.